Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 32
Filter
Add filters








Year range
1.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 23(1): 71-91, maio 2023.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1434418

ABSTRACT

Partindo da ideia de Stephen King de que as produções de horror servem como um barômetro muito preciso que aponta aquilo que aterroriza uma sociedade, este artigo tem como objetivo propor uma reflexão acerca dos enlaces entre adolescência, cinema e horror, no momento em que a adolescência como categoria social se consolida, isto é, nos anos 1950. Para isso, realizamos uma revisão bibliográfica sobre a relação entre horror, monstruosidade e cultura, assim como sobre o desenvolvimento dos gêneros cinematográficos horror e teen movies. Também realizamos sucintas análises fílmicas de algumas obras importantes na história desses gêneros cinematográficos. Observamos que, se, por um lado, com o surgimento dos teen movies, as telas do cinema passam a ser habitadas por monstros adolescentes, por outro, os discursos com pretensão de cientificidade nos falam sobre uma adolescência monstruosa. A partir disso, concluímos que talvez haja uma intrigante equivalência cultural entre adolescência e monstruosidade: tanto monstros quanto adolescentes trazem à luz algumas questões fundamentais para o ser humano, encarnam aquilo para o que não temos resposta, apontam os limites do saber.


Based upon Stephen King's idea that the horror productions act as a barometer, pointing out what terrifies some societies, this article aims to propose some thoughts about the possible links among adolescence, cinema, and horror, around the time adolescence emerges as a consolidated social category (in the 1950s). In order to achieve that, we researched the relations between horror, monstrosity, culture, and the development of the horror and teen movies cinematographic genres. We also made a brief film analysis of some important works in the history of these cinematographic genres. We notice that two events occurred in parallel: the emergence of teenage monsters in teen movies on the cinema screens and the allegedly scientific discourses about a monstrous adolescence. We have concluded that perhaps there is a cultural equivalence between adolescence and monstrosity: monsters and teenagers bring to light some fundamental questions for the human being; they incorporate things to which we do not have an answer and point out the limits of our knowledge.


Partiendo de la idea de Stephen King de que las producciones de terror sirven como un barómetro muy preciso que señala lo que aterroriza a una sociedad, este artículo pretende proponer una reflexión sobre los vínculos entre la adolescencia, el cine y el terror, en el momento en el que la adolescencia se consolida como una categoría social, es decir, en la década de 1950. Para ello, realizamos un repaso sobre la relación entre horror, monstruosidad y cultura, así como sobre el desarrollo de los géneros cinematográficos horror y teen movies. También hicimos un breve análisis fílmico de algunas películas importantes en la historia de estos géneros cinematográficos. Observamos que, por un lado, con la aparición de los teen movies, las pantallas de cine ahora están habitadas por monstruos adolescentes, por otro, los discursos con pretensión de cientificidad nos hablan de una adolescencia monstruosa. De esto, concluimos que puede haber una equivalencia cultural intrigante entre la adolescencia y la monstruosidad: tanto los monstruos como los adolescentes sacan a la luz algunas preguntas fundamentales para los seres humanos, encarnan aquello para lo que no tenemos respuesta, señalan los límites del saber.


Subject(s)
Adolescent , Culture , Fear , Motion Pictures
2.
Rev. psicol. polit ; 22(55): 700-718, dez. 2022. ilus
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1450374

ABSTRACT

Este artigo propõe uma revisitação analítica ao filme eXistenZ (1999), de David Cronenberg, focalizando um de seus temas centrais, mas pouco explorado por sua fortuna crítica: a feminização do homem no espaço das práticas eróticas heterossexuais. O tema se articula no filme, em nosso entendimento, por meio de suas figurações alegóricas da erotização anal do homem e dos erotismos tântrico e taoista. Nossa abordagem exploratória tem o duplo caráter metodológico de interpretação fílmica e escuta psicanalítica, construindo-se nas interfaces entre os campos da psicanálise e dos estudos de cinema. Ela se ampara também em conceitual dos campos dos estudos dos homens e das masculinidades, feministas e queer, e, para fins de descrição do objeto, em subsídios buscados nos emergentes estudos acadêmicos tântricos e taoístas. Em psicanálise, mobilizamos conceitual antifalocêntrico de formulação recente por autores como Jacques André, Gerald I. Fogel, Silvia Bleichmar e Monique Schneider.


This article proposes an analytical revisitation of the film eXistenZ (1999), by David Cronenberg, focusing on one of its central themes, but little explored by its critical fortune: male feminization in the arena of heterosexual erotic practices. The theme is articulated in the film, in our understanding, through its (1) allegorical figuration of man's anal eroticization and of the tantric and daoist eroticisms. Our exploratory approach has the double methodological character of film interpretation and psychoanalytic listening, built at the interfaces between the fields of psychoanalysis and film studies. It is also supported by concepts from the academic fields of men's and masculinities, feminist and queer studies, and, for the purpose of describing the object, from subsidies sought in the emerging Tantric and Daoist academic studies. In psychoanalysis, we mobilize recent antiphallocentric formulations by scholars such as Jacques André, Gerald I. Fogel, Silvia Bleichmar and Monique Schneider.


Este artículo propone una revisión analítica de la película eXistenZ (1999), de David Cronenberg, centrándose en uno de sus temas centrales, pero poco explorado por su fortuna crítica: la feminización del hombre en el espacio de las prácticas eróticas heterosexuales. El tema articulase en la película, a nuestro entender, por medio de sus figuraciones alegóricas de la erotización anal del hombre y de los erotismos tántrico y taoísta. Nuestro enfoque exploratorio tiene el doble carácter metodológico de interpretación fílmica y escucha psicoanalítica, en las interfaces entre los campos del psicoanálisis y los estudios cinematográficos. También se apoya en conceptos de los campos de los estudios masculinos y de masculinidades, feministas y queer; y, con el propósito de describir del objeto, de los subsidios buscados en los estudios académicos tántricos y taoístas emergentes. En psicoanálisis, movilizamos formulaciones antifalocéntricas recientes de autores como Jacques André, Gerald I. Fogel, Silvia Bleichmar y Monique Schneider.

3.
Arq, bras psicol ; 73(3)22/08/2022.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1434295

ABSTRACT

Este trabalho tem como foco a emergência de uma geração de psicanalistas mulheres, nos anos 1920, cuja autoria foi reconhecida e que encontrou um lugar na história do movimento psicanalítico. A partir de um breve contraste com a geração de psicanalistas mulheres dos anos 1910, o artigo interroga: o que tornou possível às analistas dos anos 1920 ocuparem um novo lugar? Nesse sentido, realçamos dois processos: o avanço das lutas feministas, encarnadas no movimento sufragista, e a abertura de um tempo em que as controvérsias, no movimento psicanalítico, não implicam, necessariamente, rupturas. A partir do Congresso de Berlim, em 1922, três temas dominaram os debates: a formalização da prática clínica, a análise de crianças e a sexualidade feminina. Nossa hipótese é de que o problema do feminino perpassa esses três temas como efeito de uma marca instaurada pela geração de 1910, que a de 1920 ativa, retrospectivamente.


Subject(s)
Psychoanalysis , Women , History , Human Rights
4.
Agora (Rio J.) ; 25(1): 89-96, jan.-abr. 2022.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1383521

ABSTRACT

RESUMO: Neste artigo, que tem como suporte teórico o conceito de "paixão pelo autômato", analisam-se duas ordens de produções culturais contemporâneas: em uma, desponta o enlace erótico entre humanos e robôs onde antes predominava o tema da guerra; em outra, sobressai a ideia da compatibilidade amorosa a priori entre humanos, a qual poderia ser calculada por meio de algoritmos. A fim de pensar estes aspectos do pathos erótico atual, lançamos mão, por um lado, do conceito de condomínio digital (tendência à formação de bolhas narcísicas) e, por outro, do conceito de ciborgue (tendência à dissolução da cisão moderna homem/máquina).


Abstract: This article, which has as its theoretical basis the concept of passion for the automaton, analyzes two orders of contemporary cultural productions: in one, the erotic bond between humans and robots where the theme of war used to prevail; in another, stands out the idea of a priori love compatibility between humans, which could be calculated by algorithms. In order to think about these aspects of the current erotic pathos, we use, on the one hand, the concept of digital condominium (tendency to narcissistic bubbles formation) and, on the other, the concept of cyborg (tendency to dissolve the modern split man/machine).


Subject(s)
Psychoanalysis , Robotics , Erotica , Sex
5.
Psicol. USP ; 33: e190005, 2022.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1406389

ABSTRACT

Resumo Este artigo propõe uma contribuição à historiografia psicanalítica. Para isso, retomamos o texto que consideramos fundador desse campo de debates, A história do movimento psicanalítico, publicado por Freud em 1914, para nele encontrarmos as primeiras pistas de como operar na interface entre psicanálise e história. A partir desse texto inaugural, dedicamo-nos aos estudos de alguns psicanalistas e historiadores que pensaram o enlace entre psicanálise e história, a fim de encontrarmos convergências e divergências sobre o fazer do psicanalista historiador. Por fim, propomos três eixos para uma historiografia psicanalítica, articulados em torno dos conceitos só depois, das Ding e verdade histórica. A partir dessa reflexão de cunho historiográfico, esperamos ser possível pensar de outros modos a história do movimento psicanalítico.


Abstract This article proposes a contribution to psychoanalytic historiography by revisiting Freud's founding texts, The history of the psychoanalytic movement, published in 1914, searching in it for the first clues on how to operate at the interface between psychoanalysis and history. From this inaugural text, the paper examines some psychoanalysts and historians who investigated the link between psychoanalysis and history, to find convergences and divergences on the practice of the psychoanalytic historian. Lastly, it proposes three axis for a psychoanalytic historiography, articulated around the concepts of afterwardsness, das Ding and historical truth. This historiographic reflection seeks to show different ways of thinking the history of the psychoanalytic movement.


Résumé Cet article propose une contribution à l'historiographie psychanalytique en revisitant le text fondateur de Freud, L'histoire du mouvement psychanalytique, publié en 1914, en y cherchant les premiers indices sur la manière de travailler dans l'interface entre psychanalyse et histoire. À partir de ce texte inaugural, l'article examine quelques psychanalystes et historiens qui ont investigué le lien entre psychanalyse et histoire, pour trouver des convergences et des divergences sur la pratique de l'historien psychanalyste. Enfin, il propose trois axes pour une historiographie psychanalytique, articulés autour des concepts d'après-coup, de das Ding et de vérité historique. Cette reflexión historiographique cherche à montrer différentes manières de penser l'histoire du mouvement psychanalytique.


Resumen Este artículo propone una contribución a una historiografía psicoanalítica. Para ello, consideramos como fundador de ese campo de debate el texto Contribución a la historia del movimiento psicoanalítico, de Freud publicado en 1914, y lo utilizamos para encontrar las primeras pistas de cómo operar la interfaz entre psicoanálisis e historia. A partir de ese texto inaugural, nos dedicamos a los estudios de algunos psicoanalistas e historiadores que pensaron el enlace entre psicoanálisis e historia para analizar las convergencias y divergencias sobre el hacer del psicoanalista historiador. Por último, proponemos tres ejes para una historiografía psicoanalítica articulados en torno a los conceptos efecto retardado, das Ding y verdad histórica. Con esta reflexión historiográfica, esperamos poder pensar la historia del movimiento psicoanalítico de otra forma.


Subject(s)
Psychoanalysis/history
6.
Fractal rev. psicol ; 34: e5905, 2022.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1384952

ABSTRACT

Neste artigo, o filme Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, é o disparador de uma reflexão sobre a barbárie nas periferias brasileiras. Capturado em sua trama narrativa, o espectador de classe média é incitado a deslocar-se de uma posição passiva, na medida em que é enlaçado na violência que o filme denuncia. Do ponto de vista metodológico, esta análise fílmica consiste em uma pesquisa psicanalítica sustentada no modo como Freud escuta uma obra visual em O Moisés de Michelangelo. Nesse sentido, um elemento formal da composição de Cidade de Deus - uma panorâmica de 360º - parece aludir ao genocídio da juventude negra do país. A partir de uma leitura psicanalítica, sugerimos que esse circuito de repetição indica o filicídio na cultura: o extermínio de novas gerações orquestrado por estruturas de poder com o intuito de sustentar posições de gozo. No circuito mortífero em que são tragados jovens negros brasileiros de periferia, trata-se de descrever o que se repete, regularmente, mas também as possibilidades de inscrição de uma diferença.(AU)


In this paper, the film City of God, by Fernando Meirelles, is the trigger for a reflection on barbarism in Brazilian outskirts. Captured in its narrative plot, the middle-class spectator is encouraged to move from a passive position, insofar as he is entangled in the violence that the film denounces. From a methodological point of view, this film analysis consists of a psychoanalytic research supported on the way Freud listens to a visual work in The Moses of Michelangelo. In this sense, a formal element of the City of God's composition - a 360º panoramic view - seems to allude to the genocide of the country's black youth. From a psychoanalytical reading, we suggest that this circuit of repetition indicates the filicide in culture: the extermination of new generations orchestrated by power structures in order to sustain positions of jouissance. In the deadly circuit in which young black Brazilian people from the periphery are swallowed, it is a matter of describing what is regularly repeated, but also the possibilities of inscribing a difference.(AU)


En este artículo, la película Ciudad de Dios, de Fernando Meirelles, es el detonante de una reflexión sobre la barbarie en las periferias brasileñas. Atrapado en su trama narrativa, se anima al espectador de clase media a moverse desde una posición pasiva, en la medida en que se enreda en la violencia que denuncia la película. Desde un punto de vista metodológico, este análisis fílmico consiste en una investigación psicoanalítica basada en la forma en que Freud escucha una obra visual en El Moisés de Miguel Ángel. En este sentido, un elemento formal de la composición de Ciudad de Dios -una vista panorámica de 360º- parece aludir al genocidio de la juventud negra del país. Desde una lectura psicoanalítica, sugerimos que este circuito de repetición indica el filicidio en la cultura: el exterminio de nuevas generaciones orquestado por estructuras de poder para sostener posiciones de goce. En el circuito mortal en el que son tragados los jóvenes negros brasileños de la periferia, se trata de describir lo que se repite regularmente, pero también las posibilidades de inscribir una diferencia.(AU)


Subject(s)
Psychoanalysis , Violence , Poverty Areas , Adolescent , Black People , Motion Pictures
7.
Psicol. rev ; 30(2): 391-411, dez. 2021.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1392358

ABSTRACT

Este artigo busca tensionar o significante utopia, a partir de uma articulação com a estética. Com esse intuito, dialogamos, especificamente, com a linguagem cinematográfica, assumindo a premissa de que não aplicamos a Psicanálise ao cinema, mas o cinema à Psicanálise, de modo a construir um percurso mediante o qual podemos escutar os significantes em sua equivocidade. Com a emergência de uma utopia estética, a qual ilustramos com o realismo socialista, entendemos que uma política de linguagem estrita foi colocada em cena, restringindo os jogos com os significantes e, portanto, as possibilidades discursivas. No entanto, nos emaranhados da cultura, entre fechamentos e (re)aberturas, uma estética utópica pode ganhar forma, a qual colocamos para discussão a partir do cinema de Tarkovsky, que aposta em uma linguagem cinematográfica fora dos ditames estéticos vigentes. Nesse sentido, o que está em jogo é a dimensão inventiva da linguagem, o pulsar dos significantes que convocam os sujeitos a posturas distintas.


This article seeks to underscore the 'utopia significant, based on an articulation with aesthetics. The premise is not to apply Psychoanalysis to cinema: cinema is applied to Psychoanalysis building a path through which we can listen to the signifiers in their equivocality. With the emergence of an aesthetic utopia, which we illustrate with socialist realism, we understand that a strict language policy was established, restricting games with language and, therefore, discursive possibilities. However, in the entanglements of culture, between closings and (re)openings, a utopian aesthetics can take shape, and also shape the discussion based on Tarkovsky's cinema, with his outsider cinematographic language. In this sense, what is at stake is the inventive dimension of language, the pulse of the signifiers that call the subjects to position themselves differently.


Este artículo busca tensionar el significante utopía, a partir de una articulación con la estética. Para eso, dialogamos específicamente con el lenguaje cinematográfico, asumiendo la premisa de que no aplicamos el Psicoanálisis al cine, sino el cine al Psicoanálisis, para construir un camino a través del cual podamos escuchar los significantes en su equívoco. Con el surgimiento de una utopía estética, la cual ilustramos con el realismo socialista, entendemos que una politica de lenguaje estricta fue colocada en escena, restringiendo los juegos con los significantes y, por lo tanto, las posibilidades discursivas. Sin embargo, en los enredosn de la cultura, entre cierres y (re)aperturas, puede tomar forma una estética utópica, la cual ponemos en discusión a partir del cine de Tarkovsky, que apuesta por un lenguaje cinematográfico fuera de los dictámenes estéticos actuales. En este sentido, lo que está en juego es la dimensión inventiva del lenguaje, el pulso de los significantes que convocan a los sujetos a diferentes posturas.


Subject(s)
Psychoanalysis , Utopias , Culture , Esthetics , Motion Pictures
8.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 24(4): 523-542, out.-dez. 2021.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1361060

ABSTRACT

Este artigo origina-se da inquietação dos autores diante dos debates em torno da adolescência atual. Partindo de três filmes lançados em 2016 (Raw, Demônio de neon e Mate-me por favor), propomos um debate sobre o atual da adolescência como aquilo que não cessa de não se escrever. Em termos metodológicos, consideramos os momentos em que assistimos aos filmes como um sonho recorrente e seus relatos como uma "elaboração secundária", onde rearranjamos seus significantes. Observamos, assim, alguns temas transversais: um jogo escópico frequentemente aprisionado em uma dimensão especular, canibalismo e a presença de um gozo erótico mórbido. Por fim, enlaçamos esses elementos com o intuito de formular uma pergunta: a proliferação de discursos sobre a adolescência consistiria em um esforço, sempre fracassado, de nomear o inominável?


This article concerns the debates about contemporary adolescence. Based on three feature films released in 2016 (Raw, The Neon Demon and Kill me please), it discusses the actual of adolescence, understood as that which does not stop not writing itself. Methodology involves considering the moments when we watched the movies as a recurring dream and their narratives as a "secondary elaboration", rearranging their signifiers. As a result, some transversal themes were observed: the capture of the subject in his own specular image, cannibalism and morbid-erotic jouissance. Finally, we connect these elements to formulate the following question: would the proliferation of discourses about adolescence be an ever-failed effort to name something that cannot be named?


Cet article découle de l'inquiétude des auteurs face aux débats autour de l'adolescence actuelle. À partir de trois films sortis en 2016 (Grave, The Neon Demon et Tue-moi, s'il te plaît), nous proposons un débat sur l'actuel de l'adolescence comme ce qui ne cesse pas de ne pas s'écrire. En termes méthodologiques, nous considérons les moments où nous regardons les films comme un rêve récurrent et leurs narratives comme une "élaboration secondaire", ce qui nous permet de réorganiser leurs signifiants. Nous observons ainsi quelques thèmes transversaux: un jeu scopique souvent piégé dans une dimension spéculaire, le cannibalisme et la présence d'une jouissance érotique morbide. Enfin, nous lions ces éléments pour poser une question: la prolifération des discours sur l'adolescence consisterait-elle en une tentative toujours vaine de nommer l'innommé?


Este artículo surge de la inquietud de los autores frente a los debates relacionados a la adolescencia actual. A partir de tres películas lanzadas en 2016 (Voraz, El demonio neón y Mátame por favor), proponemos un debate sobre lo actual de la adolescencia como aquello que no deja de no escribirse. En términos metodológicos, consideramos los momentos en que vemos las películas como un sueño recurrente y sus relatos como una "elaboración secundaria", donde reemplazamos sus significantes. De este modo, observamos algunos temas transversales: un juego escópico a menudo atrapado en una dimensión especular, canibalismo y presencia de un goce erótico mórbido. Finalmente, enlazamos estos elementos para hacer una pregunta: ¿La proliferación de discursos sobre la adolescencia consistiría en un intento,siempre fallido, de nombrar lo innombrable?

9.
Av. psicol. latinoam ; 39(2): 1-15, may.-ago. 2021.
Article in Portuguese | LILACS, COLNAL | ID: biblio-1367017

ABSTRACT

Este artigo recupera alguns momentos importantes dos encontros e desencontros entre a psicanálise e a Revo-lução Russa. Não é casualidade o fato de a psicanálise ter um papel crucial nos primeiros anos da revolução, abrindo espaço para reflexões sobre o novo homem soviético. E é por essa via que Wilhelm Reich visita a urss, em 1929, afirmando que muitas das mudanças introduzidas pela revolução iam ao encontro de suas teorias. No entanto, pouco depois critica o retrocesso no campo da sexualidade, ocorrido a partir dos anos 1930, ao qual atribui importante papel na burocratização da revolução. Nesse sentido, Reich não difere muito de Freud que, em diversos momentos de seu percurso intelectual, faz menção à experiência soviética, mos-trando-se cético no que concerne à univocidade das visões de mundo e ao caráter ilusório das promessas de extinção do mal-estar. Se consideramos relevante retomar esse debate, é porque ele coloca, para a psica-nálise, a questão de sua possibilidade de escutar vozes historicamente proletarizadas e, para os revolucionários sociais, o problema de sustentar um discurso que não se deixe seduzir pela tentação totalizante


Este artículo recupera algunos momentos importantes de los encuentros y desajustes entre el psicoanálisis y la Revolución rusa. No es casualidad que el psicoanálisis haya jugado un papel crucial en los primeros años de la Revolución, haciendo espacio para la reflexión sobre el nuevo hombre soviético. De esta manera es que Wilhelm Reich visita la URSS en 1929, afirmando que muchos de los cambios introducidos por la Revolución estaban en línea con sus teorías. Sin embargo, poco después critica el retroceso en el campo de la sexualidad, que ocurrió desde la década de 1930, al que le atribuye un papel importante en la burocratización de la Revolución. En este sentido, Reich no difiere mucho de Freud, quien en varios puntos de su carrera intelectual hace referencia a la experiencia soviética y es escéptico sobre la univocidad de las cosmovisiones y el carácter ilusorio de las promesas de extinción del malestar. Si consideramos relevante reanudar este debate, es porque plantea para el psicoanálisis la cuestión de su posibilidad de escuchar voces históricamente proletarizadas y, para los revolucionarios sociales, el problema de mantener un discurso que no sea seducido por la tentación totalizante


This article recovers some important moments of the encounters and mismatches between psychoanalysis and the Russian Revolution. It is no coincidence that psychoanalysis played a crucial role in the revolution's early years, making room for reflecting on the new Soviet man. So much so that Wilhelm Reich stated, when he visited the ussr in 1929, that many of the changes introduced by the revolution met his theories. Shortly afterwards, however, he criticized the setback in the field of sexuality, which occurred in the 1930s, to which he attributed an important role in the bureau-cratization of the revolution. In this sense, Reich does not differ much from Freud, who, at various points in his intellectual career, referred to the Soviet experience and was skeptical of the world views' univocity and the illusory character of the promises of extinction of unease. We consider it relevant to resume this de-bate because it raises the question for psychoanalysis of its possibility to listen to historically proletarianized voices, and for social revolutionaries, the problem of sustaining a discourse that is not seduced by the totalizing temptation


Subject(s)
Humans , Psychoanalysis , Communism , Sexuality , Worldview
10.
Tempo psicanál ; 52(2): 103-126, jul.-dez. 2020.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1252256

ABSTRACT

Este artigo propõe-se examinar a atualidade de Hello Brasil!, livro do psicanalista Contardo Calligaris publicado pela primeira vez em 1991 e relançado em 2017. Traçando uma leitura crítica, propomo-nos a apresentar o contexto de produção da obra, destacar suas ideias principais, indicar suas potencialidades, assinalar os diálogos com outras produções e identificar seus limites teóricos. A partir dessas análises, que se inscrevem no domínio das interpretações psicanalíticas da cultura brasileira, postulamos que Hello Brasil! sustenta-se na hipótese do "déficit paterno" e do "Um" da função paterna. Tal esquema teórico requer que se retome com rigor o conceito "função paterna" como operador de análises da cultura.


This paper aims to examine the topicality of Hello Brasil!, book written by psychoanalyst Contardo Calligaris, published for the first time in 1991 and reissued in 2017. Adopting a critical approach, we intend to show the context in which the book was produced, highlight its mains ideas, indicate its stronger points, point out its connections with other works and identify its theoretical boundaries. From these analyzes, situated in the domain of psychoanalytic interpretations about Brazilian culture, we postulate that Hello Brasil! is sustained on the hypothesis of a "paternal deficit" and on the "One" of paternal function. Such a theoretical scheme requires that the concept "paternal function" be rigorously resumed as an operator on cultural analysis.


Cet article examine l'actualité de Hello Brasil!, livre du psychanalyste Contardo Calligaris, publié pour la première fois en 1991 et relancé en 2017. En traçant une lecture critique, nous proposons de présenter le contexte de production de l'œuvre, de souligner ses idées principales, d'indiquer ses potentialités, de marquer les dialogues avec d'autres productions et de identifier leurs limites théoriques. A partir de ces analyses, qui sont situés dans le domaine des interprétations psychanalytiques de la culture brésilienne, nous postulons que Hello Brasil! repose sur l'hypothèse du " déficit paternel " et du " Un " de la fonction paternelle. Un tel schéma théorique exige qu'on reprendre rigoureusement le concept " fonction paternelle " comme opérateur d'analyses de la culture.

11.
Psicol. clín ; 32(3): 495-514, set.-dez. 2020.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1149483

ABSTRACT

A autobiografia de Daniel Paul Schreber, intitulada Memórias de um doente dos nervos, publicada em 1903, dá a Freud subsídios para o aprofundamento de seus estudos sobre a paranoia, tendo como resultado a publicação, em 1911, do escrito Observações psicanalíticas sobre um caso de paranoia (dementia paranoides) relatado em autobiografia, obra crucial para a clínica psicanalítica das psicoses. A partir dessa produção, Lacan elabora conceitos fundamentais para uma clínica possível das psicoses. Por meio de uma leitura entremeada das memórias de Schreber e do comentário que Freud lhes dedica, e em diálogo com algumas proposições de Lacan acerca da clínica das psicoses, sugerimos que a obra de Schreber testemunha a potência da escrita como dispositivo na organização de um delírio psicótico. Nesse sentido, sustentamos a hipótese de que Schreber escritor (Schreiber, em alemão) é também Schreber precursor.


Daniel Paul Schreber's autobiography, Memoirs of My Nervous Illness, published in 1903, gives Freud further insights into his study of paranoia, resulting in the publication in 1911 of the Psychoanalytic notes on an autobiographical account of a case of paranoia (dementia paranoides), a crucial work for the psychoanalytical treatment of psychosis. Based on this production, Lacan elaborates fundamental concepts for a possible psychosis clinical work. By means of a reading of Schreber's memoirs entwined with Freud's commentary on them, and in dialogue with some of Lacan's propositions about the psychosis clinical practice, we suggest that Schreber's work testifies to the power of writing as a device in the organization of psychotic delusions. In this sense, we hold the hypothesis that Schreber, the writer (Schreiber, in German) is also Schreber, the precursor.


La autobiografía de Daniel Paul Schreber, titulada Memorias de un enfermo de nervios, publicada en 1903, da a Freud subsidios para la profundización de sus estudios sobre la paranoia, teniendo como resultado la publicación en 1911 del escrito Observaciones psicoanalíticas sobre un caso de paranoia (dementia paranoides) autobiográficamente descrito, obra crucial para la clínica psicoanalítica de las psicosis. A partir de esa producción, Lacan elabora conceptos fundamentales para una clínica posible de las psicosis. Por medio de una lectura intercalada de las memorias de Schreber y del comentario que Freud les dedica, y en diálogo con algunas proposiciones de Lacan acerca de la clínica de las psicosis, sugerimos que la obra de Schreber testimonia la potencia de la escrita como dispositivo en la organización de un delirio psicótico. En ese sentido, sostenemos la hipótesis de que Schreber escritor (Schreiber, en alemán) es también Schreber precursor.

12.
Estilos clín ; 25(2): 280-296, maio-ago. 2020.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1286387

ABSTRACT

Este artigo tem origem em debates atuais em torno da adolescência. Nesses debates, ele assume a premissa teórica de que a adolescência é uma construção cultural, isto é, de que uma noção de adolescência sempre é tributária do contexto que a define. A fim de escutar discursos sociais sobre esse tema, nos debruçamos sobre alguns estudos históricos acerca da adolescência, assim como sobre algumas produções culturais que participaram da formulação do que se entende por adolescência em cada tempo. A partir das transformações e repetições encontradas, definimos as seguintes categorias de análise, que nos parecem cruciais na compreensão do objeto de nosso estudo: adolescência e rituais de iniciação; marcas iniciais; juventude temida; metáfora da mudança social; subcultura adolescente. Por fim, sugerimos que a adolescência talvez seja, em nossas sociedades, uma dobradiça entre as angústias que conjuramos e a possibilidade de encontrar um destino simbólico para essas angústias.


Este artículo se deriva de los debates actuales sobre la adolescencia. En estos debates, asume la premisa teórica de que la adolescencia es una construcción cultural, es decir, que una noción de adolescencia siempre depende del contexto que la define. Para escuchar discursos sociales sobre este tema, examinamos algunos estudios históricos sobre la adolescencia, así como algunas producciones culturales que participaron en la formulación de lo que se entiende por adolescencia en cada momento. A partir de las transformaciones y repeticiones encontradas, definimos las siguientes categorías de análisis, que parecen cruciales para comprender el objeto de nuestro estudio: la adolescencia y los rituales de iniciación; marcas iniciales; juventud temida; metáfora del cambio social; subcultura adolescente. Finalmente, sugerimos que la adolescencia puede ser, en nuestras sociedades, una bisagra entre las ansiedades que conjuramos y la posibilidad de encontrar un destino simbólico para estas ansiedades.


This paper finds its origins in recent debates about adolescence. It takes as a theoretical premise that the concept of adolescence is built by each culture. In other words, we assume that what is meant as adolescence always depends of the context where it takes its origin. In order to listen social speech about this subject, we focus our efforts over some historical studies regarding the adolescence, as well as over some of the cultural productions that formulated what each historical time meant as adolescence. From the transformations and repetitions found, we define the following categories, which seem crucial regarding our object of study: initiation rituals and adolescence; initial marks; feared youth; metaphor of social change; and teenage subculture. Finally, we suggest that adolescence may be, in our societies, as a hinge between the anxieties we conjure and the possibility of finding a symbolic destination for these anxieties.


Subject(s)
Humans , Adolescent , Adolescent , Culture , History
13.
Psicol. rev ; 28(2): 443-467, dez. 2019.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1395687

ABSTRACT

No presente artigo, os autores investigam a relação entre cinema e psicanálise a partir de um capítulo peculiar dessa história secular: o silêncio textual de Freud a respeito da sétima arte. Primeiramente, nós examinamos os encontros e desencontros do fundador da psicanálise com o universo cinematográfico, contrastando a ausência do cinema na produção textual freudiana com as tentativas de aproximação de psicanalistas contemporâneos a Freud. Também exploramos a produção de "Segredos de uma alma", o primeiro filme empenhado em colocar na grande tela o método psicanalítico - uma iniciativa que não contou com a simpatia de Freud. Além disso, analisamos também a própria configuração do cinema em seus momentos iniciais, cujo formato colocava em realce a dimensão do registro visual em detrimento do campo da palavra, objeto privilegiado no trabalho analítico. A partir desse percorrido, os autores propõem algumas hipóteses e consequências teóricas acerca do eloquente silêncio textual de Freud sobre o cinema.


In this paper, the authors research the relationship between cinema and psychoanalysis based on a peculiar chapter in history: Freud's textual silence concerning the seventh art. First, we look into the matches and mismatches between the founder of psychoanalysis and the cinematic universe, contrasting the absence of movies in the Freudian texts with the attempts of approximation made by other psychoanalysts from Freud's time. We also explore the produc-tion of Secrets of a soul, the first movie dedicated to rendering the psycho-analytical method on the big screen ­ an enterprise that was not endorsed by Freud. . Furthermore, we examine the onset of cinema when its format used to emphasize the visual domain over the field of speech (privileged object in the psychoanalytical labor). This journey leads to the authors proposing a hypothesis and some of the theoretical consequence that Freud's meaningful silence about cinema have instigated.


En el presente artículo, los autores investigan la relación entre el cine y el psicoanálisis a partir de un capítulo peculiar de esa historia centenaria: el silencio textual de Freud acerca del séptimo arte. En primer lugar, examinamos los encuentros y desencuentros del fundador del psicoanálisis con el universo cinematográfico, contrastando la ausencia del cine en la producción textual freudiana con los intentos de aproximación de psicoanalistas contemporáneos a Freud. También exploramos la producción de "Secretos de un alma", la primera película empeñada en poner en la pantalla el método psicoanalítico ­ inicia-tiva que no contó con la simpatía de Freud. Además, analizamos también la propia configuración del cine en sus momentos iniciales, cuyo formato ponía en relieve la dimensión del registro visual en detrimento del campo de la palabra, objeto privilegiado en el trabajo analítico. A partir de ese recorrido, los autores proponen algunas hipótesis y consecuencias teóricas acerca del elocuente silencio textual de Freud sobre el cine.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Psychoanalysis , Freudian Theory , Motion Pictures
14.
Rev. polis psique ; 9(3): 133-151, set.-dez. 2019. ilus
Article in Portuguese | INDEXPSI, LILACS | ID: biblio-1127171

ABSTRACT

Este artigo analisa a interpretação de Charles Melman sobre a colonização brasileira, apresentando sua leitura psicanalítica da clássica obra de Gilberto Freyre, Casa-grande e senzala, a partir do conceito lacaniano discurso do mestre. Nesse percurso teórico, introduzimos os principais elementos conceituais que sustentaram a interpretação de Melman sobre a cultura brasileira: verticalização discursiva, sexualidade colonial fundada no sadomasoquismo e proposição de uma psicopatologia da colonização. Posteriormente, discutimos o contraponto realizado por alguns psicanalistas, no que concerne a essa intepretação do Brasil, e contextualizamos as controvérsias entre psicanálise e colonialidade, apontando a declinologia francesa (hipótese do declínio da função paterna) como uma reedição do eurocentrismo colonial. Por fim, relançamos a pergunta que orienta a escrita deste trabalho: pode uma interpretação psicanalítica consistir em um ato de colonialidade?


This paper shows an analysis of Charles Melman's interpretation about Brazilian colonization, presenting his psychoanalytical reading of Gilberto Freyre's book The masters and the slaves, using as lead the Lacanian concept of the master's discourse. During this theoretical path, we introduce the main conceptual elements that sustain Melman's interpretation about Brazilian culture: the verticalization of discourse, colonial sexuality founded on sadomasochism and the proposition of a psychopathology of colonization. Later on, we discuss the counterpoint made by some psychoanalysts, concerning such interpretation about Brazil, as well as we contextualize the controversies between psychoanalysis and coloniality, pointing to the French declinology (the paternal function decline hypothesis) as a new version of colonial eurocentrism. Finally, we ask again the question that guides the writing of this paper: can a psychoanalytical interpretation be a coloniality act?


Este artículo analiza la interpretación de Charles Melman sobre la colonización brasileña, presentando su lectura psicoanalítica de la clásica obra de Gilberto Freyre, Los maestros y los esclavos, a partir del concepto lacaniano discurso del maestro. En este recorrido teórico, introducimos los principales elementos conceptuales que sostuvieron la interpretación de Melman sobre la cultura brasileña: verticalización discursiva, sexualidad colonial fundada en el sadomasoquismo y proposición de una psicopatología de la colonización. En seguida, discutimos el contrapunto realizado por algunos psicoanalistas, en lo que concierne a esa interpretación del Brasil, y contextualizamos las controversias entre psicoanálisis y colonialidad, apuntando a la declinología francesa (hipótesis del declive de la función paterna) como una reedición del eurocentrismo colonial. Por último, relanzamos la pregunta que orienta la escritura de este trabajo: ¿puede una interpretación psicoanalítica consistir en un acto de colonialidad?


Subject(s)
Psychoanalytic Interpretation , Colonialism , Culture , Brazil
15.
Tempo psicanál ; 50(1): 277-300, jan.-jun. 2018.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-962785

ABSTRACT

Este ensaio questiona as razões pelas quais o filme O estudante de Praga é frequentemente tomado como referência para abordar o conceito psicanalítico unheimlich. Propomos como pergunta: a experiência do estranho-familiar poderia ocorrer de acordo com o encadeamento fílmico? Com essa questão no horizonte, analisamos plano a plano uma cena, na qual o personagem Scapinelli visita o quarto do protagonista Balduin e lhe oferece uma quantia em dinheiro em troca de qualquer coisa do estudante que esteja no local. O jovem perde sua imagem especular, que se torna seu duplo, fenômeno apontado por Freud como um dos motivos para o surgimento do afeto unheimlich. Ao dispor-se a renunciar ao florete, que garante a Balduin o registro do Ideal do eu, constatamos que o estudante fica refém de um jogo de imagens que favorece o surgimento da experiência do unheimlich.


This essay questions the reasons why the movie The student of Prague is frequently taken as reference to approach the unheimlich psychoanalytic concept. We propose as a question: could an uncanny experience occur according to the filmic chain? With this question on the horizon, we analyze shot to shot a scene, in which Scapinelli character visits the Balduin's room, the main character, and offers him an amount of money in exchange for anything in the place that belongs to the student. Balduin loses its mirror image, which becomes a doppelganger, phenomenon pointed by Freud as one of the causes for the appearance of unheimlich. When willing to waive his rapier, which guarantees to Balduin the ego's ideal record, the student becomes hostage of an image game, which favors the unheimlich experience.


Este ensayo cuestiona las razones por las que la película El estudiante de Praga es a menudo tomada como referencia para abordar el concepto psicoanalítico unheimlich. Proponemos como pregunta: ¿la experiencia del siniestro-familiar podría ocurrir de acuerdo con el encadenamiento fílmico? Con esta cuestión en el horizonte, analizamos plan a plan una escena, en la que el personaje Scapinelli visita la habitación del protagonista Balduin y le ofrece una cantidad en dinero a cambio de cualquier cosa del estudiante que esté en el lugar. El joven pierde su imagen especular, que se convierte en su doble, fenómeno señalado por Freud como uno de los motivos para el surgimiento del afecto unheimlich. Al disponerse a renunciar al florete, que garantiza a Balduin el registro del Ideal del yo, constatamos que el estudiante queda rehén de un juego de imágenes que favorece el surgimiento de la experiencia del unheimlich.

16.
Psicol. rev. (Belo Horizonte) ; 24(2): 506-523, maio-ago. 2018.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1040877

ABSTRACT

Neste escrito, visamos a explorar os desdobramentos da figura do autômato no cinema e o fascínio que ele desperta. Sob a forma de ensaio, traçamos a genealogia do autômato na cultura, da Grécia antiga a Hollywood, e examinamos sua aparição ao longo da história do cinema, assinalando alguns dos filmes em que suas diversas facetas encontram-se representadas. Do precipitado formado pela incidência fílmica do autômato, sublinhamos os traços conferidos na Contemporaneidade a essa composição, acentuando a filiação ao homem, a natureza robótica e a obediência ao desígnio. Dialogando com a psicanálise, examinamos o conceito de duplo e de compulsão à repetição, assinalando a figura do autômato como duplo do sujeito da Contemporaneidade, encarnando a fantasia de denegação do mal-estar produzida como legado do tecnicismo, do cientificismo e do capitalismo tardio. Concluímos que os autômatos do cinema desvelam uma verdade sob o caráter de ficção: os sujeitos da Contemporaneidade fantasiam os ideais da condição maquínica.


In this article we intend to explore the displays of automaton figure on movies and the passion it arouses. Written in the form of an essay, this paper traces the automaton genealogy inside our culture, from Ancient Greece to Hollywood, and his presence in cinema history, pointing out some of the movies where its multiple appearances are represented. We have highlighted from the automaton occurrence on movies, the traces checked at contemporary times in this composition, underlining the filiation to mankind, the robotic nature and the submission to fate. Keeping a dialogue with psychoanalytical theory, the authors explore the concepts of the double and the repetition compulsion, marking the automaton figure as a double of the contemporary subject, embodying the fantasy of denying the uneasiness produced as a legacy of technicality, scientism and late capitalism. Our conclusion is that the movies automata unveil the truth hiding under the status of fiction: contemporary subjects fantasize the ideals of machinic condition


En este escrito nos proponemos estudiar, con la ayuda del psicoanálisis, los desdoblamientos de la figura del autómata en el cine y la fascinación que provoca. En forma de ensayo, rastreamos la genealogía del autómata en la cultura, desde la antigua Grecia a Hollywood, y su aparición en la historia del cine, enumerando algunas de las películas en las que sus diversas facetas son representadas. De la observación de la incidencia del autómata en películas, se destacan los rasgos que hoy en día son conferidos para esta composición, subrayando la filiación al hombre, la naturaleza robótica y la obediencia a su destino. Dialogando con el psicoanálisis, examinamos los conceptos de doble y de compulsión de repetición, teniendo en cuenta el autómata como el doble del sujeto de la actualidad, que incorpora la fantasía de negación del malestar producida como un legado del tecnicismo, del cientificismo y del capitalismo tardío. Llegamos a la conclusión de que los autómatas del cine dieron a conocer una verdad bajo el status de ficción: los sujetos contemporáneos fantasean con los ideales de la condición maquínica.


Subject(s)
Psychoanalysis , Motion Pictures , Automation
17.
Psicol. USP ; 29(1): 78-86, jan.-abr. 2018.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-895693

ABSTRACT

Resumo O que a cultura pop tem a dizer sobre os sujeitos de nosso tempo? Neste ensaio, os autores propõem uma via de leitura das produções da cultura pop apostando que, na contemporaneidade, ela floresce, no território tradicionalmente reservado à mitologia, como enunciante dos modos de subjetivação. Retomando a abordagem psicanalítica dos mitos a partir de Freud e Lacan, observa-se que a função de recobrir o Real do desamparo, em um tempo que se crê racionalista, passa a ser desempenhada por ficções que deixam rastros e possibilitam, através da variância e da repetição, desvelar a estrutura subjacente que lhes engendra. Por fim, propõe-se que, se essas produções são consumidas com tamanha voracidade, é porque dizem algo sobre os sujeitos que a elas se lançam - ou seja, sobre a subjetividade desta época.


Résumé Qu'est-ce que la culture pop peut dire sur les sujets de notre temps ? Dans cet essai, les auteurs proposent une voie de lecture des productions de la culture pop en pariant que, dans la contemporanéité, elle fleurit dans le territoire traditionnellement réservé à la mythologie comme énonciateur des modes de subjectivation. Si l'on reprend l'approche psychanalytique sur les mythes à partir de Freud et Lacan, on observe que la fonction de recouvrir le Réel de la détresse, dans un temps qu'on croit rationaliste, est accomplie par des fictions qui laissent des traces et permettent, grâce à la variance et à la répétition, de révéler la structure sous-jacente qui les engendre. Enfin, on propose que, si ces productions sont consommées avec une telle voracité, c'est parce qu'elles disent quelque chose sur les sujets qui sur elles se lancent - c'est-à-dire sur la subjectivité d'une époque.


Resumen ¿Qué tiene que decir la cultura pop sobre los sujetos de nuestro tiempo? En este ensayo, los autores proponen una vía de lectura de las producciones de la cultura pop asumiendo que, hoy en día, ella florece, en el territorio reservado tradicionalmente a la mitología, como enunciante de los modos de subjetivación. Al reanudar el enfoque psicoanalítico de los mitos de Freud y Lacan, se observa que la función de recubrir lo real del desamparo, en un tiempo que se cree racionalista, pasa a ser desempeñada por ficciones que dejan huellas y hacen posible, a través de la varianza y la repetición, develar la estructura subyacente que las engendra. Por último, se propone que, si estas producciones se consumen con tanta voracidad, es porque dicen algo sobre los sujetos que a ellas se arrojan, es decir, sobre la subjetividad de esta época.


Abstract What does pop culture have to say about the subjects of our time? In this article, the authors propose a way of reading the productions of pop culture betting that, in the contemporaneity, it flourishes, in the territory traditionally reserved for mythology, as enunciator of the modes of subjectivation. In the psychoanalytic approach of myths from Freud and Lacan, the function of covering the Real of the helplessness, in a rationalist era, is played by fictions that leave traces and make it possible, through variance and repetition, to unveil the underlying structure that engenders them. Finally, it is proposed that if these productions are consumed with such voracity, it is because they say something about the subjects who are targeted - that is, about the subjectivity of this time.


Subject(s)
Psychoanalysis , Popular Culture , Mythology
18.
Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 17(1): 225-237, jan.-abr. 2017.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-915741

ABSTRACT

O artigo propõe-se a pensar algo do pathos da Modernidade ­ a paixão pelo autômato ­, à luz do conceito nietzschiano Morte de Deus. Nesse sentido, toma como matéria de análise dois clássicos do cinema de ficção científica: 2001: uma odisseia no espaço, de Stanley Kubrick, e Blade runner, de Ridley Scott. Se a paixão pelo autômato consiste em uma forma do sujeito moderno denegar a finitude, nos filmes em debate tal condição é elaborada de um modo muito singular. 2001 e Blade runner oferecem ao espectador a possibilidade de resistir à assunção dessa inclinação da subjetividade moderna. Em 2001, o autômato é demasiado humano e uma narrativa trágica promove outro modo de enfrentar a finitude. Em Blade runner, o autômato é o portador das angústias fundamentais do sujeito moderno ­ origem e finitude ­ e a identificação a ele permite ao espectador ir além do homem. (AU)


The article proposes to address an issue from Modernity pathos ­ the passion for the automaton ­, in the light of Nietzschian Death of God concept. In this sense, it analyses two science fiction classic movies: 2001: a space odyssey, by Stanley Kubrick, and Blade runner, by Ridley Scott. If passion for the automaton consists in a form of the modern subject to deny finitude, in the films here discussed such condition is elaborated in a very peculiar way. 2001 and Blade runner offer the spectator the possibility of resisting the assumption of such tendency of modern subjectivity. In 2001, the automaton is too human and a tragic narrative promotes another way of tackling finitude. In Blade runner, the automaton is the bearer of fundamental anguishes of the modern subject ­ origin and finitude ­ and by identifying with him the viewer is allowed to go beyond man. (AU)


El artículo se propone a pensar algo respecto al pathos de la Modernidad ­ la pasión por lo autómata ­ bajo el concepto de Nietzsche Muerte de Dios. En este sentido, el análisis toma como materia dos clásicos del cine de ciencia ficción: 2001: una odisea del espacio, de Stanley Kubrick, y Blade runner, de Ridley Scott. Si la pasión por lo autómata consiste en una forma del sujeto moderno denegar la finitud, en esas películas tal condición es elaborada de una manera muy singular. 2001 y Blade runner ofrecen al espectador la posibilidad de resistir a la asunción de tal inclinación de la subjetividad moderna. En 2001, el autómata es demasiado humano y una narrativa trágica promueve otro modo de enfrentar la finitud. En Blade runner, el autómata es el portador de las angustias fundamentales del sujeto moderno ­ de origen y finitud ­ y la identificación a él le permite al espectador ir más allá del hombre. (AU)


Subject(s)
Psychoanalysis , Motion Pictures
19.
Rev. Subj. (Impr.) ; 17(1): 1-11, jan. 2017.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-897073

ABSTRACT

A partir de algumas reflexões freudianas sobre a arte, o artigo pergunta pelas condições de possibilidade de uma pesquisa psicanalítica do cinema. É possível pensar a imagem cinematográfica como linguagem? A fim de enfrentar este problema, este trabalho debruça-se sobre os fundamentos teórico-metodológicos do conceito linguagem cinematográfica, tal como pensado pela semiótica do cinema, de Christian Metz, e pela análise fílmica, de Raymond Bellour. É nos marcos dessas elaborações que, no início dos anos 1970, floresce uma intensa pesquisa sobre as articulações possíveis entre psicanálise e cinema. Nela, coloca-se o problema dos efeitos subjetivantes dessa linguagem singular. Ao adotar a premissa lacaniana de que a linguagem oferece ao infans a possibilidade de resistir à captura pela imagem, por meio da enunciação de si, o artigo avança algumas proposições de cunho metodológico acerca de uma singular orientação de pesquisa, que denomina análise fílmica psicanalítica.


From some Freudian reflections on art, the article asks about the conditions of possibility of a psychoanalytic research of the cinema. Is it possible to think of the cinematographic image as a language? In order to address this problem, this paper focuses on the theoretical-methodological foundations of the cinematic language concept, as thought by Christian Metz's semiotics of cinema, and by film analysis by Raymond Bellour. It is within the framework of these elaborations that, in the early 1970s, intense research on the possible articulations between psychoanalysis and cinema appears. In it, one poses the problem of the subjective effects of this singular language. By adopting the Lacanian premise that language offers the infans the possibility of resisting the capture by the image, through the enunciation of itself, the article advances some methodological propositions about a singular orientation of research that denominates psychoanalytic filmic analysis.


Partiendo de algunas reflexiones freudianas sobre el arte, este artículo pregunta por las condiciones de posibilidad de una investigación psicoanalítica en el cinema. ¿Es posible pensar la imagen cinematográfica como lenguaje? Para enfrentar este problema, este trabajo se inclina sobre los fundamentos teóricos-metodológicos del concepto lenguaje cinematográfico, tal como fue pensado por la semiótica del cinema, de Christian Metz, y por el análisis fílmico, de Raymond Bellour. Es en el marco de estas elaboraciones que, en el inicio de los años 1970, florece una intensa investigación sobre las articulaciones posibles entre psicoanálisis y cinema. En ella se pone los efectos subjetivantes de este lenguaje singular. Al adoptar la premisa lacaniana de que el lenguaje ofrece al infans la posibilidad de resistir a la captura por la imagen, por medio de la enunciación de uno mismo, el artículo avanza algunas proposiciones de tema metodológico acerca de una singular orientación de investigación nombrada análisis fílmico psicoanalítico.


À partir de quelques réflexions de Freud sur l'art, cet article demande par les conditions de possibilité d'une étude psychanalytique du cinéma. Est-ce que c'est possible penser l'image cinématographique comme langage? Pour aborder ce problème, cet article analyse les fondements théoriques et méthodologiques de la notion de langage cinématographique, telle que conçue par la sémiotique du cinéma, de Christian Metz, et par l'analyse filmique de Raymond Bellour. Dans ces élaborations, au début des années 1970, il y a proliferation d'une intense recherche sur les articulations possibles entre la psychanalyse et cinéma. Dans cette recherche, il y a le problème des effets subjectivants de cette langage unique. En adoptant le principe lacanienne auquel le langage offre à l'infan la possibilité de résister à la capture de l'image, grâce à l'énonciation de lui-même, l'article met avance certaines propositions de nature méthodologique sur une unique orientation de recherche, appelée analyse cinématographique psychanalytique.


Subject(s)
Psychoanalytic Interpretation , Motion Pictures , Language
20.
J. psicanal ; 49(91): 227-239, dez. 2016. ilus
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-841381

ABSTRACT

Este artigo propõe-se a pensar o voyeurismo no cinema, tomando como modelo o filme Janela indiscreta, de Hitchcock. Nessa obra, um magistral movimento de câmera nos situa como voyeurs antes que apareça o personagem que assumirá esse lugar na narrativa. Com base na identificação do espectador com o protagonista, perguntamos: 1) a posição voyeur implica a supressão de outra expressão erótica?; 2) a posição voyeur é mortífera? Nossa hipótese, sustentada no uso da câmera como defesa pelo protagonista, é que a linguagem cinematográfica permite ao espectador resistir ao gozo da imagem e inscrever-se como sujeito.


This paper proposes a reflection on voyeurism in movies by taking as model the movie Rear window, directed by Hitchcock. In this movie, a masterful camera movement puts us in the position of voyeurs even before the appearance of the character who is going to occupy that position in the narrative. Based on the audience's identification with the protagonist, we raise questions as follows, 1) Does the voyeur position imply the suppression of other erotic expression? 2) Is the voyeur position deadly? Our hypothesis, sustained by using the camera as the protagonist's defense, is that the film language enables the viewer to resist from enjoying the image, and allows him to inscribe himself as subject.


En este artículo se propone una reflexión acerca del voyeurismo en el cine, tomando como modelo la película La ventana indiscreta, de Hitchcock. En esa obra, un magistral movimiento de la cámara nos pone como voyeurs antes de que aparezca el personaje que tendrá ese lugar en la narrativa. A partir de la identificación del espectador con el protagonista, nos preguntamos: 1) la posición voyeur ¿implica la supresión de otra expresión erótica? 2) la posición voyeur ¿es mortífera? Nuestra hipótesis, apoyada en el uso de la cámara como defensa por parte del protagonista, es que el lenguaje cinematográfico permite al espectador resistir al goce de la imagen e inscribirse como sujeto.


Cet article propose de penser le voyeurisme au cinéma, en prenant comme modèle le film Fenêtre sur cour, d'Hitchcock. Dans cette œuvre, un magistral mouvement de caméra nous situe comme voyeurs avant l'apparition du personnage qui va prendre cette place dans le récit. À partir de l'identification du spectateur avec le personnage principal, on se demande: 1) la position voyeur, implique-t-elle une suppression de l'autre expression érotique?; 2) la position voyeur, est-elle meurtrière? Notre hypothèse, appuyée sur l'usage de la caméra comme défense par le personnage principal, c'est que le langage cinématographique permet au spectateur de résister à la jouissance de l'image et de s'inscrire comme sujet.


Subject(s)
Psychoanalysis
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL