ABSTRACT
Introdução - Embora a morte seja um evento bastante presente no cotidiano dos profissionais de enfermagem, observa-se uma grande dificuldade destes, não apenas em aceitar, mas também de como enfrentar de modo saudável a situação, sobretudo quando envolve o recém-nascido e sua família. Este estudo objetiva verificar a percepção e os sentimentos dos profissionais perante a morte neonatal. Material e Métodos - Trata-se de pesquisa quantitativa, exploratória, com coleta de dados por questionário estruturado. A população é de 52 profissionais de enfermagem da UTI neonatal de um hospital de médio porte do interior de São Paulo, com amostra de 42 (80,8%). Resultados - Os dados foram analisados de forma descritiva, seguida de um estudo observacional, no qual 62% julgaram ter recebido informações suficientes sobre o tema na formação, 57% referiram não ter recebido subsídios no treinamento; 76% pontuaram não saber abordar uma família enlutada, porém 94% gostariam de saber; 95% gostariam de receber apoio da instituição; pontuaram como "necessários" para melhor enfrentar a morte: 90% preparo na formação; 92% preparo específico na unidade; 69% apoio psicológico periódico; 85% atualização de conhecimentos. Frente a situações de morte: 62% agiram naturalmente; 58% conseguiram dar suporte à família; 95% conseguiram realizar os procedimentos com o corpo; 78% ficaram pensando no acontecimento em casa e 92% não sonharam; nos depoimentos, 26% relataram tristeza. Conclusão - O profissional de enfermagem sente-se inseguro já que precisa além de conhecimentos técnicos, competência na dimensão física, emocional em situação de morte. Assim, seu preparo profissional deveria abranger conteúdos para melhor ajudar pacientes sem condições de tratamento e suas famílias.
Introduction - Although death is an often presence on a nursing professional working day, great difficulties have been observed, not only in accepting it but also in knowing how to deal with the situation in a healthy way; specially when it involves a new born baby and it's family. This project focuses on verifying how professionals deal with and how are their feelings towards neonatal death. Material and Methods - This is a quantitative research, exploratory, with data collection by structured questionnaire. Population is formed by 52 nursing professionals at a neonatal ICU located in a medium sized hospital in the suburbs of São Paulo. Utilizing 42 sample (80,8%). Results - Data was analyzed through observational studies, in descriptive format, in which we can verify that in situation of death 62% of the subjects admitted having received enough information while still in school, 57% implied not having received enough information during training; 76% admitted not knowing how to approach a family in a death situation, although 94% would like to have that knowledge. 95% would like to have institutional support. Subjects claimed as necessary to better deal with death: 90% - school education on the subject, 92% - specialized training in work unit; 69% periodical psychological support; 85% updated information knowledgebase. Of all subjects studied, 62% acted naturally, 58% were able to give family support; 95% were able to perform all body procedures; 78% had thoughts about it at home and 92% did not have dreams about it. During survey, 26% admitted sadness. Conclusion - The nursing professional feels insecure due to the need of technical knowledge, physical, emotional and competency on death situations. For that reason, their professional training should involve data to better assist patients without treatment conditions and their families