ABSTRACT
Objetivo: Descrever cinco casos de elastofibroma dorsi (quatro unilateral e um bilateral) em pacientes que foram tratados previamente como tendinopatia do ombro. Materiais e métodos: Os pacientes referiam dor na região do trapézio, além de história, testes clínicos e exames de imagem positivos para tendinopatia do manguito rotador. Foram tratados previamente de forma não cirúrgica, por meio de medicamentos e fisioterapia, sendo encaminhados para tratamento artroscópico (descompressão subacromial e reparo do manguito rotador). Ao procurarem nosso serviço, em todos os casos se notou ao exame físico: discinesia escapulotorácica, ressalto e crepitação. Resultados: Optou-se pelo tratamento cirúrgico de forma aberta (ressecção tumoral), após diagnóstico por imagem compatível com elastofibroma dorsi. Realizou-se a ressecção da tumoração em três pacientes, pois dois recusaram o tratamento cirúrgico. Nos casos operados, o exame anatomopatológico confirmou o diagnóstico. Todos os pacientes operados obtiveram melhora do quadro de síndrome do impacto non-outlet. Conclusão: Os autores destacam que, embora rara, essa afecção deva ser considerada como diagnóstico diferencial da síndrome do impacto subacromial e salientam a importância do exame físico, em especial da articulação escapulotorácica para o correto diagnóstico desta lesão pseudotumoral.