ABSTRACT
Dentre os vasoconstritores adrenérgicos, a epinefrina é a mais indicada no atendimento a pacientes com hipertensão controlada no estágio I ou II. Quando utilizada em doses terapêuticas e evitando-se a administração intravascular, as alterações pressóricas que podem ocorrer, como a elevação da pressão sistólica, são compensadas por uma redução da resistência vascular periférica e, conseqüentemente, diminuição da pressão diastólica. Portanto, a preocupação deve ser com o aumento na concentração sangüínea de catecolaminas, em função de uma sobredosagem e/ou administração intravascular inadvertida, principalmente se associados a elevado grau de estresse e de ansiedade. A potencialização dos seus efeitos sistêmicos pode estar ainda relacionada a interações medicamentosas em pacientes que fazem uso de anti-hipertensivos do tipo beta-bloqueadores não-seletivos ou diuréticos não caliuréticos, que poderiam estar mais suscetíveis a possíveis precipitações de episódios hipertensivos motivados por estes vasoconstritores. Anamnese bem detalhada, anestesia mais eficaz com a associação do vasoconstritor epinefrina, bem como controle da ansiedade e do medo frente a um tratamento odontológico são benéficos no atendimento a pacientes hipertensos