ABSTRACT
No período de janeiro de 1981 a dezembro de 1983, 57 pacientes matriculados no Instituto Nacional de Câncer com carcinoma avançado do laringe foram tratados com cirurgia e radioterapia radicais. A regiäo supraglótica foi a mais comumente atingida. A taxa de controle local foi de 79% e a sobrevida atuarial em 5 anos foi de 55%. Dez pacientes (17,5%) falharam à distância. O significado prognóstico do estádio T, comprometimento nodal, margens cirúrgicas e tempo decorrido entre a cirurgia e o início da radioterapia foi avaliado. Nenhum desses fatores influiu no controle loco-regional, mas os tumores N2 apresentaram pior sobrevida quando comparados aos N0(36% vs 76%; p = 0,02). Os achados desse estudo sugerem que a abordagem cirúrgica inicial deva ser mais conservadora e que a dissecçäo radical do pescoço näo parece favorecer o controle local nem reduzir a mortalidade