ABSTRACT
ABSTRACT Objective: To evaluate the efficacy of stereotactic body radiotherapy (SBRT) versus surgery for early-stage non-small cell lung cancer (NSCLC) by means of a meta-analysis of comparative studies. Methods: Following the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses and Meta-analysis of Observational Studies in Epidemiology guidelines, searches were performed on PubMed, MEDLINE, Embase, and Cochrane Library for eligible studies. The meta-analysis compared the hazard ratios (HR) for overall survival (OS), cancer-specific survival (CSS), and local control (LC). Subgroup and meta-regression analyses evaluated the association of extent of surgical resection, study publication year, tumor staging, propensity score matching, proportion of chemotherapy use, and proportion of pathological lymph node involvement with CSS and OS. Results: Thirty studies involving 29,511 patients were included (surgery group: 17,146 patients and SBRT group: 12,365 patients). There was a significant difference in favor of surgery vs. SBRT in the 3-year OS (HR = 1.35; 95% CI: 1.22-1.44; I2 = 66%) and 3-year CSS (HR = 1.23; 95% CI: 1.09-1.37; I2 = 17%), but not in the 3-year LC (HR = 0.97; 95% CI: 0.93-1.08; I2 = 19%). In the subgroup analysis for OS, no significant difference between surgery and SBRT groups was observed in the T1N0M0 subgroup (HR = 1.26; 95% CI: 0.95-1.68; I2 = 0%). In subgroup analysis for CSS, no significant difference was detected between the sublobar resection subgroup and the SBRT group (HR = 1.21; 95% CI: 0.96-1.53; I2 = 16%). Conclusions: Surgery generally resulted in better 3-year OS and CSS than did SBRT; however, publication bias and heterogeneity may have influenced these findings. In contrast, SBRT produced LC results similar to those of surgery regardless of the extent of surgical resection. These findings may have important clinical implications for patients with comorbidities, advanced age, poor pulmonary reserve, and other factors that may contraindicate surgery.
RESUMO Objetivo: Avaliar a eficácia da stereotactic body radiotherapy (SBRT, radioterapia estereotáxica corporal) vs. cirurgia para câncer de pulmão de células não pequenas em estágio inicial por meio de uma meta-análise de estudos comparativos. Métodos: Seguindo as diretrizes Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses e Meta-analysis of Observational Studies in Epidemiology, foram realizadas buscas no PubMed, MEDLINE, Embase e Cochrane Library por estudos elegíveis. A meta-análise comparou as razões de risco (RR) para sobrevida global (SG), sobrevida específica para câncer (SEC) e controle local (CL). As análises de subgrupo e metarregressão avaliaram a associação de extensão da ressecção cirúrgica, ano de publicação do estudo, estadiamento do tumor, correspondência de escore de propensão, porcentagem de quimioterapia e porcentagem de acometimento linfonodal com SEC e SG. Resultados: Trinta estudos envolvendo 29.511 pacientes foram incluídos (grupo cirurgia: 17.146 pacientes e grupo SBRT: 12.365 pacientes). Houve diferença significativa a favor da cirurgia vs. SBRT na SG em 3 anos (RR = 1,35; IC95%: 1,22-1,44; I2 = 66%) e na SEC em 3 anos (RR = 1,23; IC95%: 1,09-1,37; I2 = 17%), mas não no CL em 3 anos (RR = 0,97; IC95%: 0,93-1,08; I2 = 19%). Na análise de subgrupo para SG, nenhuma diferença significativa entre os grupos cirurgia e SBRT foi observada no subgrupo T1N0M0 (RR = 1,26; IC95%: 0,95-1,68; I2 = 0%). Na análise de subgrupo para SEC, nenhuma diferença significativa foi detectada entre o subgrupo ressecção sublobar e o grupo SBRT (RR = 1,21; IC95%: 0,96-1,53; I2 = 16%). Conclusões: A cirurgia geralmente resultou em melhor SG e SEC em 3 anos do que a SBRT; no entanto, viés de publicação e heterogeneidade podem ter influenciado esses achados. Já a SBRT produziu resultados de CL semelhantes aos da cirurgia, independentemente da extensão da ressecção cirúrgica. Esses achados podem ter implicações clínicas importantes para pacientes com comorbidades, idade avançada, baixa reserva pulmonar e outros fatores que possam contraindicar a cirurgia.
ABSTRACT
ABSTRACT Surgical resection is the primary treatment option for early-stage non-small cell lung cancer, lobectomy being considered the standard of care. In elderly patients, physiological characteristics can limit the suitability for surgery and the extent of resection. Sublobar resection (SLR) can be offered as an alternative. The aim of this real-world analysis was to compare lobectomy and SLR in terms of recurrence and survival rates in patients over 70 years of age.
RESUMO A ressecção cirúrgica é a principal opção de tratamento para o câncer de pulmão não pequenas células em estágio inicial, sendo a lobectomia considerada o tratamento padrão. Em pacientes idosos, as características fisiológicas podem limitar a adequabilidade da cirurgia e a extensão da ressecção. A ressecção sublobar (RSL) pode ser oferecida como alternativa. O objetivo deste estudo de mundo real foi comparar a lobectomia e a RSL em termos de taxas de recidiva e de sobrevida em pacientes acima de 70 anos de idade.
Subject(s)
Humans , Male , Aged , Aged, 80 and over , Carcinoma, Non-Small-Cell Lung/surgery , Carcinoma, Non-Small-Cell Lung/pathology , Lung Neoplasms/surgery , Lung Neoplasms/pathology , Pneumonectomy , Treatment Outcome , Neoplasm Recurrence, Local , Neoplasm StagingABSTRACT
ABSTRACT Objective: To describe the trends in tumor histology, gender and age among patients with non-small cell lung cancer (NSCLC) treated with lung resection. The histology of lung cancer has changed in developed countries, and there is still little information available on the topic for developing countries. Methods: This was a retrospective study of 1,030 patients with NSCLC treated with lung resection between 1986 and 2015 at a university hospital in southern Brazil. Differences in histology, stage, and type of surgery were analyzed by gender and for three periods (1986-1995, 1996-2005, and 2006-2015). Results: Most (64.5%) of the patients were males, and the main histological types were squamous cell carcinoma (in 40.6%) and adenocarcinoma (in 44.5%). The mean age at surgery during the first period was 56.4 years for women and 58.9 years for men, compared with 62.2 for women and 64.6 for men in the third period (p < 0.001). The proportion of females increased from 26.6% in the first period to 44.1% in the third. From the first to the third period, the proportion of patients with squamous cell carcinoma decreased from 49.6% to 34.8% overall (p < 0.001), decreasing to an even greater degree (from 38.9% to 23.2%) among men. Among the NSCLC patients in our sample, females with adenocarcinoma accounted for 11.9% in the first period and 24.0% in the third period (p < 0.001). Conclusions: As has been seen in developed countries, the rates of lung cancer in females in southern Brazil have been rising over the last three decades, although they have yet to surpass those observed for males in the region. The incidence of squamous cell carcinoma has decreased in males, approaching adenocarcinoma rates, whereas adenocarcinoma has significantly increased among women.
RESUMO Objetivo: Descrever as tendências da histologia do tumor, do gênero e da idade em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) tratados com ressecção pulmonar. A histologia do câncer de pulmão mudou em países desenvolvidos, e ainda há pouca informação disponível sobre o tema em países em desenvolvimento. Métodos: Estudo retrospectivo com 1.030 pacientes com CPCNP tratados através de ressecção pulmonar entre 1986 e 2015 em um hospital universitário no sul do Brasil. As diferenças em histologia, estádio e tipo de cirurgia foram analisadas por gênero e em três períodos (1986-1995, 1996-2005 e 2006-2015). Resultados: A maioria dos pacientes (64,5%) era do sexo masculino, e os principais tipos histológicos foram carcinoma de células escamosas (40,6%) e adenocarcinoma (44,5%). A média de idade à cirurgia durante o primeiro período foi de 56,4 anos para mulheres e de 58,9 anos para homens, enquanto essa foi de 62,2 para mulheres e 64,6 para homens no terceiro período (p < 0,001). A proporção de mulheres aumentou de 26,6% no primeiro período para 44,1% no terceiro. Do primeiro ao terceiro período, a proporção de pacientes com carcinoma de células escamosas diminuiu de 49,6% para 34,8% no total (p < 0,001), diminuindo para um grau ainda maior (de 38,9% para 23,2%) entre os homens. Entre os pacientes com CPCNP em nossa amostra, mulheres com adenocarcinoma representaram 11,9% no primeiro período e 24,0% no terceiro período (p < 0,001). Conclusões: Como se observa em países desenvolvidos, as taxas de câncer de pulmão em mulheres no sul do Brasil têm aumentado nas últimas três décadas, embora ainda não tenham superado as observadas em homens na região. Entre homens no sul do Brasil, a incidência de carcinoma de células escamosas diminuiu, aproximando-se a de adenocarcinoma. A incidência de adenocarcinoma entre mulheres no sul do Brasil aumentou significativamente.