ABSTRACT
Pericardial cysts account for 12-18% of all mediastinal masses. They are usually asymptomatic and incidentally detected. However, when large, they can cause symptoms. Most pericardial cysts are located in the right cardiophrenic angle, but they can be anywhere in the mediastinum. We reported a pleuropericardial cyst torsion after physical stress, a very rare complication of this condition. The diagnosis was made by computed tomography and confirmed by video-assisted thoracoscopy.
Cistos pericárdicos constituem 12-18% de todas as massas mediastinais. Geralmente, são assintomáticos e detectados incidentalmente, podendo manifestar sintomas quando alcançam um tamanho aumentado. Na maioria das vezes, estão situados no seio cardiofrênico direito, mas podem ocupar outra localização no mediastino. Neste artigo, relatamos uma torção de cisto pleuropericárdico após esforço físico, uma complicação raríssima dessa condição, cujo diagnóstico foi realizado por meio da tomografia computadorizada do tórax e confirmado posteriormente por videotoracoscopia.
Subject(s)
Humans , Diagnostic Imaging , Mediastinal Cyst , Torsion AbnormalityABSTRACT
OBJETIVO: Apresentar resultados obtidos com a toracoscopia no tratamento do empiema pleural em pacientes pediátricos. MÉTODOS: Foram avaliados 117 empiemas pleurais, utilizando-se o mediastinoscópio ou a videotoracoscopia, com anestesia geral e sonda de intubação simples. As indicações para a intervenção cirúrgica foram: derrame pleural com ausência de resposta clínica e radiológica ao tratamento clínico (antibióticos, fisioterapia e toracocentese) ou sepse grave, e derrame pleural loculado (documentado por ultrassonografia ou tomografia computadorizada do tórax). RESULTADOS: De fevereiro de 1983 a julho de 2006, 117 toracoscopias foram realizadas em pacientes com idade entre 5 meses e 17 anos (média, 4 anos). O tempo médio de permanência do dreno torácico foi de 9 dias (2 a 33), e o tempo de internação hospitalar foi de 16,44 dias (4 a 49). Houve apenas um óbito (0,8 por cento), e 33 pacientes (28 por cento) tiveram como complicação fístula aérea prolongada. Em 7 pacientes (6 por cento), houve necessidade de conversão para toracotomia com decorticação pulmonar em decorrência da organização do empiema. CONCLUSÕES: Não existe consenso para o tratamento do empiema pleural nesta faixa etária. A terapêutica cirúrgica é geralmente requisitada tardiamente no curso da doença, particularmente quando já existem múltiplas loculações ou quadro séptico grave. A toracoscopia indicada mais precocemente no tratamento do empiema pleural em pacientes pediátricos proporcionou uma melhor resposta à terapêutica clínica, aparentemente reduzindo o índice de morbi-mortalidade, o tempo de permanência do dreno torácico, o tempo de internação hospitalar e o tempo de antibioticoterapia.
OBJECTIVE: To evaluate the results of thoracoscopy for the treatment of pleural empyema in pediatric patients. METHODS: A retrospective study of 117 patients who underwent mediastinoscopy or video-assisted thoracoscopy for pleural empyema treatment. General anesthesia and single-lumen oral intubation were used. Surgery was indicated when there was pleural effusion and no clinical and radiological response to clinical treatment (antibiotics, physiotherapy and thoracocentesis) or severe sepsis, together with loculated pleural effusion (confirmed through ultrasound or computed tomography of the chest). RESULTS: Between February of 1983 and July of 2006, 117 thoracoscopies were performed in patients ranging in age from 5 months to 17 years (mean, 4 years). Mean time for thoracic drainage was 9 days (range, 2-33 days), and mean period of hospitalization was 16.4 days (range, 4 to 49 days). One patient (0.8 percent) died after surgery, and persistent fistula was observed in 33 patients (28 percent). In 7 cases (6 percent), open thoracotomy with pulmonary decortication was performed due to the disposition of the empyema. CONCLUSIONS: Management of pleural empyema in this age bracket is still controversial, and surgical indication is often delayed, particularly when there are multiple loculations or severe sepsis. Early thoracoscopy yields a better clinical outcome for pediatric patients with pleural empyema, with apparent decreased morbidity and mortality, earlier chest tube removal, earlier hospital discharge and improved response to antibiotic therapy.
Subject(s)
Adolescent , Child , Child, Preschool , Female , Humans , Infant , Male , Empyema, Pleural/surgery , Thoracoscopy/methods , Length of Stay , Treatment OutcomeABSTRACT
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma patologia frequente, acometendo cerca de 10 por cento da população geral. Esta incidência tem se elevado nos últimos anos. Tradicionalmente, sua abordagem terapêutica inicial é clínica, porém, o número de indicações cirúrgicas tem aumentado principalmente às custas das vantagens da videolaparoscopia. Durante o período de janeiro de 1993 a março de 1998, 112 pacientes foram submetidos a fundoplicatura e hiatoplastia por videolaparoscopia para o tratamento da DRGE, sendo 62 (55,3 por cento) do sexo masculino e 50 (44,7 por cento) do sexo feminino. A idade variou de 20 a 90 anos, com média de 40 anos. As indicações cirúrgicas foram doença refratária ao tratamento clínico (76,9 por cento), seguido por esôfago de Barrett (16,1 por cento), estenose esofágica (3,5 por cento), hemorragia digestiva alta por úlcera esofágica (2,6 por cento) e hérnia hiatal paraesofágica (0,9 por cento). Para o procedimento cirúrgico foram utilizados cinco trocartes. A hiatoplastia foi realizada com pontos em "X". Na fundoplicatura, após a passagem do fundo gástrico por trás do esôfago abdominal, inicialmente se realiza um ponto tomando as duas extremidades do fundo gástrico, porém sem fixar esta sutura ao esôfago. A partir daí, mais quatro pontos são realizados, sendo dois acima e dois abaixo deste ponto inicial, de maneira a envolver o esôfago, de modo parcial (270§). O tempo médio de cirurgia foi de 80 minutos e o de internação, de 1,8 dias. Ocorreram duas conversões (1,7 por cento). Não houve mortalidade, e as complicações assinaladas foram pneumotórax (0,9 por cento), enfisema subcutâneo (0,9 por cento), disfagia transitória (26 por cento) e disfagia persistente (3,5 por cento). A fundoplicatura mista laparoscópica tem se mostrado um procedimento seguro e eficaz para o tratamento definitivo da DRGE com baixo número de complicações, reunindo as vantagens clássicas da cirurgia laparoscópica: curto período de internação, rápida recuperação e bons resultados estéticos; e às de uma técnica simplificada, visando facilitar as duas etapas mais complicadas da cirurgia: hiatoplastia e fundoplicatura