ABSTRACT
Trata-se de derivar questões sobre o olhar como pulsão diante da operação que os correlaciona ao campo da crítica de arte. O apoio nos conceitos psicanalíticos de pulsão e, correlativamente, de objeto, funcionaria aqui como paradigma para se pensar a transdisciplinaridade da crítica contemporânea: por um lado, no que se pode refletir sobre sua relação com a "psicanálise aplicada" e, por outro, nas mudanças no contexto da intensificada produção de imagens que vem ocorrendo desde a metade dos anos 1960, com o surgimento de uma pluralidade de manifestações plásticas até as novas correntes para depois de 1980. Esta mudança de códigos de visualidade que se instalou na cultura a partir do momento contemporâneo (ou pós-moderno, como desejam alguns) poderia nos dar pistas para entender a dimensão de um outro olhar nas artes plásticas, uma vez que toda a experimentação levada a cabo pelos artistas foi um fator de diluição paulatina na divisão estanque entre pintura e escultura, assentando o circuito estético na assunção futura da arte como acontecimento. O objetivo do trabalho é, portanto, a partir do referencial metapsicológico, discutir uma vertente teórica para a crítica psicanalítica.
This article intends to discuss the concept of regard as drive, related to the circuit of the critic of art. The base on the psychoanalytical concepts of drive and, correctively, of object, would work here as a paradigm, when we think about the contemporary transdisciplinarity of the art critic: on one hand, discussing the idea of the "applied psychoanalysis" and, on another, thinking on the changing context of the images pro¬duction that started since the 1960's, when there was several artistic interventions that lined up to the 1980's. This cultural visuality code changing, started on the contemporary time (or "post-modern", like some would say), could give us a clue to comprehend an another regard related to the art field, since we know that the ali the experiments used at the works of art were actually a dissolution of the divided schema between painting and sculpture, and so on determining the aesthetics context as art as happening. The main subject here is, then, based on metapsychological references, to propose one theoretical contribution for the psychoanalytical critic of art.