ABSTRACT
Neste artigo apresenta-se brevemente a proposta para o fluxo de atendimento da dor torácica suspeita de ser síndrome coronariana aguda em nível pré-hospitalar em nosso meio. A partir de um programa bem-sucedido do governo federal, os serviços de atendimento pré-hospitalar multiplicaram-se no Brasil. O atendimento mais rápido e adequado oferecido pelo SAMU: Serviço de Atendimento Médico de Urgência é realizado a partir de uma central única, que coordena todas as chamadas de urgência, sendo capaz de despachar para o local os meios apropriados ao atendimento daquele chamado específico. Assim, antecipam-se a administração de medicamentos e a monitorização e planeja-se com rapidez a melhor estratégia de tratamento. Com o atendimento precoce, salva-se número mais alto de células miocárdicas, certamente melhorando a sobrevida e reduzindo a morbidade causada pelas síndromes coronarianas agudas.
This paper briefly introduces a proposal of pre-hospital pathway of providing health care to patients with thoracic pain suspected to be symptom of acute coronary syndrome. Prehospital care services have grown in number in Brazil upon the successful implementation of a national public program. This is the case of SAMU, Urgent Medical Care Service, which has a single central bureau that coordinates all the urgency calls and makes arrangements for the most adequate means to be in place according to the needs of every patient. This means that this service is well suited to anticipate drugs and monitoring and to timely plan the most adequate treatment strategy. Early care usually saves a highernumber of myocardial cells, which undoubtedly improves survival and reduces morbidity.
Subject(s)
Humans , Ambulances , Chest Pain/diagnosis , Emergency Medical Services , Acute Coronary Syndrome/diagnosisABSTRACT
OBJETIVO: Conhecer as características dos pacientes submetidos a um protocolo operacional padrão institucional de atendimento a pacientes reanimados após episódio de parada cardiorrespiratória incluindo a aplicação de hipotermia terapêutica. MÉTODOS: Foram analisados retrospectivamente 26 pacientes consecutivos após episódio de parada cardiorrespiratória de janeiro de 2007 a novembro de 2008. RESULTADOS: Todos os casos foram submetidos a hipotermia terapêutica. Idade média de 63 anos, predominantemente do sexo masculino. O local da parada cardiorrespiratória foi extra-hospitalar em 8 casos, pronto socorro em 3, durante internação fora da unidade de terapia intensiva em 13 casos e o bloco cirúrgico em 2 casos. O ritmo de parada foi fibrilação ventricular em sete pacientes, assistolia em 11, atividade elétrica sem pulso em 5 casos e não foi determinado em 3 pacientes. O intervalo entre a parada e o retorno à circulação espontânea foi de 12 ± 5 minutos. O tempo requerido para alcançar a temperatura alvo foi de 5 ± 4 horas, o tempo de hipotermia foi de 22 ± 6 horas e para o reaquecimento usaram-se 9 ± 5,9 horas. Catorze pacientes evoluíram a óbito na unidade de terapia intensiva, representando uma mortalidade de 54 por cento, e três pacientes tiveram o mesmo desfecho durante a internação, determinando uma mortalidade intra-hospitalar de 66 por cento. Houve redução estatisticamente significativa dos valores de hemoglobina (p <0,001), leucócitos (p=0,001), plaquetas (p<0,001), lactato (p<0,001) e potássio (p=0,009), e aumento de proteína C reativa (p=0,001) e RNI (p=0,004) após aplicação de hipotermia. CONCLUSÕES: A elaboração de protocolo operacional padrão de hipotermia terapêutica para o tratamento de pacientes com parada cardiorrespiratória, utilizando-se das rotinas adaptadas de estudos randomizados, resultou em elevada aderência e seus resultados assemelham-se aos dados publicados na literatura.
OBJECTIVE: To determine the characteristics of patients undergoing standard institutional protocol for management of resuscitated patients after a cardiac arrest episode, including therapeutic hypothermia. METHODS: This was a retrospective analysis of 26 consecutive patients admitted following cardiac arrest, between January 2007 and November 2008. RESULTS: All cases underwent therapeutic hypothermia. Average age was 63 years, and the patients were predominantly male. Cardiac arrest event was out-of-hospital in 8 cases, in the emergency room in 3 cases, in the wards in 13 cases and in the operation room in 2 cases. The cardiac arrest rhythm was ventricular fibrillation in seven patients, asystolia in 11, pulseless electrical activity in 5 cases, and was undetermined in 3 patients. The interval between the cardiac arrest and return of spontaneous circulation was 12 minutes (SD ± 5 min). The time to reach the target temperature was 5 ± 4 hours, the hypothermia time was 22 ± 6 hours and time to rewarming 9 ± 5.9 hours. Fourteen patients died in the intensive care unit, a 54 percent mortality, and three patients died during the in-hospital stay, a 66 percent in-hospital mortality. There was statistically significant reduction in hemoglobin (p<0.001), leukocytes (p=0.001), platelets (p<0.001), lactate (p<0.001) and potassium (p=0.009), values and increased C reactive protein (p=0.001) and INR (p=0.004) after hypothermia. CONCLUSIONS: The creation of a standard operative protocol for therapeutic hypothermia in post cardiac arrest patients management resulted in a high use of therapeutic hypothermia. The clinical results of this protocol adapted from randomized studies are similar to the literature.
ABSTRACT
Analisam-se, retrospectivamente, 144 pacientes com trauma cranioencefálico grave atendidos no período de janeiro de 1998 a janeiro de 2000 (parcial), em unidade de suporte avançado medicalizada, após padronizaçä o de protocolo de sequência rápida de intubaçäo traqueal (SRI), em outubro de 1997. Foi considerada SRI o uso de pelo menos um sedativo seguido de bloqueador neuromuscular. Os dados foram colhidos das fichas de atendimento, etomidato e a succinilcolina foram as drogas mais usadas, representando, respectivamente, 69,5 por cento dos sedativos e 80,5 por cento dos bloqueadores neuromusculares. O sucesso da intubaçäo foi observado em 99,31 por cento dos casos. Nos pacientes com monitorizaçäo cardíaca (47,2 por cento), nao foram relatadas arritmias. Näo houve parada cardiorrespiratória ou óbito relacionados ao procedimento. Concluímos que a sequência rápida de intubaçäo é procedimento eficaz e seguro na obtençäo da via aérea definitiva, mesmo em ambiente pré-hospitalar e quando realizada por médicos näo anestesiologistas.