ABSTRACT
RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A dor é o principal motivo de procura por atendimento nos serviços de saúde. Dessa forma, este estudo teve como objetivo conhecer as práticas utilizadas por profissionais de saúde em relação ao manuseio da dor em um hospital público de nível secundário do norte do Paraná. MÉTODOS: Pesquisa descritiva e exploratória com enfoque quantitativo, realizada no período de março a maio de 2015, por meio de um questionário semiestruturado. Participaram do estudo 112 profissionais da área da saúde (enfermeiros, médicos, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem). Os dados foram analisados utilizando estatísticas descritivas básicas. RESULTADOS: A dor foi considerada um sinal vital para 88,4% dos profissionais, entretanto apenas 18,8% relataram possuir alguma escala de avaliação da dor como material de trabalho. O registro referente à dor no prontuário sempre é anotado segundo 49,1% dos profissionais. A presença de dificuldades em avaliar a dor foi relatada por 46,4%. Quanto à administração de fármacos, 27 (24,2%) profissionais relataram possuir alguma dificuldade em administrar analgésicos ao paciente. Para 48,2% dos profissionais o paciente deve estar com dor de intensidade moderada para administrar analgésicos. Metade dos profissionais nunca participou de treinamentos específicos em relação à dor e 73,2% responderam que o paciente mente ao informar a presença e intensidade da dor. CONCLUSÃO: Foram observadas deficiências que podem comprometer o manuseio adequado da dor. A falta de capacitação específica relacionada à dor pode fazer com que o profissional apresente condutas ineficazes, muitas vezes prolongando o sofrimento do paciente.
ABSTRACT BACKGROUND AND OBJECTIVES: Pain is the primary reason for looking for healthcare services. So, this study aimed at knowing healthcare professionals practices with regard to managing pain in a secondary public hospital of the Northern region of Paraná. METHODS: This is a descriptive and exploratory study with quantitative approach, carried out from March to May 2015 by means of a semi-structured questionnaire. Participated in the study 112 healthcare professionals (nurses, physicians, physiotherapists and nursing technicians). Data were analyzed by basic descriptive statistics. RESULTS: Pain was a vital sign for 88.4% of professionals; however only 18.8% have reported having some pain evaluation scale as working material. Pain is always recorded on medical charts by 49.1% of professionals. Difficulties to evaluate pain were reported by 46.4%. With regard to drug administration, 27 (24.2%) professionals have reported having some difficulty to administer drugs to patients. For 48.2%, patients must have moderate pain to receive analgesics. Half professionals have never participated in specific pain training courses and 73.2% have answered that patients lie when reporting pain presence and intensity. CONCLUSION: Deficiencies which may impair adequate pain management were observed. The lack of specific qualification regarding pain may lead professionals to ineffective approaches, often prolonging patients' distress.