ABSTRACT
RESUMEN Objetivos. Analizar la evolución del COVID-19 en poblaciones rurales de Loreto y Ucayali en la etapa temprana de la pandemia. Materiales y métodos. Se realizó un estudio observacional longitudinal a nivel de comunidades basado en dos rondas de encuestas telefónicas con autoridades locales de más de 400 comunidades rurales indígenas y no-indígenas en Loreto y Ucayali, en julio y agosto de 2020, para recopilar información sobre casos y muertes por COVID-19 en sus comunidades, medidas de protección adoptadas y la recepción de asistencia estatal en la etapa temprana de la pandemia. Estadísticas descriptivas permiten evaluar la evolución de la pandemia después del brote inicial y comparar las tendencias de las dos regiones, así como entre poblaciones indígenas y no-indígenas. Resultados. En julio de 2020, el COVID-19 había llegado al 91,5% de las comunidades, aunque se reportaron muertes por COVID-19 en 13,0% de las comunidades, siendo la mortalidad rural mayor en Ucayali (0,111%) que en Loreto (0,047%) y en comunidades no-indígenas. Para agosto, la prevalencia disminuyó de 44,0% a 32,0% de comunidades, pero se volvió más frecuente en las comunidades indígenas, y aquellas en Ucayali. Viajar a la ciudad para recibir bonos estatales y las dificultades para mantener el distanciamiento social contribuyeron al contagio. Conclusiones. Los hallazgos mostraron la evolución del COVID-19 en comunidades rurales y señalan áreas importantes de atención en futuras políticas públicas, para la adopción de medidas de protección y reconsiderar estrategias para la distribución de asistencia ante pandemias futuras.
ABSTRACT Objectives. To analyze the evolution of COVID-19 in rural populations of Loreto and Ucayali in the early stage of the pandemic. Materials and methods. A community-level longitudinal observational study was conducted and based on two rounds of telephone surveys with local authorities of more than 400 indigenous and non-indigenous rural communities in Loreto and Ucayali, in July and August 2020. We collected information on cases and deaths by COVID-19 in their communities, protective measures adopted and if state assistance was received in the early stage of the pandemic. Descriptive statistics allowed us to evaluate the evolution of the pandemic after the initial outbreak and compare the trends of the two regions, as well as between indigenous and non-indigenous populations. Results. In July 2020, COVID-19 had reached 91.5% of the communities, although deaths from COVID-19 were reported in 13.0% of the communities, with rural mortality being higher in Ucayali (0.111%) than in Loreto (0.047%) and in non-indigenous communities. By August, prevalence decreased from 44.0% to 32.0% of communities, but became more frequent in indigenous communities, and those in Ucayali. Traveling to the city to receive state bonuses and difficulties maintaining social distancing contributed to the spread. Conclusions. Our findings show the evolution of COVID-19 in rural communities and point to important areas of attention in future public policies, for the adoption of protective measures and reconsidering strategies for the distribution of assistance in the face of future pandemics.
ABSTRACT
Na Amazônia, a política de saúde se encontra com um território de vida específico, caracterizado por um tecido social diverso, dinâmico e imigrante, transitando pelas águas e florestas. Nesse cenário, a vida é pujante, que vibra e faz acontecer um sistema de saúde amazônico, plural étnica e socialmente, biodiverso e culturalmente específico. Assim, é imperativo construirmos referencial teórico da saúde coletiva regional, bem como refletirmos e contextualizarmos o SUS com "DNA amazônico". Compreendemos ser esta uma referência para colaborar com o campo das ciências gerenciais que compõe o campo da saúde coletiva no Brasil, sem dissociar do desafio de realizar a gestão e as práticas das políticas de saúde por pesquisadores gestores da Amazônia. O 'fator amazônico' aqui apresentado roteiriza os desafios de se fazer saúde nessas diversas amazônias. Cenários de experiências promissoras no campo das políticas e planejamento aqui expressos podem contribuir com a comunicação entre gestore(a)s, pesquisadore(a)s e membros do controle social a vislumbrarem métodos e oportunidades de mudanças sistêmicas nas práticas assistenciais e nos modos de gerir a saúde na Amazônia.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant, Newborn , Infant , Child, Preschool , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Young Adult , Health Policy, Planning and Management , Delivery of Health Care , Health Policy , Organization and Administration , Referral and Consultation , Research Personnel , Social Control, Formal , Unified Health System , Forests , Public Health , Communication , Amazonian Ecosystem , ExtremitiesABSTRACT
O livro "Nova Cartografia Social: Dinâmicas e Desafios na Amazônia" inaugura a subsérie Cadernos de Cartografia e Histórias da Amazônia, na Série Saúde & Amazônia, coordenada pelo Laboratório de História, Políticas Públicas e Saúde na Amazônia (LAHPSA) do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ AMAZÔNIA. O trabalho que apresentamos faz parte do projeto de Educação Permanente em Saúde nos Municípios da Amazônia. O livro traz uma reflexão sobre a Nova Cartografia Social e apresenta oficinas práticas desenvolvidas no município de Iranduba-AM. A abordagem é inovadora porque vai para além dos mapas tradicionais que descrevem os territórios. A cartografia social tem tido destaque na saúde para identificar e intervir nos territórios de modo participativo, com o envolvimento da comunidade e dos trabalhadores da saúde. A obra oferece um olhar sobre os modos de produção de cuidado pelas populações ribeirinhas e a interação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) com seus territórios. As narrativas dos trabalhadores revelam a relação com o lugar e o sentido de pertencimento e compreensão das necessidades locais. Assim, esta é uma contribuição significativa para o campo da saúde coletiva, apresentando uma ferramenta para subsidiar as ações de participação social nas políticas públicas. Assim, convidamos para um mergulho nos caminhos do trabalho em saúde na Amazônia por meio das lentes da Nova Cartografia Social.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Pregnancy , Infant, Newborn , Infant , Child, Preschool , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Young Adult , Public Policy , Rural Population , Geographic Mapping , Health , Public Health , Health Personnel , Community Health Workers , Amazonian Ecosystem , Community Participation , Comprehension , Education, Continuing , Social Participation , Health Services Needs and Demand , Occupational GroupsABSTRACT
O livro "Amazônia solidária: educação popular e comunicação em saúde para o fortalecimento da vacinação nos territórios quilombolas, migrantes e ribeirinhos" é produto do projeto Amazônia Solidário que teve como objetivo reforçar as estratégias de comunicação sobre a vacina de Covid-19 e outras. O caminho utilizado foi da Educação Permanente nos territórios do Amazonas e do Acre, construindo COM as comunidades e grupos os modos e as linguagens da comunicação de uma política tão maltratada na última gestão governamental. Vimos a potência criativa das comunidades que simplesmente precisou ser ouvida e apoiada na construção dos seus materiais. O projeto nos permitiu amazonizar o pensamento e as estratégias da saúde, significando um estar nos territórios ribeirinhos, quilombolas e dos migrantes na cidade como um modo de refletir sobre uma dimensão diferente da vida. O encontro com outros, com modos diferentes de ser e estar no mundo, numa outra relação entre os humanos e não humanos, na relação com o território das águas e da cidade, nos traz outras formas de viver na Amazônia. Os encontros nos territórios das pessoas, que vivem as relações com as águas, com as memórias, com os encantados, com a ancestralidade, nos fazem perceber que o ser e estar ultrapassa a lógica da subsistência do "viver melhor" e não do "viver bem". Desse modo, desejamos que esse caminho, das águas, das estradas, das trilhas, possa ser fonte inspiradora da gestão das políticas públicas.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Pregnancy , Infant, Newborn , Infant , Child, Preschool , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Young AdultABSTRACT
Abstract Beak deformity have a frequency of 0.5% in wild bird populations. In addition to being rare, beak deformities are also poorly reported in the Brazilian scientific literature. Here we report beak deformities in the species: Dendrocincla merula, Amazona ochrocephala and Pheugopedius genibarbis, all of which occurred in southwestern Brazilian Amazon. Dendrocolaptids make intensive use of their beaks in the search for insects and small vertebrates, where they explore in cracks in wood with lateral blows. In the case presented here, this behaviour may have been the cause of the breakage of the tip of this individual's maxilla. In Brazilian territory, few species of parrots were recorded with deformity in the beak and in the individual in this work, everything indicates that Amazona ochrocephala was a captive animal, as it was excessively thin and its diet probably had a low content of vitamins and calcium, where their deficiency even when the animal was a puppy may have contributed to the deformity of the maxilla. Cases of beak deformities in species of the Troglodytidae family are rare, but the individual in this work presented an unusual curvature in the maxilla not observed in other individuals in museum collections. Only with more reports will we be able to better understand the occurrence and causes of these beak deformities in wild birds.
Resumen La deformidad del pico es una característica rara y tiene una frecuencia baja, con 0.5% de casos en poblaciones de aves silvestres. Además de ser raras, las deformidades del pico también son escasamente reportadas en la literatura científica brasileña. Reportamos aquí deformidades en los picos de aves de las especies: Dendrocincla merula, Amazona ochrocephala y Pheugopedius genibarbis, en los cuales todos los registros ocurrieron en el sudoeste de la Amazonia brasileña. Los dendrocoláptidos hacen uso intensivo del pico en la búsqueda de insectos y pequeños vertebrados, explorando en grietas de la madera con golpes laterales. En el caso aquí presentado, este comportamiento de exploración pudo haber sido la causa de la rotura de la punta del maxilar de este individuo. En el territorio brasileño, pocas especies de loros fueron registradas con deformidad en el pico y en el individuo de este trabajo, todo indica que Amazona ochrocephala era un animal de cautiverio, ya que estaba excesivamente delgado y su dieta probablemente tenía un bajo contenido de vitaminas y calcio, donde su deficiencia incluso cuando el animal era un joven puede haber contribuido a la deformidad del maxilar. Los casos de deformidades del pico en especies de la familia Troglodytidae son raros, pero el individuo de este trabajo presentaba una curvatura inusual en el maxilar no observada en otros individuos de esta especie depositados en la colección científica. Sólo con más informes podremos entender mejor la ocurrencia y las causas de estas deformidades del pico en aves silvestres.
ABSTRACT
ABSTRACT Background: The riverine communities of the Amazon comprise different social groups that inhabit the rural areas on the banks of rivers and lakes. Residents usually travel by river to rural and urban areas and are then exposed to urbanized diseases such as those caused by arbovirus infection. In Brazil, emerging diseases such as dengue, Zika, chikungunya, and those caused by infection with Oropouche and Mayaro viruses necessitate epidemiological surveillance. This study was aimed at determining the frequency of positivity for immunoglobulin (Ig)G and IgM antibodies against Zika, chikungunya, and dengue viruses and performing molecular analyses to detect viral RNA for the Zika, chikungunya, dengue virus, Oropouche, and Mayaro viruses, in the same serum samples obtained from riverside populations. Methods: This cross-sectional study was conducted in a riverside population in the Humaitá municipality of the Brazilian Amazon. More than 80% of the local population participated in this study. Entomological samples were collected to identify local mosquito vectors. Results: Analysis of 205 human serological samples revealed IgG antibodies against the dengue virus in 85 individuals. No molecular positivity was observed in human samples. Entomological analyses revealed 3,187 Diptera species, with Mansonia being the most frequent genus. Aedes aegypti and Aedes albopictus were not detected in the two collections. Conclusions: IgG antibodies against the dengue virus were highly prevalent, suggesting previous exposure. The absence of the arbovirus vectors Aedes aegypti and Aedes albopictus in the samples supports the hypothesis that the infections recorded likely occurred outside the riverside communities investigated.
ABSTRACT
Abstract This study presents a survey of small-stream fish species from the Purus-Madeira interfluve, collected in four streams near Humaitá on the highway BR-319. The results reveal a rich and diversified ichthyofauna with 3016 collected individuals distributed in 84 species, six orders, 25 families, and 60 genera. Of all the specimens collected, the Characiformes was the most representative, with eight families, 26 genera, and 42 species, followed Siluriformes, with nine families, 20 genera, and 23 species. In terms of families, Characidae had the highest number of species (25), followed by Loricariidae (9), and Cichlidae (8). Among the 95 captured species,s 11 are the first records for the region, evidencing a high diversity in these environments. Of the 84 species recorded in this study, 15 have not been assessed by the IUCN, while the remaining 62 include 23 listed as Least Concern (LC), three as data deficient (DD), and one as Near Threatened (NT). The southeastern Amazon region still has few fish surveys, especially in the region comprising the Purus-Madeira Interfluve, which highlights the importance of surveys to fill gaps and understand the biodiversity distribution patterns in the region.
Resumo Este estudo apresenta um levantamento das espécies de peixes de pequenos riachos do interflúvio Purus-Madeira, coletadas em quatro riachos perto de Huimaitá na rodovia BR-319. Os resultados revelam uma ictiofauna rica e diversificada com 3016 indivíduos distribuídos em 84 espécies, seis ordens, 25 famílias e 60 gêneros. De todos os espécimes coletados, Characiformes foi a mais representativa, com oito famílias, 26 gêneros e 42 espécies, seguida da Siluriformes, com 9 famílias, 20 gêneros e 23 espécies. Em termos de famílias, Characidae apresentou o maior número de espécies (25), seguida de Loricariidae (9) e Cichlidae (8). Dentre as espécies capturadas, do total de 84 espécies, 11 são o primeiro registro da região, evidenciando uma alta diversidade nesses ambientes. Das 84 espécies registradas neste trabalho, 15 não foram avaliadas pela IUCN, 63 listadas como Menos Preocupante (LC), quatro como Deficientes em Dados (DD) e uma como Quase Ameaçada (NT). A região sudoeste da Amazônia ainda conta com poucos levantamentos de peixes, principalmente na região que compreende o Interflúvio Purus-Madeira, por isso é importante realizar levantamentos para preencher lacunas de coletas e compreender padrões de distribuição da biodiversidade da região.
ABSTRACT
ABSTRACT Objective: Tuberculosis (TB) is the second most deadly infectious disease globally, posing a significant burden in Brazil and its Amazonian region. This study focused on the "riverine municipalities" and hypothesizes the presence of TB clusters in the area. We also aimed to train a machine learning model to differentiate municipalities classified as hot spots vs. non-hot spots using disease surveillance variables as predictors. Methods: Data regarding the incidence of TB from 2019 to 2022 in the riverine town was collected from the Brazilian Health Ministry Informatics Department. Moran's I was used to assess global spatial autocorrelation, while the Getis-Ord GI* method was employed to detect high and low-incidence clusters. A Random Forest machine-learning model was trained using surveillance variables related to TB cases to predict hot spots among non-hot spot municipalities. Results: Our analysis revealed distinct geographical clusters with high and low TB incidence following a west-to-east distribution pattern. The Random Forest Classification model utilizes six surveillance variables to predict hot vs. non-hot spots. The machine learning model achieved an Area Under the Receiver Operator Curve (AUC-ROC) of 0.81. Conclusion: Municipalities with higher percentages of recurrent cases, deaths due to TB, antibiotic regimen changes, percentage of new cases, and cases with smoking history were the best predictors of hot spots. This prediction method can be leveraged to identify the municipalities at the highest risk of being hot spots for the disease, aiding policymakers with an evidenced-based tool to direct resource allocation for disease control in the riverine municipalities.
RESUMO Objetivo: A tuberculose (TB) é a segunda doença infecciosa que mais mata no mundo, representando um problema de saúde pública no Brasil, especialmente na região amazônica. Este estudo analisa a TB nos municípios ribeirinhos" com o objetivo de identificar aglomerados de alta incidência, também conhecidos como "hot spots". Posteriormente, utilizando aprendizagem de máquina, visamos prever estes aglomerados por meio de variáveis de vigilância epidemiológica. Assim buscamos auxiliar o ente público no combate à TB nesta região. Métodos: Dados da incidência de TB nos "municípios ribeirinhos" foram coletados entre os anos de 2019 e 2022 do Departamento de Informática do Ministério da Saúde. O índice de Moran foi utilizado para a determinação de autocorrelação espacial global, enquanto o método Getis-Ord GI* foi empregado para a autocorrelação espacial local. Variáveis referentes ao diagnóstico, tratamento e características socioeconômicas associadas aos casos foram utilizadas para a predição de aglomerados de alta incidência por meio de um modelo Random Forest. Resultados: Foram identificados aglomerados com alta incidência de TB a oeste e baixa incidência a leste. O total de seis variáveis de vigilância epidemiológica foi identificado como relevante para a predição. Nosso modelo Random Forest alcança uma área sob a curva da característica operacional do receptor (AUC-ROC) de 0,81. Conclusão: Municípios com altas porcentagens de casos recorrentes, mortes por TB, mudança do esquema de tratamento, casos novos e casos com história de tabagismo estão associados a aglomerados de alta incidência. Esperamos que este método de identificação de possíveis aglomerados de TB seja útil para o ente público no combate à doença na região.
ABSTRACT
Abstract: Malaria is a public health problem and the cases diagnosed in the capital of Roraima, Brazil, show potential to characterize the burden of the disease in the state. This study aimed to describe the epidemiological, clinical, and laboratory aspects of malaria cases diagnosed in Boa Vista. For this purpose, a descriptive, cross-sectional study was conducted in two health units in the city, with individuals diagnosed and who agreed to respond the questionnaire. Of the total of 206 participants, characterized as men, mixed-race, and young, 96% (198) reported participating in illegal mining activity. Among the group of miners, 66% (131) came from other states of Brazil or other countries. The mines were mainly located in the Yanomami territory in Roraima. Plasmodium vivax infection occurred in 74% (153) of participants. In the miner's group, hospitalizations for severe malaria, previous malaria attacks, and delays in treatment after the onset of symptoms were reported. Although 73% (145) of miners reported knowing how malaria was transmitted, only 54% (107) used mosquito nets or repellents. The use of Artecom and chloroquine by miners is not for the complete treatment but only to relieve symptoms for returning to gold mines, highlighting the importance of molecular surveillance to antimalarial resistance. Indigenous peoples are considered vulnerable to malaria and miners promotes the increase of malaria in Roraima Indigenous Lands. Therefore, access to diagnosis and treatment in Indigenous areas invaded by miners is imperative to confront this disease that ravages Indigenous communities and threatens public health on a large scale to achieve the goal of eliminating malaria in the state.
Resumo: A malária é um problema de saúde pública e os casos diagnosticados na capital de Roraima, Brasil, têm potencial para caracterizar a carga da doença em todo o estado. O objetivo deste estudo foi descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais dos casos de malária diagnosticados em Boa Vista. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo e transversal em duas unidades de saúde do município, com indivíduos diagnosticados com malária e que concordaram em responder ao questionário. De 206 participantes, caracterizados como homens, pardos e jovens, 96% (198) relataram atividade de garimpo ilegal. Entre garimpeiros, 66% (131) vieram de outros estados do Brasil ou de outros países. As minas estavam localizadas principalmente no território Yanomami, em Roraima. A infecção por Plasmodium vivax ocorreu em 74% (153) dos participantes. Entre garimpeiros, houve relatos de internações por malária grave, ataques prévios de malária e atrasos no tratamento após o início dos sintomas. Embora 73% (145) dos garimpeiros tenham relatado saber como a malária era transmitida, apenas 54% (107) usavam mosquiteiros ou repelentes. O uso de Artecom e cloroquina pelos garimpeiros não se destina ao tratamento completo, mas apenas ao alívio dos sintomas, permitindo o retorno às minas de ouro. Isso ressalta a importância da vigilância molecular para detectar a resistência antimalárica. Os indígenas são considerados uma população vulnerável à malária, e os garimpeiros promovem o aumento da malária nas Terras Indígenas de Roraima. Portanto, o acesso ao diagnóstico e tratamento em áreas indígenas invadidas por garimpeiros é imperativo para o enfrentamento dessa doença que assola as comunidades indígenas e ameaça a saúde pública em larga escala na meta de erradicar a malária no estado.
Resumen: La malaria es un problema de salud pública y los casos diagnosticados en la capital de Roraima, Brasil, tienen el potencial de caracterizar la carga de la enfermedad en todo el estado. El objetivo de este estudio fue describir los aspectos epidemiológicos, clínicos y de laboratorio de los casos de malaria diagnosticados en Boa Vista. Para ello, se realizó un estudio descriptivo y transversal en dos unidades de salud del municipio, con personas diagnosticadas con malaria y que aceptaron responder el cuestionario. De 206 participantes, caracterizados como hombres, pardos y jóvenes, el 96% (198) reportó actividad minera ilegal. Entre los mineros, el 66% (131) procedían de otros estados de Brasil o de otros países. Las minas estaban ubicadas principalmente en el territorio Yanomami, en Roraima. La infección por Plasmodium vivax se produjo en el 74% (153) de los participantes. Entre los mineros, hubo relatos de hospitalizaciones por malaria grave, ataques previos de malaria y retrasos en el tratamiento tras de la aparición de los síntomas. Aunque el 73% (145) de los mineros informó saber cómo se transmitía la malaria, solo el 54% (107) usaba mosquiteros o repelentes. El uso de Artecom y cloroquina por parte de los mineros no está destinado a un tratamiento completo, sino al alivio de los síntomas para permitir el regreso a las minas de oro. Esto resalta la importancia de la vigilancia molecular para detectar la resistencia a los antipalúdicos. Los indígenas son considerados una población vulnerable a la malaria, y los mineros promueven el aumento de la malaria en las Tierras Indígenas de Roraima. Por lo tanto, el acceso al diagnóstico y tratamiento en zonas indígenas invadidas por mineros es imperativo para combatir esta enfermedad que asola a las comunidades indígenas y amenaza la salud pública a gran escala en el objetivo de erradicar la malaria en el estado.
ABSTRACT
Abstract The fires in the Amazon rainforest triggered a series of events with wide media coverage in 2019. This study aimed to analyze the social representations (SR) of the Brazilian people, from the analysis of 679 comments on news articles related to the wildfires, shared on the Facebook pages of the news outlets O Globo, El País Brasil, and BBC News Brasil, newspapers of great impact in Brazil. The Descending Hierarchical Classification of the IRaMuTeQ program produced three main types of SR from the comments, one being empirical, anchored in natural phenomena; a second being geopolitical and a third where controversies emerged in the SR that reflect the political polarization of the country. The debate mainly engages a polarized dispute between Internet users from the left wing and right wing.
Resumo As queimadas na floresta amazônica desencadearam uma série de eventos com grande cobertura midiática em 2019. O presente estudo buscou analisar as representações sociais (RS) de brasileiros, com base no exame de 679 comentários de notícias relacionadas às queimadas compartilhadas nas páginas do Facebook dos jornais O Globo, El País Brasil e BBC News Brasil, veículos de comunicação de grande impacto no Brasil. A Classificação Hierárquica Descendente do programa IRaMuTeQ mostrou três principais tipos de RS dos comentaristas: empírica (ancorada nos fenômenos naturais), geopolítica e uma terceira na qual surgiram RS polêmicas que refletem a polarização política do país. O debate ocorreu, principalmente, em uma disputa polarizada entre internautas do espectro político da esquerda e da direita.
ABSTRACT
Abstract The Amazon prawn or Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) is widely distributed in South America, occurring in the Orinoco and Amazon rivers, and forms an important source of income for riverside families. This prawn hosts crustacean ectoparasites of the genus Probopyrus (Giard & Bonnier, 1888) (Bopyridae) that infest its gill cavity. The aim of the present study was to report new occurrences of Probopyrus in Amazon prawns caught in the Amazon River. Macrobrachium amazonicum prawns were collected between May 2017 and April 2018, and again from July 2021 to May 2022 in the regions of Ilha de Santana and Rio Mazagão, state of Amapá, Brazil. Among the 5,179 prawn specimens caught, 133 were parasitized by the ectoparasites Probopyrus pandalicola (Packard, 1879), Probopyrus bithynis (Richardson, 1904), Probopyrus floridensis (Richardson, 1904) and Probopyrus palaemoni (Lemos de Castro & Brasil Lima, 1974). These occurrences of P. floridensis and P. palaemoni in M. amazonicum were the first records of this on the northern coast of Brazil. These four ectoparasites are not limited to specific host species or genera, as observed in this study, which reports four species of Probopyrus infesting M. amazonicum.
Resumo O camarão-da-amazônia ou Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) é amplamente distribuído na América do Sul, ocorrendo nos rios Orinoco e Amazonas, importante fonte renda de familias riberinhas. Esse camarão é hospedeiro de ectoparasitas crustáceos do gênero Probopyrus (Giard & Bonnier, 1888) (Bopyridae) que infestam a cavidade branquial da espécie. O presente estudo tem o objetivo de relatar novas ocorrências de ectopasitas do gênero Probopyrus no camarão-da-amazônia, capturados no rio Amazonas. Macrobrachium amazonicum foram coletados no período de maio de 2017 e abril de 2018, e novamente de julho de 2021 a maio de 2022, nas regiões da Ilha de Santana e Rio Mazagão, estado do Amapá, Brasil. Entre 5.179 exemplares de camarões capturados, 133 foram parasitados sendo quatro pelos ectoparasitas Probopyrus pandalicola (Packard, 1879), Probopyrus bithynis (Richardson, 1904), Probopyrus floridensis (Richardson, 1904) e Probopyrus palaemoni (Lemos de Castro & Brasil Lima, 1974). Registrado pela primeira vez a ocorrência no M. amazonicum por P. floridensis e P. palaemoni no litoral norte do Brasil. Esses quatro ectoparasitos não se limitam a espécies ou gêneros hospedeiros específicos, observados nesse estudo que relata quatro espécies de Probopyrus infestando M. amazonicum.
ABSTRACT
Abstract The Amazon has the richest freshwater ichthyofauna of the planet, with tens of new species being described annually. Although studies on Amazonian fish in the literature are increasingly common recently, there are still significant gaps concerning primary data on the ichthyofauna. One such gap is the state of Roraima and its main drainage, Rio Branco. There is a single book published in 2007 on fishes of Rio Branco, and although it presents a rather complete list of over 580 species known until then, the information is now a little outdated and many species found in some of its affluents are not listed in the book. Due to the scarcity of published data on the fish diversity of Roraima and taking into account that ichthyofaunal surveys are important tools towards freshwater conservation, we carried out an inventory of the ichthyofauna in the region of Caracaraí (RR) in 18 sampling sites including seven affluents of both left and right margins of Rio Branco. We recorded a total of 64 species of 41 genera and 18 families of five orders that occur in the Neotropical region, representing more than 11% of the species previously registered in the book for the entire Rio Branco basin. Twelve species were added to the list presented in the book, with four representing first records for the basin, one of them a new record for Brazil. Two of the 64 species are putative new taxa in need of further taxonomic studies. The order with the highest diversity was Characiformes (40 species), with highlights for the family Characidae (24 of these species), followed by Cichliformes (11 species) and Siluriformes (9 species). The richest collecting sites had 23 species, and the least rich site had only two species. Hyphessobrycon bentosi and Nannostomus marginatus occurred in more than 60% of the sites. There has been a significant difference in the exclusive ichthyofauna from affluents of both margins of Rio Branco, with the number of exclusive species in left margin tributaries approximately five times higher. Results presented herein complement data from the literature regarding the still poorly known ichthyofauna from Roraima.
Resumo A Amazônia possui a mais rica ictiofauna de água doce do planeta, com dezenas de novas espécies sendo descrita anualmente. Apesar de estudos sobre os peixes amazônicos serem cada vez mais comuns na literatura, ainda existem lacunas importantes com relação aos dados primários da ictiofauna. Uma dessas lacunas é o estado de Roraima e sua principal bacia hidrográfica, o Rio Branco. Até hoje, há apenas um livro publicado em 2007 sobre os peixes do Rio Branco, e apesar de apresentar uma lista bastante completa com pouco mais de 580 espécies conhecidas até então, atualmente as informações estão um pouco desatualizadas e diversas espécies de peixes encontradas em alguns de seus afluentes não constam do livro. Devido a escassez de dados publicados sobre a diversidade de peixes de Roraima e levando em consideração que levantamentos de ictiofauna são ferramentas importantes para mensurar o potencial de conservação dos corpos d'água, nós fizemos um levantamento da ictiofauna da região de Caracaraí (RR) em 18 pontos incluindo sete afluentes das margens esquerda e direita do Rio Branco. Foram registradas ao todo 64 espécies de 41 gêneros e 18 famílias de peixes de cinco ordens que ocorrem na região Neotropical, representando pouco mais de 11% das espécies registradas no livro para toda a bacia do Rio Branco. Doze espécies foram adicionadas à lista apresentada no livro, sendo quatro registradas pela primeira vez neste estudo, uma delas registrada pela primeira vez no Brasil. Duas das 64 espécies representam possíveis espécies ainda não descritas, necessitando de estudos taxonômicos mais aprofundados. A ordem com maior diversidade foi Characiformes (40 espécies), com destaque para a família Characidae (24 destas espécies), seguida de Cichliformes (11 espécies) e Siluriformes (9 espécies). Os pontos com maior riqueza apresentaram 23 espécies e o com menor riqueza apresentou apenas duas espécies. Hyphessobrycon bentosi e Nannostomus marginatus ocorreram em mais de 60% dos pontos. Houve diferença significativa na ictiofauna exclusiva entre os afluentes das duas margens do Rio Branco, com o número de espécies exclusivas da margem esquerda sendo aproximadamente cinco vezes maior. Os resultados apresentados aqui complementam os dados presentes na literatura a respeito da ainda pouco estudada ictiofauna de Roraima.
ABSTRACT
Este livro faz parte das comemorações dos 10 anos do Laboratório de História, Políticas Públicas e Saúde na Amazônia LAHPSA, Instituto Leônidas e Maria Deane ILMD/Fiocruz Amazônia. Fruto de uma escrita coletiva, feita a muitas mãos, vozes, palavras, rostos, sonhos, desejos, lágrimas e sorrisos que se fizeram presentes nesses 10 anos, mas que já vinham de antes e irão para depois. O nosso método, mais do que científico, é também do encontro. O que significa isso? Tem o sentido da amorosidade, da afetividade, dos diálogos, dos compartilhamentos com tantas pessoas e grupos que passaram e continuam passando-ficando nos grupos de debates, de pesquisa e de escritas. O encontro se faz em ato, é uma produção do momento, desde que a roda se forma e se faz prática. A conversa circula, a escuta faz parte dos dizeres e fazeres, quando colocamos em prática a dialogia que se encontra na diferença. LAHPSA poderia ser um adjetivo para se referir às atividades colaborativas, coletivas e compartilhadas. Isso é um desejo, muitas vezes alcançado, conquistado como parte constituinte do fazer científico, da pesquisa de campo, das escritas, das intervenções, invenções e articulações. Como fazer que o nosso "eu" não seja simplesmente um desejo que facilmente pode se transformar num egocentrismo, mas possa ser um eu polifônico e coletivo, sem perder a marca de cada pessoa. Afirmar o "eu" no coletivo é um exercício permanente, quiçá de uma vigilância epistêmica. Por isso, o desejo de afirmarmos adjetivamente o coletivo é porque faz parte de uma postura ético-política, de uma posição no mundo, uma postura diante do outrem.
Subject(s)
Public HealthABSTRACT
Resumen: Desde la perspectiva de la ecología política este artículo da cuenta de las barreras existentes para la gobernanza ambiental en la Sierra de La Macarena. Este tipo de gobernanza, que hace referencia a una gestión participativa y democrática en la gestión del ambiente, está implícita en la reforma rural integral acordada en el proceso de paz de 2016. Sin embargo, a pesar del reconocimiento de la Selva Ama zónica como Sujeto de Derechos y de distintos espacios de concertación planteados por organizaciones sociales, la violencia que emergió tras la firma de los acuerdos ha supuesto que la superposición de conflictos socioambientales que configuran la región, se profundicen. La tala y quema indiscriminada de enormes porciones de bosque amazónico a manos de empresas ganaderas y la respuesta militarizada que afecta principalmente a comunidades campesinas ha sido la principal causa para que en la actualidad haya una gestión ambiental sin gobernanza. El artículo pro pone elementos analíticos que permitan no solo entender, sino también establecer estrategias que permitan el reacomodo de la gestión ecológica de la región.
Abstract: From a political ecology perspective, this article reports on the existing barriers to environmental governance in the Sierra de La Macarena. This type of gover nance, which refers to participatory and democratic management in environ mental management, is implicit in the comprehensive rural reform agreed to in the 2016 peace process. However, the emerging violence following the signing of the agreements has meant that overlapping socio-environmental conflicts are deepening. The indiscriminate logging and burning of huge portions of the Am azonian forest by cattle ranching companies and the militarized response, by affecting mainly peasant communities, conflict has been the main expression. The article proposes analytical elements that allow not only to understand, but also to establish strategies that permit readjustment of the ecological manage ment of the region.
ABSTRACT
O estudo objetiva analisar o panorama epidemiológico da doença de Chagas aguda (DCA) na Amazônia Legal de modo acurado, contribuindo para iniciativas de prevenção e combate. Trata-se de um estudo epidemiológico ecológico, de série temporal e com abordagem quantitativa, realizado mediante coleta de dados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), compreendendo o período de 2010 a 2020 nos estados da Amazônia Legal. Constatou-se o crescimento de 35,7% no número absoluto de notificações, com a maior incidência no estado do Pará, responsável por 82,6% dos registros em relação à região analisada em todo o período. Quanto à tendência da taxa de incidência, houve crescimento entre 2010 e 2018, seguida de uma tendência estacionária nos anos restantes. Há mais afetados entre os homens (54,8%) e com mais da metade das notificações em adultos de 20 a 59 anos de idade. Dessa forma, nota-se a preponderância do Pará em se tratando da notificação da doença, demonstrando a concentração da doença em determinada parcela do território, bem como o maior acometimento de pessoas do sexo masculino e em idade produtiva.
O estudo objetiva analisar o panorama epidemiológico da doença de Chagas aguda (DCA) na Amazônia Legal de modo acurado, contribuindo para iniciativas de prevenção e combate. Trata-se de um estudo epidemiológico ecológico, de série temporal e com abordagem quantitativa, realizado mediante coleta de dados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), compreendendo o período de 2010 a 2020 nos estados da Amazônia Legal. Constatou-se o crescimento de 35,7% no número absoluto de notificações, com a maior incidência no estado do Pará, responsável por 82,6% dos registros em relação à região analisada em todo o período. Quanto à tendência da taxa de incidência, houve crescimento entre 2010 e 2018, seguida de uma tendência estacionária nos anos restantes. Há mais afetados entre os homens (54,8%) e com mais da metade das notificações em adultos de 20 a 59 anos de idade. Dessa forma, nota-se a preponderância do Pará em se tratando da notificação da doença, demonstrando a concentração da doença em determinada parcela do território, bem como o maior acometimento de pessoas do sexo masculino e em idade produtiva.
ABSTRACT
O alto índice de mortalidade infantil no Amazonas nos instigou a avaliar o desempenho da Atenção Primária em Saúde no Amazonas no âmbito da redução de mortalidade, a fim de responder: Onde ocorrem os óbitos infantis no Amazonas? Os óbitos sempre ocorrem nos estabelecimentos de saúde? Os óbitos infantis que ocorrem fora do estabelecimento de saúde acontecem em municípios remotos? Em quais municípios do Amazonas os casos de óbitos infantis estão em alta e carecem de planejamento de saúde mais urgente? Este estudo visa contribuir com estudos sobre avaliação e ampliar a discussão de políticas públicas que visem à melhoria dos serviços de saúde nesse Estado. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa de caráter exploratório descritivo, os dados foram oriundos do site do Ministério da Saúde, tabulados e importados para o Sistema de Informação Geográfica (SIG), para a espacialização dos dados e a discussão das informações de modo geográfico. Para a interpretação dos dados, foram utilizadas as taxas de óbitos por 1.000 nascidos vivos (altas, médias e baixas), utilizando a base cálculo-taxa da Organização Mundial de Saúde (OMS). Conclui-se a necessidade de planejamento de ações da atenção primária em saúde voltada para a realidade desses territórios.
The high infant mortality rate in Amazonas has prompted us to evaluate the performance of Primary Health Care in Amazonas in terms of reducing mortality, in order to answer: Where do infant deaths occur in Amazonas? Do deaths always occur in healthcare establishments? Do infant deaths that occur outside of healthcare establishments happen in remote municipalities? In which municipalities in Amazonas are infant mortality cases high and in urgent need of health planning? This study aims to contribute to studies on evaluation and to broaden the discussion of public policies aimed at improving health services in this state. It is a quantitative exploratory descriptive approach study, the data were derived from the Ministry of Health website, tabulated, and imported into the Geographic Information System (GIS), for the spatialization of data and discussion of information in a geographical way. To interpret the data, death rates per 1,000 live births (high, medium, and low) were used, using the calculation-rate base of the World Health Organization (WHO). It is concluded that there is a need for planning primary health care actions focused on the reality of these territories.
ABSTRACT
Registramos la presencia de Dressleria dodsoniana y Galeandra minax en Caquetá, Colombia, basados en dos poblaciones encontradas en la vertiente oriental de la Cordillera Oriental de los Andes y en el piedemonte Andino-Amazónico, respectivamente. Estas especies han sido previamente reportadas para el país en documentos impresos y en bases de datos, pero, sin la mención de ejemplares de herbario, siendo los registros fotográficos la única evidencia para su registro. Nuestros reportes resaltan la necesidad de confirmar la identidad y ocurrencia de las especies con la inclusión de colecciones botánicas en herbarios. Categorizamos ambas especies para Colombia como Críticamente Amenazadas (CR), debido principalmente, al deterioro de su hábitat y por el conocimiento de una única población registrada.
We document the presence of Dressleria dodsoniana and Galeandra minax in Caquetá, Colombia, based on two populations found in the eastern slope of the Eastern Cordillera of the Andes and in the Andean-Amazonian Piedmont, respectively. These species were previously reported in the country through printed documents and databases, but without herbarium specimens mentioned, with photographic records being the only evidence for their record. Our reports emphasize the need to confirm the identity and occurrence of the species by including botanical collections in herbaria. Both species are categorized as Critically Endangered (CR) in Colombia, primarily due to habitat deterioration and the knowledge of a single recorded population.
ABSTRACT
Os cuidados em saúde na Amazônia possuem singularidades, não só pela diversidade de seu território, mas pela pluralidade de suas gentes. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi analisar o perfil dos usuários que acessam a atenção básica de saúde no município de Manicoré, Amazonas, descrevendo os seus fatores socioeconômicos e demográficos. Trata-se, assim, de um estudo transversal, do tipo descritivo com abordagem quantitativa sobre o perfil de saúde e condições de vida dessa população. Entre os resultados mais relevantes destacam-se: alto índice de gravidez na adolescência; elevado quantitativo de gestantes com as consultas pré-natais consideradas inadequadas; elevada taxa de partos cesáreos; elevado número de notificações de doenças infecciosas e parasitárias e a diminuição da cobertura da Estratégia de Saúde da Família. A análise levantada neste estudo teve como base os dados registrados nos sistemas de informações considerando-se os dados epidemiológicos da cobertura da Estratégia de Saúde da Família, bem como dos demais registros produzidos nas diversas portas de entrada da rede de saúde do município de Manicoré, os quais devem ser entendidos de forma ampla alinhados com as diretrizes dos programas e metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. O papel do controle social na discussão das prioridades deve estar, portanto, alinhado com as principais dificuldades enfrentadas no município, as quais devem ser materializadas nos planos de saúde.
ABSTRACT
O nome do livro "Trançar, Destrançar e Tecer na Dança e no Canto Práticas da Medicina Indígena na Amazônia" foi inspirado na oficina que realizamos com as lideranças femininas do Território Guajajara, Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, que muitos dançam e cantam, mas também trançam, destrançam e tecem suas vidas numa grande quantidade de práticas. Esta publicação é um resultado de uma ampla rede de organizações que se dedicaram a mobilizar, engajar e qualificar diferentes atores e comunidades envolvidas. Nesta caminhada aprendemos que a medicina indígena traz consigo os conhecimentos, as histórias e visões de mundo de diferentes povos. As casas, aldeias, montes, rios, cavernas são lugares de morada dos "espíritos", que são acionados pelos especialistas, através dos cantos, danças e rituais para a cura, cuidado e proteção. Os povos indígenas acionaram suas medicinas para enfrentar o vírus da covid-19, especialmente num período de negação da ciência e da necropolítica, realizaram ações de proteção das pessoas e da comunidade, promovendo uma luta coletiva com barreiras metafísicas e físicas para mitigar a morte dos indígenas. O contato com os diferentes especialistas indígenas nos territórios da Amazônia mostrou que não operam apenas com noção de corpo biológico e ataque de vírus nas pessoas. Antes, entendem que as doenças são provocações por seres que habitam nos outros domínios, as doenças viajam pelas correntes de ar e hospedam nos corpos das pessoas. Portanto, para entender as práticas indígenas de cuidado com a saúde e cura, é necessário descolonizar o pensamento e os conceitos que foram forjados ao longo da história para traduzir os conhecimentos das várias medicinas indígenas. No livro temos encontros, conversas depoimentos, relatos sobre direitos, plantas, banhos, defumação, comidas, cantos e danças que se fazem práticas nos territórios indígenas da Amazônia.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant, Newborn , Infant , Child, Preschool , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Young Adult , Indigenous CultureABSTRACT
La alta tasa de fracaso de los proyectos de desarrollo impulsados con comunidades locales de la Amazonía peruana en las últimas décadas no ha sido óbice para que se siga cometiendo los mismos errores año tras año, con grandes impactos sociales, ambientales y económicos, pese al carácter 'sostenible' e 'inclusivo' que muchos se atribuyen. Se analizan los factores de fracaso, con énfasis en el desconocimiento de la realidad amazónica y en la falta de pertinencia ambiental y cultural de los modelos de desarrollo replicados de otras regiones. Se propone como alternativa la promoción de bioemprendimientos liderados por las familias y grupos de interés de las comunidades amazónicas, de preferencia con recursos no maderables del bosque en pie, acordes con el perfil "bosquesino" de las sociedades amazónicas tradicionales, y la aplicación de tecnologías y otras soluciones pertinentes culturalmente.
The persistently high rate of failure in development projects involving local communities in the Peruvian Amazon over recent decades has not prevented the recurrence of these same mistakes year after year, resulting in significant social, environmental, and economic impacts, despite claims of 'sustainability' and 'inclusivity' by many. This paper analyses the factors contributing to this failure, with a particular focus on the lack of understanding of the Amazonian reality and the absence of environmental and cultural relevance in development models imported from other regions. As an alternative approach, we propose the promotion of bio-entrepreneurship initiatives led by families and community interest groups in the Amazonian communities. These initiatives should preferably involve non-timber forest resources, in alignment with the 'forest-oriented' profile of traditional Amazonian societies. Additionally, the application of culturally pertinent technologies and other solutions is recommended.