ABSTRACT
Introdução: Displasia broncopulmonar (DBP) é uma complicação clínica grave observada nos sobreviventes de doenças ventilatórias neonatais e é a enfermidade pulmonar crônica mais frequente em crianças prematuras. Objetivo: Analisar as repercussões da DBP na capacidade funcional (CF) de escolares e comparar com crianças hígidas. Métodos: Estudo de caráter transversal com crianças de 6 a 12 anos, divididas em: grupo DBP (GDBP) - dependentes de oxigênio no período neonatal; e controle (GC) - saudáveis. Foram registrados dados pessoais, perinatais e antropométricos. Após, realizaram o Teste de Caminhada de Seis Minutos (1TC6 e 2TC6) e o Shuttle Walk Test (SWT) e analisados: velocidade média TC6, frequência cardíaca (FC) e respiratória (FR), pressão arterial (PA), distância percorrida, percepção subjetiva do esforço (Borg), saturação periférica de oxigênio (SpO2). Resultados: Participaram 18 crianças (6 com DBP) com média de idade de 7,83 anos no GDBP e 9,08 anos no GC. Frequência de gênero, idade e variáveis antropométricas não diferiram entre os grupos. O GDBP permaneceu em média 30,67dias no oxigênio, apresentou menor peso ao nascer (p=0,025) e idade gestacional (p=0,021), percorreu menor distância no SWT (p=0,027) e 2TC6 (p=0,01). No 1TC6 apresentou maior esforço (Borg) no terceiro (p=0,05) e sexto minutos (p=0,036). Ainda apresentou menor FR no início e final de ambos os testes e a PA no sexto minuto do 2TC6 foi maior (p=0,007). No SWT, GDBP apresentou queda na SpO2 e maior sensação de dispneia. Conclusão: O grupo estudado de DBP apresentou redução da CF (menor distância percorrida, maior cansaço e queda da saturação em ambos os testes).
ABSTRACT
Objetivos: Analisar e comparar a cirtometria torácica e abdominal, a postura, os parâmetros espirométricos e a força muscular respiratória de crianças com história de displasia broncopulmonar (DBP) e crianças saudáveis. Métodos: Estudo analítico observacional transversal incluiu crianças com idade entre 6 e 12 anos. Participaram crianças com história de DBP, após análise de prontuários médicos. O grupo-controle (GC) foi composto por crianças saudáveis, cuja higidez foi comprovada por atestado médico. A avaliação constituiu de antropometria, cirtometria torácica e abdominal, teste postural de Nova Yorque (TPNY), espirometria e manovacuometria. Para análise dos dados foram aplicados os testes de Mann-Whitney e Quiquadrado, considerando-se p<0,05 para significância estatística. Resultados: A amostra compreendeu 18 crianças, 6 com DBP e 12 hígidas, sem diferença em relação à frequência do gênero (p=0,317), idade (p=0,216) e variáveis antropométricas (estatura p=0,28; peso p=0,111 e IMC p=0,092). As crianças com DBP permaneceram uma média de 30,67 ± 11,11 dias no O2, enquanto as saudáveis não necessitaram dessa terapêutica. Elas também apresentaram menor peso ao nascer (2272±855,64 x 3258±807,41; p=0,025) e menor idade gestacional (33,00±4,89 x 38,47±2,46; p=0,024), em comparação ao GC. Apenas o parâmetro espirométrico do FEF 25%-75%, absoluto e previsto, foi menor nas crianças com DBP do que no GC (1,13±0,31 x 2,11±0,81; p=0,009 e 63,67%±20,82% x 110,77%±35,09%; p=0,011). Conclusão: As crianças com história de DBP analisadas neste estudo não diferiram das outras crianças em relação à cirtometria, postura, força muscular respiratória e a maioria dos parâmetros espirométricos, havendo diferença apenas na variável FEF 25%-75%...