ABSTRACT
Há evidências que sugerem que as miocardites chagásicas são devidas aos danos induzidos pelo estresse oxidativo, podendo contribuir para a evolução da doença de Chagas. Em doenças infecciosas, a formação de espécies reativas do oxigênio (ROS) é, principalmente, derivada de danos celulares mediados pela invasão e replicação do patógeno e por reações citotóxicas mediadas pelo sistema imune. No entanto, como as ROS são formadas e sua função no estresse oxidativo na cardiomiopatia chagásica (CCM) não estão completamente elucidadas. Nesta revisão, nós discutimos as evidências para o aumento do estresse oxidativo na doença de Chagas, com ênfase nas anormalidades mitocondriais, na disfunção da cadeia de transporte de elétrons e seu papel na manutenção do estresse oxidativo no miocárdio. Discutimos ainda, os resultados da literatura que relatam as conseqüências da manutenção do estresse oxidativo na patogênese da CCM.