ABSTRACT
Introducción: a pesar de los avances en tratamiento antirretroviral, existe la posibilidad de que personas que viven con el virus de la inmunodeficiencia humana (VIH) experimenten falla terapéutica vinculada a múltiples factores que impactan en la respuesta al fármaco. Objetivos: evaluar la utilidad de aplicar un modelo farmacocinético en pacientes con diagnóstico de VIH en tratamiento con dolutegravir para el análisis de las concentraciones plasmáticas experimentales. Adicionalmente, se pretende identificar potenciales interacciones farmacológicas, evaluar adherencia y fallo terapéutico. Material y método: se realizó un estudio piloto transversal y observacional en pacientes VIH tratados con dolutegravir que incluyó la dosificación de la concentración plasmática, evaluación de adherencia mediante el cuestionario simplificado de adherencia a la medicación (SMAQ) y retiro de medicación. Se utilizó un modelo poblacional referenciado en la bibliografía para la predicción de concentraciones de dolutegravir en cada paciente y se compararon con las concentraciones experimentales. Resultados: fueron incluidos en el estudio 21 pacientes. Al cotejar las concentraciones plasmáticas experimentales con la simulación farmacocinética se encontraron diferencias para 12 pacientes, las cuales se explican por posibles interacciones farmacológicas, mala adherencia u otros factores que afectan la farmacocinética. Se detectó 38% de no adherencia de acuerdo con SMAQ y 23% de acuerdo con el retiro de medicación. Conclusiones: se expone el rol potencial de los modelos farmacocinéticos para la interpretación de concentraciones plasmáticas y se genera la necesidad de avanzar en este tipo de estudios para el establecimiento de rango terapéutico y aplicabilidad clínica.
Introduction: Despite advances in antiretroviral treatment, there is a possibility that people living with HIV may experience treatment failure linked to multiple factors that impact drug response. Objective: To evaluate the usefulness of applying a pharmacokinetic model in patients diagnosed with HIV undergoing treatment with dolutegravir for the analysis of experimental plasma concentrations. Additionally, the aim is to identify potential drug interactions, assess adherence, and therapeutic failure. Method: A cross-sectional, observational pilot study was conducted in HIV patients treated with dolutegravir, which included plasma concentration dosing, assessment of adherence using the Simplified Medication Adherence Questionnaire (SMAQ), and medication withdrawal. A population-based model referenced in the literature was used to predict dolutegravir concentrations in each patient and these were compared with experimental concentrations. Results: Twenty-one patients were included in the study. When comparing experimental plasma concentrations with pharmacokinetic simulation, differences were found for 12 patients, which can be explained by possible drug interactions, poor adherence, or other factors affecting pharmacokinetics. Non-adherence was detected in 38% according to the SMAQ and 23% according to medication withdrawal. Conclusions: The potential role of pharmacokinetic models in the interpretation of plasma concentrations is highlighted, emphasizing the need to advance in this type of studies to establish therapeutic ranges and clinical applicability.
Introdução: Apesar dos avanços no tratamento antirretroviral, existe a possibilidade de que pessoas que vivem com HIV experimentem falha terapêutica ligada a múltiplos fatores que impactam na resposta ao medicamento. Objetivos: Avaliar a utilidade da aplicação de um modelo farmacocinético em pacientes com diagnóstico de HIV em tratamento com dolutegravir para análise de concentrações plasmáticas experimentais. Além disso, pretende-se identificar potenciais interações medicamentosas, avaliar a adesão e a falha terapêutica. Método: Um estudo piloto observacional transversal foi conduzido em pacientes HIV tratados com dolutegravir que incluiu dosagem de concentração plasmática, avaliação de adesão usando o questionário simplificado de adesão à medicação (SMAQ) e retirada da medicação. Um modelo populacional referenciado na literatura foi utilizado para prever as concentrações de dolutegravir em cada paciente e compará-las com as concentrações experimentais. Resultados: 21 pacientes foram incluídos no estudo. Ao comparar as concentrações plasmáticas experimentais com a simulação farmacocinética, foram encontradas diferenças em 12 pacientes, que são explicadas por possíveis interações medicamentosas, má adesão ou outros fatores que afetam a farmacocinética. Foram detectadas 38% de não adesão segundo o SMAQ e 23% segundo retirada da medicação. Conclusões: Fica exposto o papel potencial dos modelos farmacocinéticos para a interpretação das concentrações plasmáticas e gera-se a necessidade de avançar neste tipo de estudos para estabelecer a faixa terapêutica e a aplicabilidade clínica.