ABSTRACT
Os autores apresentam os resultados de 23 pacientes com luxação recidivante escapuloumeral involuntária, os quais foram submetidos a tratamento cirúrgico aberto pela técnica da capsuloplastia tipo Neer, associada ao reparo da lesão de Bankart. O tempo médio de seguimento pós-operatório foi de dois anos e meio. Para avaliação dos resultados, utilizaram o protocolo da Sociedade Americana de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (ASES). Consideraram 95,6 por cento de resultados entre excelentes e bons, e 4,4 por cento regulares. Os autores concluíram que a capsuloplastia tipo Neer associada ao reparo da lesão de Bankart proporcionou alta taxa de resultados satisfatórios.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adult , Shoulder Dislocation/surgeryABSTRACT
Os autores apresentam os resultados do estudo epidemiológico realizado em um grupo de 120 pacientes com diagnóstico de instabilidade glenoumeral, tratados conservadoramente. Por meio de anamnese detalhada, exame físico e radiografias, estudaram, para cada caso, o grau de instabilidade articular (subluxaçäo ou luxaçäo), a origem (traumática ou näo traumática), a direçäo (anterior, posterior, inferior ou multidirecional), a capacidade de luxar (voluntária ou involuntária), o lado acometido (direito, esquerdo ou bilateral), o sexo (masculino ou feminino), a raça (branco ou näo branco), o histórico familiar (positivo ou negativo) e a idade do primeiro episódio. As associaçöes entre as variáveis foram pesquisadas pelo método do χ2 (qui-quadrado) ou teste exato de Fisher. Foram avaliadas as diferenças entre a média das idades do primeiro episódio no grupo de origem traumática, näo traumática e, entre estes grupos, pelo teste de Mann-Whitney. Os autores concluem que as instabilidades do ombro de etiologia näo traumática apresentam maior incidência de histórico familiar e bilateralidade do que as instabilidades traumáticas. Independente do sexo, as luxaçöes de etiologia näo traumática ocorreram mais precocemente do que as de origem traumática. Os pacientes com grau de subluxaçäo do ombro apresentam maior incidência de bilateralidade e etiologia näo traumática em relaçäo ao com grau de luxaçäo. O grau de subluxaçäo de ombro mais freqüente no sexo feminino do que no masculino. O comportamento da variável sexo para a idade do primeiro episódio é diferente tanto no grupo de etiologia traumática, quanto no de etiologia näo traumática, ou seja, para as instabilidades traumáticas, as mulheres apresentam luxaçöes mais tardiamente em relaçäo aos homens. Entretanto, para as instabilidades näo traumáticas, ocorre o contrário, ou seja, as mulheres desenvolvem luxações mais precocemente em relaçäo aos homens
Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Family , Joint Instability , Medical History Taking , Physical Examination , ShoulderABSTRACT
Os autores estudaram 45 pacientes (46 ombros) portadores de luxação recidivante anterior de ombro, submetidos ao tratamento cirúrgico pela técnica da capsuloplastia à Neer, associada à repara ção da lesão de Bankart, quando necessário. O tempo médio de seguimento foi de 33,4 meses. Durante a cirurgia ocorreram complicações significativas em três pacientes (6,5 por cento): lesão da artéria circulflexa umeral anterior, insucesso na fixação da lesão de Bankart e fratura do rebordo da glenóide. Após o tratamento cirúrgico, observou-se diminuição do deslocamento inferior da cabeça umeral no teste do sulco subacromial e desaparecimento da apreensão anterior em 44 ombros. A média da elevação anterior aumentou 2,5 graus e a da rotação externa, com braço em posição neutra, diminuiu 10 graus. Não se observou correlação entre o número de luxação e o resultado funcional, o mesmo ocorrendo com o tempo decorrido entre a primeira luxação e a data da cirurgia. Em dois pacientes (4,4 por cento) com frouxidão ligamentar generalizada foi observada lesão de Bankart. De acordo com os critérios da Society of American Shoudler and Elbow Surgeons (ASES), em 44 ombros (95,6 por cento) o resultado foi considerado bom, enquanto em 2 (4,4 por cento), ruim. Os autores enfatizam a eficácia da capsuloplastia-reparação de Bankart no tratamento da luxação recidivante do ombro e chamam a atenção para a possibilidade de complicações potencialmente graves, que existe em um dos procedimentos cirúrgicos ortopédicos mais utilizados nos dias atuais. Durante o exame pré-operatório sob anestesia, foi observado que a posição de luxação nem sempre foi a clássica 90-90 de abdução e rotação externa, fato que contraria alguns dos preceitos de biomecânica, sobre os quais se assentam as teorias que explicam a instabilidade glenumeral, o que necessita ser melhor investigado.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adult , Middle Aged , Shoulder Dislocation/surgery , Range of Motion, Articular , RecurrenceABSTRACT
Os autores estudaram, retrospectivamente, os resultados do tratamento artroscópico de 18 pacientes com diagnóstico clínico de pinçamento subacromial. O tempo médio de seguimento foi de 44,8 meses (24 a 60 meses). Dos pacientes avaliados, 15 (83 por cento) eram do sexo feminino e 3 (17 por cento) do masculino. A idade média foi de 52 anos (43 a 70 anos). O tempo de evoluçao da dor pré-operatória foi, em média, 29 meses, dos quais, nos últimos 4, foi realizado tratamemto conservador, com a administraçao de analgésicos antiinflamatórios nao hormonais e orientaçao para a execuçao de exercícios domiciliares para os ombros. A presença do pinçamento subacromial foi determinada, clinicamente, pelo teste de Neer. Durante a cirurgia, o diagnóstico de pinçamento subacromial foi verificado pelo exame artroscópico. O tratamento realizado foi a sinovectomia subacromial, nos casos em que nao havia sinais de pinçamento subacromial confirmado pela artroscopia, e sinovectomia subacromial com acromioplastia, nos casos em que se constatou a lesao característica do pinçamento subacromial, na face articular do acrômio. Os resultados funcionais foram aferidos com o auxílio do protocolo de avaliaçao da American Society of Shoulder and Elbow Surgeons. Foi observado que 15 (83 por cento) pacientes apresentaram resultados funcionais acima de 70 por cento (bons e excelentes), enquanto 3 (17 por cento), abaixo de 70 por cento (ruins ou regulares). Quando se estudaram os 15 pacientes com resultados bons-excelentes, verificou-se que em 10 (67 por cento) deles o diagnóstico clínico de pinçamento subacromial nao foi confirmado pela artroscopia. Nos 5 (33,3 por cento) pacientes restantes observou-se a confirmaçao do pinçamento pela artroscopia. Dos 3 pacientes com resultados funcionais abaixo 70 por cento, foi realizada apenas sinovectomia em 1, enquanto nos 2 restantes, sinovectomia e acromioplastia. Os autores concluem que a sinovectomia artroscópica, sem acromioplastia, é uma alternativa de tratamento adequada para pacientes com diagnóstico clínico de pinçamento subacromial, nos quais o exame artroscópico permitir identificar a ausência do pinçamento subacromial.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Shoulder Impingement Syndrome/therapy , Acromion/surgery , Arthroscopy , Follow-Up Studies , Retrospective Studies , Treatment OutcomeABSTRACT
Na literatura ortopédica tem-se demonstrado que o tratamento incruento das fraturas da eminência intercondiliana da tíbia pode ser acompanhado de frouxidäo ligamentar, condromalacia, bloqueio da extensäo ou perda da reduçäo durante o decorrer do seguimento. O objetivo deste trabalho é demonstrar a experiência dos autores no tratamento dessas fraturas pela via artroscópica. Entre março de 1995 e setembro de 1996, foram tratados cirurgicamente sete pacientes com fraturas da eminência intercondiliana da tíbia do tipo III, de acordo com a classificaçäo proposta por Meyers & McKeever. Destes, seis (85 por cento) eram crianças, cuja idade mÚdia era de 11 anos e cinco meses, e um adulto (15 por cento), com idade de 24 anos e oito meses. A técnica cirúrgica utilizada foi a fixaçäo dos fragmentos ósseos por meio de fios de kirschner introduzidos percutaneamente sob visäo artroscópica. A imobilizaçäo inguinomaleolar e os fios foram retirados após período de quatro semanas. Os pacientes foram submetidos periodicamente a exame clínico e radiográfico. O seguimento variou de um mínimo de seis meses e o máximo de um ano e dez meses, com tempo médio de 14 meses. Em seis (85 por cento) pacientes, os resultados foram considerados excelentes e em um (15 por cento), bom. Ao observar que, nas fraturas dos tipos II e III, os fragmentos ósseos dificilmente säo reduzidos de forma satisfatória, principalmente pela possível interposiçäo do corno anterior do menisco lateral e/ou ligamento intermeniscal transverso, os autores optaram pelo tratamento cirurgico, por ser o ato operatório eficiente, de fácil execuçäo, de baixa morbidade, com resultados satisfatórios em todos os casos.