Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 3 de 3
Filter
Add filters








Year range
1.
Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade (Online) ; 15(42): 2255, 20200210. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1282616

ABSTRACT

A Atenção Primária à Saúde (APS), a medicina e, em especial a Medicina de Família e Comunidade, sob a perspectiva do mito da democracia racial, contribuem para o racismo institucional na saúde, à medida em que silenciam e invisibilizam as iniquidades em saúde vivenciadas pela população negra brasileira e os impactos do racismo no processo de saúde e adoecimento. Este artigo traz o relato de experiência da construção e aplicação de uma oficina, intitulada "A sua consulta tem cor?", que objetiva promover debate sobre a saúde da população negra entre profissionais de saúde da APS e estudantes de medicina, com o intuito de sensibilização ao tema e promoção de uma prática de cuidado antirracista. Com a construção e aplicação da oficina, foi possível perceber a falta de conhecimento dos participantes sobre como reconhecer e abordar situações de racismo na prática da APS. Como potencialidades, a oficina promoveu sensibilização e reflexão crítica sobre a importância de abordar a temática racial, possibilitou o protagonismo e representatividade de profissionais de saúde e estudantes de medicina negros na facilitação dos grupos, promoveu espaços institucionais para o debate do tema e formou novos facilitadores para estimular a multiplicação da oficina nos mais diversos cenários. Como desafios, a falta de interesse no tema por parte de gestores e instituições torna a abordagem do tema incerta e dependente da vontade e comprometimento de um ou outro indivíduo. Além disso, a oficina aborda múltiplos temas, mas não encerra a necessidade de seguir e aprofundar a discussão sobre os impactos do racismo na saúde da população negra brasileira.


From the assumption of the myth of racial democracy, Primary Health Care, medicine, and especially Family Medicine has contributed to institutional racism in health. Those areas have been silencing racial health inequities. The impacts of racism in the health-illness process of the black population in Brazil have been invisible. This article presents the experience report of the construction and application of a workshop, entitled "Is your clinical encounter racially conscious?". It aims to promote debate on the health of the black population among PHC professionals and medical students, in order to raise awareness on the ethnic/racial-relations and promote anti-racist care practice. With the workshop, it was possible to perceive the lack of knowledge of the participants on how to recognize and address situations of racism in the practice of PHC. As potentialities, the workshop has promoted awareness and critical reflection on the importance of addressing the ethnic/racial-relation aspect, has enabled the protagonism and representativeness of health professionals and black medical students in facilitating groups, has promoted institutional spaces for this theme to be debated, and also has trained new facilitators to stimulate the reproduction of the workshop in the most diverse national scenarios. As challenges, the lack of interest in the theme on the part of managers and institutions makes the approach to the theme uncertain and dependent on the will and commitment of one or the other individual. In addition, the workshop addresses multiple themes, but does not end the need to follow and deepen the discussion on the impacts of racism in the health of the Brazilian black population.


La Atención Primaria de Salud, la medicina y especialmente la Medicina Familiar y Comunitaria, desde la perspectiva del mito de la democracia racial, contribuyen al racismo institucional en salud, pues silencian e invisibilizan las inequidades en salud que vive la población negra y los impactos del racismo en el proceso de salud y enfermedad. Este artículo trae el relato de experiencia de la construcción y aplicación de un taller, titulado "¿Tu consulta tiene color?" cuyo objetivo es promover el debate sobre la salud de la población negra entre los profesionales de la salud de la APS y los estudiantes de medicina, con el objetivo de concienciar sobre el tema y promover una práctica asistencial antirracista. Con la construcción y aplicación del taller, se fue posible percibir el desconocimiento de los participantes sobre cómo reconocer y abordar situaciones de racismo en la práctica de la APS. Como potencialidades, el taller promovió la conciencia y la reflexión crítica sobre la importancia de abordar la temática racial, posibilitó el protagonismo y representación de profesionales de la salud y estudiantes de medicina negros en grupos facilitadores, promovió espacios institucionales para el debate del tema y capacitó a nuevos facilitadores estimular la multiplicación del taller en los más diversos escenarios. Como desafíos, el desinterés por el tema por parte de los gerentes e instituciones hace que el abordaje del tema sea incierto y dependiente de la voluntad y compromiso de uno u otro indivíduo. Además, el taller aborda múltiples temas, pero no termina con la necesidad de seguir y profundizar la discusión sobre los impactos del racismo en la salud de la población negra brasileña.


Subject(s)
Primary Health Care , Black People , Family Practice , Racism
2.
Rev. bras. educ. méd ; 44(supl.1): e148, 2020.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1137573

ABSTRACT

Resumo: Introdução: A história da população negra no Brasil inicia-se pelo processo de escravização dos povos da África. Desde o início dessa agressão até os dias atuais, pretos e pardos são vítimas das desigualdades sociais e econômicas, mesmo com a abolição da escravatura. Vemos que o Estado não ofereceu apoio para essa população ser integrada na sociedade, e, por isso, boa parte vive à margem atualmente. Objetivo: Apontar as problemáticas que envolvem a população negra, analisar o contexto da pandemia de Sars-Cov-2 no processo de vulnerabilidade desse grupo, destacar a situação do ensino de pretos e pardos na educação médica e refletir sobre o cuidado em saúde de pessoas negras. Desenvolvimento: Existem algumas teorias sociais que tentam colocar a população negra como um grupo humano distinto dos demais e intelectualmente inferior na sociedade, justificando a marginalização e condição de desumanidade imposta a este. O reconhecimento do racismo no cuidado em saúde fez surgir, em 2009, a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) que visa explicitar as iniquidades impostas a esta população e delinear metas para a educação de profissionais e a produção de cuidado, objetivando o combate ao racismo institucional na saúde. Com a pandemia do Sars-Cov-2 em 2020, a vulnerabilidade fica à mostra, assim como a invisibilidade que damos à questão raça/cor na formação médica. Assim, faz-se necessária a discussão transversal da relação raça/cor no ambiente de construção de conhecimento, como destacam as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) voltadas para os cursos de Medicina. O ambiente educacional do curso ainda é ocupado, em sua maioria, por pessoas brancas, tanto educandos quanto educadores. Conclusão: A pandemia da Covid-19 coloca em evidência o racismo estrutural e institucional na saúde, assim como o silenciamento do racismo como determinante do processo saúde e adoecimento na formação dos atuais e futuros profissionais de saúde. Para uma produção de cuidado anti-racista, precisamos entender como a questão raça/cor relaciona-se com a saúde da população.


Abstract: Introduction: The history of the black population in Brazil dates back to the slavery of the Africa peoples. From the beginning of this aggression to current days, black and brown people have been victims of social and economic inequalities, despite the abolition of slavery. The State has failed to offer support to integrate this population into society and therefore a large proportion of it has been marginalized. Objective: To indicate the problems that affect the black population, analyze the vulnerability process of the black population in the context of the Sars-Cov 2 pandemic, to highlight the educational situation of the black population in medical training, and consider the health care of black patients. Development: Some theories have emerged that have tried to detach black people as separate from society, as if there were some justification for someone to be looked down upon by others. The acknowledgment of racism in health care led to the creation of the National Comprehensive Health Policy for the Black Population (PNSIPN) in 2009, which aims to track the problems faced by this population, as well as targets for education and care for this population. The Sars-Cov-2 pandemic in 2020 has further exposed both the vulnerability of this population and the invisibility of the issue of race/color in medical training. Thus, there is a need for a cross-sectional discussion regarding race/color in education, as highlighted by the 2014 National Curricular Guidelines (DCN) for Medicine. Medical training courses remain a predominantly white environment, in terms of students and teachers. Conclusion: The COVID-19 pandemic has highlighted the situation of the black population in their health experiences, as well as the inclusion of this issue in the training of current and future health professionals. We need to understand how the race/color issue is related to the health of the population.

3.
Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade (Online) ; 14(41): 1821-1821, fev. 2019.
Article in Portuguese | LILACS, ColecionaSUS | ID: biblio-1049847

ABSTRACT

A produção acadêmica sobre sexualidade e diversidade apresenta lacunas importantes, e muitas das diretrizes de cuidados clínicos a populações específicas são baseadas em baixo grau de evidência científica, como ocorre com a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexuais (LGBTI). Dessa forma, a fundação do Grupo de Trabalho (GT) de Gênero, Sexualidade, Diversidade e Direitos, junto à Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade surge com o importante objetivo de promover estudos e debates sobre gênero e sexualidade a fim de promover direitos, diversidade e equidade na Atenção Primária à Saúde (APS). Como uma das atividades desse GT foi idealizado e construído o I Seminário Sexualidade e Diversidade, com o tema "Atenção Primária à Saúde Quebrando Tabus", que aconteceu em São Paulo, entre os dias 20 e 22 de abril de 2018. O presente texto tem como objetivo apresentar como se deu a construção do evento, descrevendo os espaços realizados e as impressões dos participantes sobre o seminário. A programação foi elaborada a partir da demanda dos fóruns do GT (grupos de e-mail, Facebook e WhatsApp), sendo proposto quatro eixos para as atividades: 1- Pesquisa/produção acadêmica, 2- Assistência/temas clínicos, 3- Educação médica e 4- Representatividade e políticas públicas. Ao todo, foram realizadas 6 mesas redondas, 6 oficinas, 3 performances artísticas e 1 exposição cultural, contando com a participação de 202 pessoas, de 11 estados. O GT atingiu seu objetivo com esse seminário de produzir conhecimento e discutir sobre sexualidade e gênero, com foco na Atenção Primária, com médicos de família e comunidade, profissionais e estudantes da saúde. Considerando que a procura pelo Seminário foi maior que a esperada e que a discussão dos temas não se encerram em um evento, a intenção é de que o Seminário se torne parte da agenda regular da SBMFC.


Academic production on sexuality and diversity has important gaps, and many series of clinical care series in which children are more science-driven, such as the lesbian, gay, bisexual, transvestite, transsexual, and intersex population (LGBTI). Thus, the foundation of the Working Group (WG) on Gender, Sexuality, Diversity and Rights, with the Brazilian Society of Family and Community Medicine (BSFCM), arises with the important objective of promoting studies and debates on gender and sexuality in order to promote rights, diversity and equity in Primary Health Care (PHC). As one of the activities of this WG, the I Seminar Sexuality and Diversity was conceived and prepared, with the theme "Primary Health Care Breaking Taboos", which took place in São Paulo, between April 20 and 22, 2018. This text aims to present how the event was built, describing the spaces held and the participants' impressions about the seminar. The program was elaborated from the search of the WG forums (e-mail groups, Facebook and WhatsApp), with the proposal of four axes for the activities: 1-Research/academic production, 2- Assistance/clinical subjects, 3- Medical education and 4-Representativeness and public votes. In all, there were 6 round tables, 6 workshops, 3 artistic performances and 1 cultural exhibition, with a participation of 202 people from 11 states. The WG achieved its goal with this seminar to produce knowledge and discuss sexuality and gender, focusing on Primary Care, with family and community doctors, health professionals and students. Considering that the demand for the Seminar was higher than expected and that the discussion of the topics does not end at an event, the intention is for the Seminar to become part of BSFCM's regular agenda.


La producción académica sobre sexualidad y diversidad tiene vaciós importantes, y muchas series de atención clínica en las que los niños están más motivados por la ciencia, como la población lesbiana, gay, bisexual, travesti, transexual e intersexual (LGBTI). Así, la fundación del Grupo de Trabajo (GT) sobre Género, Sexualidad, Diversidad y Derechos, con la Sociedad Brasileña de Medicina Familiar y Comunitaria, surge con el importante objetivo de promover estudios y debates sobre género y sexualidad para promover los derechos, diversidad y equidad en Atención Primaria de Salud (APS). Como una de las actividades de este GT, se diseñó y construyó el I Seminario de Sexualidad y Diversidad, con el tema "Atención primaria de salud, tabúes", que tuvo lugar en São Paulo, entre el 20 y el 22 de abril de 2018. para presentar cómo se construyó el evento, cómo se llevaron a cabo los espacios y los mensajes de los participantes sobre el seminario. El programa se elaboró a partir de la búsqueda en los foros del GT (grupos de correo electrónico, Facebook y WhatsApp), y se editó como guías de enseñanza: 1-Investigación/producción académica, 2- Asistencia/temas clínicos, 3- Educación médica y 4-Representatividad y votos públicos. En total, hubo 6 mesas redondas, 6 talleres, 3 representaciones artísticas y 1 exposición cultural, con una participación de 202 personas de 11 estados. El GT logró su objetivo con este seminario para producir conocimiento y discutir sobre sexualidad y género, con énfasis en Atención Primaria, con médicos familiares y comunitarios, profesionales de la salud y estudiantes. Teniendo en cuenta que la demanda del seminario fue mayor de lo esperado y que la discusión de los temas no se enicerra en un evento, la intención es que el seminario se convierta en parte de la agenda regular de la SBMFC.


Subject(s)
Primary Health Care , Sexuality , Family Practice , Gender Identity , HIV , Sexual and Gender Minorities
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL