ABSTRACT
SUMMARY BACKGROUND: Investigation of syncope involves the use of electrophysiological study, particularly in patients with cardiac conduction disorder. There is conflicting evidence about the role of electrophysiological study in patients with Chagas disease. OBJECTIVE: The objective of this study was to evaluate the electrophysiological study findings in patients with Chagas disease and bundle branch block and/or divisional block presenting with syncope. METHODS: This is a retrospective study of patients with Chagas disease and cardiac conduction disorder who underwent electrophysiological study from 2017 to 2021 for the investigation of syncope in a tertiary hospital in São Paulo, Brazil. Those with non-interpretable ECG, known coronary artery disease, and/or other cardiomyopathies were excluded. HV interval and electrophysiological study-induced malignant ventricular arrhythmias data were analyzed. RESULTS: A total of 45 patients (60.2±11.29 years, 57.8% males) were included. The mean HV interval was 58.37 ms±10.68; 22.2% of the studied population presented an HV interval of ≥70 ms; and malignant ventricular arrhythmias were induced in 57.8% patients. The use of beta-blockers and amiodarone (p=0.002 and 0.036, respectively), NYHA functional class≥II (p=0.013), wide QRS (p=0.047), increased HV interval (p=0.02), Rassi score >6.5 (p=0.003), and reduced left ventricular ejection fraction (p=0.031) were associated with increased risk of inducible malignant ventricular arrhythmias. CONCLUSION: More than half of the patients with Chagas disease, syncope, and cardiac conduction disorder have inducible malignant ventricular arrhythmias. Prolonged HV interval was observed in only 20% of population. Wide QRS, prolonged HV, reduced ejection fraction, and higher Rassi score were associated with increased risk of malignant ventricular arrhythmias.
ABSTRACT
Resumo Fundamento A fibrilação atrial (FA) é classificada, de acordo com a amplitude das ondas fibrilatórias (f), em ondas finas (FAf) e ondas grossas (FAg). Objetivos Correlacionar a amplitude das ondas f com variáveis clínicas, laboratoriais, eletrocardiográficas e ecocardiográficas que indiquem alto risco de tromboembolismo e avaliar o seu impacto no sucesso da cardioversão elétrica (CVE). Métodos Estudo retrospectivo, observacional, que incluiu 57 pacientes com FA não valvar persistente submetidos a CVE. A amplitude máxima das ondas f foi aferida na derivação V1. FAg foi definida quando f≥1,0 mm e FAf quando f<1,0mm. Os achados foram correlacionados com as variáveis indicadas. Valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados FAg (n=35) associou-se a maior sucesso na CVE (94,3% vs. 72,7%, p=0,036) mesmo após ajuste para variáveis como idade e IMC (p=0,026, OR=11,8). Pacientes com FAf (n=22) necessitaram mais choques e maior energia para reversão ao ritmo sinusal (p=0,019 e p=0,027, respectivamente). Não houve associação significativa entre a amplitude das ondas f e parâmetros clínicos, ecocardiográficos e laboratoriais. Conclusões A amplitude de f não se associou a parâmetros ecocardiográficos, clínicos e laboratoriais que indicam alto risco de tromboembolismo. FAg associou-se a maior chance de sucesso na reversão ao ritmo sinusal por meio da CVE. Maior número de choques e energia foram necessários para reversão ao ritmo sinusal em pacientes com FAf.
Abstract Background Atrial fibrillation (AF) is classified according to the amplitude of fibrillatory waves (f) into fine waves (fAF) and coarse waves (cAF). Objectives To correlate the amplitude of f waves with clinical, laboratory, electrocardiographic, and echocardiographic variables that indicate a high risk of thromboembolism and to assess their impact on the success of electrical cardioversion (ECV). Methods Retrospective, observational study that included 57 patients with persistent non-valvular AF who underwent ECV. The maximum amplitude of f waves was measured in lead V1. cAF was defined when f ≥ 1.0mm and fAF when f < 1.0mm. The findings were correlated with the indicated variables. Values of p < 0.05 were considered statistically significant. Results cAF (n = 35) was associated with greater success in ECV (94.3% vs. 72.7%, p = 0.036) even after adjusting for variables such as age and BMI (p = 0.026, OR = 11.8). Patients with fAF (n = 22) required more shocks and more energy to revert to sinus rhythm (p = 0.019 and p = 0.027, respectively). There was no significant association between f-wave amplitude and clinical, echocardiographic, and laboratory parameters. Conclusions The amplitude of f wave was not associated with echocardiographic, clinical and laboratory parameters that indicate a high risk of thromboembolism. cAF was associated with a higher chance of success reverting to sinus rhythm employing ECV. A greater number of shocks and energy were required for reversion to sinus rhythm in patients with fAF.
ABSTRACT
O manejo de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis de pacientes que evoluem a óbito tem sido motivo de controvérsia. Em nosso meio, não há recomendações uniformes, estando baseadas exclusivamente em protocolos institucionais e em costumes regionais. Quando o cadáver é submetido para cremação, além de outros cuidados, recomenda-se a retirada do dispositivo devido ao risco de explosão e dano do equipamento crematório. Principalmente no contexto da pandemia causada pelo SARS-Cov-2, a orientação e organização de unidades hospitalares e serviços funerários é imprescindível para minimizar o fluxo de pessoas em contato com fluidos corporais de indivíduos falecidos por COVID-19. Nesse sentido, a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas elaborou este documento com orientações práticas, tendo como base publicações internacionais e recomendação emitida pelo Conselho Federal de Medicina do Brasil.
The management of cardiac implantable electronic devices after death has become a source of controversy. There are no uniform recommendations for such management in Brazil; practices rely exclusively on institutional protocols and regional custom. When the cadaver is sent for cremation, it is recommended to remove the device due to the risk of explosion and damage to crematorium equipment, in addition to other precautions. Especially in the context of the SARS-CoV-2 pandemic, proper guidance and organization of hospital mortuary facilities and funeral services is essential to minimize the flow of people in contact with bodily fluids from individuals who have died with COVID-19. In this context, the Brazilian Society of Cardiac Arrhythmias has prepared this document with practical guidelines, based on international publications and a recommendation issued by the Brazilian Federal Medical Council.
Subject(s)
Humans , Pacemaker, Artificial , Autopsy/methods , Defibrillators, Implantable , Cardiac Resynchronization Therapy Devices , COVID-19ABSTRACT
ABSTRACT: Cardiovascular manifestations of COVID-19 include cardiac rhythm disturbances, whose mechanisms, incidence, and most common types are not well established in this population. Intense inflammatory response and metabolic activity contribute to recurrence of pre-existing arrhythmias, and other arrhythmias can occur due to myocardial injury, acute coronary insufficiency, and electrolyte disturbances. Brady- and tachyarrhythmias, as well as conduction disorders have been described. QT interval prolongation and fatal ventricular arrhythmias (Torsades de Pointes) may result from the pathological process or adverse effect of drugs (antiarrhythmics, chloroquine / hydroxychloroquine, azithromycin and antivirals). Patients with congenital heart disease and hemodynamic repercussions, patients with signs of heart failure, pulmonary hypertension, cyanosis, hypoxemia, and those who underwent heart transplantation and immunosuppression are at greater risk. In patients with implantable cardioverter defibrillators (ICDs), the risk depends on the presence of structural heart disease. In the course of COVID-19, in-person assessment of these patients should be limited to high-risk situations, including syncope, worsening of heart failure and shock delivery by ICDs. Likewise, cardiac implantable electronic device implantation or replacement surgery should be limited to emergency and urgent cases, including symptomatic high-degree atrioventricular block, ICD for secondary prevention and pulse generator replacement due to battery drain.
Subject(s)
Arrhythmias, Cardiac , COVID-19ABSTRACT
INTRODUÇÃO: As ectopias atriais podem manifestar-se de diversas formas desde a ausência de sintomas até síncope. Descrevemos um caso de bigeminismo atrial bloqueado com prolongamento do intervalo QT e consequente Torsades de Pointes. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 75 anos, foi admitida no serviço de pronto atendimento devido a queixa de episódios recorrentes de síncope em posição sentada após sensação inespecífica de mal-estar, dispneia e turvação visual associado a liberação esfincteriana. ECG na admissão revelou ritmo sinusal e ectopias supraventriculares frequentes, motivo pelo qual iniciou-se terapia com amiodarona. Holter de 24h demonstrou bigeminismo atrial bloqueado e prolongamento do intervalo QT seguido por episódios de Torsade de Pointes e fibrilação ventricular. Realizado implante de marcapasso provisório seguido por ablação do foco arritmogênico em região de anel triscuspídeo. A paciente evoluiu com melhora da sintomatologia e Holter de controle demonstrou ausência de arritmias.
Subject(s)
Arrhythmias, Cardiac , Torsades de Pointes , SyncopeABSTRACT
MÉTODOS: Trezentos e quatro pacientes consecutivos submetidos à polissonografia foram rastreados e 80 incluídos para realização de eletrocardiograma de 12 derivações e de alta resolução (ECGAR) e ecocardiograma bi e tridimensional. Foram divididos em grupos de acordo com: 1. Índice de Apneia-Hipopneia [AOS- (<15 eventos/h) e AOS+ (≥15 eventos/h)]; 2. Saturação mínima de 02 (SatMin) [>90%, 80-90% e <80%]; e 3. Tempo total de saturação de O2 <90% (T90) [<1minuto, 1-60minutos e >60minutos]. RESULTADOS: A idade média foi de 60,8±11,1 anos (60% do sexo feminino) e o IMC médio 31,95±6,5 kg/m². O grupo AOS+ apresentou menor fração de esvaziamento passivo do átrio esquerdo (FEPAE) comparado com AOS-. SatMin<80% à maior duração de onda P no ECGAR e menor strain de conduto em relação a SatMin>90%. T90 >60minutos à maior duração de onda P-ECGAR, P-máxima, P-média e P na derivação DII, menor intervalo Tinício-Tpico e menor FEPAE quando comparado ao grupo <1minuto. T90 1-60minutos à maior duração dos intervalos QT em DII e V5 e Tpico-Tfim, em relação ao grupo <1minuto. . Não houve diferenças entre os grupos quanto aos volumes atriais e demais variáveis eletrocardiográficas e funcionais. Após ajuste dos dados para idade, sexo e comorbidades, houve perda de significância estatística das variáveis funcionais. CONCLUSÃO: A presença de AOS associou-se apenas à menor FEPAE, sem alterações nas demais variáveis analisadas. O aumento no T90 associou-se ao aumento de variáveis de duração de P e de dispersão da repolarização, além da menor FEPAE. O strain de conduto foi menor e a duração da P-ECGAR maior em SatMin <80%. Os achados refletem a associação entre AOS, hipoxemia, disfunção diastólica ventricular e remodelamento atrial e a relevância da avaliação, não só da presença de AOS, mas também de índices de hipoxemia nestes pacientes.
Subject(s)
Atrial Appendage , Ablation Techniques , Isolated Noncompaction of the Ventricular MyocardiumABSTRACT
INTRODUÇÃO: A ablação por cateter para FV surgiu como uma estratégia nos pacientes nos quais um batimento ectópico é identificado como gatilho. Descrevemos um caso de ablação de FV com sucesso, desencadeada por EV's com origem na cúspide coronariana esquerda (CCE). Relato de caso: Uma mulher de 73 anos com MCP dilatada não isquêmica (FEVE de 20%) e CDI implantado há 9 anos devido a FV induzida em EEF, foi admitida em nosso serviço por choque apropriado. ECG demonstrou EV's frequentes com morfologia de BRE e eixo inferior. Holter 24h revelou EV's monomórficas frequentes (19%) e 68 episódios de TVNS. A interrogação do dispositivo mostrou um episódio de EV desencadeando TV rápida que logo degenerou em FV. Realizada telemetria do CDI concomitante à gravação de ECG, confirmando que as ectopias espontâneas e as que desencadeavam os episódios de TV/FV eram exatamente da mesma morfologia. A paciente foi encaminhada para ablação por cateter. O mapeamento do VE foi realizado por via de acesso retroaórtica. A ativação mais precoce foi registrada na CCE com potenciais precedendo o QRS da extrassístole em 50ms. A energia de RF (potência 50W, temperatura 60°C) foi aplicada no VE em posição subcúspide (Fig.1), com eliminação imediata dos batimentos ectópicos. O Holter 24h foi repetido 2 meses após o procedimento e não mostrou arritmias ventriculares. A paciente evoluiu bem, com resolução dos sintomas e melhora da classe funcional. Discussão: O ECG desempenha um papel importante na identificação da origem das EV's. No presente caso, foram observadas EV's com morfologia de BRE e achados sugestivos de local de origem em VSVE / cúspide coronariana. As cúspides coronarianas esquerdas representam 5-8% do total de sítios focais de extrassístoles ventriculares. Este é o primeiro caso relatado de FV desencadeada por extrassístoles decorrentes da cúspide coronariana esquerda e com resolução completa dos sintomas e densidade da arritmia durante o acompanhamento. Conclusões: Descrevemos um caso de FV desencadeada por EV tratada com sucesso com ablação por RF. A raridade da FV relacionada à cúspide coronariana esquerda é o principal destaque deste caso.
Subject(s)
Ventricular Fibrillation , Catheter Ablation , Ventricular Premature ComplexesABSTRACT
INTRODUÇÃO: A apneia obstrutiva do sono (AOS) constitui importante fator de risco para fibrilação atrial. O remodelamento atrial é um pilar neste processo. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da AOS em variáveis representativas do remodelamento atrial (elétrico, estrutural e funcional). Método: Trezentos e quatro pacientes consecutivos submetidos à polissonografia foram rastreados e 80 incluídos para realização de eletrocardiograma de 12 derivações e de alta resolução (ECGAR) e ecocardiograma bi e tridimensional. Foram divididos em grupos de acordo com: 1. Índice de Apneia-Hipopneia [AOS- (90%, 80-90% e 60minutos]. RESULTADOS: A idade média foi de 60,8±11,1 anos (60% do sexo feminino) e o IMC médio 31,95±6,5 kg/m². O grupo AOS+ apresentou menor fração de esvaziamento passivo do átrio esquerdo (FEPAE) comparado com AOS-. SatMin90%. T90 >60minutos à maior duração de onda P-ECGAR, P-máxima, P-média e P na derivação DII, menor intervalo Tinício-Tpico e menor FEPAE quando comparado ao grupo
Subject(s)
Sleep Apnea Syndromes , Atrial RemodelingABSTRACT
FUNDAMENTO: As arritmias ventriculares (AV) constituem importante causa de orbimortalidade em portadores de cardiopatia estrutural. Apesar dos avanços terapêuticos, o tratamento desta condição continua sendo um desafio na prática clínica. Publicações prévias avaliaram o efeito da denervação simpática renal (DR) no manejo das AVs refratárias ao tratamento medicamentoso e por meio da ablação por cateter. Conduzimos uma revisão sistemática e metanálise para avaliar a eficácia e segurança deste tratamento. Métodos: Uma revisão sistemática da literatura foi realizada para identificar estudos que avaliaram o emprego da DR no tratamento de AVs refratárias. Artigos de revisão e estudos em animais foram excluídos. Os desfechos primários foram a redução do número de AVs (taquicardia ventricular e fibrilação ventricular) e redução do número de terapias pelo cardiodesfibrilador implantável (CDI). Alterações da pressão arterial e de função renal constituíram desfechos secundários de segurança. Resultados: Dez estudos (152 pacientes) foram incluídos na metanálise. No grupo de pacientes submetidos à intervenção, observou-se uma redução no número de AV, ATP, choques e terapias apropriadas pelo CDI de 3,53 eventos/paciente/mês (IC95% = -5,48 a -1,57), 2,86 eventos/paciente/mês (IC95% = -4,09 a -1,63), 2,04 eventos/paciente/mês (IC95% = -2,12 a -1,97) e 2,68 eventos/paciente/mês (IC95% = - 3,58 a -1,78), respectivamente. Complicações periprocedimento ocorreram em apenas 1,23% dos pacientes e não houve alterações significativas nas pressões arteriais sistólica e diastólica (redução de 3,3mmHg, IC95% = -7,1 a 0,4, e de 0,2mmHg IC95%= -3,6 a 4,1, respectivamente). Não se observaram variações significativas na função renal (queda de 0,22mg/dL na creatinina sérica, IC95%= -0,48 a 0,05, e aumento de 2,37 mL/min/1.73m2 na taxa de filtração glomerular, IC95%= -9,98 a 14,71). Conclusões: A denervação simpática renal associou-se a uma redução do número de arritmias ventriculares e terapias apropriadas pelo CDI. O procedimento se mostrou seguro, com poucas complicações e eventos adversos.
Subject(s)
Tachycardia, Ventricular , DenervationABSTRACT
Relato do caso de uma paciente de 39 anos de idade com síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser, apresentando doença do nó sinusal e necessidade de implante de marcapasso bicameral. Por se tratar de paciente jovem, sem outras causas secundárias de bradicardia, sugerese a hipótese de relação entre as duas doenças, visto que já há descrição de associação de síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser e cardiopatias estruturais, sem referências de relação com bradicardia até o momento
Case report of a 39-year-old woman with Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser syndrome and sick sinus syndrome requiring a definitive pacemaker. As a young patient, without secondary causes of bradycardia, we suggest the possibility of a relationship between these two diseases, since there are reports of the association of Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser syndrome and structural heart diseases, and no reports of a relationship with bradycardia until now
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Sick Sinus Syndrome , Congenital Abnormalities , Vagina/abnormalities , Pacemaker, Artificial , Echocardiography/methods , Electrocardiography/methods , Exercise Test/methodsABSTRACT
Relatamos o caso de paciente do sexo masculino, com 23 anos de idade, portador de miocárdio não compactado e taquicardia ventricular monomórfica sustentada. O paciente foi submetido a implante de cardiodesfibrilador implantável após diagnóstico confirmado por meio de ressonância nuclear magnética cardíaca e mantido em tratamento clínico com medicação antiarrítmica, sem recorrência de arritmia ventricular no acompanhamento ambulatorial
We report the case of a 23-year-old male patient with noncompacted myocardium and sustained monomorphic ventricular tachycardia. The patient was submitted to mplantable cardioverter defibrillator after diagnosis confirmed by cardiac magnetic resonance imaging and was kept on clinical treatment with antiarrhythmic medication without the recurrence of ventricular arrhythmia in the outpatient follow-up
Subject(s)
Humans , Male , Adult , Cardiomyopathy, Dilated/complications , Cardiomyopathy, Dilated/diagnosis , Isolated Noncompaction of the Ventricular Myocardium/diagnosis , Tachycardia, Ventricular/diagnosis , Amiodarone/administration & dosage , Death, Sudden , Echocardiography/methods , Electrocardiography/methods , Heart Defects, Congenital , Heart Rate , Metoprolol/administration & dosageABSTRACT
Os pacientes com doença renal crônica (DRC) têm tendências hemorrágicas e trombóticas e, por isso, a indicação de anticoagulantes é complexa nos indivíduos com fibrilação atrial (FA). A FA é a arritmia mais frequente na DRC, sendo o tromboembolismo e o ictus suas principais complicações. A introdução de novos anticoagulantes orais diretos (DOACs) tem se mostrado superior aos antagonistas da vitamina K, tanto na prevenção de tromboembolismos sistêmicos como no risco de sangramento. Contudo, devem ser prescritos com cautela nesse grupo de pacientes. Para os indivíduos com DRC e clearance renal entre 30 e 50 ml/min, as doses da dabigatrana e da rivaroxabana devem ser reduzidas, no caso de pacientes com elevado risco de sangramento, não havendo necessidade de reduzir as doses de apixabana e edoxabana. Em pacientes com clearance renal entre 15 e 29 ml/min o uso da dabigatrana é contraindicado, a rivaroxabana e a edoxabana não exigem ajuste terapêutico e a dose de apixabana deve ser ajustada. Nenhum dos DOACs é indicado em pacientes com clearance renal < 15 mg/min. Outro problema da terapêutica com os DOACs eÌ o custo do medicamento, muito superior aos dos antagonistas da vitamina K, trazendo algumas implicações clínicas relevantes: suspensão terapêutica por restrições econômicas, que mesmo quando transitória, coloca o paciente em risco de eventos tromboembólicos devido à perda rápida de seus efeitos anticoagulantes e pela possibilidade de hipercoagulabilidade paradoxal. A maior parte da população é tratada em hospitais públicos e recebe os antagonistas de vitamina K. Por isso, enquanto a relação custo-efetividade dos DOACs não for esclarecida, a prevenção e o tratamento de pacientes com DRC e FA com os antagonistas de vitamina K estão consagrados e podem trazer benefícios para esse grupo de pacientes
Patients with chronic renal disease (CRD) have hemorrhagic and thrombotic tendencies, therefore the indication of anticoagulants is complex in individuals with atrial fibrillation (AF). AF is the most frequent arrhythmia in CRD, and thromboembolism and cerebral stroke are its main complications. The introduction of new oral anticoagulants (DOACs) has proven to be superior to vitamin K antagonists in preventing systemic thromboembolisms and bleeding risk. However, they should be prescribed with caution in this group of patients. For individuals with CRD and renal clearance between 30 and 50 ml/min, the doses of dabigatran and rivaroxaban should be reduced, in the case of patients with high risk of bleeding, and it is not necessary to reduce the doses of apixaban and edoxaban. In patients with renal clearance between 15 and 29 ml/min, the use of dabigatran is contraindicated, rivaroxaban and edoxaban do not require therapeutic adjustment, and the dose of apixaban should be adjusted. No DOACs is indicated in patients with renal clearance < 15 mg/min. Another problem with DOACs therapy is the cost of the medication, which is much higher than that of vitamin K antagonists, with some important clinical implications: therapeutic suspension due to economic restrictions, even if temporary, place the patient at risk of thromboembolic events due to the rapid loss of anticoagulant effects and the possibility of paradoxical hypercoagulability. Most of the population is treated in public hospitals, and receives vitamin K antagonists. Therefore, while the cost-effectiveness ratio of DOACs has not been clarified, prevention and treatment of patients with CRD and AF with vitamin K antagonists is consecrated, and can bring benefits for this group of patients
Subject(s)
Humans , Male , Female , Risk Factors , Stroke/complications , Renal Insufficiency, Chronic/therapy , Anticoagulants/therapeutic use , Atrial Fibrillation/therapy , Thromboembolism/therapy , Warfarin/adverse effects , Factor X , Prevalence , Electrocardiography, Ambulatory/methods , Fibrinolytic Agents/therapeutic use , Rivaroxaban/therapeutic use , Dabigatran/adverse effects , Dabigatran/therapeutic use , Hemorrhage/therapyABSTRACT
Síndrome do QT longo congênito é uma síndrome arrítmica hereditária caracterizada por prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma de 12 derivações, torsades de pointes e maior chance de morte súbita cardíaca. A síndrome do QT longo congênito possui padrão autossômico dominante (síndrome de Romano-Ward), bem como padrão autossômico recessivo raro (síndrome de Jervell e Lange-Nielsen). Desde 1957, quando Jervell e Lange-Nielsen relataram os primeiros casos de síndrome do QT longo congênito familiarcom surdez congênita, a compreensão dos mecanismos genéticos e eletrofisiológicos dessa afecção melhorousignificativamente os métodos diagnósticos e os tratamentos. No entanto, tornou-se evidente que a síndrome do QT longo congênito nem sempre pode ser explicada pela mutação de um único gene. Esta revisão teve por objetivo resumir as características da síndrome do QT longo congênito (principalmente LQT1, LQT2 e LQT3) e descrever brevemente os mais recentes avanços no diagnóstico clínico e no tratamento da afecção...
Congenital long QT syndrome is an inherited arrhythmia syndrome characterized by a prolonged QT interval on the 12-lead electrocardiogram, torsades de pointes and a higher chance of sudden cardiac death. Congenital long QT syndrome includes an autosomal dominant pattern (Romano-Ward syndrome) as well as a rare autosomal recessive pattern (Jervell and Lange-Nielsen syndrome). Since 1957 when Jervell and Lange Nielsen reported the first familial long QT syndrome with congenital deafness, the understanding of genetic and electrophysiological mechanisms of long QT syndrome has significantly improved diagnostic methods and treatments. However, is clear that long QT syndrome cannot always be explained by a single gene mutation. This review is aimed at summarizing the characteristics of congenital long QT syndrome (mainly LQT1, LQT2 e LQT3) and briefly describe the most recent advances in long QT syndrome clinical diagnostics and treatment...
Subject(s)
Humans , Heart Defects, Congenital , Death, Sudden, Cardiac/prevention & control , Long QT Syndrome/congenital , Adrenergic beta-1 Receptor Antagonists/administration & dosage , Arrhythmias, Cardiac/complications , Arrhythmias, Cardiac/therapy , Defibrillators, Implantable , Electrocardiography/methods , Syncope/complicationsABSTRACT
Introdução: Cardiodesfibriladores implantáveis (CDIs) são geralmente indicados para pacientes com arritmias malignas considerados de alto risco. A hiperatividade simpática desempenha um papel crítico no desenvolvimento, na manutenção e no agravamento de arritmias ventriculares. Novas opçõesde tratamento nessa população representam uma necessidade clínica. Nosso objetivo foi relatar osresultados de pacientes com CDIs e tempestade elétrica submetidos à denervação simpática renal paracontrole da arritmia. Métodos: Oito pacientes com CDIs internados por tempestade elétrica refratária ao tratamento médico otimizado foram submetidos à denervação simpática renal. Condições subjacentes foram: doença de Chagas (n = 6), cardiomiopatia dilatada não isquêmica (n = 1) e cardiomiopatia isquêmica (n = 1). As informações sobre o número de taquicardias ventriculares/fibrilações ventriculares e episódios de terapiasantitaquicardia na última semana pré-procedimento e nos 30 dias pós-tratamento foram obtidas por meiode interrogação dos CDIs. Resultados: As medianas dos episódios de taquicardias ventriculares/fibrilações ventriculares, sobreestimulaçãoe choques na semana que antecedeu a denervação simpática renal foram de 29 (9 a 106), 23 (2 a 94) e 7,5 (1 a 88), sendo significativamente reduzidas para 0 (0 a 12), 0 (0 a 30) e 0 (0 a 1), respectivamente, 1 mês após o procedimento (p = 0,002; p = 0,01; p = 0,003). Nenhum paciente morreu durante o acompanhamento. Não ocorreram complicações maiores relacionadas ao procedimento.Conclusões: Em pacientes com CDIs e tempestade elétrica refratária ao tratamento médico otimizado, a denervação simpática renal reduziu significativamente a carga de arritmia e, consequentemente, as sobre-estimulações e os choques. Ensaios clínicos randomizados, no contexto de denervação simpática renal para controle de arritmias cardíacas refratárias, são necessários para trazer maior robustez aos nossos achados.
Background: Implantable cardioverter-defibrillators (ICDs) are usually indicated for patients with malignant arrhythmias considered as high risk. Sympathetic hyperactivity plays a critical role in thedevelopment, maintenance, and worsening of ventricular arrhythmias. New treatment options in thispopulation represent a clinical necessity. This studys objective was to report the outcomes of patients with ICDs and electrical storm submitted to renal sympathetic denervation for arrhythmia control. Methods: Eight patients with ICDs admitted for electrical storm refractory to optimal medical therapy underwent renal sympathetic denervation. Underlying diseases included Chagas disease (n = 6), non-ischemic dilated cardiomyopathy (n = 1), and ischemic cardiomyopathy (n = 1).Information on the number of episodes of ventricular tachycardia/ventricular fibrillation and antitachycardia therapies in the week before the procedure and 30 days after treatment were obtained through interrogation of the ICDs.Results: The median numbers of episodes of ventricular achycardia/ ventricular fibrillation,antitachycardia pacing, and shocks in the week before renal sympathetic denervation were 29 (9 to 106), 23 (2 to 94), and 7.5 (1 to 88), and significantly reduced to 0 (0 to 12), 0 (0 to 30), and 0 (0 to 1), respectively, 1 month after the procedure (p = 0.002; p = 0.01; p = 0.003, respectively). No patients diedduring follow-up. There were no major complications related to the procedure.Conclusions: In patients with ICDs and electrical storm refractory to optimal medical treatment, renal sympathetic denervation significantly reduced arrhythmia load and, consequently, antitachycardia pacing and shocks. Randomized clinical trials in the context of renal sympathetic denervation tocontrol refractory cardiac arrhythmias are needed to further support these findings.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Catheter Ablation/methods , Heart Diseases/etiology , Defibrillators, Implantable , Sympathectomy/methods , Therapeutics , Anti-Arrhythmia Agents/administration & dosage , Arrhythmias, Cardiac/complications , Arrhythmias, Cardiac/therapy , Renal Artery/physiopathology , Chronic Disease , Prospective Studies , Heparin/administration & dosage , Kidney Diseases/physiopathology , Kidney Diseases/therapyABSTRACT
O VII Simpósio Internacional de Trombose e Anticoagulação (ISTA) foi realizado em São Paulo, SP, Brasil, nos dias 24 e 25 de outubro de 2014, tendo como principais propósitos a discussão e o compartilhamento de conhecimentos sobre os avanços recentes na abordagem diagnóstica e terapêutica de pacientes com distúrbios trombóticos, nas suas diversas formas de apresentação clínica. O programa científico deste simpósio foi cuidadosamente desenvolvido por líderes de três importantes institutos de pesquisa clínica: o Instituto Brasileiro de Pesquisa Clínica(BCRI), o Duke Clinical Research Institute (DCRI), e Instituto de Pesquisa do Hospital do Coração. Composto por dois dias de apresentações acadêmicas e discussão aberta, o simpósio teve como principal objetivo educar, motivar e inspirar os clínicos, cardiologistas, hematologistas, e outros médicos através de apresentações e discussões de aspectos práticos de condutas que envolvem síndromes relacionadas à trombose e suas respectivas terapias antitrombóticas. Estas atividades possibilitaram uma interação direta entre a plateia e o corpo de palestrantes, composto por médicos de grande experiência clínica e pelos médicos pesquisadores que desenvolveram os principais estudos publicados que guiam nossas condutas em situações relacionadas ao tema "trombose e anticoagulação". Este artigo resume os anais deste simpósio.
The VII International Symposium on Thrombosis and Anticoagulation (ISTA) was held in São Paulo, Brazil, on 24 and 25 October 2014, with the main objectives to discuss and share knowledge on recent advances in the diagnosis and management of patients with thrombotic disorders. The scientific program of this symposium was carefully developed by leaders of three major clinical research institutes: the Brazilian Institute of Clinical Research (BCRI), the Duke Clinical Research Institute from Duke University, and the Research Institute from Hospital do Coração. Comprising two days of academic presentations and open discussion, the symposium aimed to educate, motivate and inspire clinicians, cardiologists, hematologists, and other doctors through presentations and discussions of practical aspects in themes related to thrombosis and anticoagulation. These activities were presented by physicians of great clinical experience and who participated in the main publications that guide our approach on situations related to the theme "thrombosis and anticoagulation". This article summarizes the proceedings of this symposium.
Subject(s)
Humans , Anticoagulants/pharmacology , Thrombolytic Therapy , Thrombosis , Stroke , Pulmonary Embolism , Atrial Fibrillation , Venous ThromboembolismABSTRACT
A elevada prevalência da hipertensão arterial sistêmica e as reduzidas taxas de controle tensional obtidas com o tratamento farmacológico despertaram interesse por estratégias alternativas. A denervação simpática renal percutânea surgiu como perspectiva no tratamento de pacientes com hipertensão arterial resistente. As vantagens do cateter irrigado nas ablações cardíacas fomentaram a hipótese de que esse também poderia ser benéfico no contexto da denervação renal. Objetivos: Avaliar a factibilidade e a segurança da denervação simpática renal com cateter irrigado em pacientes com hipertensão arterial resistente. Métodos: O objetivo primário do estudo foi a análise de segurança do procedimento avaliada pela: 1) quantificação de eventos adversos vasculares (em sítio de punção e artéria renal) periprocedimento; 2) Comprometimento da função renal durante o seguimento; 3) ocorrência de estenose/aneurisma da artéria renal, seis meses após a intervenção. Os objetivos secundários foram avaliar: 1) o efeito da denervação renal no comportamento da pressão arterial (aferida em consultório e na MAPA) e no número de anti-hipertensivos, seis meses após a intervenção; 2) o efeito do procedimento na qualidade de vida, aos três meses de seguimento. As variáveis contínuas, ao longo do tempo, foram comparadas utilizando-se os testes t de Student pareado ou Wilcoxon. Para a análise dos dados, utilizaram-se os programas SPSS e STATA11 SE. Valores de p < 0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados: Vinte pacientes (idade 50 ± 9,8 anos, 75% mulheres) foram submetidos à denervação renal. As médias das pressões arteriais sistólica e diastólica aferidas no consultório foram de 194,8 ± 36,5mmHg e 112 ± 16,8mmHg, respectivamente. As médias das pressões arteriais sistólica e diastólica aferidas na MAPA foram de 168,4 ± 22,2mmHg e 101,3 ± 19,1mmHg, respectivamente. O número médio de antihipertensivos foi de 7,1 ± 1,5...
Subject(s)
Catheter Ablation , Hypertension , SympathectomyABSTRACT
Background: The QRS-T angle correlates with prognosis in patients with heart failure and coronary artery disease, reflected by an increase in mortality proportional to an increase in the difference between the axes of the QRS complex and T wave in the frontal plane. The value of this correlation in patients with Chagas heart disease is currently unknown. Objective: Determine the correlation of the QRS-T angle and the risk of induction of ventricular tachycardia / ventricular fibrillation (VT / VF) during electrophysiological study (EPS) in patients with Chagas disease. Methods: Case-control study at a tertiary center. Patients without induction of VT / VF on EPS were used as controls. The QRS-T angle was categorized as normal (0-105º), borderline (105-135º) or abnormal (135-180º). Differences between groups for continuous variables were analyzed with the t test or Mann-Whitney test, and for categorical variables with Fisher's exact test. P values < 0.05 were considered significant. Results: Of 116 patients undergoing EPS, 37.9% were excluded due to incomplete information / inactive records or due to the impossibility to correctly calculate the QRS-T angle (presence of left bundle branch block and atrial fibrillation). Of 72 patients included in the study, 31 induced VT / VF on EPS. Of these, the QRS-T angle was normal in 41.9%, borderline in 12.9% and abnormal in 45.2%. Among patients without induction of VT / VF on EPS, the QRS-T angle was normal in 63.4%, borderline in 14.6% and abnormal in 17.1% (p = 0.04). When compared with patients with normal QRS-T angle, those with abnormal angle had a fourfold higher risk of inducing ventricular tachycardia / ventricular fibrillation on EPS [odds ratio (OR) 4; confidence interval (CI) 1.298-12.325; p = 0.028]. After adjustment for other variables such as age, ejection fraction (EF) and QRS size, there was a trend for the abnormal QRS-T angle to identify patients with ...
Fundamento: O ângulo QRS-T mostra correlação com prognóstico em pacientes com insuficiência cardíaca e doença coronariana, traduzido por um aumento na mortalidade proporcional ao aumento na diferença entre os eixos do complexo QRS e da onda T no plano frontal. Até hoje, nenhuma informação a este respeito foi obtida em pacientes com cardiopatia chagásica. Objetivo: Correlacionar o ângulo QRS-T com a indução de taquicardia ventricular / fibrilação ventricular (TV / FV) em chagásicos durante estudo eletrofisiológico (EEF). Métodos: Estudo caso-controle em centro terciário. Pacientes sem indução de TV / FV ao EEF foram utilizados como controles. O ângulo QRS-T foi categorizado como normal (0-105º), limítrofe (105-135º) e anormal (135-180º). As diferenças entre os grupos foram analisadas pelo teste t ou teste de Mann-Whitney para variáveis contínuas, e teste exato de Fisher ou qui-quadrado para variáveis categóricas. Valores de p < 0,05 foram considerados significativos. Resultados: De 116 pacientes submetidos ao EEF, 37,9% foram excluídos por estarem com dados incompletos / prontuários inativos ou pela impossibilidade de se calcular corretamente o ângulo QRS-T (presença de bloqueio de ramo esquerdo e fibrilação atrial). De 72 pacientes incluídos, 31 induziram TV / FV ao EEF. Destes, o ângulo QRS-T se encontrava normal em 41,9%, limítrofe em 12,9% e anormal em 45,2%. No grupo de pacientes sem indução de TV / FV, o ângulo QRS-T se encontrava normal em 63,4%, limítrofe em 14,6% e anormal em 17,1% (p = 0,04). Quando comparados aos pacientes com ângulo QRS-T normal, o risco de indução de TV / FV nos pacientes com ângulo anormal foi quatro vezes maior [odds ratio (OR) 4; intervalo de confiança ...
Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Aged , Chagas Disease/physiopathology , Tachycardia, Ventricular/physiopathology , Ventricular Fibrillation/physiopathology , Age Factors , Case-Control Studies , Chagas Disease/complications , Echocardiography , Electrocardiography , Retrospective Studies , Risk Assessment , Risk Factors , Statistics, Nonparametric , Stroke Volume/physiology , Tachycardia, Ventricular/etiology , Time Factors , Ventricular Fibrillation/etiologyABSTRACT
o sistema nervoso autônomo contribui diretamente para uma série de atividades biológicas e está envolvido em inúmeras doenças. A hiperatividade simpática é um dos vários mecanismos envolvidos na patogênese da hipertensão arterial sistêmica (HAS) primária. A transmissão da informação nervosa através de sinapses é mediada por agentes químicos específicos conhecidos como neurotransmissores, representados pela acetilcolina e pelas catecolaminas. O bloqueio dos receptores pré e pós-sinapse permite que a ação de fárrnacos alcance sua plenitude no controle dos portadores de hiperati vidade simpática. Um percentual significativo de hipertensos são resistentes ao tratamento farrnacológico. A denervação simpática renal surgiu como estratégia terapêutica adjunta no controle de hipertensos resistentes ao tratamento clínico. Nos últimos cinco anos, diversos estudos demonstraram resultados consistentes na redução da pressão arterial. Diversas outras condições clínicas associam-se à hiperatividade do sistema adrenérgico, tais como a insuficiência cardíaca, o diabetes mellitus, a doença renal crônica, a síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono e as arritmias cardíacas. Nestes contextos, a redução da atividade simpática renal também mostrou-se ser benéfica em estudos clínicos iniciais. Uma variedade de dispositivos dedicados foram e estão sendo desenvolvidos com o objetivo de ampliar a segurança e a eficácia do método, além de facilitar o procedimento. Estudos multicêntricos, prospectivos, randomizados e controlados em andamento investigam desfechos como mortalidade cardiovascular, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral em longo prazo.
The autonomic nervous system contributes directly to a number of biological activities and is involved in numerous diseases. Sympathetic hyperactivity is one of several mechanisms involved in the pathogenesis of primary hypertension. The transmission through the nerve synapses is mediated by specific chemical agents known as neurotransmitters represented by the acetylcholine and catecholarnine. Blockade of specific pre-and post-synapse receptors allows the treatment of patients with sympathetic hyperactivity. A large proportion of hypertensive patients are resistant to pharmacological treatment. Renal sympathetic denervation emerged as adjunctive therapeutic strategy in controlling hypertension resistant to medical treatrnent. ln the last five years, several studies have shown consistent results in lowering blood pressure. Several other clinica! conditions are associated with hyperactivity of the adrenergic system such as heart failure, diabetes mellitus, chronic kidney disease, obstructive sleep apnea, polycystic ovary syndrome and cardiac arrhythrnias. ln these contexts, the reduction in renal sympathetic activity also proved to be beneficial in initial clinical studies. A substantial variety of dedicated devices have been developed in order to reduce variability between operators, reduce renal artery manipulation, improve vessel contact, reduce radiation exposure and procedure time, and therefore improving safety and efficacy. Mu!ticenter, prospective, randomized, controlled trials are ongoing to investigate long term outcomes such as cardiovascular mortality, acute myocardial infarction and stroke.
Subject(s)
Humans , Catheter Ablation/methods , Hypertension/complications , Hypertension/physiopathology , Heart Failure/diagnosis , Heart Failure/physiopathology , Drug Therapy/methods , Autonomic Nervous System/physiopathology , Sympathetic Nervous System/physiopathology , Adrenergic beta-Antagonists , Clonidine/adverse effects , Denervation , Cross-Over Studies , Atrial Fibrillation/physiopathology , Guanabenz , Guanfacine/adverse effects , Methyldopa/adverse effects , Kidney , Sympathectomy/methodsABSTRACT
Introdução: A denervação simpática renal percutânea surgiu como método adjunto no controle de condições clínicas associadas à hiperatividade simpática. Ela resulta em aumento do fluxo sanguíneo renal e em redução da vasoconstrição. Os efeitos da denervação simpática renal percutânea no diâmetro da artéria renal ainda não foram descritos. Nosso objetivo foi avaliar tais efeitos por meio da angiografia quantitativa. Métodos: Estudo prospectivo e observacional que incluiu pacientes consecutivos submetidos à denervação simpática renal percutânea. Resultados: Selecionamos 31 pacientes, sendo 21 submetidos à denervação simpática renal percutânea para controle da hipertensão arterial resistente e 10 para controle de arritmias ventriculares refratárias. Dezessete pacientes não realizaram arteriografia renal no seguimento por não completarem o período protocolar de 6 meses ou por contraindicação clínica. Adicionalmente, uma paciente realizou denervação simpática renal percutânea unilateral, sendo também excluída desta análise. Assim, 52 angiografias renais (26 pares) de 13 pacientes foram analisadas. A média do diâmetro máximo da artéria renal direita, antes do procedimento, foi de 4,54 ± 0,21 mm e aumentou para 5,2 ± 0,44 mm aos 6 meses (p = 0,01). Da mesma forma, observou-se aumento significativo do diâmetro da artéria renal esquerda aos 6 meses de seguimento, ampliando de 4,37 ± 0,42 para 5,23 ± 0,77 mm (p = 0,02). Conclusões: Os resultados desta análise ilustram o incremento significativo dos diâmetros das artérias renais após denervação simpática renal percutânea. Ensaios clínicos randomizados...
Background: Percutaneous renal sympathetic denervation was developed as an adjunct method to treat clinical conditions associated to sympathetic hyperactivity. Percutaneous renal sympathetic denervation increases the renal blood flow and reduces vasoconstriction. The effects of percutaneous renal sympathetic denervation in renal artery diameter have not been reported. Our objective was to evaluate such effects by quantitative angiography. Methods: Prospective, observational, study including consecutive patients undergoing percutaneous renal sympathetic denervation. Results: Thirty-one patients were selected, 21 were submitted to percutaneous renal sympathetic denervation to control resistant arterial hypertension and 10 to control refractory ventricular arrhythmias. Seventeen patients did not perform renal arteriography in the follow-up due to clinical contraindications or because they did not complete the 6-month period established by the protocol. In addition, one patient performed a unilateral percutaneous renal sympathetic denervation and was also excluded from this analysis. Therefore, 52 renal angiographies (26 pairs) of 13 patients were analyzed. Mean maximal diameter of the right renal artery before the procedure was 4.54 ± 0.21 mm and increased to 5.2 ± 0.44 mm at 6 months (p = 0.01). Likewise, there was a significant increase in the diameter of the left renal artery at 6 months of follow-up, increasing from 4.37 ± 0.42 to 5.23 ± 0.77 mm (p = 0.02). Conclusions: The results of this analysis illustrate the significant increment in renal artery diameter after percutaneous renal sympathetic denervation. Randomized controlled clinical trials are required to consolidate our observations...