ABSTRACT
O objetivo deste estudo foi analisar a vivência materna diante do diagnóstico da deficiência auditiva (DA) infantil, através do relato de caso do paciente A.A., atendido no Serviço de Atendimento Fonoaudiológico da Universidade Federal de Santa Maria. Na análise dos dados ficou evidenciado que os pais não retornaram às consultas agendadas para as avaliações audiológicas por receio do diagnóstico da DA. A intervenção fonoaudiológica iniciou-se quando o paciente já estava com 16 meses e o uso das próteses auditivas ocorreu aos 18 meses. A mãe relata que a primeira falha na TAN causou forte impacto emocional. Atualmente, grande parte das responsabilidades com a criança está concentrada na mãe, dentre elas a responsabilidade pelo uso e cuidados com as próteses auditivas. O paciente encontra-se em processo de aquisição oral, com emissões verbais de palavras isoladas e não foi exposto à língua de sinais. No caso relatado, o diagnóstico de DA poderia ter sido precoce, caso a família comparecesse aos atendimentos agendados. Considera-se importante que os profissionais que atuam com a criança, dentre eles o pediatra, estejam comprometidos com o diagnóstico precoce de DA e que os pais sejam conscientizados dos riscos da detecção tardia...