ABSTRACT
A violência contra a mulher é historicamente concebida de maneira dual, onde há vítima e vitimizador. Todavia, o sistema familiar exerce importante função em nosso desenvolvimento, pois é dali que herdamos os nossos valores, crenças e aprendemos a nos relacionar com o mundo exterior. Portanto, por ser um fenômeno que ocorre dentro da vida intrafamiliar, deixa marcas em cada um dos membros inseridos neste núcleo familiar. Desta maneira, é importante compreender como tais questões se desenvolvem e se apresentam nas famílias e no casal, possibilitando ao profissional de saúde um olhar ampliado e qualificado. Sendo assim, o presente artigo tem como objetivo discutir a violência conjugal, com contribuições da teoria familiar sistêmica e seus benefícios para a atuação dos profissionais na atenção básica, através da educação permanente em saúde, efetivando a ação educativa através de processos coletivos de trabalho.
Violence against women has historically been conceived in a dual way, where there is a victim and victimizer. However, the family system plays an important role in our development, as it is from there that we inherit our values, beliefs and learn to relate to the outside world. Therefore, because it is a phenomenon that occurs within intra-family life, it leaves marks on each of the members inserted in this family nucleus. In this way, it is important to understand how such issues develop and present themselves in families and couples, allowing the health professional to have an expanded and qualified view. Therefore, this article aims to discuss conjugal violence, with contributions from systemic family theory and its benefits for the performance of professionals in primary care, through permanent health education, carrying out educational action through collective work processes.