ABSTRACT
Abstract Introduction: Identifying risk factors for autosomal dominant polycystic kidney disease (ADPKD) progression is important. However, studies that have evaluated this subject using a Brazilian sample is sparce. Therefore, the aim of this study was to identify risk factors for renal outcomes and death in a Brazilian cohort of ADPKD patients. Methods: Patients had the first medical appointment between January 2002 and December 2014, and were followed up until December 2019. Associations between clinical and laboratory variables with the primary outcome (sustained decrease of at least 57% in the eGFR from baseline, need for dialysis or renal transplantation) and the secondary outcome (death from any cause) were analyzed using a multiple Cox regression model. Among 80 ADPKD patients, those under 18 years, with glomerular filtration rate <30 mL/min/1.73 m2, and/or those with missing data were excluded. There were 70 patients followed. Results: The factors independently associated with the renal outcomes were total kidney length - adjusted Hazard Ratio (HR) with a 95% confidence interval (95% CI): 1.137 (1.057-1.224), glomerular filtration rate - HR (95% CI): 0.970 (0.949-0.992), and serum uric acid level - HR (95% CI): 1.643 (1.118-2.415). Diabetes mellitus - HR (95% CI): 8.115 (1.985-33.180) and glomerular filtration rate - HR (95% CI): 0.957 (0.919-0.997) were associated with the secondary outcome. Conclusions: These findings corroborate the hypothesis that total kidney length, glomerular filtration rate and serum uric acid level may be important prognostic predictors of ADPKD in a Brazilian cohort, which could help to select patients who require closer follow up.
Resumo Introdução: É importante identificar fatores de risco para progressão da doença renal policística autossômica dominante (DRPAD). Entretanto, são escassos os estudos que avaliam esse assunto utilizando amostra brasileira. Portanto, o objetivo deste estudo foi identificar fatores de risco para desfechos renais e óbito em coorte brasileira de pacientes com DRPAD. Métodos: Os pacientes tiveram o primeiro atendimento médico entre janeiro/2002 e dezembro/2014, sendo acompanhados até dezembro/2019. Associações entre variáveis clínicas e laboratoriais com desfecho primário (redução sustentada de pelo menos 57% na TFGe em relação ao valor basal, necessidade de diálise ou transplante renal) e desfecho secundário (óbito por qualquer causa) foram analisadas pelo modelo de regressão múltipla de Cox. Entre 80 pacientes com DRPAD, foram excluídos aqueles menores de 18 anos, com TFG <30 mL/min/1,73 m2 e/ou aqueles com dados ausentes. Foram acompanhados 70 pacientes. Resultados: Fatores independentemente associados aos desfechos renais foram: comprimento renal total - Razão de Risco (HR) ajustada com intervalo de confiança de 95% (IC 95%): 1,137 (1,057-1,224), taxa de filtração glomerular - HR (IC 95%): 0,970 (0,949-0,992) e nível sérico de ácido úrico - HR (IC 95%): 1,643 (1,118-2,415). Diabetes mellitus - HR (IC 95%): 8,115 (1,985-33,180) e TFG - HR (IC 95%): 0,957 (0,919-0,997) foram associados ao desfecho secundário. Conclusões: Esses achados corroboram a hipótese de que comprimento renal total, TFG e nível sérico de ácido úrico podem ser importantes preditores prognósticos de DRPAD em uma coorte brasileira, o que pode ajudar a selecionar pacientes que necessitam de acompanhamento mais próximo.