ABSTRACT
DESTAQUES â Este mapa de evidências tem como objetivo apresentar estratégias que podem ser efetivas para o cuidado de pessoas com diabetes, hipertensão ou obesidade. â Foram incluídas 93 revisões sistemáticas, cujos estudos primários foram realizados em sua maioria (65,1%) na América do Norte, Ásia e Europa. â As intervenções foram classificadas em 5 categorias e 26 subcategorias. Observouse maior frequência da categoria "Teleconsulta/eHealth" e da subcategoria "cuidado assistencial". â Os desfechos analisados foram classificados em clínicos e não clínicos. Desfechos clínicos foram relatados em 53 revisões sistemáticas, com destaque para a pressão arterial. Desfechos não clínicos foram relatados em 51 revisões sistemáticas, com destaque para a adesão ao tratamento farmacológico. â As cinco categorias de intervenções - Teleconsulta/eHealth, Educação, Automonitoramento/autogerenciamento, Tratamento farmacológico, Serviço de saúde - apresentaram efeito positivo ou potencialmente positivo acima de 50% para os desfechos avaliados.
HIGHLIGHTS â This evidence map aims to present strategies that may be effective for the care of people with diabetes, hypertension or obesity. â 93 systematic reviews were included, the majority of whose primary studies were carried out (65.1%) in North America, Asia and Europe. â Interventions were classified into 5 categories and 26 subcategories. There was a greater frequency of the "Teleconsultation/eHealth" category and the "assistance care" subcategory. â The analyzed outcomes were classified as clinical and non-clinical. Clinical outcomes were reported in 53 systematic reviews, with emphasis on blood pressure. Non-clinical outcomes were reported in 51 systematic reviews, with emphasis on adherence to pharmacological treatment. â The five categories of interventions - Teleconsultation/eHealth, Education, Self-monitoring/self-management, Pharmacological treatment, Health service - showed a positive or potentially positive effect above 50% for the evaluated outcomes.
Subject(s)
Noncommunicable Diseases , Review , Diabetes Mellitus, Type 2 , Hypertension , ObesityABSTRACT
Resumo O objetivo deste artigo é apresentar o estado da arte sobre a reprodução homoparental cis no campo da saúde coletiva. Vinte e oito estudos abordam barreiras para a reprodução de casais homoparentais relacionadas a questões legais, éticas, técnicas e econômicas, além de preconceito e discriminação. Seis abordam facilitadores, tais como acolhimento nos serviços, disponibilidade de métodos conceptivos e contraceptivos e a capacitação de profissionais. Os achados evidenciam que a discussão se volta mais para as barreiras do que para os facilitadores. Isso pode indicar que ainda se faz necessário promover a problematização do modelo hegemônico de família nuclear e heterossexual.
Abstract The aim of this article is to present the state of the art, in the field of public health, on cis homoparental reproduction, from 28 studies addressing barriers to reproduction by homoparental couples for legal, ethical, technical or economic reasons, in addition to prejudice and discrimination. Six studies addressed facilitators, such as receptiveness in services, availability of conception and contraceptive methods and training of health professionals. The results show that the discussion has focused more on the barriers than on the facilitating factors. This may indicate a continuing need to problematise the hegemonic model of a heterosexual, nuclear family.
ABSTRACT
CONTEXTO - O Cadastro Único (Cad-único) é o meio pelo qual o governo faz o mapeamento das famílias de baixa renda no Brasil, para que elas possam receber benefícios sociais. As famílias participantes assumem compromissos de condicionalidade nas áreas de saúde, assistência social e educação. As condicionalidades de saúde incluem: realização de pré-natal; cumprimento do calendário nacional de vacinação; acompanhamento do estado nutricional, para os beneficiários que tenham até 7 anos de idade incompletos. PERGUNTA - Os grupos específicos do Cad-único (quilombolas, indígenas, ciganos, extrativistas, famílias com pessoas presas no sistema carcerário, catadores, pessoas em situação de rua, ribeirinha, etc) estão sendo acompanhados nas condicionalidades de saúde? MÉTODOS - As buscas dos estudos foram realizadas em novembro de 2023 nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, Google Acadêmico. Apenas o processo de seleção de estudos recuperados foi realizado em duplicidade e de modo independente. Não foi realizada avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos. RESULTADOS - De 273 registros identificados, 4 estudos foram incluídos. Todos os estudos relataram experiências com relação aos povos indígenas, incluindo acompanhamento nutricional (n=1), vacinação (n=2), peso (n=1) e acompanhamento da saúde (n=1) de crianças, acompanhamento de gestantes e nutrizes (n=1), e condicionalidades não especificadas (n=3). Os estudos revelam uma série de inadequações do programa para essa população, indicando a necessidade de reformular o modo de oferta do benefício e seu monitoramento, de incorporar a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) nas atividades locais em saúde, de considerar as especificidades dos modos de vida dos povos indígenas (e sua relação com a terra, as florestas e os rios), de enfrentar o racismo institucional, de estabelecer condições mínimas para a conquista da autonomia individual. CONSIDERAÇÕES FINAIS - Os estudos apontam alguns avanços com a inclusão dos povos indígenas nos programas de transferência de renda. Porém, muitos desafios precisam ser superados, apontando para a necessidade de desenvolver ações culturalmente apropriadas. Observa-se uma importante lacuna de conhecimento quanto ao acompanhamento dos grupos específicos do Cad-único.
CONTEXT - The Single Registry (Cad-único) is the means by which the government maps low-income families in Brazil, so that they can receive social benefits. Participating families make conditionality commitments in the areas of health, social assistance and education. Health conditions include: prenatal care; compliance with the national vaccination calendar; monitoring of nutritional status, for beneficiaries who are up to 7 years of age. QUESTION - Are specific Cad-único groups (quilombolas, indigenous people, gypsies, extractivists, families with people imprisoned in the prison system, collectors, homeless people, riverside people, etc.) being monitored in terms of health conditions? METHODS - Searches for studies were carried out in November 2023 in the Virtual Health Library, Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations, and Google Scholar databases. Only the selection process of retrieved studies was carried out in duplicate and independently. No assessment of the methodological quality of the included studies was carried out. RESULTS - Of 273 records identified, 4 studies were included. All studies reported experiences in relation to indigenous peoples, including nutritional monitoring (n=1), vaccination (n=2), weight (n=1) and health monitoring (n=1) of children, monitoring of pregnant women and nursing mothers (n=1), and unspecified conditionalities (n=3). The studies reveal a series of inadequacies in the program for this population, indicating the need to reformulate the way the benefit is offered and its monitoring, to incorporate the Special Secretariat for Indigenous Health (SESAI) in local health activities, to consider the specificities of ways of life of indigenous peoples (and their relationship with the land, forests and rivers), of confronting institutional racism, of establishing minimum conditions for the achievement of individual autonomy. FINAL CONSIDERATIONS - Studies point to some progress with the inclusion of indigenous peoples in income transfer programs. However, many challenges need to be overcome, pointing to the need to develop culturally appropriate actions. There is an important gap in knowledge regarding the monitoring of specific Cad-único groups.
Subject(s)
Social Programs , Risk Groups , ReviewABSTRACT
Este mapa de evidências tem como objetivo apresentar os potenciais benefícios da atividade física para a saúde da população. â Foram incluídas 131 revisões sistemáticas, sendo os estudos primários realizados principalmente nos Estados Unidos (46,5%). â As intervenções foram classificadas em 4 categorias e 30 subcategorias. Observou-se maior frequência da categoria "exercícios físicos aeróbicos", e da subcategoria "práticas integrativas e complementares de saúde". â Os desfechos foram classificados em clínicos, não clínicos e eventos adversos. Desfechos clínicos foram relatados em 100 revisões sistemáticas, com destaque para sintomas e transtornos depressivos, índice de massa corporal, e sintomas e transtornos de ansiedade. Desfechos não clínicos foram relatados em 70 revisões sistemáticas, com destaque para qualidade de vida. Eventos adversos foram relatados em 14 revisões sistemáticas. â Três categorias de intervenções apresentaram efeito positivo acima de 50% para os desfechos avaliados: Exercícios aeróbicos; Exercícios físicos não especificados; Intervenções combinadas.
This evidence map aims to present the potential benefits of physical activity for the health of the population. â 131 systematic reviews were included, with the primary studies conducted mainly in the United States (46.5%). â Interventions were classified into 4 categories and 30 subcategories. There was a higher frequency of the category "aerobic physical exercises", and of the subcategory "integrative and complementary health practices". â Outcomes were classified into clinical, non-clinical and adverse events. Clinical outcomes were reported in 100 systematic reviews, with emphasis on depressive symptoms and disorders, body mass index, and anxiety symptoms and disorders. Non-clinical outcomes were reported in 70 reviews systematic, with emphasis on quality of life. Adverse events were reported in 14 systematic reviews. â Three categories of interventions showed a positive effect above 50% for the evaluated outcomes: Aerobic exercises; Unspecified physical exercises; Combined interventions.
Subject(s)
Exercise , Complementary Therapies , ReviewABSTRACT
Contexto: As famílias participantes do Programa Bolsa Família (PBF) assumem compromissos de condicionalidade na área de saúde, com a finalidade de promover o acesso aos direitos fundamentais básicos. As ações básicas ofertadas compreendem o pré-natal das gestantes, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil e a imunização das crianças menores de 7 anos. Essas famílias podem ter maior dificuldade de acessar e frequentar serviços de saúde, e as condicionalidades podem garantir a oferta das ações básicas, e potencializar a melhoria da qualidade de vida. Desse modo, é necessário conhecer as barreiras que impedem as famílias beneficiadas do PBF cumprirem com as condicionalidades de saúde. Pergunta: Quais são as principais barreiras encontradas pelos beneficiários do Programa Bolsa Família que impedem ou dificultam o cumprimento das condicionalidades de saúde? Métodos: As buscas de estudos foram realizadas em maio de 2023, na Biblioteca Virtual em Saúde, no Google Acadêmico e na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Utilizando atalhos de revisão rápida, apenas a seleção de estudos foi realizada em duplicata e de modo independente. Não foi realizada a avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos. Resultados: De 1.438 registros identificados nas buscas das bases de dados, 9 estudos foram incluídos. As barreiras foram categorizadas como: barreiras ao acesso aos serviços de saúde (relacionadas ao próprio serviço ou a questões de vulnerabilidade social) e barreiras de comunicação. Considerações finais: Os estudos incluídos apontaram diversas barreiras ao cumprimento das condicionalidades de saúde do PBF pelas(os) beneficiárias(os). De modo geral, eles analisaram o significado do programa a partir da perspectiva de beneficiárias. Nenhum estudo objetivou diretamente avaliar barreiras ao cumprimento das condicionalidades.
Context: Families participating in the Bolsa Família Program (PBF) assume conditionality commitments in the health area, with the aim of promoting access to basic fundamental rights. The basic actions offered include prenatal care for pregnant women, monitoring of child growth and development and immunization of children under 7 years old. These families may have greater difficulty accessing and attending health services, and conditionalities can guarantee the provision of basic actions, and enhance the improvement of quality of life. Thus, it is necessary to know the barriers that prevent families benefiting from the PBF from complying with health conditionalities. Question: What are the main barriers encountered by beneficiaries of the Bolsa Família Program that prevent or hinder compliance with health conditionalities? Methods: Searches for studies were carried out in May 2023, in the Virtual Health Library, in Google Scholar and in the Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations. Using rapid review shortcuts, only the selection of studies was performed in duplicate and independently. The evaluation of the methodological quality of the included studies was not carried out. Results: Of 1,438 records identified in database searches, 9 studies were included. Barriers were categorized as: barriers to accessing health services (related to the service itself or issues of social vulnerability) and communication barriers. Final considerations: The included studies pointed out several barriers to the fulfillment of PBF health conditionalities by beneficiaries. Overall, they analyzed the meaning of the program from the perspective of female beneficiaries. No study directly aimed to assess barriers to compliance with conditionalities.
Subject(s)
Delivery of Health Care , Review , Social VulnerabilityABSTRACT
Contexto O Ministério da Saúde, por meio da Portaria GM/MS nº 28, de 20 de janeiro de 2023, declarou a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência de desassistência à população Yanomami. Desde então, entre 19 crianças indígenas de seis meses e cinco anos de idade com desnutrição grave que foram atendidas pela Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) de Boa Vista/RR, 15 (78%) ganharam peso e estão evoluindo de quadros graves para moderados de desnutrição, a partir dos protocolos e diretrizes do Ministério da Saúde. No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde para o tratamento da desnutrição grave inclui esquemas para alimentação utilizando preparado alimentar inicial F-75 (75 kcal e 0,9g de proteína/100ml) e o preparado alimentar para crescimento rápido - F-100 (100 kcal e 2,9g de proteína/100ml). O guia de prática clínica (GPC) da Organização Mundial da Saúde (OMS) refere que a maioria das crianças de seis meses ou mais com desnutrição aguda grave, sem complicações médicas, pode ser tratada com segurança por meio de alimentos terapêuticos prontos para uso (Ready-to-use-therapeutic-food - RUTF), sem necessidade de internação em unidade de saúde. Pergunta Qual é a segurança e eficácia de RUTF, no curto e longo prazo, para o tratamento de crianças menores de cinco anos com desnutrição grave? Métodos Após realização de protocolo de pesquisa, cinco bases da literatura eletrônica foram acessadas em março de 2023 para identificar estudos que pudessem oferecer resposta à pergunta de investigação. Utilizando atalhos de revisão rápida, foram realizados os processos de seleção de estudos, extração de dados e avaliação da qualidade metodológica das RS incluídas com a ferramenta AMSTAR 2. Resultados Duas revisões sistemáticas (RS) foram incluídas, sendo avaliadas como de confiança baixa e moderada. Uma RS realizou metanálises, indicando que não houve diferença entre os grupos RUTF e F-100 para ganho de peso e mortalidade. A maioria dos estudos primários, 3 de 5 ensaios clínicos randomizados (ECR) citados nas RS mostram que não houve diferença entre os grupos RUTF e F-100 quanto à altura, circunferência do braço e desnutrição aguda. Dois estudos primários incluídos nas RS indicam que o tratamento com RUFT apresenta os seguintes resultados positivos: maior probabilidade de atingir o escore Z de peso para altura; menor probabilidade de recaída e de recidiva; melhora no ganho de peso e redução do tempo de recuperação. Ressalta-se que um destes ECR apresenta conflito de interesses. Nenhuma RS analisou desfechos acerca da segurança do uso de RUTF. Dois GPC da Organização Mundial da Saúde foram selecionados mediante busca manual. Um GPC recomenda que o RUTF pode ser utilizado para crianças com desnutrição aguda grave que apresentam diarreia aguda ou persistente da mesma forma que crianças sem diarreia, quer sejam tratadas como pacientes internados ou ambulatoriais. O outro GPC recomenda que para tratamento ambulatorial de crianças com desnutrição aguda grave seja utilizado o RUTF padrão (com pelo menos 50% de proteína proveniente de laticínios). Considerações finais Esta revisão rápida aponta que há poucos estudos sobre o tema. As evidências são insuficientes para afirmar quais intervenções (RUTF ou F-100) são mais eficazes. As recomendações dos GPC também são baseadas em evidências escassas. Portanto, não há evidências que sustentem o uso do RUTF em detrimento da F-100, pois não há comprovação de maior eficácia e nenhum estudo abordou a segurança a longo prazo do uso de RUTF.
Context: The Ministry of Health, through Ordinance GM/MS No. 28, of January 20, 2023, declared a Public Health Emergency of National Importance (ESPIN) due to lack of assistance to the Yanomami population. Since then, among 19 indigenous children aged between six months and five years old with severe malnutrition who were assisted by the Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) in Boa Vista/RR, 15 (78%) have gained weight and are evolving from serious conditions. for moderate malnutrition, based on the protocols and guidelines of the Ministry of Health. In Brazil, the recommendation of the Ministry of Health for the treatment of severe malnutrition includes feeding schemes using initial food preparation - F-75 (75 kcal and 0.9g of protein/100ml) and food preparation for rapid growth - F-100 (100 kcal and 2.9g of protein/100ml). The clinical practice guide (CPG) of the World Health Organization (WHO) states that most children aged six months or more with severe acute malnutrition, without medical complications, can be safely treated with ready-to-use therapeutic foods ( Ready-to-use-therapeutic-food - RUTF), without the need for hospitalization in a health unit. Question: What is the safety and efficacy of RUTF, in the short and long term, for the treatment of children under five with severe malnutrition? Methods: After carrying out a research protocol, five electronic literature databases were accessed in March 2023 to identify studies that could answer the research question. Using rapid review shortcuts, the processes of study selection, data extraction and methodological quality assessment of the SR included with the AMSTAR 2 tool were carried out. Results: Two systematic reviews (SR) were included, being assessed as having low and moderate confidence. An SR performed meta-analyses, indicating that there was no difference between the RUTF and F-100 groups for weight gain and mortality. Most of the primary studies, 3 out of 5 randomized clinical trials (RCTs) cited in the SR show that there was no difference between the RUTF and F-100 groups in terms of height, arm circumference and acute malnutrition. Two primary studies included in the SR indicate that treatment with RUFT has the following positive outcomes: increased likelihood of achieving weight-for-height Z-score; lower probability of relapse and recurrence; improvement in weight gain and reduced recovery time. It should be noted that one of these RCTs has a conflict of interest. No SR analyzed outcomes regarding the safety of using RUTF. Two World Health Organization CPGs were selected by manual search. A CPG recommends that RUTF can be used for children with severe acute malnutrition who have acute or persistent diarrhea in the same way as children without diarrhea, whether they are treated as inpatients or outpatients. The other CPG recommends that standard RUTF be used for outpatient treatment of children with severe acute malnutrition (with at least 50% protein from dairy products). Final considerations: This quick review points out that there are few studies on the subject. There is insufficient evidence to state which interventions (RUTF or F-100) are most effective. The CPGs recommendations are also based on sparse evidence. Therefore, there is no evidence to support the use of RUTF over F-100, as there is no evidence of greater efficacy and no study has addressed the long-term safety of using RUTF.
Subject(s)
Severe Acute Malnutrition , Child Nutrition Disorders , Food, Formulated , ReviewABSTRACT
O problema: A Política Nacional de Promoção à Saúde indica entre seus objetivos específicos o estabelecimento de estratégias de comunicação social e de mídia para fortalecer os princípios e as ações de promoção da saúde. A comunicação eficaz, integrada e coordenada possui papel fundamental na construção de um futuro mais saudável para as pessoas. Esta síntese rápida de evidências tem como objetivo apresentar resultados de estudos que analisaram os efeitos de campanhas em mídia de massa ou em comunidades. Opções para enfrentar o problema: Buscas realizadas em 25/11/2023, em quatro bases de dados, identificaram 749 registros. Após processo de seleção e elegibilidade, quarenta e seis revisões sistemáticas (RS) foram incluídas nesta síntese narrativa. Os resultados foram organizados em onze opções para políticas na promoção de comportamentos e estilo de vida saudáveis ou prevenção de doenças. Efeitos positivos foram relatados nas RS para uma variedade de estratégias, no entanto, muitas incertezas também foram apontadas. Quanto à qualidade metodológica, a grande maioria das RS foi classificada como criticamente baixa.
The problem: The National Health Promotion Policy indicates among its specific objectives the establishment of social communication and media strategies to strengthen the principles and actions of health promotion. Effective, integrated and coordinated communication plays a fundamental role in building a healthier future for people. This rapid synthesis of evidence aims to present results from studies that have analyzed the effects of mass media or community campaigns. Options to face the problem: Searches carried out on 11/25/2023, in four databases, identified 749 records. After the selection and eligibility process, forty-six systematic reviews (SR) were included in this narrative synthesis. The results were organized into eleven options for policies in promoting healthy behaviors and lifestyles or disease prevention. Positive effects were reported on SR for a variety of strategies, however, many uncertainties were also pointed out. As for methodological quality, the vast majority of SRs were classified as critically low.
Subject(s)
Communication , Health Promotion , Review , Evidence-Informed PolicyABSTRACT
Contexto: A Promoção de Saúde engloba "um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito individual e coletivo, que se caracteriza pela articulação e cooperação intrassetorial e intersetorial e pela formação da Rede de Atenção à Saúde, buscando se articular com as demais redes de proteção social, com ampla participação e amplo controle social". Políticas de saúde são essenciais para responder às necessidades de saúde da população, porém sua implementação em nível local pode ser dificultada por diversos tipos de entraves. Informações sobre como países com sistemas de saúde públicos e/ou universais caracterizam e operacionalizam políticas nacionais de promoção da saúde podem ser de grande valia para tomadores de decisão no contexto brasileiro. Pergunta: Quais são os países com sistemas públicos e universais de saúde, exceto Brasil, que possuem políticas e programas de promoção da saúde e quais são suas características? Métodos: Realizou-se uma revisão rápida com base em protocolo de pesquisa previamente definido. A busca de estudos foi realizada em outubro de 2022 na base de dados PubMed e sites governamentais. Resultados: Dentre 1.235 registros recuperados da base de dados, 53 foram selecionados. Os dados extraídos apresentam informações sobre programas e políticas de promoção da saúde da África do Sul, Arábia Saudita, Austrália, Botsuana, Canadá, Cuba, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Irlanda, Islândia, Malta, Noruega, Nova Zelândia, Portugal, Reino Unido, San Marino, Sri Lanka, Suécia. Esses estudos abordam os seguintes temas: Doenças crônicas não transmissíveis (n=9), Estilo de vida (n=7), Atividade física (n=6), Promoção da saúde e prevenção de doenças (n=5), Saúde mental (n=5), Saúde da criança e da mulher (n=4), Saúde escolar (n=4), Tabagismo (n=3), Saúde bucal (n=3), Saúde do idoso (n=2), Saúde sexual e HIV (n=2), Alimentação saudável (n=1), Saúde ocular (n=1), Saúde do homem (n=1). Dados adicionais foram obtidos em sites governamentais de Bahrein, Brunei, Butão, Geórgia, Grécia, Itália, Kuwait, Malásia, Maldivas, Omã, Taiwan, Trindade e Tobago e Ucrânia. Considerações finais: Os estudos revelam a importância de se realizar monitoramento e avaliação de políticas e programas para conhecer o processo de implementação em diferentes contextos, o alcance em termos da população-alvo, o impacto sobre indicadores de saúde, além da percepção de profissionais de saúde e usuários. Tal conhecimento é fundamental para se decidir sobre a expansão ou necessidade de ajustes dos programas de saúde.
Context: Health Promotion encompasses "a set of strategies and ways of producing health, at the individual and collective level, which is characterized by intrasectoral and intersectoral articulation and cooperation and by the formation of the Health Care Network, seeking to articulate with the other social protection networks, with broad participation and broad social control". Health policies are essential to respond to the health needs of the population, but their implementation at the local level can be hampered by various types of barriers. Information on how countries with public and/or universal health systems characterize and operationalize national health promotion policies can be of great value to decision makers in the Brazilian context. Question: What are the countries with public and universal health systems, except Brazil, that have health promotion policies and programs and what are their characteristics? Methods: A rapid review was carried out based on a previously defined research protocol. The search for studies was carried out in October 2022 in the PubMed database and government websites. Results: Among 1,235 records retrieved from the database, 53 were selected. The extracted data provide information on health promotion programs and policies in South Africa, Saudi Arabia, Australia, Botswana, Canada, Cuba, Denmark, Spain, Finland, Ireland, Iceland, Malta, Norway, New Zealand, Portugal, United Kingdom , San Marino, Sri Lanka, Sweden. These studies address the following topics: Non-communicable chronic diseases (n=9), Lifestyle (n=7), Physical activity (n=6), Health promotion and disease prevention (n=5), Mental health ( n=5), Child and women's health (n=4), School health (n=4), Smoking (n=3), Oral health (n=3), Elderly health (n=2), Health Sexuality and HIV (n=2), Healthy eating (n=1), Eye health (n=1), Men's health (n=1). Additional data was obtained from government websites in Bahrain, Brunei, Bhutan, Georgia, Greece, Italy, Kuwait, Malaysia, Maldives, Oman, Taiwan, Trinidad and Tobago and Ukraine. Final considerations: The studies reveal the importance of monitoring and evaluating policies and programs to learn about the implementation process in different contexts, the reach in terms of the target population, the impact on health indicators, in addition to the perception of health professionals. health and users. Such knowledge is fundamental for deciding on the expansion or need for adjustments in health programs.
Subject(s)
Health Policy , Health Promotion , National Health Programs , Review , Universal Access to Health Care ServicesABSTRACT
ABSTRACT OBJECTIVE To map global scientific production on homoparenting in the field of collective health or public health. METHODS In terms of methodological procedures, a scoping review was carried out, guided by the following question: What are the aspects addressed in global scientific production regarding homoparental families in the field of collective or public health? The searches were carried out in seven sources of scientific literature, including 58 studies, involving scientific articles and dissertations. The analytical treatment given to the studies, most of which were qualitative, followed the content analysis technique in the thematic modality. RESULTS The results indicate that the perceptions of homosexuals and professionals about the care provided and health services in general was the topic addressed by the largest number of studies (n = 31), followed by heteronormative context of health services (n = 26); disclosure of sexual orientation (n = 20); fertilization (n = 14); educational information and actions (n = 5). CONCLUSION Although the issue of same-sex parenthood has been discussed in some health sectors, there is awareness that it is necessary to rely on a consolidated basis through numerous studies when discussing this issue. It is concluded that, among other aspects, the scope of this review is not sufficiently problematized within the scope of health professionals' training and performance.
RESUMO OBJETIVO Mapear a produção científica global sobre homoparentalidade no campo da saúde coletiva ou saúde pública. MÉTODOS Em termos de procedimentos metodológicos, foi realizada uma revisão de escopo, tendo como norte a seguinte pergunta: quais são os aspectos abordados na produção científica global a respeito de famílias homoparentais no campo da saúde coletiva ou pública? As buscas foram realizadas em sete fontes de literatura científica, sendo incluídos 58 estudos, envolvendo artigos científicos e dissertações. O tratamento analítico dado aos estudos, em sua maioria qualitativos, seguiu a técnica de análise de conteúdo na modalidade temática. RESULTADOS Os resultados indicam que percepções de homossexuais e de profissionais sobre cuidados prestados e serviços de saúde em geral foi a temática abordada por maior número de estudos (n = 31), seguida de contexto heteronormativo dos serviços de saúde (n = 26); revelação da orientação sexual (n = 20); fertilização (n = 14); informações e ações educativas (n = 5). CONCLUSÃO Embora a questão da homoparentalidade venha sendo discutida em alguns setores da saúde, há ciência de que é preciso contar com uma base consolidada por meio de inúmeros estudos ao se problematizar essa temática. Conclui-se que, dentre outros aspectos, que o escopo desta revisão não é problematizado de forma suficiente no âmbito da formação e atuação de profissionais de saúde.
Subject(s)
Family , Homosexuality , Public Health , Sexual and Gender Minorities , Parents , ReviewABSTRACT
O problema: A desnutrição se refere a deficiências, excessos ou desequilíbrios na ingestão de energia e/ou nutrientes. O déficit de altura resulta em baixa estatura para a idade, e geralmente está associada a condições socioeconômicas adversas, saúde e nutrição materna precárias, doenças frequentes e/ou alimentação e cuidados inadequados das crianças no início da vida. No Brasil, estima-se que a prevalência de baixa estatura para a idade é de 7% em crianças menores de cinco anos. Esta revisão teve como objetivo identificar opções para políticas de prevenção e manejo de déficit de altura em crianças menores de cinco anos. Opções para enfrentar o problema: As buscas nas bases de dados recuperaram 558 revisões sistemáticas (RS), sendo complementadas por sete RS identificadas em busca manual. Após processo de seleção, 28 RS atenderam aos critérios de elegibilidade e foram incluídas nesta revisão narrativa. As estratégias de prevenção e manejo de déficit de altura em crianças menores de 5 anos analisadas nas RS foram categorizadas conforme similaridade em oito opções, apresentadas a seguir. Efeitos positivos foram relatados nas RS para uma variedade de estratégias, no entanto, algumas incertezas também foram apontadas. Com relação à qualidade metodológica, sete RS foram classificadas como de confiança alta, uma confiança moderada, oito confiança baixa e doze confiança criticamente baixa.
The problem: Malnutrition refers to deficiencies, excesses or imbalances in energy and/or nutrient intake. Height deficit results in low height for age, and is usually associated with adverse socioeconomic conditions, poor maternal health and nutrition, frequent illnesses and/or inadequate feeding and care of children in early life. In Brazil, it is estimated that the prevalence of low height for age is 7% in children under five years of age. This review aimed to identify policy options for the prevention and management of stunting in children under five years of age. Options to deal with the problem: Searches in the databases retrieved 558 systematic reviews (SR), complemented by seven SRs identified in a manual search. After the selection process, 28 SR met the eligibility criteria and were included in this narrative review. The height deficit prevention and management strategies in children under 5 years of age analyzed in the SR were categorized according to similarity in eight options, presented below. Positive effects were reported on the SR for a variety of strategies, however, some uncertainties were also pointed out. Regarding methodological quality, seven SR were classified as having high confidence, one moderate confidence, eight low confidence and twelve critically low confidence.
Subject(s)
Child Nutrition Disorders , Chronic Disease , Review , Evidence-Informed PolicyABSTRACT
Destaques â Este mapa tem como objetivo apresentar estratégias que podem auxiliar na promoção da saúde da população. â Foram incluídas 156 revisões sistemáticas (RS), cujos estudos primários foram realizados em sua maioria na América do Norte (48,6%). â As intervenções foram classificadas em 4 categorias e 41 subcategorias. Observou- se maior frequência da categoria "promoção de alimentação saudável" e das subcategorias "multicomponentes" e "educação/educação nutricional". â Os desfechos foram classificados em clínicos e não clínicos. Desfechos clínicos foram relatados em 128 RS, com destaque para "alimentação saudável/consumo/ingestão". Desfechos não clínicos foram relatados em 63 RS, com destaque para "cessação e comportamentos alimentares / hábitos saudáveis". Apenas duas RS analisaram eventos adversos. â As intervenções relacionadas à Promoção de alimentação saudável, Promoção de atividade física, Promoção de aleitamento materno, apresentaram efeito positivo ou potencialmente positivo acima de 50% para os desfechos avaliados.
Highlights â This map aims to present strategies that can help in promoting the health of the population. â 156 systematic reviews (SR) were included, whose primary studies were mostly conducted in North America (48.6%). â Interventions were classified into 4 categories and 41 subcategories. There was a higher frequency of the category "promotion of healthy eating" and the subcategories "multicomponent" and "education/nutritional education". â Outcomes were classified into clinical and non-clinical. Clinical outcomes were reported in 128 SR, with emphasis on "healthy eating/consumption/intake". Non-clinical outcomes were reported in 63 SR, with emphasis on "cessation and eating behaviors / healthy habits". Only two SR analyzed adverse events. â Interventions related to the Promotion of healthy eating, Promotion of physical activity, Promotion of breastfeeding, had a positive or potentially positive effect above 50% for the evaluated outcomes.
Subject(s)
Health Promotion , Review , CitiesABSTRACT
Resumo A Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) foi um importante passo na busca de equidade. A falta de pesquisas específicas pode ser um entrave na elaboração de estratégias que abarquem as necessidades de saúde dessa população. O objetivo deste estudo foi mapear e caracterizar a produção científica brasileira sobre a saúde da população LGBT. Utilizamos a metodologia de revisão de escopo rápida para realizar uma análise temática e bibliométrica. Incluímos estudos de pesquisadores(as) brasileiros(as) publicados em periódicos científicos. As buscas foram realizadas em quatro bases de dados, sendo incluídos 381 artigos. Os resultados indicam que a produção científica brasileira sobre a saúde de LGBT aumentou ao longo do tempo, particularmente a partir de 2016, porém observam-se lacunas em necessidades e vulnerabilidades específicas dentro dos subgrupos abarcados pela sigla LGBTQIA+. Apesar dos avanços promovidos a partir da Política Nacional de Saúde Integral LGBT, há ainda muitas lacunas na produção científica brasileira, que poderiam ser incluídas na agenda de prioridades para fomento à pesquisa.
Abstract The National Policy of Comprehensive Health of Lesbians, Gays, Bisexuals, Transvestites and Transsexuals (LGBT) was an important step in the search for equity. The lack of specific research can be an obstacle for the design of strategies that address LGBT health needs. The objective of this study is to map and characterize the Brazilian scientific production on the LGBT population health. We used the rapid scoping review methodology to perform a thematic and bibliometric analysis. We included Brazilian researchers' studies published in scientific journals. Searches were carried out in four databases, with inclusion of 381 articles in the analysis. The results indicate that Brazilian production about the health of LGBT has increased over time, particularly from 2016, but there are some gaps in specific needs and vulnerabilities within the subgroups of people covered by the acronyms LGBTQIA+. Despite the advances launched from the National Policy of Health Integral LGBT, there are still many gaps in Brazilian scientific production, which could be included in the agenda of priorities for promoting research.
ABSTRACT
Pergunta: Quais são os riscos do consumo de edulcorantes para a saúde humana? Métodos: Após realização de protocolo de pesquisa, quatro bases da literatura eletrônica foram buscadas em maio de 2022, para identificar estudos que abordassem possíveis riscos do consumo de edulcorantes para a saúde humana. Utilizando atalhos de revisão rápida, foram realizadas seleção de revisões sistemáticas (RS), extração de dados e avaliação da qualidade metodológica com a ferramenta AMSTAR 2. Resultados: De 707 registros identificados nas bases de dados, 29 RS foram incluídas após processo de triagem e elegibilidade. As RS foram consideradas de confiança criticamente baixa (93,1%) e baixa (6,9%). Os desfechos analisados nos estudos se referem a eventos cardiovasculares (11 RS), peso corporal e outras medidas antropométricas (7 RS), neoplasias (7 RS), diabetes mellitus tipo 2 (5 RS), período gestacional (3 RS), doença renal (3 RS), mortalidade (2 RS), depressão ou alterações cognitivas (1 RS), doença hepática (1 RS), eventos gastrointestinais (1 RS), infertilidade masculina (1 RS). Uma RS também apresentou informações sobre eventos adversos. A maioria dos resultados indica que o consumo de edulcorantes e bebidas adoçadas artificialmente aumentou o risco de hipertensão arterial, diabetes, eventos cardiovasculares, como acidente vascular cerebral; mostrou-se associado a ganho de peso, aumento de outras medidas antropométricas e obesidade. O consumo de bebidas adoçadas artificialmente durante a gestação apresentou associação com parto prematuro, ganho de peso da gestante e do recém-nascido, além de possível risco para desenvolvimento de asma em crianças. A maioria dos resultados relacionados aos adoçantes artificiais e bebidas adoçadas artificialmente e bebidas dietéticas contendo adoçantes artificiais mostraram não haver uma associação com risco de cânceres. Observou-se associação com alguns tipos de câncer, porém se referem a poucos estudos de coorte ou caso-controle. Poucos estudos também apontam possível risco do consumo de bebidas adoçadas artificialmente para doença renal crônica e mortalidade por todas as causas, depressão e alterações hormonais e da microbiota intestinal com adoçantes artificiais. Não se constatou associação com infertilidade masculina e o consumo de ciclamato. Considerações finais: Em síntese, os resultados mais consistentes quanto ao risco do consumo de edulcorantes referem-se a eventos cardiovasculares, diabetes e parto prematuro, condições para as quais os estudos apontam inclusive uma relação dose-resposta. Além das lacunas do conhecimento, é importante considerar as falhas metodológicas da maioria das RS.
Question: What are the risks of consuming sweeteners to human health? Methods: After carrying out a research protocol, four databases from the electronic literature were searched in May 2022, to identify studies that addressed possible risks of the consumption of sweeteners to human health. Using rapid review shortcuts, selection of systematic reviews (SR), data extraction and methodological quality assessment were performed with the AMSTAR 2 tool. Results: Of 707 records identified in the databases, 29 RS were included after the screening and eligibility process. The SRs were considered critically low (93.1%) and low (6.9%) confidence. The outcomes analyzed in the studies refer to cardiovascular events (11 RS), body weight and other anthropometric measures (7 RS), neoplasms (7 RS), type 2 diabetes mellitus (5 RS), gestational period (3 RS), kidney disease (3 RS), mortality (2 RS), depression or cognitive impairment (1 RS), liver disease (1 RS), gastrointestinal events (1 RS), male infertility (1 RS). An SR also presented information on adverse events. Most of the results indicate that consumption of sweeteners and artificially sweetened beverages increased the risk of high blood pressure, diabetes, cardiovascular events such as stroke; was associated with weight gain, increase in other anthropometric measurements and obesity. The consumption of artificially sweetened beverages during pregnancy was associated with preterm birth, weight gain of the pregnant woman and the newborn, in addition to a possible risk for the development of asthma in children. Most of the results related to artificial sweeteners and artificially sweetened beverages and diet drinks containing artificial sweeteners showed no association with cancer risk. There was an association with some types of cancer, but they refer to few cohort or case-control studies. Few studies also point to a possible risk of consumption of artificially sweetened beverages for chronic kidney disease and all-cause mortality, depression and hormonal and intestinal microbiota changes with artificial sweeteners. There was no association with male infertility and consumption of cyclamate. Final considerations: In summary, the most consistent results regarding the risk of sweetener consumption refer to cardiovascular events, diabetes and premature birth, conditions for which studies even point to a dose-response relationship. In addition to knowledge gaps, it is important to consider the methodological flaws of most SRs.
Subject(s)
Sweetening Agents , Risk Factors , Review , Health PromotionABSTRACT
Contexto: Na última década, o tema saúde digital vem sendo ampliado no Brasil, com a criação e expansão de legislações e ferramentas específicas. Em 2017, a Comissão Intergestores Tripartite aprovou a Resolução nº 19 sobre a estratégia de e-saúde para o Brasil. Esta resolução aborda a importância da coleta, manutenção e processamento de dados e informações de saúde e estabelece ações estratégicas para reduzir a fragmentação das iniciativas de saúde digital no Sistema Único de Saúde (SUS), para promover o acesso da população a estes recursos de informação. As informações sobre saúde da população brasileira têm sido utilizadas para a promoção de políticas públicas específicas, porém, pouco se sabe sobre sua real utilização pelos profissionais, bem como sua influência na melhora efetiva dos desfechos em saúde dos pacientes. Pergunta: Quais são as estratégias para promover o uso de ferramentas (dashboards, tabuladores, bases de dados etc.) para disseminação das informações de interesse para monitoramento e avaliação em sistemas e políticas de saúde? Método: Realizou-se uma revisão rápida com base em protocolo de pesquisa previamente definido. Buscas foram feitas em 28 de julho de 2022 na base da literatura eletrônica Pubmed, com limite para estudos publicados nos últimos dez anos, em inglês, português ou espanhol. O processo de seleção foi realizado em duplicata, de modo independente; a extração de dados foi realizada por dois revisores, de modo complementar. Não foi realizada a avaliação da qualidade metodológica dos estudos. Resultados: Foram recuperadas 676 publicações. Apenas duas atenderam aos critérios de interesse desta revisão rápida e são apresentadas a seguir. Um estudo abordou um modelo lógico para descrever como atividades e intervenções específicas podem fortalecer o uso de dados de saúde na tomada de decisões. As atividades e intervenções específicas que podem fortalecer o uso de dados de saúde na tomada de decisões abordadas no estudo foram: (i) Avaliar e melhorar o contexto de uso de dados, (ii) Envolver usuários e produtores de dados, (iii) Melhorar a qualidade dos dados, (iv) Melhorar a disponibilidade de dados, (v) Identificar as necessidades de informação, (vi) Aumentar a capacidade de uso de dados, (v) Identificar as necessidades de informação, (vi) Aumentar a capacidade de uso de dados, competências essenciais, (vii) Fortalecer a demanda de dados da organização e usar a infraestrutura e (viii) Monitorar, avaliar e comunicar os resultados das intervenções de uso de dados. O estudo fornece exemplos específicos dos seguintes países: Afeganistão, África do Sul, Brasil, Canadá, Equador, Honduras, Madagascar, México, Paquistão, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uganda. Em outro estudo, realizado no Senegal, facilitadores e oportunidades no uso de dados de sistemas de informação em saúde foram exploradas através de cinco fatores: (i) Organizacionais, (ii) Sociopolíticos - papel dos doadores, estrutura do sistema de saúde e uso de dados, relacionamentos institucionais, (iii) Financeiros, (iv) Infraestrutura, (v) Design do sistema de informação. Considerações finais: Os exemplos apresentados nos estudos ilustram os esforços empreendidos em diversos países para fortalecer o uso de dados de saúde nas tomadas de decisão. Características culturais e orçamentárias devem ser consideradas quanto a viabilidade de aplicação dessas estratégias em diferentes contextos.
Context: In the last decade, the digital health theme has been expanded in Brazil, with the creation and expansion of legislation and specific tools. In 2017, the Tripartite Inter-Management Commission approved Resolution No. 19 on the e-health strategy for Brazil. This resolution addresses the importance of collecting, maintaining and processing data and health information and establishes strategic actions to reduce the fragmentation of digital health initiatives in the Unified Health System (SUS), to promote the population's access to these information resources . Information about the health of the Brazilian population has been used to promote specific public policies, however, little is known about its actual use by professionals, as well as its influence on the effective improvement of patients' health outcomes. Question: What are the strategies to promote the use of tools (dashboards, tabulators, databases, etc.) to disseminate information of interest for monitoring and evaluation in health systems and policies? Method: A rapid review was carried out based on a previously defined research protocol. Searches were performed on July 28, 2022 in the Pubmed electronic literature base, with a limit to studies published in the last ten years, in English, Portuguese or Spanish. The selection process was performed in duplicate, independently; data extraction was performed by two reviewers, in a complementary way. The assessment of the methodological quality of the studies was not carried out. Results: 676 publications were retrieved. Only two met the criteria of interest for this rapid review and are presented below. One study addressed a logical model to describe how specific activities and interventions can strengthen the use of health data in decision-making. Specific activities and interventions that can strengthen the use of health data in decision-making addressed in the study were: (i) Evaluate and improve the context of data use, (ii) Engage users and data producers, (iii) Improve quality of data, (iv) Improve data availability, (v) Identify information needs, (vi) Increase capacity to use data, (v) Identify information needs, (vi) Increase capacity to data use, core competencies, (vii) Strengthen the organization's data demand and use infrastructure, and (viii) Monitor, evaluate, and communicate the results of data use interventions. The study provides specific examples from the following countries: Afghanistan, South Africa, Brazil, Canada, Ecuador, Honduras, Madagascar, Mexico, Pakistan, Paraguay, Peru, Dominican Republic and Uganda. In another study, carried out in Senegal, facilitators and opportunities in the use of data from health information systems were explored through five factors: (i) Organizational, (ii) Sociopolitical - role of donors, structure of the health system and use of data, institutional relationships, (iii) Financial, (iv) Infrastructure, (v) Information system design. Final considerations: The examples presented in the studies illustrate the efforts undertaken in several countries to strengthen the use of health data in decision-making. Cultural and budgetary characteristics should be considered regarding the feasibility of applying these strategies in different contexts.
Subject(s)
Outcome and Process Assessment, Health Care , Information Systems , Information DisseminationABSTRACT
Contexto: A intersetorialidade é definida como a participação de diversos setores visando a solução de problemas complexos de forma multidimensional, por meio do reconhecimento de questões comuns que integrem ações. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) adota como um dos princípios da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) a intersetorialidade. Impactos positivos e negativos no processo saúde-doença podem advir de políticas de diferentes setores, que tradicionalmente não estão relacionadas à condição de saúde, mas são fundamentais para os determinantes da saúde. Considerando as evidências sobre a relevância da intersetorialidade torna-se essencial o fortalecimento do sistema de saúde por meio de sua união e colaboração com diversos setores. Pergunta: Quais são os arranjos (componentes) intersetoriais da organização dos Sistemas Públicos Universais de Saúde? Métodos: A busca de estudos foi realizada em julho de 2022 na plataforma Dimensions. Foram incluídos estudos, publicados em português, inglês e espanhol, sem limite de data de publicação. Para a seleção dos estudos foram considerados os países com sistema de saúde universal financiado pelo governo. O processo de seleção dos estudos foi realizado em duplicidade, de forma independente. Não foi realizada avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos. A extração dos dados foi realizada por um dos revisores. Resultados: De 561 registros recuperados da base de dados, após a leitura de títulos e resumos, 16 relatos elegíveis foram lidos na íntegra, além de mais 4 estudos identificados por meio de busca manual. Ao final do processo de seleção, 10 relatos foram incluídos. Considerações finais: Os estudos incluídos nesta revisão rápida apresentam os caminhos e resultados de experiências de alguns países com sistema de saúde público universal na implementação de ações colaborativas intersetoriais. Alguns aspectos relevantes a considerar incluem a elaboração conjunta de um plano de implementação, garantia de financiamento para manter a intervenção por um período suficiente, comunicação adequada, pessoal habilitado e confiança mútua entre os parceiros.
Context: Intersectoriality is defined as the participation of different sectors aimed at solving complex problems in a multidimensional way, through the recognition of common issues that integrate actions. In Brazil, the Unified Health System (SUS) adopts intersectoriality as one of the principles of the National Health Promotion Policy (PNPS). Positive and negative impacts on the health-disease process can come from policies from different sectors, which are traditionally not related to the health condition, but are fundamental to the determinants of health. Considering the evidence on the relevance of intersectoriality, it is essential to strengthen the health system through its union and collaboration with different sectors. Question: What are the intersectoral arrangements (components) of the organization of the Universal Public Health Systems? Methods: The search for studies was carried out in July 2022 on the Dimensions platform. Studies published in Portuguese, English and Spanish, with no publication date limit, were included. For the selection of studies, countries with a universal health system funded by the government were considered. The study selection process was carried out in duplicate, independently. No assessment of the methodological quality of the included studies was carried out. Data extraction was performed by one of the reviewers. Results: Of 561 records retrieved from the database, after reading titles and abstracts, 16 eligible reports were read in full, in addition to 4 more studies identified through manual search. At the end of the selection process, 10 reports were included. Final considerations: The studies included in this quick review present the paths and results of experiences in some countries with a universal public health system in the implementation of intersectoral collaborative actions. Some relevant aspects to consider include the joint elaboration of an implementation plan, guarantee of funding to maintain the intervention for a sufficient period of time, adequate communication, qualified personnel and mutual trust between the partners.
Subject(s)
Intersectoral Collaboration , Public Health Systems , Review , Universal Access to Health Care ServicesABSTRACT
Contexto: A atividade física é um comportamento que traz benefícios para o desenvolvimento humano em todas as fases da vida e pode ser praticada de diversas maneiras e em diferentes momentos, como ao se deslocar de um lugar para outro, durante o trabalho ou estudo, ao realizar tarefas domésticas ou durante o tempo livre. Atualmente, uma das formas de abordagem da atividade física utilizada pelos serviços de saúde inclui as tecnologias que viabilizam o cuidado à distância, fornecendo intervenção e educação em saúde. Pergunta: A abordagem da atividade física por meio de tecnologias em saúde é efetiva para os usuários dos serviços de saúde? Método: Realizou-se uma revisão rápida com base em protocolo de pesquisa previamente definido. Três bases da literatura eletrônica foram buscadas em junho de 2022, para identificar revisões sistemáticas (RS) que apresentassem abordagens de atividade física por meio de tecnologias em saúde. A qualidade metodológica das RS foi avaliada com a ferramenta AMSTAR 2. Resultados: De 563 registros recuperados nas bases, 13 RS foram incluídas. Três RS foram classificadas como de confiança baixa e dez de confiança criticamente baixa. As intervenções para promoção da atividade física, apresentadas nessas revisões, utilizaram seis tipos de tecnologias: aplicativos; ligação telefônica, mensagem de texto e/ou e-mail; internet (site, plataforma, e-mails, redes sociais); tecnologias vestíveis; telessaúde ou teleconsulta; tecnologias combinadas. Duas RS também apresentaram resultados de eventos adversos. A maioria dos resultados apresentados se refere a estudos primários únicos (ensaio clínico randomizado, ensaio quase experimental, estudo piloto), mostrando efeito positivo sobre a prática de atividade física para pacientes com diversas condições de saúde - cânceres, esclerose múltipla, insuficiência cardíaca, artrite reumatoide, doença pulmonar obstrutiva crônica, diabetes tipo 2. Considerações finais: Constata-se uma escassez de estudos sobre efeitos do uso de tecnologias na promoção da atividade física. Além da heterogeneidade das intervenções e das populações estudadas, é preciso considerar as falhas metodológicas das RS incluídas, bem como o fato de a maioria dos estudos ter sido conduzida em países de alta renda.
Context: Physical activity is a behavior that brings benefits to human development at all stages of life and can be practiced in different ways and at different times, such as when moving from one place to another, during work or study, when do household chores or during free time. Currently, one of the ways of approaching physical activity used by health services includes technologies that enable remote care, providing intervention and health education. Question: Is the approach to physical activity through health technologies effective for users of health services? Method: A rapid review was performed based on a previously defined research protocol. Three electronic literature bases were searched in June 2022 to identify systematic reviews (SR) that presented physical activity approaches through health technologies. The methodological quality of the SRs was evaluated using the AMSTAR 2 tool. Results: Of 563 records retrieved from the databases, 13 RS were included. Three RS were classified as low confidence and ten as critically low confidence. Interventions to promote physical activity, presented in these reviews, used six types of technologies: applications; phone call, text message and/or email; internet (website, platform, emails, social networks); wearable technologies; telehealth or teleconsultation; combined technologies. Two SRs also had adverse event results. Most of the results presented refer to single primary studies (randomized clinical trial, quasi-experimental trial, pilot study) showing a positive effect on physical activity for patients with various health conditions - cancers, multiple sclerosis, heart failure, arthritis rheumatoid, chronic obstructive pulmonary disease, type 2 diabetes. Final considerations: There is a scarcity of studies on the effects of the use of technologies in the promotion of physical activity. In addition to the heterogeneity of the interventions and populations studied, it is necessary to consider the methodological flaws of the SRs included, as well as the fact that most studies were conducted in high-income countries.
Subject(s)
Exercise , Review , Information Technology , Health PromotionABSTRACT
Contexto: De acordo com a Política Nacional de Promoção da Saúde, ações intersetoriais envolvendo o intercâmbio entre diferentes setores podem produzir soluções que melhorem a qualidade de vida. Em saúde, essa articulação pressupõe uma agenda que considera múltiplos aspectos envolvidos no processo saúde-doença e a participação de outros setores na avaliação de parâmetros sanitários importantes para a construção de políticas públicas. Pergunta: Quais são as principais estruturas ou quadros de referência (frameworks) sobre colaboração intersetorial em promoção da saúde? Método: Com base no protocolo de pesquisa, esta revisão rápida teve como objetivo identificar estruturas sobre colaboração intersetorial na promoção da saúde. A busca de evidências foi realizada em julho de 2022, por meio do Web App da plataforma Dimensions. A seleção dos estudos foi feita por dois revisores, de forma independente. Não foi realizada avaliação da qualidade metodológica dos estudos. Resultados: De 1.412 registros identificados na base de dados, doze foram incluídos nesta revisão rápida. Uma síntese narrativa apresenta as estruturas citadas nos estudos para a implementação ou análise de experiências de colaboração intersetorial na promoção da saúde. As estruturas foram agrupadas em três categorias. (1) Estrutura Saúde em Todas as Políticas (Health in all policies - HiAP): Quatro estudos sobre a estrutura HiAP abordaram os princípios que sustentam seus mecanismos, analisaram processos de implementação de colaboração intersetorial nos EUA, e os mecanismos sociais para a implementação sustentável. (2) Estruturas para promoção da saúde no contexto escolar: Quatro estudos analisaram a estrutura formatada para ação escolar, componentes e mecanismos para implementação de escolas promotoras de saúde, elementos e mecanismos na implementação de ações intersetoriais, e uma ferramenta para monitoramento de processos colaborativos. (3) Estruturas para implementação de processos de colaboração intersetorial: Quatro estudos discutiram as funções essenciais de saúde pública para as Américas, processos que facilitam a colaboração intersetorial, colaboração intersetorial para mudança social, e abordagens de planejamento para a prática de promoção da saúde. Considerações finais: Os estudos mostram que processos colaborativos intersetoriais para a promoção da saúde são complexos e exigem a utilização de diversas estratégias desde a fase de planejamento de um programa ou política. As estruturas ou quadros de referência, como ilustrado nesses estudos a partir de exemplos de implementação, podem auxiliar no planejamento e compreensão das ações necessárias para o aprimoramento da colaboração intersetorial.
Context: According to the National Health Promotion Policy, intersectoral actions involving exchanges between different sectors can produce solutions that improve quality of life. In health, this articulation presupposes an agenda that considers multiple aspects involved in the health-disease process and the participation of other sectors in the evaluation of important health parameters for the construction of public policies. Question: What are the main frameworks for intersectoral collaboration in health promotion? Method: Based on the research protocol, this rapid review aimed to identify frameworks on intersectoral collaboration in health promotion. The search for evidence was carried out in July 2022, through the Dimensions platform's Web App. The selection of studies was carried out by two reviewers, independently. Assessment of the methodological quality of the studies was not performed. Results: Of the 1,412 records identified in the database, twelve were included in this rapid review. A narrative synthesis presents the structures cited in the studies for the implementation or analysis of experiences of intersectoral collaboration in health promotion. Frameworks were grouped into three categories. (1) Health in All Policies (HiAP) Framework: Four studies on the HiAP framework addressed the principles that underpin its mechanisms, analyzed processes for implementing intersectoral collaboration in the US, and the social mechanisms for sustainable implementation . (2) Frameworks for health promotion in the school context: Four studies analyzed the formatted structure for school action, components and mechanisms for implementing health promoting schools, elements and mechanisms in the implementation of intersectoral actions, and a tool for monitoring collaborative processes . (3) Frameworks for Implementing Intersectoral Collaboration Processes: Four studies discussed essential public health functions for the Americas, processes that facilitate intersectoral collaboration, intersectoral collaboration for social change, and planning approaches to health promotion practice. Final considerations: Studies show that intersectoral collaborative processes for health promotion are complex and require the use of different strategies from the planning stage of a program or policy. Frameworks, as illustrated in these studies from implementation examples, can assist in planning and understanding the actions needed to improve intersectoral collaboration.
Subject(s)
Review , Intersectoral Collaboration , Health PromotionABSTRACT
O problema: A Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta que cerca de 45% das mortes de crianças menores de cinco anos estão relacionadas à desnutrição, e que elas ocorrem principalmente em países de baixa e média renda. No Brasil, estudo recente estimou uma prevalência de 2,9% de crianças brasileiras com baixo peso para a idade. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição propõe a implementação de ações específicas para o combate ao binômio infecção-desnutrição que afeta principalmente crianças provenientes de classes econômicas com reduzido poder aquisitivo, em regiões com baixos índices de desenvolvimento econômico e social. Esta síntese rápida de evidências teve como objetivo identificar opções para políticas de enfrentamento da desnutrição aguda em crianças abaixo de cinco anos de idade. Opções para enfrentar o problema: De 1.261 registros recuperados das bases de dados, após processo de seleção e elegibilidade, vinte e quatro revisões sistemáticas (RS) foram incluídas nesta síntese narrativa. Os resultados foram organizados em doze opções para prevenir ou tratar o déficit de peso em crianças menores de cinco anos. Efeitos positivos foram relatados nas RS para uma variedade de estratégias, no entanto, algumas incertezas também foram apontadas. Com relação à qualidade metodológica, cinco RS foram classificadas como de confiança alta, sete de confiança baixa e doze de confiança criticamente baixa.
The problem: The World Health Organization (WHO) points out that around 45% of deaths among children under five are related to malnutrition, and that these occur mainly in low- and middle-income countries. In Brazil, a recent study estimated a prevalence of 2.9% of Brazilian children with low weight for age. The National Food and Nutrition Policy proposes the implementation of specific actions to combat the infection-malnutrition binomial that mainly affects children from economic classes with low purchasing power, in regions with low levels of economic and social development. This rapid synthesis of evidence aimed to identify options for policies to address acute malnutrition in children under five years of age. Options for tackling the problem: From 1,261 records retrieved from the databases, after the selection and eligibility process, twenty-four systematic reviews (SR) were included in this narrative synthesis. The results were organized into twelve options for preventing or treating underweight in children under five years of age. Positive effects were reported on the SR for a variety of strategies, however, some uncertainties were also pointed out. With regard to methodological quality, five SR were classified as having high confidence, seven as low confidence and twelve as critically low confidence.
Subject(s)
Child Nutrition Disorders , Acute Disease , Review , Evidence-Informed PolicyABSTRACT
Contexto: A respiração é regulada por um complexo processo fisiológico que pode ser afetado em algumas patologias. No Brasil, a mortalidade por doenças respiratórias em relação ao total de mortes foi de 6%, no ano de 2016. Dados do período de 1995 a 2005 indicam que as doenças do aparelho respiratório estiveram entre as principais causas de internação do Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as regiões brasileiras. A atividade física (AF) pode beneficiar a saúde de indivíduos com diagnóstico de problemas respiratórios, já que a prática regular permite a manutenção dos volumes e das capacidades respiratórias, diminuindo a restrição do movimento pela rigidez da caixa torácica e da coluna vertebral, além de manter a capacidade funcional e promover o bem-estar geral. Pergunta de pesquisa: A prática de atividade física é efetiva para a melhoria da capacidade respiratória e do desempenho das atividades de vida diária de usuários de serviços de saúde com diagnóstico de patologias respiratórias? Método: As buscas foram realizadas em quatro bases de literatura científica para identificar revisões sistemáticas (RS) sobre os efeitos da prática de AF na saúde de pessoas com doenças respiratórias. A qualidade metodológica das RS foi avaliada com a ferramenta AMSTAR 2. Resultados: De 1.045 registros recuperados nas bases, 21 revisões sistemáticas foram selecionadas para esta revisão rápida. Com relação à qualidade metodológica, três RS foram classificadas como de confiança alta, uma de confiança moderada, cinco de confiança baixa e doze de confiança criticamente baixa. Os dados extraídos das RS são apresentados conforme a condição da doença respiratória avaliada. Efeito de AF em pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): Onze RS analisaram AF em pessoas com DPOC ou obstrução crônica das vias aéreas. Oito indicaram que a maioria dos desfechos avaliados não apresentaram diferenças significativas ou foram incertos entre os grupos com AF combinando exercícios aeróbicos e anaeróbicos e o comparador. Três RS analisando apenas exercícios aeróbicos apontaram maioria de efeitos positivos dessa modalidade de AF em alguns desfechos de saúde dessas pessoas. Efeito de AF em pessoas com hipertensão pulmonar: Três RS utilizando exercícios combinados indicaram efeitos benéficos. Uma RS apresentou resultados incertos em relação à qualidade de vida. Efeito de AF em pessoas com fibrose pulmonar: Duas RS combinaram exercícios aeróbicos e anaeróbicos indicaram efeito positivo ou incerto para qualidade de vida. Houve efeitos positivos nos desfechos de distância de caminhada (DTC6), capacidade de exercício e dispneia, e efeitos incertos no pico de volume de oxigênio (pico de VO2) e no volume expiratório forçado no primeiro segundo e nenhuma diferença na participação em AF. Efeito de AF em pessoas com bronquiectasia: Uma RS apontou efeitos positivos de exercícios combinados para DTC6, qualidade de vida, distância incremental da caminhada, exacerbação de bronquiectasia, dispneia e fadiga. Indicou que não houve diferença de efeito entre os grupos para tosse. Efeito de AF em pessoas com câncer de pulmão de células não pequenas: Três RS apontaram que os efeitos foram em sua maioria positivos para pico de VO2 e DTC6. Houve efeitos inconclusivos para a melhora na qualidade de vida. Efeito de AF em pessoas com sarcoidose pulmonar: Uma RS indicou efeitos positivos para fadiga, força muscular e DTC6 de programas de tratamentos de reabilitação para pessoas com sarcoidose pulmonar. Segurança de AF para pessoas com doenças respiratórias: Cinco RS apresentaram resultados de eventos adversos. De modo geral, elas indicaram que as intervenções de AF foram seguras para pessoas com patologias respiratórias. Considerações finais: A atividade física mostrou relação com a melhoria da capacidade respiratória e física de pessoas com doenças respiratórias. Deve-se considerar, no entanto, as limitações metodológicas da maioria das RS incluídas, a heterogeneidade de intervenções e comparadores, além da escassez de estudos para algumas das condições de saúde.
Context: Breathing is regulated by a complex physiological process that can be affected in some pathologies. In Brazil, mortality from respiratory diseases in relation to total deaths was 6% in 2016. Data from 1995 to 2005 indicate that respiratory diseases were among the main causes of hospitalization in the Unified Health System (SUS) in all Brazilian regions. Physical activity (PA) can benefit the health of individuals diagnosed with respiratory problems, since regular practice allows for the maintenance of respiratory volumes and capacities, reducing movement restriction due to the rigidity of the rib cage and spine, in addition to maintain functional capacity and promote general well-being. Research question: Is the practice of physical activity effective for improving respiratory capacity and the performance of activities of daily living of users of health services diagnosed with respiratory pathologies? Method: Searches were carried out in four scientific literature databases to identify systematic reviews (SR) on the effects of PA practice on the health of people with respiratory diseases. The methodological quality of the SRs was evaluated using the AMSTAR 2 tool. Results: Of 1045 records retrieved from the databases, 21 systematic reviews were selected for this rapid review. Regarding methodological quality, three RS were classified as high confidence, one as moderate confidence, five as low confidence and twelve as critically low confidence. The data extracted from the RS are presented according to the condition of the respiratory disease evaluated. Effect of PA in people with chronic obstructive pulmonary disease (COPD): Eleven RS analyzed PA in people with COPD or chronic airway obstruction. Eight indicated that most of the outcomes evaluated did not show significant differences or were uncertain between the groups with PA combining aerobic and anaerobic exercises and the comparator. Three SRs analyzing only aerobic exercises showed the majority of positive effects of this PA modality on some health outcomes of these people. Effect of PA in people with pulmonary hypertension: Three RS using combined exercises indicated beneficial effects. One SR presented uncertain results in relation to quality of life. Effect of PA in people with pulmonary fibrosis: Two RS combined aerobic and anaerobic exercise indicated a positive or uncertain effect for quality of life. There were positive effects on outcomes of walking distance (6MWD), exercise capacity and dyspnea, and uncertain effects on peak oxygen volume (peak VO2) and forced expiratory volume in one second and no difference in PA participation. Effect of PA in people with bronchiectasis: An RS showed positive effects of combined exercise for 6MWD, quality of life, incremental walking distance, exacerbation of bronchiectasis, dyspnea and fatigue. It indicated that there was no difference in effect between the cough groups. Effect of AF in people with non-small cell lung cancer: Three RS showed that the effects were mostly positive for peak VO2 and 6MWD. There were inconclusive effects for improvement in quality of life. Effect of AF in people with pulmonary sarcoidosis: An RS indicated positive effects for fatigue, muscle strength and 6MWD of rehabilitation treatment programs for people with pulmonary sarcoidosis. Safety of PA for people with respiratory diseases: Five RS showed adverse event results. Overall, they indicated that PA interventions were safe for people with respiratory conditions. Final considerations: Physical activity showed a relationship with the improvement of respiratory and physical capacity of people with respiratory diseases. However, one should consider the methodological limitations of most of the SRs included, the heterogeneity of interventions and comparators, in addition to the scarcity of studies for some of the health conditions.
Subject(s)
Humans , Quality of Life , Respiratory Tract Diseases/prevention & control , Exercise , Respiratory Tract Diseases/therapyABSTRACT
Contexto: Na década de 1970, o Relatório Lalonde apresentou-se como uma nova perspectiva de saúde e um ponto de partida para o conceito de Cidades Saudáveis. Ele expôs um conceito ampliado de saúde ao afirmar que as melhorias das condições de saúde da população podem ser resultado de mudanças no ambiente físico-social e no estilo de vida. Pergunta: Quais são os critérios adotados em diferentes partes do mundo para caracterizar cidades/municípios saudáveis? Método: As buscas foram realizadas em PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde e Social Systems Evidence, em 8 e 10 de março de 2022, com o propósito de identificar estudos primários e secundários que abordassem critérios para caracterização de Cidades Saudáveis. Utilizando atalhos de revisão rápida para simplificar o processo, apenas o processo de seleção por títulos e resumos foi realizado em duplicidade e de forma independente. Foram incluídos estudos publicados em inglês, espanhol e português, e não houve limitação para inclusão quanto ao delineamento ou data de publicação. Os estudos incluídos foram avaliados quanto à qualidade metodológica com instrumentos específicos para cada delineamento. Resultados: As publicações recuperadas nas fontes de dados foram 2.723, das quais 24 foram incluídas após o processo de seleção. Os domínios das Cidades Saudáveis propostos pela OMS foram utilizados para agregar os estudos incluídos, conforme apresentado a seguir. Domínio 1: Melhorar a governança da cidade para a saúde e bem-estar. Seis artigos foram indicados neste domínio, que trata sobre parcerias locais para promover a saúde; responsabilização e prestação de contas; utilização de um perfil de saúde na cidade em conjunto com um plano de desenvolvimento de saúde; promoção da saúde nas políticas públicas; e diplomacia na cidade. Domínio 2: Reduzir/minimizar as desigualdades em saúde. Cinco artigos foram incluídos neste domínio, que aborda o significado e as formas de medir os problemas de desigualdade social e impacto sobre a sociedade; e desenvolver um plano de ação para resolver os conflitos. Domínio 3: Promover a abordagem de saúde em todas as políticas. Sete artigos são apresentados neste domínio, que se refere a mecanismos de formulação de políticas locais com coerência para benefício da saúde e para aumentar a capacidade de avaliação dos impactos na saúde. Domínio 4: Promover o desenvolvimento e o empoderamento da comunidade e criar ambientes sociais que apoiem a saúde. Cinco artigos foram associados a este domínio, que abarca temas de promoção do letramento e resiliência da comunidade; promoção da inclusão social e projetos comunitários; garantia de acesso à assistência social; incentivo à prática de atividade física em todas as idades; criação de ambientes físicos e sociais livres de fumo; incentivo à alimentação saudável e limitação do acesso a alimentos ricos em açúcares; e abordagem de problemas de saúde mental e bem-estar social. Domínio 5: Criar ambientes físicos e construídos que apoiem a saúde e as escolhas saudáveis. Onze estudos foram arrolados neste domínio, que aborda temas como criar bairros seguros e limpos; promover e investir em deslocamento saudável (a pé ou de bicicleta); enfrentar os problemas de saneamento básico, poluição sonora e do ar, mudanças climáticas, diminuição da emissão de carbono, higiene e habitação; incentivar a receptividade de crianças e idosos; garantir acesso a áreas verdes para convívio social e investir em planejamento urbano saudável. Domínio 6: Melhorar a qualidade e o acesso aos serviços locais de saúde e sociais. Um estudo foi associado a este domínio, que é caracterizado por assegurar a cobertura universal na saúde e remover barreiras; melhorar a qualidade de serviços para a comunidade e a articulação entre os serviços de atenção primária à saúde e outros serviços públicos de saúde. Domínio 7: Considerar todas as pessoas no planejamento da cidade e priorizar os mais vulneráveis. Quatro artigos foram relacionados neste domínio, que se refere à prática saudável para crianças no início da vida, garantir acesso à educação para todos, garantir o envelhecimento saudável e identificar nas cidades as necessidades das pessoas mais vulneráveis. Domínio 8: Fortalecer os serviços locais de saúde pública e a capacidade de lidar com emergências relacionadas à saúde. Um artigo foi citado neste domínio, que trata de temáticas de investimento em programas de promoção da saúde e prevenção de doenças com base na população e comunidade; cuidar do problema de obesidade em jovens e adultos; e lidar com emergências relacionadas às mudanças climáticas e fenômenos como epidemias e desastres naturais. Domínio 9: Manter um plano de preparação, prontidão e resposta urbana em emergências de saúde pública. Nenhum estudo foi associado a este domínio, que é caracterizado pelo desenvolvimento de práticas de vigilância inclusivas; promoção de informações e práticas com base em evidências; entendimento e ação sobre as vulnerabilidades; trabalho em fortalecimento e respostas comunitárias; e planejamento de medidas de emergências. Outras propostas: Dois estudos abordam proposições que não foram associadas diretamente aos domínios recomendados pela OMS, mas que podem contribuir para aprimorar os critérios de Cidades Saudáveis. Um deles discute o conceito de cidades inteligentes, que utilizam tecnologias de informação e comunicação para melhorar a produtividade e organizar uma governança mais aberta. O outro estudo tem como foco o ecofeminismo, trabalho reprodutivo e de cuidado, planejamento urbano feminista e o incentivo para integração da saúde humana e ambiental. Considerações finais: Os estudos incluídos apresentam informações relevantes sobre a caracterização de Cidades Saudáveis, principalmente os diferentes conceitos abordados acerca do que considerar na avaliação e implementação de cidades e comunidades saudáveis. Os resultados mostram que ainda são escassos os relatos sobre experiências de implementação da proposta de Cidades Saudáveis. As ações de promoção da saúde, como a criação de ambientes físicos e construídos que apoiem a saúde e as escolhas saudáveis, o planejamento urbano voltado à abordagem de uma grande diversidade de problemas e soluções, a promoção da abordagem de saúde em políticas de outros setores e a melhora da governança na cidade para saúde e bem-estar, fazem parte do rol de critérios de Cidades Saudáveis, e têm sido postas em prática em muitos municípios, inclusive no Brasil. No entanto, as estratégias de busca desta revisão rápida não conseguiram recuperar tais experiências nacionais. O fato de não terem sido recuperadas nas buscas pode ser um indicativo de que o termo "cidade saudável" não tem sido considerado por muitos pesquisadores em suas publicações.
Context: In the 1970s, the Lalonde Report presented itself as a new perspective on health and a starting point for the concept of Healthy Cities. He exposed an expanded concept of health by stating that improvements in the population's health conditions can be the result of changes in the physical-social environment and in lifestyle. Question: What are the criteria adopted in different parts of the world to characterize healthy cities/municipalities? Method: The searches were carried out in PubMed, Virtual Health Library and Social Systems Evidence, on March 8 and 10, 2022, with the purpose of identifying primary and secondary studies that addressed criteria for the characterization of Healthy Cities. Using rapid review shortcuts to simplify the process, only the title and abstract selection process was performed in duplicate and independently. Studies published in English, Spanish and Portuguese were included, and there was no limitation for inclusion in terms of design or publication date. The included studies were evaluated for methodological quality with specific instruments for each design. Results: The publications retrieved from the data sources were 2,723, of which 24 were included after the selection process. The Healthy Cities domains proposed by WHO were used to aggregate the included studies, as shown below. Domain 1: Improve city governance for health and well-being. Six articles were indicated in this domain, which deals with local partnerships to promote health; accountability and accountability; use of a health profile in the city in conjunction with a health development plan; health promotion in public policies; and diplomacy in the city. Domain 2: Reduce/minimize health inequalities. Five articles were included in this domain, which addresses the meaning and ways of measuring problems of social inequality and impact on society; and develop an action plan to resolve conflicts. Domain 3: Promoting the health approach in all policies. Seven articles are presented in this domain, which refers to mechanisms for formulating local policies with coherence for the benefit of health and to increase the capacity to assess health impacts. Domain 4: Promote community development and empowerment and create social environments that support health. Five articles were associated with this domain, which covers topics of literacy promotion and community resilience; promoting social inclusion and community projects; guarantee of access to social assistance; encouraging the practice of physical activity at all ages; creating smoke-free physical and social environments; encouraging healthy eating and limiting access to foods rich in sugars; and addressing mental health and social well-being issues. Domain 5: Create physical and built environments that support health and healthy choices. Eleven studies were enrolled in this domain, which addresses topics such as creating safe and clean neighborhoods; promote and invest in healthy commuting (on foot or by bicycle); face the problems of basic sanitation, noise and air pollution, climate change, reduction of carbon emissions, hygiene and housing; encourage the receptivity of children and the elderly; ensure access to green areas for social interaction and invest in healthy urban planning. Domain 6: Improve the quality of and access to local health and social services. One study was associated with this domain, which is characterized by ensuring universal health coverage and removing barriers; improve the quality of services for the community and the articulation between primary health care services and other public health services. Domain 7: Consider all people in city planning and prioritize the most vulnerable. Four articles were listed in this domain, which refers to healthy practice for children early in life, ensuring access to education for all, ensuring healthy aging and identifying the needs of the most vulnerable people in cities. Domain 8: Strengthen local public health services and capacity to deal with health-related emergencies. An article was cited in this domain, which deals with investment themes in population and community-based health promotion and disease prevention programs; to take care of the problem of obesity in young people and adults; and dealing with emergencies related to climate change and phenomena such as epidemics and natural disasters. Domain 9: Maintain an urban preparedness, preparedness, and response plan for public health emergencies. No studies were associated with this domain, which is characterized by the development of inclusive surveillance practices; promotion of evidence-based information and practices; understanding and acting on vulnerabilities; work in community strengthening and responses; and planning of emergency measures. Other proposals: Two studies address propositions that were not directly associated with the domains recommended by the WHO, but that may contribute to improving the Healthy Cities criteria. One of them discusses the concept of smart cities, which use information and communication technologies to improve productivity and organize more open governance. The other study focuses on ecofeminism, reproductive and care work, feminist urban planning, and encouraging the integration of human and environmental health. Final considerations: The studies included present relevant information about the characterization of Healthy Cities, mainly the different concepts approached about what to consider in the evaluation and implementation of healthy cities and communities. The results show that there are still few reports on experiences of implementing the Healthy Cities proposal. Health promotion actions, such as creating physical and built environments that support health and healthy choices, urban planning aimed at addressing a wide range of problems and solutions, promoting a health approach in policies in other sectors and the improvement of governance in the city for health and well-being, are part of the list of Healthy Cities criteria, and have been put into practice in many municipalities, including Brazil. However, the search strategies of this rapid review failed to retrieve such national experiences. The fact that they were not retrieved in searches may be an indication that the term "healthy city" has not been considered by many researchers in their publications.