ABSTRACT
Subject(s)
Adult , Aged , Aged, 80 and over , Child , Child, Preschool , Female , Humans , Infant , Male , Middle Aged , Young Adult , Status Epilepticus/mortality , Age Factors , Anticonvulsants/therapeutic use , Electroencephalography , Midazolam/therapeutic use , Prognosis , Retrospective Studies , Risk Factors , Sex Factors , Seizures/physiopathology , Status Epilepticus/drug therapy , Status Epilepticus/physiopathology , Treatment OutcomeABSTRACT
Atividade occipital delta rítmica intermitente (AODRI) é considerada fator de bom prognóstico em crises de ausência típica (AT). Neste estudo relatamos a evolução eletroclínica de 14 pacientes com AT e AODRI que realizaram vídeo-EEG. Sete pacientes eram do sexo feminino; nove tinham epilepsia ausência da infância e os outros não apresentavam características eletroclínicas para classificação sindrômica de acordo com a classificação da ILAE (1989). Picnolepsia foi relatada em 13; AT foi o único tipo de crise em 13; um tinha crises generalizadas TCG e três, abalos mioclônicos durante AT. Monoterapia com VPA controlou as crises em 11, diVPA e ESM, em um cada. Após o controle das crises, o EEG normalizou em 10; em três, complexos de espícula-onda (CEO) persistiram, acompanhados por AODRI em um. Finalmente em outro, as crises não foram controladas, persistindo CEO e AODRI. Concluindo, observamos nesta série de AT e AODRI, com início antes dos 10 anos, picnolepsia freqüente e poucas crises TCG. VPA controlou as crises na maioria dos casos e o EEG normalizou em 76,92%. Sugerimos que AODRI possa ser considerada um fator de bom prognóstico em AT associada a CEO e de possível natureza epileptiforme, levando por sua vez, à investigação apropriada.
Subject(s)
Adolescent , Child , Child, Preschool , Female , Humans , Infant , Male , Delta Rhythm , Epilepsy, Absence/physiopathology , Anticonvulsants/therapeutic use , Electroencephalography , Epilepsy, Absence/drug therapy , Valproic Acid/therapeutic useABSTRACT
ANTECEDENTES: O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência da epilepsia na população urbana de São José do Rio Preto, com 336000 habitantes, localizada no noroeste do Estado de São Paulo/ Brasil. MÉTODO: O estudo populacional, tipo corte transversal, em amostra aleatória, constituiuse de uma fase de rastreamento, mediante um questionário. O padrão ouro para confirmação diagnóstica foi a história clínica e o exame neurológico. Os testes do c2 e intervalo de confiança de 95% (IC95%) foram usados para análise dos resultados, tendo sido considerados significantes os de valor p< 0,05. RESULTADOS: A amostra estudada foi de 17293 pessoas, cuja distribuição quanto ao sexo, à faixa etária e à raça foram semelhantes à da população em geral. A prevalência de epilepsia por 1000 hab. foi 18,6, sendo 8,2 para ativa considerandose, pelo menos, uma crise no período dos últimos 2 anos. A prevalência na faixa etária de 0 a 4 anos foi 4,9, de 5 a 14, 11,7; de 15 a 64, 20,3; e acima dos 65 anos foi 32,8. CONCLUSÃO: As prevalências de epilepsia acumulada e ativa foram elevadas, semelhantes às dos países em desenvolvimento, em particular, aos da América Latina. A prevalência de epilepsia na infância foi baixa, enquanto que nos idosos foi elevada, semelhantes às observadas em países desenvolvidos. Estes resultados são relevantes no planejamento de medidas sanitárias, adequação ao tratamento da população, considerando a alta prevalência encontrada, para minimizar o impacto da epilepsia na população.
Subject(s)
Adolescent , Adult , Aged , Child , Child, Preschool , Female , Humans , Infant , Infant, Newborn , Male , Epilepsy/epidemiology , Urban Population , Age Distribution , Brazil/epidemiology , Epidemiologic Methods , Population Surveillance , Surveys and QuestionnairesABSTRACT
The aim of this study is to compare ILAE classification (1989) and Panayiotopoulos' criteria (1997) for absence epilepsies. We studied 455 typical absences (ILAE, 1981) by video-EEG in 43 patients with normal neurological and neuroradiological examinations and interictal EEG with spike-wave complexes higher than 2.5Hz. Syndromic diagnosis was possible in 60.5 percent and 67.4 percent of the patients using ILAE classification and Panayiotopoulos' proposal, respectively. According to ILAE criteria 19 patients had childhood absence epilepsy (CAE), five juvenile absence epilepsy (JAE), one juvenile myoclonic epilepsy (JME) and one epilepsy with specific modes of seizure precipitation. According to Panayiotopoulos' proposal, 10 had CAE, 14 JAE, one JME, three myoclonic absence epilepsy and one eyelid myoclonia with absences. We conclude that Panayiotopoulos' criteria and ILAE classification for absence epilepsies, which did not allow for the classification of 32.6 percent and 39.5 percent of cases, respectively, were still insufficient to classify all patients under specific diagnosis
Subject(s)
Humans , Infant , Child, Preschool , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Epilepsies, Myoclonic , Epilepsy, Absence , Age of Onset , Electroencephalography , Epilepsies, Myoclonic , Epilepsy, Absence , Follow-Up Studies , Myoclonic Epilepsy, Juvenile , Syndrome , Video RecordingABSTRACT
This is a retrospective study of 21 surgically treated patients with temporal lobe tumors and epilepsy. Evaluation included clinical data, EEG findings, structural scans, pathological diagnosis and post-surgical follow-up. There were 9 cases of ganglioglioma, 5 pilocytic astrocytoma, 3 ganglioneuroma, 2 dysembryoplastic neuroepithelial tumor, 1 pleomorphic xantoastrocytoma, and 1 meningioangiomatosis. Mean follow-up time was 22 months and outcome was evaluated according to Engel's classification; 76.2 percent were classified in class I and 23.8 percent in II and III. All patients classes II and III had been submitted to mesial and neocortical resections. There were no differences related to clinical characteristics, pathological diagnosis or duration of follow-up in patients seizure-free or not. All patients had abnormal MRI and ten of these had normal CT; the MRI characteristics were compared to pathological diagnosis and specific histological characteristics of the tumors were not discernible by MRI. We concluded that MRI was essential for the diagnosis and precise location of TL tumors. Ganglioglioma was the most frequent tumor and lesionectomy associated to mesial resection doesn't guarantee a better prognosis
Subject(s)
Humans , Male , Female , Child, Preschool , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Brain Neoplasms/surgery , Epilepsy, Temporal Lobe/surgery , Temporal Lobe/surgery , Brain Neoplasms/complications , Brain Neoplasms/diagnosis , Epilepsy, Temporal Lobe/diagnosis , Epilepsy, Temporal Lobe/etiology , Follow-Up Studies , Magnetic Resonance Imaging , Neoplasm Staging , Prognosis , Retrospective Studies , Tomography, X-Ray Computed , Treatment OutcomeABSTRACT
Descrevemos um caso de arritmia cardíaca como manifestaçao epiléptica. A monitorizaçao video-eletrencefalográfica de uma paciente com 34 anos de idade que apresentava episódios de perda de consciência permitiu a detecçao de períodos de assistolia como principal manifestaçao clínica, exigindo a implantaçao de marca-passo. O registro eletrencefalográfico concomitante mostrou atividade rítmica a 6-7 Hz de projeçao na regiao temporal esquerda. A ressonância magnética mostrou lesao expansiva no giro para-hipocampal esquerdo. Alteraçoes do ritmo cardíaco como taquicardia sinusal sao frequentes em crises epilépticas. A descriçao de bradicardia e/ou assistolia é rara. As conexoes das estruturas mesiais temporais com estruturas profundas como o hipotálamo devem ser responsáveis pelas manifestaçoes vegetativas durante crises epilépticas temporais
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Bradycardia/etiology , Epilepsy, Temporal Lobe/complications , Bradycardia/physiopathology , Electrocardiography , Epilepsy, Temporal Lobe/diagnosis , Epilepsy, Temporal Lobe/physiopathology , Magnetic Resonance Imaging , Temporal LobeABSTRACT
Onze pacientes do sexo masculino com epilepsia e queixa de alteração foram submetidos a avaliação multidisciplinar. A média de idade foi 27 anos (20-34), a duração média da epilepsia foi 19 anos (0,5-32) e a frequência média das crises foi duas por semana (0-7). Dez pacientes apresentavam crises parciais e um, mioclônicas. Dez pacientes recebiam drogas antiepilépticas (difenil-hidantoína - 1, carbamazepina - 8, clonazepam -3, clobazam -2, valproato -3, vigabatrina -1). Segundo os critérios do DSM III - R, as queixas foram disfunção erétil (9), redução da libido (4), froteurismo (4), inibição do orgasmo (3), ejaculação precoce (3), fetichismo (2), voyeurismo (2), exibicionismo (2), pedofilia (1) e aversão sexual (1). A avaliação endocrinológica mostrou hipogonadismo hipogonadotrófico em dois pacientes. A avaliação urológica revelou disfunção erétil orgânica em outros dois. Em um paciente a alteração sexual foi considerada psicogênica. Em seis pacientes não foi possível estabelecer diagnóstico etiológico definitivo. Este estudo mostra que a alteração da sexualidade na epilepsia é multifatorial e necessita de abordagem multidisciplinar.
Subject(s)
Humans , Male , Adult , Epilepsies, Myoclonic/physiopathology , Epilepsies, Partial/physiopathology , Sexual Dysfunction, Physiological/physiopathology , Epilepsies, Myoclonic/complications , Epilepsies, Partial/complications , Sexual Dysfunction, Physiological/etiologyABSTRACT
A epilepsia primária da leitura é forma rara de epilepsia reflexa, na qual a leitura age como estímulo específico paa o desencadeamento de crises. Os autores relatam o caso de um paciente do sexo masculino, com 18 anos de idade, apresentando há um ano abalos mioclônicos da mandíbula provocados exclusivamente pela leitura. Em um episódio no qual o paciente prosseguiu a leitura, os abalos se seguiram de crise tônico-clônica generalizada. O EEG, efetuado com métodos de ativaçäo rotineira, foi normal, enquanto o EEG registrado durante leitura mostrou descargas de espículas geralmente de baixa voltagem, bilaterais e síncronas, predominando nas regiöes frontocentrais, concomitantes à manifestaçäo clínica de mioclonias da mandíbula. O uso de clonazepam, na dose de 2mg diários, levou ao controle completo das crises e normalizaçäo do EEG num período de seguimento de 24 meses