ABSTRACT
Os autores reconhecem que ocorreram, nos últimos vinte anos avanços significativos no que se refere ao diagnóstico e tratamento das Doenças Afetivas. As taxas epidemiológicas relacionadas às mesmas tem se mostrado consideravelmente elevadas, principalmente em relaçäo ao risco que uma pessoa tem, ao longo de sua vida, de desenvolver um dos sub-tipos destas doenças. Baseados em casos clínicos em que os pacientes foram erradamente diagnosticados e foram tratados como portadores de doença afetiva, os autores sugerem que vários fatores como o "modismo", a inexperiência clínica, a falta de uma base semiológica, e os critérios diagnósticos atuais pouco restritivos, tem concorrido para o aumento, à custa de "falsos positivos", das taxas epidemiológicas referidas, além de exporem os pacientes a tratamentos inadequados