ABSTRACT
O carcinoma hepatocelular (CHC) é uma neoplasia rara nos animais domésticos e em espécies selvagens foi relatado somente em antílopes, veado, cães da pradaria e furões, mas não existem relatos em Leopardus pardalis (jaguatirica). Este trabalho descreve um caso de carcinoma hepatocelular metastático em uma fêmea felina de aproximadamente 18 anos de idade, da espécie Leopardus pardalis, proveniente do Parque Zoobotânico de Teresina-PI, com histórico de anorexia, apatia e evolução ao óbito que foi encaminhada ao Setor de Patologia Animal da Universidade Federal do Piauí para exame anatomopatológico. À necropsia foram observadas duas nodulações de aproximadamente 8,0cm de diâmetro no fígado, de coloração variando da brancacenta ao vermelhado claro, amarelada a vermelho escuro, subdivididas em lóbulos por tecido conjuntivo. No pâncreas foram observadas múltiplas nodulações de aproximadamente 1,0 cm de diâmetro, com superfície lisa, consistência firme, coloração vermelho-amarelada. A superfície de corte dos rins também apresentava várias nodulações milimétricas de distribuição multifocal, na região córtico-medular, consistência firme, coloração branco-acinzentada ou amarelada, sugerindo metástase. Os fragmentos das lesões de fígado foram coletados e no exame microscópico observaram-se proliferação de hepatócitos em cordões bem diferenciados, formando trabéculas com espessura de três ou mais células. Os hepatócitos apresentavam-se volumosos, pleomórficos, com citoplasma eosinofílico. Na coloração com PAS constataram-se, regularmente, acúmulo de glicogênio nos hepatócitos neoplásicos. A confirmação foi feita pela técnica de imunoistoquímica, utilizando-se anticorpo monoclonal (Hepatocyte Specific Antigen). Os achados anatomohistopatológicos, e o auxilio da imunoistoquímica permitiram concluir pelo diagnóstico de hepatocarcinoma trabecular metastático em Leopardus pardalis criado em cativeiro...
Hepatocellular carcinoma (HCC) is a rare neoplasm in domestic and wildlife animals and has been reported only in antelope, deer, prairie dogs and ferrets; but there are no reports in Leopardus pardalis (ocelot). This paper describes a case of metastatic hepatocellular carcinoma in a female of an about 18-year-old Leopardus pardalis from the Zoological Garden of Teresina, Piauí, after a history of anorexia, apathy and fatal outcomes, forwarded to the Department of Animal Pathology at the Federal University of Piaui for pathological examination. Necropsy revealed two nodules of about 8.0cm in diameter in the liver, of whitish to bright red or yellow to dark red color divided into lobes by connective tissue. In the pancreas were found multiple nodules of about 1.0cm diameter, with smooth surface, firm consistency, and yellowish-red color. The cut surface of the kidneys also presented multiple whitish-gray or yellowish millimeter small nodules in the corticomedullary region, of firm consistence, suggesting metastases. Fragments of the liver lesions examined microscopically revealed hepatocyte proliferation in well differentiated strands, forming trabeculars of three or more cells. The hepatocytes were large and pleomorphic, with eosinophilic cytoplasm. In PAS staining glycogen accumulation was found in neoplastic hepatocytes . The confirmation of the diagnosis was made by immunohistochemistry, using monoclonal antibody hepatocyte specific antigen. The findings allowed us to characterize the neoplasm as a trabecular metastatic hepatocarcinoma in Leopardus pardalis bred in captivity...
Subject(s)
Animals , Female , Carcinoma, Hepatocellular/diagnosis , Carcinoma, Hepatocellular/veterinary , Felidae/physiology , Neoplasm Metastasis/diagnosis , Animals, Zoo/physiology , Liver/injuries , Hepatocytes/physiology , Immunohistochemistry/veterinaryABSTRACT
This study aimed to investigate a possible relationship between alveolar type II cells and the inflammatory response to infection with Leptospira spp., and thus comprise a further element that can be involved in the pathogenesis of lung injury in naturally infected pigs. The study group consisted of 73 adult pigs that were extensively reared and slaughtered in Teresina, Piauí state, and Timon, Maranhão state, Brazil. The diagnosis of leptospirosis was made using the microscopic agglutination test (MAT) aided by immunohistochemistry and polymerase chain reaction. The MAT registered the occurrence of anti-Leptospira antibodies in 10.96% (8/73) of the pigs. Immunohistochemistry allowed for the visualization of the Leptospira spp. antigen in the lungs of 87.67% (64/73) of the pigs. There was hyperplasia of bronchus-associated lymphoid tissue and circulatory changes, such as congestion of alveolar septa, parenchymal hemorrhage and edema within the alveoli. Lung inflammation was more intense (p = 0.0312) in infected animals, which also showed increased thickening of the alveolar septa (p = 0.0006). Evaluation of alveolar type II (ATII) cells using an anti-TTF-1 (Thyroid Transcription Factor-1) antibody showed that there were more immunostained cells in the non-infected pigs (53.8%) than in the infected animals (46.2%) and that there was an inverse correlation between TTF-1 positive cells and the inflammatory infiltrate. There was no amplification of Leptospira DNA in the lung samples, but leptospiral DNA amplification was observed in the kidneys. The results of this study showed that a relationship exists between a decrease in alveolar type II cells and a leptospire infection. Thus, this work points to the importance of studying the ATII cells as a potential marker of the level of lung innate immune response during leptospirosis in pigs...
Setenta e três suínos adultos de criação extensiva, abatidos em Teresina, no estado do Piauí e Timon, no estado do Maranhão, constituíram o grupo de estudo. O diagnóstico da leptospirose foi realizado utilizando a técnica de soroaglutinação microscópica (MAT), auxiliada por imunoistoquímica e reação em cadeia pela polimerase. A SAM registrou a ocorrência de anticorpos anti-leptospiras em 10,96% (8/73) dos suínos. A imunoistoquímica permitiu a visualização de antígenos de Leptospira spp. em pulmões de 87,67% (64/73) dos suínos. Havia hiperplasia do tecido linfoide associado ao brônquio e alterações circulatórias como, congestão do septo alveolar, hemorragia parenquimatosa e edema no interior de alvéolos. Os focos de inflamações pulmonares eram mais numerosos (p=0,0312) nos animais infectados, bem como o espessamento do septo alveolar (p=0,0006). A quantificação de células alveolares tipo II marcadas pelo anticorpo anti-TTF-1 (Thyroid Transcription Factor-1) mostrou que existia mais células imunocoradas em suínos não infectados (53,8%) comparados aos infectados (46,2%) e uma correlação inversa em relação ao infiltrado inflamatório. Não houve amplificação de DNA de Leptospira spp. em amostras de tecido pulmonar, no entanto DNA leptospiral foi observado em rim. Os resultados deste estudo mostraram que existe uma relação entre a diminuição das células alveolares tipo II e a infecção por leptospiras. Dessa forma, este trabalho aponta para a importância do estudo dessas células, como um provável marcador da modulação da resposta imune inata do pulmão na leptospirose em suínos...
Subject(s)
Animals , Pulmonary Alveoli/physiopathology , Leptospirosis/diagnosis , Leptospirosis/physiopathology , Leptospirosis/veterinary , Swine/anatomy & histology , Immunohistochemistry/veterinary , Immunoenzyme Techniques/veterinaryABSTRACT
A leptospirose é uma antropozoonose endêmica em todo o mundo, que afeta o homem e várias espécies de animais domésticos e silvestres. No início da infecção há produção de IgM para o controle da infecção e após alguns dias, IgG são produzidas e provocam lise das leptospiras circulantes. Objetivou-se neste estudo identificar depósitos de antígeno de leptospiras e imunoglobulinas no tecido renal, para avaliar o papel de imunoglobulinas na patogênese da nefropatia da leptospirose em suínos. Foram colhidas 139 amostras de sangue e rim de suínos das cidades de Teresina/PI e Timon/MA, que foram avaliadas pela SAM, imunoistoquímica e PCR. Nefrite intersticial, fibrose, vasculite, tumefação do tufo glomerular e hipercelularidade difusa foram as principais alterações histopatológicas encontradas. A imunoistoquímica detectou antígeno de leptospira em 60 suínos. Depósitos de IgG, IgM e IgA foram observados no endotélio de capilares glomerulares, dos capilares intertubulares e na cápsula de Bowman, com marcação focal, difusa, global e segmentar. A deposição de IgM e IgA foi significantemente maior nos suínos infectados. Estranhamente depósitos de IgG foi significantemente maior nos suínos não infectados, onde não havia presença de antígeno de leptospiras e nem lesão túbulo-intersticial. Concluímos que antígeno de leptospiras no rim de suínos está relacionado a depósitos de IgM e IgA mas não a depósitos de IgG.
Leptospirosis is an endemic worldwide anthropozoonosis, affecting humans and several species of domestic and wild animals. At the beginning of infection is the production of IgM to control the infection and after a few days, IgG is produced and cause lysis of circulating leptospires. The objective of this study was to identify deposits of immunoglobulins and antigens of leptospires in kidney tissue, to assess the role of immunoglobulins in the pathogenesis of leptospirosis nephropathy in pigs. We collected 139 blood samples and kidney of pigs from the cities of Timon/MA and Teresina/PI, to be evaluated by SAM, immunohistochemistry and PCR. Interstitial nephritis, fibrosis, vasculitis; swollen glomeruli hypercellularity and diffuse in a pig were main pathological changes found. Immunohistochemistry leptospira antigen detected in 60 pigs. Deposits of IgG, IgM and IgA were observed in the endothelium of glomerular capillaries, the capillaries intertubulares and the Bowman's capsule, marked focal, diffuse, global and segmental. The deposition of IgM and IgA was significantly higher in infected pigs, strangely deposits of IgG was significantly higher in non-infected pigs, where there was no presence of antigen leptospires nor tubulointerstitial injury. We conclude that Leptospira antigen in porcine kidney relates to deposits of IgM and IgA but not IgG deposits.
Subject(s)
Animals , Antigens/analysis , Swine Diseases/immunology , Immunohistochemistry/veterinary , Immunoglobulin A/isolation & purification , Immunoglobulin G/isolation & purification , Immunoglobulin M/isolation & purification , Leptospirosis/veterinary , Leptospira/isolation & purification , Kidney Diseases/veterinary , Polymerase Chain Reaction/veterinary , Serologic Tests/veterinaryABSTRACT
Soro e rim de 75 suínos mestiços sem raça definida, criados em sistema extensivo e abatidos em Timon (MA) e Teresina (Piauí), Brasil, duas cidades separadas pelo Rio Parnaíba e 75 suínos mestiços de um sistema de criação em confinamento, filhos de Landrace, Large White e/ou Duroc foram utilizados neste estudo. Das 150 amostras analisadas pela prova de Soroaglutinação Microscópica (SAM), sete foram reagentes e o sorovar Icterohaemorrhagiae (42,86 por cento) foi o mais frequente. Uma comparação entre os dois sistemas para examinar uma predisposição para infecção para Leptospira spp. mostrou que a suscetibilidade foi maior nos animais criados extensivamente do que naqueles criados em confinamento (teste χ2, p<0,05). A presença de infiltrado inflamatório foi significantemente maior nos animais soropositivos comparados aos soronegativos (p<0,05, Teste U de Mann-Whitney). A análise morfométrica mostrou Leptospira spp. e o antígeno de leptospira apenas nos animais soropositivos (p<0,05, teste de U de Mann-Whitney). Apoptose em células epiteliais tubulares foi significantemente mais evidente nos animais infectados comparados aos não infectados (p<0,05, Teste U de Mann-Whitney). Uma eventual associação de antígeno de Leptospira e células epiteliais em apoptose sugere um provável mecanismo de lesão renal na leptospirose suína.
Serum and kidney of 75 mixed bred swine (no definite breed) reared in an extensive system and slaughtered in Timon (state of Maranhão) and Teresina (state of Piauí), Brazil, two cities separated from each other by the Parnaiba River, and 75 crossbred swine from a confinement rearing system, sired by Landrace, Large White and/or Duroc, were used in this study. From the 150 analyzed samples for the microscopic agglutination test (MAT), seven were reagents and the serovar Icterohaemorrhagiae (42.86 percent) was the most frequent. A comparison between both systems to verify a predisposition to Leptospira spp. infection showed that susceptibility was greater in extensively reared animals than in those bred in confinement (χ2 test, p<0.05). Inflammatory infiltrates covered an average area larger in the seropositive revealing a significant difference for the seronegative animals (p<0.05, Mann-Whitney U-Test). Morphometric analysis showed Leptospira spp. and antigen labeling in seropositive animals only (p<0.05, Mann-Whitney U-test). Apoptosis in tubular epithelial cells was significantly more evident in the infected animals compared to uninfected. The rearing system and environment conditions are an important factor in the susceptibility of swine to Leptospira spp. infection. An eventual association of leptospira antigen and apoptotic cells suggests a probable mechanism of renal injury at leptospirosis.
ABSTRACT
Este trabalho teve por objetivo realizar um levantamento sobre as plantas tóxicas para ruminantes e equídeos na Mesorregião Norte do Piauí. Foram feitas 71 entrevistas a médicos veterinários, engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas e produtores de 16 municípios, entrevistando pelo menos quatro pessoas por município. As plantas comprovadamente tóxicas que foram apontadas com maior frequência na região estudada foram Ipomoea asarifolia, que causa intoxicações em pequenos ruminantes em todas as áreas visitadas. Stryphnodendron coriaceum pelas mortes que ocasiona é, aparentemente, a planta que causa maiores perdas econômicas na mesorregião estudada. Enterolobium contortisiliquum também foi citada como causa importante de sinais digestivos, abortamentos e fotossensibilização em bovinos da região. Os entrevistados confirmaram a ocorrência de surtos de intoxicação em bovinos por Thiloa glaucocarpa no inicio do período chuvoso. Manihot spp. e Piptadenia macrocarpa são plantas cianogênicas apontadas como causa de mortes superagudas em bovinos. Outras plantas relatadas como tóxicas pelos entrevistados, mas sem que haja comprovação de sua toxicidade, foram Buchenavia tomentosa, Caesalpinia sp., Brunfelsia sp., Luetzelburgia sp., Hybantus ipecaconha, Phisalys angulata e Spondias luta. De acordo com os entrevistados os frutos de Buchenavia tomentosa causam sinais digestivos e abortos em caprinos, ovinos e bovinos. Produtores relatam surtos de intoxicação em caprinos que apresentam sinais digestivos e morte após a ingestão de favas de Luetzelburgia sp. Brunfelsia sp. é relatada como causa de alterações nervosas, no começo das chuvas, quando os animais ingerem as folhas e flores e os asininos são aparentemente mais afetados. Os frutos de Spondias luta foram mencionados como causa de diarréia em caprinos. Experimentos não publicados demonstraram a toxicidade de Brunfelsia sp. em ovinos e de Luetzelburgia sp. como causa de sinais digestivos e mortes ...
The objective of this study was to survey toxic plants for ruminants and equidae in northern Piauí. Seventy one persons were interviewed, including farmers, veterinary practitioners, agronomists, and agrarian technicians from 16 municipalities, performing at least four interviews in each municipality. The most common plant mentioned as a cause of poisoning was Ipomoea asarifolia, which is a well known cause of tremogenic disease in ruminants. Stryphnodendron coriaceum which causes digestive signs was referred as a common cause of death, and is probably the plant that causes most cattle deaths in the region. Enterolobium contortisiliquum was also mentioned as a frequent cause of digestive signs, abortion and photosensitization in cattle. Outbreaks of nephrosis caused by Thiloa glaucocarpa are frequent at the beginning of the raining season. Poisoning by the cyanogenic plants Manihot spp. e Piptadenia macrocarpa are a cause of peracute deaths. Other plants mentioned as toxic were Buchenavia tomentosa, Caesalpinia sp., Brunfelsia sp., Luetzelburgia sp., Hybantus ipecaconha, Phisalys angulata, and Spondias luta. Farmers report that goats are poisoned by the ingestion of the pods of Luetzelburgia sp., which causes digestive signs and death. The ingestion of the fruits of Buchenavia tomentosa is associated with digestive signs and and abortion in ruminants. Brunfelsia sp. is mentioned as a cause of nervous signs at the start of the raining season and donkeys are apparently more affected. The consumption of the fruits of Spondias luta are associated with diarrhea in goats. Recent unpublished experiments demonstrated the toxicity of Brunfelsia sp. as a cause of nervous signs and of Luetzelburgia sp. as a cause of digestive signs in goats. Experiments with other plants are necessary to confirm their toxicity.
Subject(s)
Animals , Cattle , Data Collection , Equidae , Plants, Toxic , Ruminants , Fabaceae/toxicity , Ipomoea/toxicity , Manihot/toxicity , Animal Feed/toxicityABSTRACT
Foi realizado um estudo de ocorrência da conidiobolomicose ovina em 25 rebanhos no Estado do Piauí, de janeiro de 2002 a dezembro de 2004. A enfermidade acometeu apenas ovinos e ocorreu principalmente em abril-julho. A incidência média anual foi de 2,80 por cento e a incidência semestral foi significativamente mais alta (P <0,05) no primeiro semestre (2,10 por cento), durante a época chuvosa, do que no segundo semestre (0,69 por cento), durante a seca. A incidência entre rebanhos variou de 0,1-14,3 por cento e a letalidade foi de 100 por cento. Ao exame clínico, os animais apresentavam apatia, emagrecimento progressivo, secreção nasal serosa, mucosa e/ou hemorrágica, dificuldade respiratória, respiração ruidosa, febre e na maioria dos casos assimetria crânio-facial e exoftalmia. Alguns ovinos permaneciam com a cabeça baixa ou a pressionavam contra objetos. O curso clínico foi de 1-5 semanas. As lesões macroscópicas, microscópicas e ultrastructurais e a identificação do agente são descritas separadamente. Este é o primeiro registro de conidiobolomicose em ovinos no Brasil, enfermidade endêmica no Estado do Piauí, associada à alta pluviosidade (1000-1600mm anuais) e alta temperatura (19-36ºC).
Conidiobolomycosis is reported in 25 farms, from January 2002 to December 2004, in the state of Piauí. The disease affects only sheep, mainly in April-June. The mean morbidity rate was 2.80 percent, but was higher in the first semester (2.1 percent), during the raining period, than in the second one (0.69 percent), during the dry period. Morbidity rate among flocks varied from 0.1-14.3 percent. Case fatality rate was 100 percent, and the clinical manifestation period varied from 1-5 weeks. Clinical signs were serous, mucous and/or bloody nasal secretion, respiratory distress, snoring respiration, cranium-facial asymmetry, exophthalmia, fever and progressive emaciation. Marked depression, sometimes with the head down or head pressing was observed in some cases. Gross, microscopic and ultrastructural lesions and identification of the agent are reported elsewhere. This is the first report of conidiobolomycosis in Brazil, which is endemic and has a high frequency in sheep in the State of Piauí, associated with high rainfalls (1000-1600mm annually) and high temperature (19-36ºC).