ABSTRACT
Desde a década de 80, a psicologia brasileira vem elaborando possibilidades de atuação que consideram o contexto social como determinante dos processos de exclusão. Também neste período, o atendimento da criança pequena no Brasil - principalmente aquele oferecido nas creches - ganha destaque nas pesquisas, refletindo a importância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento humano e a demanda da sociedade que espera, dessas instituições, uma educação infantil de qualidade, como direito da criança. Relatamos aqui experiências de estágios supervisionados em creches, onde são desenvolvidas ações voltadas à re-significação crítica desses espaços e seus personagens. Verificamos que uma prática reflexiva, integradora dos conteúdos teóricos abordados durante a formação acadêmica, bem como o comprometimento social com questões presentes no cotidiano das instituições, são fatores que podem ser determinantes para superar a fragmentação característica de nossos cursos de psicologia e os modelos tradicionais de atuação profissional