ABSTRACT
ABSTRACT Objectives: To assess factors associated with post-abortion contraceptive discontinuation. Method: This cross-sectional study addressed 111 women aged 18-49 attending Primary Health Care Facilities in São Paulo/SP, Aracaju/SE, and Cuiabá/MT, Brazil, who reported an abortion five years before the interview held in 2015-2017. Kaplan-Meier estimates and Cox Regression were used for data analysis. Results: Oral hormonal contraceptives, male condoms, and injectable contraceptives were the methods most frequently used. The contraceptive discontinuation rate was 41.8% in the 12 months after the abortion. The pill was the method most frequently abandoned (58.3%); male condoms were the method that failed the most (72.7%), and injectable contraceptives were the method most frequently switched (50.0%). Being up to 24 years old, having ten or more years of education, having three or more children, and a desire to wait longer before becoming pregnant again were associated with post-abortion contraceptive discontinuation. Conclusion: Short-acting contraceptive methods were predominant among post-abortion women. The type of discontinuation varied according to the type of method used. The factors associated with contraceptive discontinuation were age, education, parity, and reproductive intention.
RESUMEN Objetivos: Analizar los factores asociados a la discontinuidad en el uso de métodos anticonceptivos después de un aborto. Método: Estudio transversal realizado con 111 mujeres de 18 a 49 años, usuarias de Unidades Básicas de Salud de São Paulo/SP, Aracaju/SE y Cuiabá/MT, quienes reportaron aborto en los cinco años previos a la entrevista realizada entre 2015-2017. Se utilizó Kaplan-Meier y la regresión de Cox para el análisis de datos. Resultados: Tras el aborto, los métodos utilizados se centraron en los de corta duración: anticonceptivos hormonales orales, condones masculinos e inyectables. La tasa de discontinuidad en el uso de métodos anticonceptivos fue del 41,8% en los 12 meses posteriores al aborto. La píldora fue el método que se abandonó con más frecuencia (58,3%); el condón masculino en el que ocurrieron más fallas (72,7%); e inyectables intercambiados con mayor frecuencia (50,0%). Tener 24 años o más, 10 o más años de escolaridad, alta paridad (3 o más) y desear esperar para quedar embarazada se asociaron con la discontinuidad en el uso de métodos anticonceptivos después del aborto. Conclusión: Las mujeres después de un aborto utilizaron predominantemente métodos anticonceptivos de corta duración, que con mayor frecuencia se suspenden. El tipo de discontinuidad, abandono, intercambio o falla varió según el tipo de método utilizado. La edad, la educación, la paridad y la intención reproductiva se asociaron con la discontinuidad en el uso de métodos anticonceptivos después del aborto.
RESUMO Objetivos: Analisar os fatores associados à descontinuidade no uso de método contraceptivos após a vivência de um abortamento. Método: Estudo transversal, conduzido com 111 mulheres de 18-49 anos, usuárias de Unidades Básicas de Saúde de São Paulo/SP, Aracaju/SE e Cuiabá/MT, que relataram abortamento nos cinco anos anteriores às entrevistas realizadas entre 2015-2017. Utilizou-se Kaplan-Meier e regressão de Cox para análise dos dados. Resultados: Os métodos mais utilizados foram o contraceptivo hormonal oral, preservativo masculino e injetáveis. A taxa de descontinuidade contraceptiva foi 41,8% nos 12 meses. A pílula foi o método mais abandonado (58,3%); o preservativo masculino aquele que mais falhou (72,7%); e injetáveis os mais trocados (50,0%). Ter até 24 anos de idade, mais de 10 anos de escolaridade, três ou mais filhos e querer esperar mais para engravidar associaram-se a descontinuar o uso dos métodos contraceptivos após o abortamento. Conclusão: Após o abortamento, as mulheres usaram predominantemente métodos contraceptivos de curta duração. O tipo de descontinuidade, abandono, troca ou falha, variou conforme o método usado. Os fatores associados à descontinuidade contraceptiva foram a idade, a escolaridade, a paridade e a intenção reprodutiva.
ABSTRACT
Introdução: Os anticoncepcionais hormonais orais estão entre os métodos contraceptivos mais utilizados pelas mulheres, quando usado corretamente apresenta grande eficácia, mas para o uso adequado é fundamental que elas tenham conhecimentos e atitudes adequadas sobre eles. Objetivo: Construir e validar um inquérito para avaliar os conhecimentos, atitudes e prática sobre o uso de anticoncepcional hormonal oral. Métodos: Estudo metodológico, que aconteceu em duas etapas: construção do inquérito e validação por juízes especialistas. A análise da validade de conteúdo foi realizada por meio do Índice de Validade de Conteúdo (IVC). Os juízes avaliaram cada item individualmente, com relação à clareza da linguagem, à pertinência prática e à relevância teórica. A pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Na revisão integrativa da literatura, 34 publicações foram selecionadas e a análise delas permitiu a identificação das três categorias: conhecimentos, atitudes e prática quanto ao uso de anticoncepcionais hormonais orais, o que levou à construção do inquérito com 34 questões. Quanto ao IVC, grande parte das questões obteve valor superior a 0,8 (80,0%), o qual foi utilizado como parâmetro. Sobre o IVC total por juiz, em 10 (83,3%) deles se observou também valor superior a 0,8. Já o IVC total do inquérito foi de 0,86. Conclusões: O inquérito construído mostrou-se ser um instrumento válido para se obter um diagnóstico situacional dos níveis de conhecimentos, de atitudes e prática de uma dada população que faz uso de anticoncepcionais orais.
Introduction: Oral hormonal contraceptives are among the contraceptive methods most used by women, when used correctly, it is highly effective, but for proper use, it is essential that they have adequate knowledge and attitudes about them. Objective: To build and validate an inquiry to assess knowledge, attitudes and practice on or use of oral hormonal contraceptive. Methods: Methodological study, which took place in two stages: construction of the survey and validation by expert judges. The content validity analysis was performed using the Content Validity Index (CVI). The judges evaluated each item individually, with respect to language clarity, practical relevance and theoretical relevance. The Research Ethics Committee approved the research. Results: In the integrative literature review, 34 publications were selected and their analysis allowed the identification of the three categories: knowledge, attitudes and practice regarding the use of oral hormonal contraceptives, which led to the construction of the survey with 34 questions. As for the CVI, most of the questions had a value greater than 0.8 (80.0%), which was used as a parameter. Regarding the total CVI per judge, 10 (83.3%) of them also had a value higher than 0.8. The total CVI of the survey was 0.86. Conclusions: The constructed survey proved to be a valid instrument for obtaining a situational diagnosis of the levels of knowledge, attitudes and practice of a given population that uses oral contraceptives.
Introducción: Anticonceptivos hormonales orales se encuentran entre los métodos anticonceptivos más utilizados por las mujeres, cuando se usan correctamente es altamente efectivo, pero para su uso adecuado es fundamental que tengan los conocimientos y actitudes adecuados. Objetivo: Construir y validar una encuesta para evaluar conocimientos, actitudes y prácticas con respecto al uso de anticonceptivos hormonales orales. Métodos: Estudio metodológico, que se desarrolló en dos etapas: construcción de la encuesta y validación por jueces expertos. Análisis de validez de contenido se realizó mediante el Índice de Validez de Contenido (IVC). Jueces evaluaron cada ítem individualmente, con respecto a la claridad del lenguaje, relevancia práctica y relevancia teórica. La investigación fue aprobada por el Comité de Ética en Investigación. Resultados: En la revisión integradora de la literatura se seleccionaron 34 publicaciones y su análisis permitió identificar las tres categorías: conocimientos, actitudes y práctica en relación al uso de anticonceptivos hormonales orales, lo que llevó a la construcción de la encuesta con 34 preguntas. La mayoría de las preguntas tuvo un IVC superior a 0,8 (80,0%), que se utilizó como parámetro. En cuanto al IVC total por juez, 10 (83,3%) de ellos también tenían un valor superior a 0,8. El CVI total de la encuesta fue de 0,86. Conclusiones: La encuesta construida resultó ser un instrumento válido para obtener un diagnóstico situacional de los niveles de conocimientos, actitudes y prácticas de una determinada población que usa anticonceptivos orales.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Health Knowledge, Attitudes, Practice , Contraceptives, Oral , Validation StudyABSTRACT
ABSTRACT OBJECTIVE: To assess the use of male condoms and dual protection by Brazilian adolescent men, as well as their associated aspects. METHODS: A database from the Study of Cardiovascular Risks in Adolescents (ERICA) was used for this national cross-sectiotabelnal school-based research. The sample included adolescents of both sexes, aged between 12 and 17 years old, selected through cluster sampling in 2014 (n = 75,060). This study analyzed information from adolescent men who reported having had sexual intercourse (n = 12,215). The dependent variables were the use of male condoms and the use of dual protection (simultaneous use of male condoms and oral hormonal contraceptives) in the last sexual intercourse. Data were analyzed using univariate and multiple logistic regression. RESULTS: Most adolescents used a male condom in the last sexual intercourse, while the use of double protection was quite low. The use of male condoms, reported by 71% (95%CI 68.7-73.1), was positively associated with age, living with both parents, and having used alcohol in the previous 30 days. The use of double protection, reported by 3.6% (95%CI 2.8-4.5) was positively associated with age and studying in a private school, as well as negatively associated with tobacco use in the previous 30 days. CONCLUSIONS: The wide difference shown in the proportion of condom or dual protection use in the last sexual intercourse draws attention to the different logics that govern juvenile sexual relations. The low proportion of dual protection use may be a reflection of men's lack of knowledge about a function that has historically been attributed to women, which is contraception. Thus, one must deconstruct such dichotomy that the sphere of sexuality is of the domain/interest of men, while that of reproduction concerns only women.
RESUMO OBJETIVO: Analisar o uso de preservativo masculino e de dupla proteção por homens adolescentes brasileiros, bem como os aspectos associados. MÉTODOS: Utilizou-se banco de dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) para este estudo transversal nacional de base escolar. A amostra incluiu adolescentes de ambos os sexos, com idades entre 12 e 17 anos de idade, selecionados por meio de amostragem por conglomerados, em 2014 (n = 75.060). O presente estudo analisou informações dos homens adolescentes que relataram já ter tido relação sexual (n = 12.215), tendo como variáveis dependentes o uso de preservativo masculino e o uso de dupla proteção (uso simultâneo de preservativo masculino e contraceptivo hormonal oral) na última relação sexual. Os dados foram analisados por meio de regressão logística univariada e múltipla. RESULTADOS: A maior parte dos adolescentes usou preservativo masculino na última relação sexual, enquanto o uso de dupla proteção foi bastante baixo. O uso de preservativo masculino, referido por 71% (IC95% 68,7-73,1), associou-se positivamente à idade, a coabitar com ambos os pais e a ter usado álcool nos 30 dias anteriores. O uso de dupla proteção, referido por 3,6% (IC95% 2,8-4,5) associou-se positivamente à idade e a estudar em escola privada e negativamente ao uso de tabaco nos 30 dias anteriores. CONCLUSÕES: A larga diferença apresentada na proporção de uso de preservativo ou de dupla proteção na última relação sexual chama atenção para as distintas lógicas que presidem as relações sexuais juvenis. A baixa proporção aqui encontrada de uso da dupla proteção pode ser reflexo do desconhecimento masculino sobre uma função que tem sido historicamente atribuída às mulheres, que é a contracepção. Dessa forma, é necessário desconstruir a dicotomia de que a esfera da sexualidade é de domínio/interesse dos homens enquanto a da reprodução concerne apenas às mulheres.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Adolescent Behavior , Condoms , Sexual Behavior , Brazil , ContraceptionABSTRACT
O objetivo foi estimar as taxas de descontinuidade total no uso do contraceptivo hormonal oral, injetável e do preservativo masculino, bem como verificar as taxas de interrupção por abandono e por troca para método mais eficaz e menos eficaz. Dados de 2.051 mulheres usuárias de unidades básicas de saúde de três capitais brasileiras foram coletados por meio do calendário contraceptivo. Os resultados mostraram que 24,5% das usuárias do contraceptivo hormonal oral, 33,5% das usuárias de contraceptivo hormonal injetável e 39% das usuárias do preservativo masculino haviam descontinuado o uso do método até 12 meses de uso, independentemente da razão. Houve pouca variação nas taxas entre capitais, mas não no método utilizado. A principal razão para descontinuar o uso do método contraceptivo foi por querer engravidar (20,8%). Um total de 20% das mulheres engravidou enquanto usava algum método, e essa proporção alcançou 25,7% entre usuárias do preservativo masculino. Ressalta-se que, após 12 meses de uso, a taxa de abandono por razões relacionadas ao método contraceptivo foi de 11,4% entre usuárias do injetável. A taxa de troca para método mais eficaz foi de 15,9% entre usuárias do preservativo masculino, e a taxa de troca para método menos eficaz foi de 16,3% entre usuárias do contraceptivo hormonal injetável. As taxas de descontinuidade contraceptiva foram altas e variaram conforme o tipo de método contraceptivo utilizado.
The study aimed to estimate the total contraceptive discontinuity rates in the use of oral and injectable hormonal contraceptives, and male condoms and dropout rates due to switches to more effective and less effective methods. Data on 2,051 women, users of primary healthcare services in three Brazilian state capitals, were collected using the contraceptive calendar. The results showed that 24.5% of users of oral hormonal contraceptives, 33.5% of users of injectables, and 39% of users of male condoms had discontinued the respective method after 12 months of use, independently of the reason, and that the rates varied little between the capitals but did depend on the method. The main reason for discontinuing use of the contraceptive method was the desire to become pregnant (20.8%). Conception while using the method was reported by 20% of the women, a proportion that reached 25.7% in users of male condoms. After 12 months with the method, the dropout rate for reasons related to the contraceptive method was 11.4% in users of injectables; 15.9% of users of male condoms switched to a more effective method; and 16.3% of users of injectables switched to a less effective method. Contraceptive discontinuity rates were high and varied according to the contraceptive method.
El objetivo fue estimar las tasas de discontinuidad contraceptiva totales en el uso del contraceptivo hormonal oral o inyectable y del preservativo masculino, así como por abandono, cambio por un método más eficaz o menos eficaz. Se recogieron datos de 2.051 mujeres usuarias de unidades básicas de salud de tres capitales brasileñas mediante el calendario contraceptivo. Los resultados expusieron que un 24,5% de las usuarias del contraceptivo hormonal oral, un 33,5% de las usuarias de inyectables y un 39% de las usuarias del preservativo masculino habían discontinuado el uso del método tras 12 meses de uso, independientemente de la razón, siendo que las tasas poco variaron entre las capitales, pero sí dependiendo del método utilizado. La principal razón para interrumpir el uso del método contraceptivo fue querer quedarse embarazada (20,8%). Quedarse embarazada mientras se usaba el método fue informado por un 20% de las mujeres, proporción que alcanza un 25,7% entre usuarias del preservativo masculino. Se resalta que, tras 12 meses de uso del método, la tasa de abandono por razones relacionadas con el método contraceptivo fue un 11,4% entre usuarias de los inyectables; la tasa de cambio hacia un método más eficaz fue 15,9% entre usuarias del preservativo masculino; y la tasa de cambio por un método menos eficaz fue 16,3% entre usuarias de los inyectables. Las tasas de discontinuidad contraceptiva fueron altas y variaron según el tipo de método contraceptivo utilizado.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Pregnancy , Condoms , Contraceptive Agents, Female , Brazil , Contraception , Contraceptives, Oral, HormonalABSTRACT
Objetivo: Identificar na literatura as evidências científicas sobre os eventos adversos, oriundos do uso de anticoncepcional hormonal oral por mulheres. Método: Revisão integrativa de literatura, tendo como fonte de pesquisa as bases de dados Periódico da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, da Biblioteca Virtual em Saúde, PUBMED e Google Acadêmico, usando os descritores de busca "anticoncepcionais orais" AND "eventos adversos". Com essa busca foram encontradas inicialmente 202 publicações. Após realizar seleção foram incluídos 17 artigos científicos na revisão. Os textos foram submetidos a análise de conteúdo semântica. Resultados: Foram levantadas três categorias: o uso de anticoncepcionais orais: aspectos clínicos e teóricos; associação entre o uso de anticoncepcionais orais e os eventos trombóticos; relação entre o uso de anticoncepcionais orais, neoplasias e doenças cardiovasculares. Conclusão: Contribuirá para que enfermeiros orientem as mulheres na escolha do método de anticoncepção, levando em consideração as possíveis complicações decorrentes do uso prolongado dos anticoncepcionais orais hormonais composto de estrogênio. (AU)
Objective: To identify in the literature the scientific evidence on adverse events arising from the use of oral hormonal contraceptives in women. Method: Integrative literature review, using the databases of the Virtual Health Library and the Journal of the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel as a research source, using the search keywords "oral contraceptives" AND "adverse events". With this search, 202 publications were initially found, after making a selection, 17 scientific articles were included in the review. The texts were submitted to semantic content analysis. Results: Three categories were raised: the use of oral contraceptives: clinical and theoretical aspects; association between the use of oral contraceptives and thrombotic events; relationship between the use of oral contraceptives, neoplasms and cardiovascular diseases. Conclusion: It will help nurses to guide women in choosing the contraceptive method, taking into account the possible complications resulting from the prolonged use of hormonal oral contraceptives composed of estrogen. (AU)
Objetivo: Identificar en la literatura la evidencia científica sobre eventos adversos derivados del uso de anticonceptivos hormonales orales en mujeres. Método: Revisión integral de la literatura, utilizando las bases de datos de la Biblioteca Virtual de Salud y la Revista de Coordinación para la Mejora del Personal de Educación Superior como fuente de investigación, utilizando las palabras clave de búsqueda "anticonceptivos orales" Y "eventos adversos". Con esta búsqueda, inicialmente se encontraron 202 publicaciones, luego de hacer una selección, se incluyeron 17 artículos científicos en la revisión. Los textos fueron sometidos a análisis de contenido semántico. Resultados: Se plantearon tres categorías: el uso de anticonceptivos orales: aspectos clínicos y teóricos; asociación entre el uso de anticonceptivos orales y eventos trombóticos; relación entre el uso de anticonceptivos orales, neoplasias y enfermedades cardiovasculares. Conclusión: Ayudará a las enfermeras a guiar a las mujeres a elegir el método anticonceptivo, teniendo en cuenta las posibles complicaciones derivadas del uso prolongado de anticonceptivos orales hormonales compuestos de estrógenos. (AU)
Subject(s)
Contraceptives, Oral , Women's Health , Reproductive Health , Sexual HealthABSTRACT
ABSTRACT Objective: To evaluate clinical features and complications in patients with bowel endometriosis submitted to hormonal therapy. Methods: Retrospective study based on data extracted from medical records of 238 women with recto-sigmoid endometriosis treated between May 2010 and May 2016. Results: Over the course of follow-up, 143 (60.1%) women remained in medical treatment while 95 (39.9%) presented with worsening of pain symptoms or intestinal lesion growth (failure of medical treatment group), with surgical resection performed in 54 cases. Women in the Medical Treatment Group were older (40.5±5.1 years versus 37.3±5.8 years; p<0.0001) and had smaller recto sigmoid lesions (2.1±1.9 versus 3.1±2.2; p=0.008) compared to those who had failed to respond to medical treatment. Similar significant reduction in pain scores for dysmenorrhea, chronic pelvic pain, cyclic dyschezia and dysuria was observed in both groups; however greater reduction in pain scores for dyspareunia was noted in the Surgical Group. Subjective improvement in pain symptoms was also similar between groups (100% versus 98.2%; p=0.18). Major complications rates were higher in the Surgical Group (9.2% versus 0.6%; p=0.001). Conclusion: Patients with recto-sigmoid endometriosis who failed to respond to medical treatment were younger and had larger intestinal lesions. Hormonal therapy was equally efficient in improving pain symptoms other than dyspareunia compared to surgery, and was associated with lower complication rates in women with recto-sigmoid endometriosis. Medical treatment should be offered as a first-line therapy for patients with bowel endometriosis. Surgical treatment should be reserved for patients with pain symptoms unresponsive to hormonal therapy, lesion growth or suspected intestinal subocclusion.
RESUMO Objetivo: Avaliar características clínicas e complicações em pacientes com endometriose intestinal submetidos ao tratamento hormonal. Métodos: Dados de prontuários de 238 pacientes com endometriose de retossigmoide tratadas entre maio de 2010 e maio de 2016 foram coletados para este estudo retrospectivo. Resultados: Durante o período de acompanhamento, 143 (60,1%) mulheres mantiveram tratamento clínico, enquanto 95 (39,9%) tiveram piora dos sintomas de dor ou aumento da lesão intestinal (grupo falha de tratamento clínico), sendo 54 submetidas ao tratamento cirúrgico. As mulheres no Grupo Tratamento Clínico eram mais velhas (40,5±5,1 anos versus 37,3±5,8 anos; p<0,0001) e tinham lesões intestinais menores (2,1±1,9 versus 3,1±2,2; p=0,008) em comparação ao grupo falha de tratamento clínico. Redução significativa e semelhante do escore de dor na dismenorreia, dor pélvica crônica, disquezia cíclica e disúria cíclica foi observada nos Grupos Tratamento Clínico e Cirúrgico. Dispareunia, no entato, teve uma redução maior no Grupo Cirurgia. A redução subjetiva dos sintomas dolorosos também foi semelhante entre os Grupos Clínico e Cirúrgico (100% versus 98,2%; p=0,18). O Grupo Tratamento Cirúrgico foi relacionado a uma maior taxa de complicações graves (9,2% versus 0,6%; p=0,001) em comparação ao Grupo Tratamento Clínico. Conclusão: Falha no tratamento clínico em pacientes com endometriose de retossigmoide foi observada em mulheres mais jovens que tinham lesões intestinais maiores. O tratamento clínico hormonal foi igualmente eficaz na melhora dos sintomas de dor, exceto dispareunia, em comparação ao tratamento cirúrgico em mulheres com endometriose intestinal, mas com menor taxa de complicações. O tratamento clínico deve ser oferecido como primeira opção em pacientes com endometriose intestinal, enquanto o tratamento cirúrgico deve ser reservado para pacientes sem melhora nos sintomas de dor com tratamento hormonal, progressão das lesões ou suspeita de suboclusão intestinal.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Progestins/therapeutic use , Rectal Diseases/drug therapy , Sigmoid Diseases/drug therapy , Pelvic Pain/drug therapy , Contraceptives, Oral, Combined/therapeutic use , Endometriosis/drug therapy , Rectal Diseases/surgery , Sigmoid Diseases/surgery , Pain Measurement , Recombinant Fusion Proteins , Medical Records , Retrospective Studies , Follow-Up Studies , Treatment Outcome , Pelvic Pain/surgery , Dysmenorrhea/drug therapy , Dyspareunia/drug therapy , Endometriosis/surgery , Chronic PainABSTRACT
Abstract Background: The use of combined oral contraceptive (COC) has been related to changes in glycemic, lipid metabolism, increased oxidative stress, and systemic blood pressure, which could suggest a higher oxidation of low-density lipoprotein cholesterol (LDL-cholesterol) in women on use of COC. Objective: To test the hypothesis that there is a difference in the plasma values of oxidized LDL among women who use and do not use COC, as well as to evaluate the correlation between it and the lipid profile and high-sensitivity C-reactive protein (hs-CRP). Methods: Forty-two women with ages between 18 and 35 years old, who were eutrophic, irregularly active, with triglycerides < 150 mg/dL, blood glucose < 100 mg/dL, and who used or did not use COC were selected. These women were allocated in the COC group, formed by 21 women on COC use for at least 1 year; and a control group (CG), consisting of 21 women who had not used any type of hormonal contraceptive for at least 1 year. A significance level of 5% was adopted for statistical analyses. Results: It was observed that GCOC showed higher values of oxidized LDL than the CG, respectively 384 mU/mL versus 283 mU/mL (p < 0.01). A positive correlation between oxidized LDL and LDL-cholesterol (r = 0.3, p < 0.05), with total cholesterol (r = 0.47, p < 0.01) and with triglycerides (r = 0.32, p < 0.03) was observed, and there was no correlation with the hs-CRP. In the categorized analysis of oxidized LDL, 71.4% of GCOC women, and 28.6% of the CG remained above the established cutoff point. Conclusion: Women who use COC have higher plasma levels of oxidized LDL, and there is a positive correlation between oxidized LDL and other lipid variables.
Resumo Fundamento: O uso de contraceptivo oral combinado (COC) tem sido relacionado com alterações no metabolismo glicêmico, lipídico, maior estresse oxidativo e pressão arterial sistêmica, o que poderia sugerir maior oxidação da lipoproteína de baixa densidade colesterol (LDL-colesterol) em mulheres que utilizam COC. Objetivo: Testar a hipótese de que existe diferença nos valores plasmáticos da LDL-oxidada entre mulheres que utilizam e não utilizam COC, bem como avaliar a correlação entre ela e o perfil lipídico e proteína C reativa de alta sensibilidade (PCR-as). Métodos: Foram selecionadas 42 mulheres com idade entre 18 e 35 anos, eutróficas, irregularmente ativas, com triglicerídeos < 150 mg/dL, glicemia < 100 mg/dL e que utilizavam ou não COC. Essas foram alocadas no grupo COC, formado por 21 mulheres em uso COC há pelo menos 1 ano; e grupo controle (GC), composto por 21 mulheres que não utilizavam nenhum tipo de contraceptivo hormonal há pelo menos 1 ano. Adotado um nível de significância de 5% para as análises estatísticas. Resultados: Foi observado que o GCOC apresenta valores mais elevados da LDL-oxidada que o GC, respectivamente 384 mU/mL versus 283 mU/mL (p < 0,01). Também foi observado correlação positiva entre a LDL-oxidada e a LDL-colesterol (r = 0,3, p < 0,05), com o colesterol total (r = 0,47, p < 0,01) e com os triglicerídeos (r = 0,32, p < 0,03), não havendo correlação com a PCR-as. Na análise categorizada da LDL-oxidada, 71,4% das mulheres do GCOC e 28,6% do GC mantiveram-se acima do ponto de corte estabelecido. Conclusão: Mulheres que utilizam COC apresentam valores plasmáticos mais elevados da LDL-oxidada, existindo, correlação positiva entre a LDL-oxidada e outras variáveis lipídicas.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Young Adult , Contraceptives, Oral, Combined/blood , Lipoproteins, LDL/blood , Triglycerides/blood , C-Reactive Protein/analysis , Cross-Sectional Studies , Risk Factors , Oxidative Stress , Contraceptives, Oral, Combined/pharmacology , Lipoproteins, LDL/drug effects , Cholesterol, LDL/bloodABSTRACT
ABSTRACT Introduction: The use of oral contraceptives increases women's risk of developing cardiovascular and thromboembolic diseases, due to alterations in hemostatic and lipid profile. Objectives: Analyze the association between the use of different types of oral contraceptives with lipid profile and levels of serum high-sensitivity C-reactive protein (hsCRP) and plasma D-dimer. Methods: One hundred fifty-four participants were divided into the following groups: control nonusers (n = 41), medium-dose users (n= 32), third-generation low-dose users (n = 40), and fourth-generation low-dose users (n = 41). Triglycerides and total cholesterol serum levels were determined by colorimetric enzymatic method; high-density lipoprotein (HDL) cholesterol levels, by precipitation method; low-density lipoprotein (LDL) cholesterol levels, by Friedewald equation; hsCRP levels, by immunoturbidimetric method; and D-dimer levels, by fluorescence immunoassay. Results: Oral contraceptive users had higher serum levels of triglycerides, total cholesterol, HDL cholesterol (HDL-C), HDL/LDL index and hsCRP compared to controls. Medium-dose users had higher D-dimer plasma levels than controls and higher triglycerides serum levels than low-dose users. Triglycerides, hsCRP and D-dimer were positively correlated to each other. Conclusion: The use of combined oral contraceptives was associated with an unfavorable lipid profile and a chronic subclinical inflammation, with atherogenic potential. Furthermore, medium-dose contraceptives induced a higher thrombogenic potential, since they were associated with increased D-dimer levels in comparison to low-dose ones.
RESUMO Introdução: O uso de anticoncepcionais orais aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e tromboembólicas devido a alterações no perfil lipídico e hemostático. Objetivo: Analisar a associação entre o uso de diferentes tipos de anticoncepcionais orais com o perfil lipídico e os níveis da proteína C reativa ultrassensível (PCRus) e do dímero D. Métodos: Cento e quarenta e cinco participantes foram divididas em: não usuárias (n = 41), usuárias de média dose (n = 32), usuárias de terceira geração de baixa dose (n = 40) e usuárias de quarta geração de baixa dose (n = 41). Níveis de triglicerídeos e colesterol total foram determinados pelo método enzimático colorimétrico; colesterol da lipoproteína de alta densidade (HDL), pelo método de precipitação; colesterol da lipoproteína de baixa densidade (LDL), pela equação de Friedewald; PCRus, por imunoturbidimetria; e dímero D, por imunoensaio fluorescente. Resultados: As usuárias de anticoncepcionais orais apresentaram maiores níveis de triglicerídeos, colesterol total, HDL, índice HDL/LDL e PCRus do que as não usuárias. As usuárias de anticoncepcionais de média dose apresentaram maiores níveis de dímero D do que as não usuárias, e maiores níveis de triglicerídeos do que as usuárias de anticoncepcionais de baixa dose. Triglicerídeos, PCRus e dímero D apresentaram correlação positiva uns com os outros. Conclusão: O uso de anticoncepcionais orais combinados está associado ao perfil lipídico desfavorável e à inflamação crônica subclínica, com potencial aterogênico. Além disso, os anticoncepcionais orais de média dose induziram maior potencial trombogênico, já que foram relacionados com níveis maiores de dímero D em comparação com os de baixa dose.
ABSTRACT
O objetivo dessa pesquisa foi relacionar as alterações no sistema hemostático com o uso contínuo dos anticoncepcionais orais e a ocorrência da trombose venosa profunda. Hemostasia é um processo fisiológico que tem como finalidade manter o sangue fluindo dentro dos vasos sanguíneos, assim evitando a formação de coágulos. Trombose venosa profunda é uma doença grave, caracterizada pela formação de coágulos em veias profundas, destacam-se os fatores de risco: hereditários, adquiridos e associação provável. Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases e banco de dados. Para a obtenção dos resultados foram analisados 11 artigos. Esses estudos demostram que estrogênio e progestagenios desencadeiam alterações significantes no sistema hemostático por sua ação androgênica, resultando na formação de fibrina, podendo acontecer à formação de coágulos nas veias. Devido os AOs ser o método mais utilizado no mundo, torna-se se suma importância o conhecimento das reações adversas consideradas graves, como a TVP.
Subject(s)
Venous ThrombosisABSTRACT
ABSTRACT Objective: To identify evidence in the literature of the relationship between the use of different hormonal contraceptive methods and alterations in women's blood pressure values. Method: This is an integrative literature review, consisting of ten scientific articles published in PubMed and BVS, between 2012 and 2016, selected by keywords, available fully and free of charge, in English, Portuguese, or Spanish. Results: The articles showed that exogenous estrogen helps in the activation of the renin-angiotensin-aldosterone system causing hypertensive effects even in small doses; and that combined use with drospirenone reduces these effects. Routes of administration without passage through the liver and use of isolated progestin showed promising results in reducing the effects on blood pressure. Conclusion: There is evidence in the literature of pressure alterations associated with different hormonal contraceptives and that personal history of morbidities are to be considered in an attempt to reduce the effects on the cardiovascular system.
RESUMEN Objetivo: Identificar en la literatura evidencias sobre la relación entre el uso de distintos métodos anticonceptivos hormonales y las alteraciones en los valores de presión arterial en mujeres. Método: Se trata de la revisión integrativa de la literatura, constituida por diez artículos científicos publicados en PubMed y BVS, entre 2012 y 2016, seleccionados por medio de palabras-clave, disponibles en su totalidad, gratuitos, en inglés, en portugués o en español. Resultados: Los artículos han enseñado que el estrógeno exógeno aporta en la activación del sistema renina-angiotensina-aldosterona causando efectos hipertensivos aunque en pequeñas dosificaciones; y que el uso combinado con la drospirenona reduce esos efectos. Vías de administración sin pasaje por el hígado y el uso del progestágeno aislado han enseñado resultados promisores en la reducción de los efectos sobre la presión. Conclusión: Hay evidencias en la literatura de alteraciones presóricas asociadas a distintos anticonceptivos hormonales y de que antecedentes personales de morbilidades deben ser considerados en el intento de reducir los efectos sobre el sistema cardiovascular.
RESUMO Objetivo: Identificar na literatura evidências sobre a relação entre o uso de diferentes métodos anticoncepcionais hormonais e as alterações nos valores de pressão arterial em mulheres. Método: Trata-se de revisão integrativa da literatura, constituída por dez artigos científicos publicados no PubMed e BVS, entre 2012 e 2016, selecionados por meio de palavras-chave, disponíveis na íntegra, gratuitos, em inglês, português ou espanhol. Resultados: Os artigos mostraram que o estrogênio exógeno contribui na ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona causando efeitos hipertensores mesmo em pequenas dosagens; e que o uso combinado com a drospirenona reduz esses efeitos. Vias de administração sem passagem pelo fígado e uso do progestágeno isolado mostraram resultados promissores na redução dos efeitos sobre a pressão. Conclusão: Há evidências na literatura de alterações pressóricas associadas a diferentes anticoncepcionais hormonais e de que antecedentes pessoais de morbidades devem ser considerados na tentativa de reduzir os efeitos sobre o sistema cardiovascular.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Blood Pressure/drug effects , Contraceptives, Oral, Hormonal/adverse effects , Blood Pressure/physiology , Contraceptives, Oral, Hormonal/therapeutic useABSTRACT
ABSTRACT Objective: To identify scientific evidence regarding the influence of hormonal contraceptive use and the occurrence of stroke. Method: Integrative review of the literature, through database search using the descriptors "contraceptive agents", "contraceptive devices", "contraceptives, Oral" and "Stroke". Original studies in Portuguese, Spanish and English, published in full and available online were included. Studies that did not answer our guiding questions and duplicated studies were excluded. Results: Women using combined oral contraceptives have higher risk of stroke, even with a lower hormonal dosage and different types of progestogen, regardless of the duration of use. The use of contraceptives associated with smoking, hypertension, migraine, hypercholesterolemia, obesity and sedentary lifestyle increases the chance of stroke. Contraceptive patch and vaginal ring are associated to increased risk. Conclusion: Use of combined hormonal contraceptives, except for the injectable and the transdermal ones, increases the chance of occurrence of the event. Progestogen-only contraceptives were considered safe.
RESUMEN Objetivo: Estudiar las evidencias científicas acerca de la influencia del uso de anticonceptivos hormonales en el acaecimiento de accidentes cerebrales vasculares (ACV). Método: Revisión integradora de la literatura, realizada mediante investigación científica en bases de datos, utilizando los descriptores "anticonceptivos", "dispositivos anticonceptivos", "anticonceptivos orales" y "derrame cerebral". Se incluyeron artículos originales en los idiomas portugués, español e inglés, publicados en su totalidad y disponibles electrónicamente. Se excluyeron los artículos repetidos y aquéllos que no respondían a las cuestiones orientadoras. Resultados: Las usuarias de anticoncepcional oral combinado presentan un riesgo mayor de ACV, inclusive con dosis hormonal menor y diferentes tipos de progestágeno, independientemente del tiempo de utilización. La presencia del tabaquismo, hipertensión arterial, jaqueca, hipercolesterolemia, obesidad y sedentarismo aumenta la probabilidad de ese desenlace. El adhesivo anticonceptivo y el anillo vaginal están relacionados con el aumento de ese riesgo. Conclusión: La utilización de anticonceptivos hormonales combinados aumenta la probabilidad del acaecimiento del evento, excepto con el inyectable y el transdérmico. Los exclusivos de progestágeno se consideran seguros.
RESUMO Objetivo: Identificar evidências científicas acerca da influência do uso de anticoncepcionais hormonais na ocorrência do acidente vascular cerebral (AVC). Método: Revisão integrativa da literatura, com pesquisa em bases de dados, utilizando os descritores "contraceptive agents", "contraceptive devices", "contraceptives, Oral" e "stroke". Foram incluídos artigos originais nos idiomas português, espanhol e inglês, publicados na íntegra e disponíveis eletronicamente. Foram excluídos artigos que não respondiam às questões norteadoras e repetidos. Resultados: Usuárias de anticoncepcional oral combinado apresentam risco maior de AVC, mesmo com dosagem hormonal menor e diferentes tipos de progestágeno, independente do tempo de uso. A presença associada de tabagismo, hipertensão arterial, enxaqueca, hipercolesterolemia, obesidade e sedentarismo aumenta a chance desse desfecho. Adesivo anticoncepcional e anel vaginal são relacionados ao aumento desse risco. Conclusão: A exposição aos anticoncepcionais hormonais combinados aumenta a chance de ocorrência do evento, exceto o injetável e o transdérmico. Os exclusivos de progestágeno foram considerados seguros.
Subject(s)
Humans , Female , Contraceptives, Oral, Hormonal/adverse effects , Stroke/etiology , Smoking/adverse effects , Incidence , Contraceptives, Oral, Hormonal/therapeutic use , Stroke/epidemiology , Hypertension/complications , Migraine Disorders/complicationsABSTRACT
ABSTRACT CONTEXT AND OBJECTIVE: The relationship between sex hormones and asthma has been evaluated in several studies. The aim of this review article was to investigate the association between asthma and female sex hormones, under different conditions (premenstrual asthma, use of oral contraceptives, menopause, hormone replacement therapy and pregnancy). DESIGN AND SETTING: Narrative review of the medical literature, Universidade Federal do Tocantins (UFT) and Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). METHODS: We searched the CAPES journal portal, a Brazilian platform that provides access to articles in the MEDLINE, PubMed, SciELO, and LILACS databases. The following keywords were used based on Medical Subject Headings: asthma, sex hormones, women and use of oral contraceptives. RESULTS: The associations between sex hormones and asthma remain obscure. In adults, asthma is more common in women than in men. In addition, mortality due to asthma is significantly higher among females. The immune system is influenced by sex hormones: either because progesterone stimulates progesterone-induced blocking factor and Th2 cytokines or because contraceptives derived from progesterone and estrogen stimulate the transcription factor GATA-3. CONCLUSIONS: The associations between asthma and female sex hormones remain obscure. We speculate that estrogen fluctuations are responsible for asthma exacerbations that occur in women. Because of the anti-inflammatory action of estrogen, it decreases TNF-α production, interferon-γ expression and NK cell activity. We suggest that further studies that highlight the underlying physiopathological mechanisms contributing towards these interactions should be conducted.
RESUMO CONTEXTO E OBJETIVO: A relação entre os hormônios sexuais e a asma tem sido investigada em diversos estudos. Esta revisão tem como objetivo descrever a relação entre hormônios sexuais (endógenos e exógenos) e a inflamação nas vias aéreas, especialmente na asma, em eventos diferentes (na asma pré-menstrual, durante o uso de anticoncepcionais, na menopausa, no uso de terapia hormonal e na gestação). TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Revisão narrativa da literatura médica, Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). MÉTODO: Pesquisamos o Portal de Periódicos Capes, uma plataforma brasileira que fornece acesso a artigos nas bases de dados MEDLINE, PubMed, SciELO e LILACS. Os descritores utilizados foram asma, hormônios sexuais, mulheres e uso de anticoncepcionais, com base no "Medical Subject Headings". RESULTADOS: As associações entre hormônios sexuais e asma ainda permanecem obscuras. Em adultos, a asma é mais frequente em mulheres do que em homens. Além disso, a mortalidade por asma é significativamente maior no sexo feminino, destacando-se que o sistema imunológico sofre influência de hormônios sexuais, seja porque a progesterona estimula o fator bloqueador induzido pela progesterona e citocinas Th2 ou porque contraceptivos derivados de progesterona e estrógeno estimulam o fator de transcrição GATA-3. CONCLUSÕES: A associação entre asma e hormônios sexuais femininos permanece obscura. Nós especulamos que as flutuações do estrogênio são responsáveis pelas exacerbações da asma que ocorrem nas mulheres. Devido à ação anti-inflamatória do estrogênio há redução da produção de TNF-α, da expressão do interferon-γ e da atividade das células NK. Sugerimos que sejam realizados novos estudos para esclarecer os mecanismos fisiopatológicos dessas interações.
Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Asthma/etiology , Gonadal Steroid Hormones/adverse effects , Pregnancy Complications , Progesterone/adverse effects , Asthma/physiopathology , Brazil , Menopause , Risk Factors , Contraceptives, Oral/adverse effects , Hormone Replacement Therapy/adverse effectsABSTRACT
Objetivo: Fazer revisão de literatura sobre tabagismo e uso de anticoncepcionais orais (ACO) relacionados a fenômenos tromboembólicos, com apresentação do caso clínico de trombose proximal de artéria mesentérica superior e extensa necrose de intestino delgado em paciente do sexo feminino com coagulopatia provável por associação de uso de anticoncepcional oral com tabagismo. Materiais e métodos: Revisão bibliográfica, com seleção de artigos científicos nacionais e internacionais por meio de busca no banco de dados do PubMed, Lilacs e SciELO. Resultados: A relação entre uso de contraceptivos orais combinados e risco aumentado de doenças tromboembólicas baseiase na ação prócoagulante dos ACO, tornase fator de risco para a ocorrência de trombose arterial e venosa. Já o tabagismo, isoladamente, apresenta risco moderadamente aumentado de trombose venosa em comparação com não fumantes. Ademais, observouse relação entre trombose de artéria mesentérica superior com uso de anticoncepcional oral associado ao tabagismo. Conclusões: Todos os estudos analisados confirmaram o uso de ACO e o tabagismo como fatores de risco para o desenvolvimento de doenças tromboembólicas. O estudo feito com base na história clínica da paciente sugere um caso de trombose arterial secundária a coagulopatia pela combinação de fumo com o uso de ACO combinado.(AU)
Purpose: Conduct a review of the literature on smoking and use of oral contraceptives related to thromboembolic events, with presentation of the case of proximal thrombosis of the superior mesenteric artery and extensive necrosis of the small intestine in a female patient with probable coagulopathy caused by the association of oral contraceptive with smoking. Materials and methods: This study consisted of a literature review, with selection of national and international scientific articles through research in PubMed, Lilacs and SciELO database. Results: The relationship between the use of combined oral contraceptives and increased risk of thromboembolic disease is based on the procoagulant action of OCs, which translates into a risk factor for the occurrence of arterial and venous thrombosis. Smoking alone has moderately increased risk of venous thrombosis compared with nonsmokers. Besides that, there is a relation between the superior mesenteric artery thrombosis with the use of oral contraceptives associated with smoking. Conclusion: All analysed studies have confirmed the use of OCs and smoking as risk factors for the development of thromboembolic diseases. The study based on the clinical history of the patient suggests a case of secondary arterial thrombosis coagulopathy by combining smoking with the use of combined OCs.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Contraceptives, Oral/adverse effects , Tobacco Use Disorder/complications , Venous ThrombosisABSTRACT
ABSTRACT OBJECTIVE To estimate the prevalence of the contraindicated use of oral contraceptives and the associated factors in Brazilian women. METHODS 20,454 women who answered the VIGITEL survey in 2008 also participated in this study, of which 3,985 reported using oral contraceptives. We defined the following conditions for the contraindicated use of contraceptives: hypertension; cardiovascular diseases such as heart attack, stroke/cerebrovascular accident; diabetes mellitus; being smoker and 35 years old or older. We estimated the prevalence and 95% confidence intervals of contraindicated use in users of oral contraceptives and the factors associated with contraindication by prevalence ratio and 95% confidence intervals. RESULTS In the total population, 21% (95%CI 19.7–21.9) of women showed some contraindication to the use of oral contraceptives, of which 11.7% (95%CI 10.6–13.7) belonged to the group of users of oral contraceptives. The most frequent contraindication in users of oral contraceptives was hypertension (9.1%). The largest proportion of women with at least one contraindication was aged between 45 and 49 years (45.8%) and with education level between zero and eight years (23.8%). The prevalence of contraindication to oral contraceptives was higher in women less educated (zero to eight years of study) (PR = 2.46; 95%CI 1.57–3.86; p < 0.05) and with age between 35-44 years (PR = 4.00; 95%CI 2.34–6.83) and 45-49 years (PR = 5.59; 95%CI 2.90–10.75). CONCLUSIONS Age greater than or equal to 35 and low education level were demographic and iniquity factors, respectively, in the contraindicated use of oral contraceptives.
RESUMO OBJETIVO Estimar a prevalência de contraindicação ao uso de anticoncepcionais orais e os fatores associados em mulheres brasileiras. MÉTODOS Participaram 20.454 mulheres que responderam ao inquérito Vigitel em 2008, das quais 3.985 reportaram uso de contraceptivos orais. Definiu-se como uso contraindicado de anticoncepcionais quando presente pelo menos uma condição: hipertensão; doenças cardiovasculares como infarto, derrame/acidente vascular encefálico; diabetes mellitus; ser tabagista e ter idade igual ou maior de 35 anos. Foram estimadas as prevalências e intervalos de 95% de confiança de uso contraindicado em usuárias de anticoncepcionais orais e fatores associados à contraindicação por meio de razões de prevalência e intervalos de 95% de confiança. RESULTADOS Na população total, 21,0% (IC95% 19,7–21,9) das mulheres apresentaram alguma contraindicação ao uso de anticoncepcionais orais, das quais 11,7% (IC95% 10,6–13,7) pertenciam ao grupo de usuárias de anticoncepcionais orais. A contraindicação mais freqüente entre as usuárias de anticoncepcionais orais foi hipertensão (9,1%). A maior proporção de mulheres com pelo menos uma contraindicação tinha entre 45 a 49 anos (45,8%) e escolaridade entre zero e oito (23,8%). A prevalência de contraindicação de anticoncepcionais orais foi maior nas mulheres menos escolarizadas (zero a oito anos de estudos) (RP = 2,46; IC95% 1,57–3,86; p < 0,05) e idade entre 35-44 anos (RP = 4,00; IC95% 2,34–6,83) e 45-49 anos (RP = 5,59; IC95% 2,90–10,75). CONCLUSÕES Idade maior ou igual a 35 e escolaridade baixa foram fatores demográficos e de iniquidade, respectivamente, no uso contraindicado de contraceptivos orais.
Subject(s)
Humans , Female , Adolescent , Adult , Middle Aged , Young Adult , Contraceptives, Oral , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , Prevalence , Surveys and Questionnaires , Risk Factors , Women's Health/statistics & numerical data , Age Factors , Age Distribution , ContraindicationsABSTRACT
ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the prevalence of current use of oral and injectable contraceptives by Brazilian women, according to demographic and socioeconomic variables and issues related to access to those medicines. METHODS A cross-sectional, population-based analytical study with probability sampling based on data from the Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM – National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines), carried out between September 2013 and February 2014 in 20,404 Brazilian urban households. Prevalence was calculated based on reports from non-pregnant women aged 15-49 on the use of oral or injectable contraceptives. The independent variables were gender, age, level of education, socioeconomic class, Brazilian region and marital status. Also analyzed were access, means of payment, sources, and reported medicines. Statistical analyses considered 95% confidence intervals (95%CI) and Pearson Chi-square test to evaluate the statistical significance of differences between groups, considering a 5% significance level. RESULTS Prevalence of use was 28.2% for oral contraceptives (OC) and 4.5% for injectable contraceptives (IC). The highest prevalence of oral contraceptives was in the South region (37.5%) and the lowest in the North region (15.7%). For injectable contraceptives there was no difference between regions. Access was higher for oral contraceptive users (90.7%) than injectable contraceptives users (81.2%), as was direct payment (OC 78.1%, IC 58.0%). Users who paid for contraceptives acquired them at retail pharmacies (OC 95.0% and IC 86.6%) and at Farmácia Popular (Popular Pharmacy Program) (OC 4.8% and IC 12.7%). Free of charge contraceptives were mostly obtained from the Brazilian Unified Health System – SUS (OC 86.7%; IC 96.0%). Free samples were reported by 10.4% of users who did not pay for oral contraceptives. Most of paying users did not try to obtain contraceptives from SUS. Monophasic combined oral contraceptives were the most frequently reported (71.6%) and low-level levonorgestrel + ethinylestradiol combination accounted for 38.7% of them. The most frequently reported medicines are included in the Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME – National List of Essential Medicines. CONCLUSIONS Most women aged 15 to 49 who reported using contraceptives had access to the medicine and use monophasic combined oral contraceptives of appropriate efficiency and safety purchased by direct payment, mainly from retail pharmacies.
RESUMO OBJETIVO Analisar a prevalência do uso atual de contraceptivos orais e injetáveis por mulheres brasileiras, segundo variáveis demográficas, socioeconômicas e aspectos relacionados ao acesso a esses medicamentos. MÉTODOS Estudo transversal, analítico, baseado nos dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), de base populacional e amostra probabilística, realizada entre setembro/2013 e fevereiro/2014, em 20.404 domicílios urbanos brasileiros. A prevalência foi calculada a partir do relato das mulheres de 15 a 49 anos, não grávidas, sobre o uso de contraceptivos orais ou contraceptivos injetáveis. As variáveis independentes foram sexo, idade, escolaridade, nível socioeconômico, região geográfica e situação conjugal. Também foram analisados acesso, fontes de financiamento, fontes de obtenção e medicamentos citados. As análises estatísticas consideraram intervalos de confiança de 95% (IC95%) e teste Qui-quadrado de Pearson para avaliação da significância estatística das diferenças entre os grupos, considerando o nível de significância de 5%. RESULTADOS A prevalência de uso de contraceptivos orais (CO) foi 28,2% e de contraceptivos injetáveis (CI), 4,5%. A prevalência de contraceptivos orais foi maior no Sul (37,5%) e menor no Norte (15,7%). Para contraceptivos injetáveis não houve diferença entre as regiões. O acesso foi maior para as usuárias de contraceptivos orais (90,7%) do que de contraceptivos injetáveis (81,2%), assim como o pagamento por desembolso direto (CO 78,1%; CI 58,0%). As usuárias que pagaram pelo contraceptivo compraram na farmácia comercial (CO 95,0% e CI 86,6%) e na Farmácia Popular (CO 4,8% e CI 12,7%). A principal fonte de obtenção gratuita foi o SUS (CO 86,7%; CI 96,0%). Amostra grátis foi citada por 10,4% das usuárias que não pagaram pelos contraceptivos orais. A maioria das usuárias que pagaram, não tentou obter no SUS. Contraceptivos orais combinados monofásico foram os mais citados (71,6%) e a combinação levonorgestrel+etinilestradiol de baixa concentração representou 38,7% destes. Os medicamentos mais citados constam na Relação Nacional de medicamentos Essenciais. CONCLUSÕES A maioria das mulheres entre 15 e 49 anos que referiram usar contraceptivos obteve acesso ao medicamento, usa contraceptivos orais combinados monofásico, de eficácia e segurança adequada, obtido com pagamento do próprio bolso, principalmente, nas farmácias comerciais.
Subject(s)
Humans , Female , Adolescent , Adult , Middle Aged , Young Adult , Contraception Behavior/statistics & numerical data , Contraceptive Agents/supply & distribution , Health Services Accessibility/statistics & numerical data , Health Surveys , Age Distribution , Brazil , Contraceptives, Oral/supply & distribution , Cross-Sectional Studies , Injections , Socioeconomic Factors , Urban Population , Women's Health/statistics & numerical dataABSTRACT
Objetivo: identificar o conhecimento de acadêmicas da saúde sobre os efeitos colaterais relacionados à sexualidadecausados por métodos contraceptivos orais. Método: estudo quantitativo e prospectivo com 262 acadêmicas deCursos de Graduação em Enfermagem e Medicina. Para análise foram aplicados testes de Correlação de Spearman,Qui-Quadrado de Fisher e frequência. Resultados: as acadêmicas conhecem que a contracepção hormonal oralpode manifestar efeito sobre a sexualidade. A pílula é utilizada por 75,5% das acadêmicas e manifestaram-se efeitoscolaterais em 66,8%. A diminuição da libido destacou-se em 15,8% e mostrou relação com a faixa etária, númerode parceiros sexuais no último ano e meio de indicação da pílula. Frente aos efeitos colaterais, 57,2% não tomaramnenhuma atitude. Conclusão: a maior parte das acadêmicas que utilizava métodos contraceptivos soube identificaros efeitos colaterais relacionados a esse método, sendo os mais citados, alteração do fluxo menstrual, sensibilidademamária, cefaleia e sangramentos fora do período menstrual.
Objective: to identify the knowledge of the students of health area about the side effects related to sexuality caused byoral contraceptives. Method: quantitative and prospective study with 262 undergraduate students in Nursing andMedicine. Spearmans Correlation, Fishers Chi-Square and frequency were used for analysis. Results: the studentsare aware that oral hormonal contraception may have an effect on sexuality. The pill is used by 75.5% of the studentsand had side effects in 66.8%. The decrease in libido stood out in 15.8% and showed relation with the age group,number of sexual partners in the last year and through the indication of the pill. Faced with the side effects, 57.2%took no action. Conclusion: most of the women who used contraceptive methods were able to identify the side effectsrelated to this method, being the most cited, altered menstrual flow, breast sensitivity, headache and bleeding outside the menstrual period.
Objetivo: identificar los conocimientos de las académicas de la salud acerca de los efectos secundarios relacionados conla sexualidad causada por los anticonceptivos orales. Método: estudio prospectivo y cuantitativo con 262 académicasde los cursos de Pregrado en enfermería y medicina. Para el análisis se aplicaron la prueba de correlación de Spearman, chi-cuadrado y la frecuencia de Fisher. Resultados: las académicas saben que el anticonceptivo hormonaloral puede manifestarse con efecto sobre la sexualidad. La píldora es utilizada por el 75,5% de las académicas yexpresa sus efectos secundarios en el 66,8%. A disminución del libido se destacó en un 15,8% y se relacionó conla edad, número de parejas sexuales en el último año y medio de indicación de la píldora. Frente a los efectoscolaterales, del 57,2%, no se tomó ninguna acción. Conclusión: a mayor parte de las académicas que utilizan losmétodos anticonceptivos eran capaces de identificar los efectos colaterales relacionados con este método, siendo losmás comunes, cambios en el flujo menstrual, sensibilidad en los senos, dolor de cabeza y sangramiento fuera delperíodo menstrual.
Subject(s)
Humans , Female , Contraceptives, Oral , Patient Medication Knowledge , Libido , SexualityABSTRACT
Objetivou-se analisar a acuraÌcia das caracteriÌsticas definidoras do diagnoÌstico de enfermagem "Conhecimento Deficiente" em usuaÌrias de AOC. Estudo transversal realizado com 97 mulheres em idade feÌrtil em centro de sauÌde da famiÌlia do nordeste brasileiro. A coleta de dados ocorreu de setembro a outubro de 2011, por meio de entrevista para identificaçaÌo das caracteriÌsticas definidoras e dos fatores relacionados da Taxonomia II da NANDA-I 2012. O diagnoÌstico de enfermagem em questaÌo apresentou prevaleÌncia de 58,8%; a caracteriÌstica definidora "seguimento inadequado de instruçoÌes" (57,7%) e o fator relacionado "interpretaçaÌo erroÌnea de informaçoÌes" (58,8%) foram os mais prevalentes. "Seguimento inadequado de instruçoÌes" apresentou maior sensibilidade, 96,61(88.46 - 99.07), elevado valor preditivo positivo (VPP=98,28) e elevado valor preditivo negativo (VPN=95,35). Todas as caracteriÌsticas definidoras apresentaram a mesma especificidade, 97,62(87.68 - 99.58). Conclui-se que as caracteriÌsticas definidoras estudadas apresentaram sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivos e negativos altos para o diagnoÌstico de enfermagem analisado.
Our objective was to analyze the accuracy of defining characteristics of the nursing diagnosis "Deficient Knowledge" in users of COC. A cross-sectional study conducted with 97 women in fertile age at a family health center in the Northeast Region of Brazil. The data collection was between September to October of 2011, through interviews to identify defining characteristics and factors related to Taxonomy II of NANDA-I 2012. The nursing diagnosis in question presented prevalence of 58.8%; the defining characteristic "inadequate following of instructions" (57.7%) and the related factor "wrong interpretation of information" were the most prevalent. "Inadequate following of instructions" presented higher sensitivity, 96.21 (88.46 99.07), high positive predictive value (PPV = 98.28) and elevated negative predictive value (NPV= 95.35). All defining characteristics presented the same specificity, 97.62 (87.68 99.58). It is concluded that studied defining characteristics presented high sensitivity, specificity, positive predictive values, and negative predictive values for the analyzed nursing diagnosis.
Subject(s)
Humans , Female , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Contraceptives, Oral, Combined/administration & dosage , Nursing Diagnosis , Patient Medication KnowledgeABSTRACT
OBJETIVO: Investigar a influência de anticoncepcionais hormonais (ACH) orais em indicadores bioquímicos relacionados à utilização metabólica e distribuição de zinco e ao turnover ósseo em mulheres adultas jovens.MÉTODOS: Estudo transversal. Amostras de sangue e urina de não usuárias (-ACH; controle; n=69) e usuárias há pelo menos três meses de contraceptivos hormonais orais (+ACH; n=62) foram coletadas em condições padronizadas. Foram analisados os indicadores de homeostase de zinco e de turnoverósseo em soro ou plasma (zinco total e nas frações de albumina e α2-macroglobulina, albumina e atividade de fosfatase alcalina total e de origem óssea), em eritrócitos (zinco e metalotioneína) e em urina (zinco, cálcio e hidroxiprolina). Ingestões habituais de zinco e cálcio foram avaliadas por questionário de frequência de consumo.RESULTADOS: A ingestão alimentar de zinco foi semelhante nos grupos e, em média, acima do recomendado, enquanto que a ingestão de cálcio foi similarmente subadequada em +ACH e -ACH. Comparadas às controles, as +ACH apresentaram menores concentrações de zinco em soro, total e ligado à α2-macroglobulina (11 e 28,5%, respectivamente, p<0,001); albumina em soro (13%, p<0,001); atividade de fosfatase alcalina em plasma, total e de origem óssea (13 e 18%, respectivamente, p<0,05); metalotioneína em eritrócitos (13%, p<0,01) e zinco urinário (34%, p<0,05).CONCLUSÕES: O uso de ACH reduz o zinco sérico, altera a distribuição de zinco nas principais proteínas ligantes do soro com possíveis efeitos na captação tecidual, aumenta a retenção de zinco no organismo e reduz o turnover ósseo. O uso prolongado de ACH poderia levar a menor pico de massa óssea e/ou prejudicar a manutenção de massa óssea em mulheres jovens, principalmente com ingestão marginal de cálcio. Os efeitos de ACH verificados foram mais evidentes nas mulheres <25 anos de idade e nas nulíparas, as quais merecem especial atenção em estudos posteriores.
PURPOSE: To investigate the influence of the use of oral hormonal contraceptive agents (OCA) on the biochemical indices related to metabolic zinc utilization and distribution, and to bone turnover in young adult women.METHODS: Cross-sectional study. Blood and urine samples from non-users (-OCA; control; n=69) and users of hormonal contraceptives for at least 3 months (+OCA; n=62) were collected under controlled conditions. Indices of zinc homeostasis and of bone turnover were analyzed in serum or plasma (total, albumin-bound and α2-macroglobulin-bound zinc, albumin and total and bone alkaline phosphatase activity), in erythrocytes (zinc and metallothionein) and in urine (zinc, calcium and hydroxyproline). The habitual zinc and calcium intakes were evaluated by a food frequency questionnaire.RESULTS: Dietary zinc intake was similar in both groups and on average above recommended values, whereas calcium intake was similarly sub-adequate in +OCA and -OCA. Compared to controls, +OCA had lower concentrations of total and α2-macroglobulin-bound zinc (11 and 28.5%, respectively, p<0.001), serum albumin (13%, p<0.01), total and bone-specific alkaline phosphatase activity (13 and 18%, respectively, p<0.05), erythrocyte metallothionein (13%, p<0.01), and, urinary zinc (34%, p<0.05).CONCLUSIONS: OCA use decreases serum zinc, alters zinc distribution in major serum fractions with possible effects on tissue uptake, enhances zinc retention in the body and decreases bone turnover. Prolonged OCA use may lead to lower peak bone mass and/or to impaired bone mass maintenance in young women, particularly in those with marginal calcium intake. The observed OCA effects were more evident in women younger than 25 years and in nulliparous women, deserving special attention in future studies.
Subject(s)
Humans , Female , Adult , Young Adult , Bone Remodeling/drug effects , Contraceptives, Oral, Hormonal/pharmacology , Homeostasis/drug effects , Zinc/physiology , Contraceptive Agents , Cross-Sectional StudiesABSTRACT
Em nosso, país estima-se que aproximadamente 27% das mulheres em idade fértil utilizemanticoncepcional oral (ACO). A apresentação e a evolução clínica do infarto agudo do miocárdio (IAM) nessasmulheres ainda não foi descrita em nosso meio. O objetivo do presente estudo foi analisar o perfil clínico, ascaracterísticas angiográficas, os aspectos técnicos do procedimento e os desfechos de usuárias de ACO quetiveram IAM e foram encaminhadas à intervenção coronariana percutânea (ICP) primária. Métodos: Mulheres < 55 anos que apresentaram IAM com supradesnivelamento do segmento ST e foram encaminhadas à ICP primária foram sequencialmente incluídas e categorizadas em dois grupos: com e sem uso atual de ACO. Resultados: Incluímos 257 pacientes, sendo que 19 (7,4%) usavam ACO. Estas eram mais jovens (42,3 ± 6,2 anos vs. 48,4 ± 5,7 anos; p < 0,001), com menos fatores de risco tradicionais para doença arterial coronariana, mas apresentavam proteína C-reativa e fibrinogênio séricos mais elevados. O delta T foi semelhante (4,00 [1,25 a 6,86] horas vs. 4,50 [2,50 a 7,64] horas; p = 0,54), mas o tempo porta-balão foi maior nas pacientes em uso de ACO (1,41 [0,58 a 1,73] hora vs. 1,16 [0,91 a 1,51] hora; p = 0,02). Estas pacientes foram mais frequentemente submetidas à tromboaspiração (52,6% vs. 25,6%; p = 0,04). Após o evento índice, elas não apresentaram desfechosaterotrombóticos em até 2 anos de acompanhamento (0 vs. 15,2%; p = 0,08). Conclusões: Neste estudo, encontramos perfil clínico e desfechos diferentes entre mulheres em idadereprodutiva, usuárias ou não de ACO, e submetidas à ICP primária. Estudos com maior número de pacientes sãonecessários para confirmar tais resultados...
In Brazil, it is estimated that approximately 27% of women of childbearing age use oral contraceptives (OC). The presentation and clinical course of acute myocardial infarction (AMI) in these women has yet to be described in Brazil. The aim of this study was to analyze the clinical profile, angiographic characteristics, technical aspects of the procedure, and the outcomes in women using OC who had an AMI and were submitted to primary percutaneous coronary intervention (PCI). Methods: Women aged < 55 years who had acute ST segment elevation myocardial infarct and were referred to primary PCI were sequentially included and categorized into two groups: with and without current use of OC. Results: We have included 257 patients, of whom 19 (7.4%) used OC. These patients were younger (42.3 ± 6.2 years vs. 48.4 ± 5.7 years; p < 0.001), with fewer traditional risk factors for coronary artery disease, but had higher serum levels of C-reactive protein and fibrinogen. The delta T was similar (4.00 [1.25 to 6.86] hours vs.4.50 [2.50 to 7.64] hours; p = 0.54), but the door-to-balloon time was longer in patients taking OC (1.41 [0.58 to 1.73] hour vs. 1.16 [0.91 to 1.51] hour, p = 0.02). These patients were more frequently submitted to thrombus aspiration (52.6% vs. 25.6%; p = 0.04). After the index event, they had no atherothrombotic outcomes in up to 2years of follow-up (0 vs. 15.2%; p = 0.08). Conclusions: In this study, different clinical profiles and outcomes were found among women of reproductive age, users or non-users of OC, and submitted to primary PCI. Studies with a larger number of patients are required to confirm these results...