ABSTRACT
Urgida por la necesidad de justificarla e incluirla como una rama médica, así como de otorgarle credibilidad y defender su autoridad al abordar los llamados desórdenes mentales, la profesión psiquiátrica se ha inclinado a privilegiar los modelos biológicos y conceptualizar estos fenómenos como resultados de disfunciones orgánicas. Sin embargo, en este artículo se señala que la labor del psicopatólogo supone una valoración comprensiva y biográfica de los marcos interpretativos, las acciones y la personalidad del enfermo como unidad intencional e histórica. Se reafirma la especificidad del discurso psicológico y psiquiátrico, y los supuestos de apoyo. Se discuten aspectos del diagnóstico y la labor clínica en psicopatología a la luz de la propuesta narrativa de Paul Ricoeur.
Pressed by the need to justify itself within the medical field, acquire credibility and defend its authority when addressing the so-called mental disorders, the psychiatric profession has been historically inclined to favor biological models and conceptualize such disorders as the result of organic dysfunctions. However, the article points out that the work of the psychopathologist involves a comprehensive and biographical assessment of the interpretive frameworks, the actions, and the personality of the patient as an intentional and historical being. The paper also reaffirms the specificity of psychological and psychiatric discourse and its supporting assumptions, and discusses aspects of psychopathological diagnosis and clinical work from the perspective of Paul Ricoeur's narrative analysis proposal.
Urgida pela necessidade de justificá-la e incluí-la como um ramo médico, assim como de outorgar-lhe credibilidade e defender sua autoridade ao abordar as chamadas desordens mentais, a profissão psiquiátrica vem se inclinando para privilegiar os modelos biológicos e conceitualizar esses fenômenos como resultados de disfunções orgânicas. Contudo, neste artigo, assinala-se que o trabalho do psicopatologista supõe uma valorização compreensiva e biográfica dos marcos interpretativos, as ações e a personalidade do doente como unidade intencional e histórica. Reafirma-se a especificidade do discurso psicológico e psiquiátrico, e os supostos de apoio. Discutem-se aspectos do diagnóstico e o trabalho clínico em psicopatologia à luz da proposta narrativa de Paul Ricoeur.