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1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 33(supl.1): e00082816, 2017. graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-839725

ABSTRACT

O monitoramento de desigualdades raciais, seja num plano socioeconômico ou em termos de desfechos de saúde, pressupõe que a declaração da raça apresente estabilidade. Caso contrário, a dinâmica dessas desigualdades poderia resultar da reclassificação racial, e não de processos vinculados a iniquidades socioeconômicas e de saúde. Este estudo propõe uma tipologia da incerteza racial classificatória (contextual - temporal, geográfica, procedimental - e amostral) e discute, com base na literatura e dados secundários nacionalmente representativos, a magnitude da variabilidade racial segundo essas cinco dimensões. Os resultados demonstram que, pelo menos, duas dessas incertezas - geográfica e procedimental - são substanciais, mas têm pouca influência sobre o hiato racial de renda. Abordam-se os impactos desses resultados sobre a existência e a extensão das iniquidades raciais em saúde e conclui-se que a estrutura das desigualdades entre brancos e negros é consistente, ainda que a cor da pele seja volátil.


El monitoreo de desigualdades raciales, sea en un plano socioeconómico o en términos de desenlaces de salud, presupone que la declaración de raza presenta estabilidad. En caso contrario, la dinámica de estas desigualdades podría resultar de una reclasificación racial, y no de procesos vinculados a inequidades socioeconómicas y de la salud. Este estudio propone una tipología de la incertidumbre racial clasificatoria (contextual -temporal, geográfica, procedimental- y muestral) y discute, a partir de la literatura y de datos secundarios nacionalmente representativos, la magnitud de la variabilidad racial, según estas cinco dimensiones. Los resultados demuestran que, por lo menos, dos de esas incertezas -geográfica y procedimental- son sustanciales, pero tienen poca influencia sobre el hiato racial de renta. Se abordan los impactos de esos resultados sobre la existencia y la extensión de las inequidades raciales en salud y se concluye que la estructura de las desigualdades entre blancos y negros es consistente, aunque el color de la piel sea volátil.


Monitoring racial inequalities, whether socioeconomic or health-related, assumes stability in racial classification. Otherwise, the dynamics of these inequalities could result from racial reclassification rather than from processes related to socioeconomic and health inequalities per se. The study proposes a typology of uncertainty in racial classification (contextual - temporal, geographic, procedural - and sampling) and draws on the literature and nationally representative secondary data to discuss the magnitude of racial variability in Brazil according to these five dimensions. The results show that at least two of these uncertainties - geographic and procedural - are substantial, but have little influence on the racial gap in income. We address the impacts of these results on the existence and extent of racial inequalities in health and conclude that the structure of inequalities between whites and blacks is consistent, although skin color classification is volatile.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Self Concept , Socioeconomic Factors , Skin Pigmentation , Racial Groups/classification , Black People/classification , Prejudice , Race Relations , Brazil/ethnology , Residence Characteristics , Uncertainty , Racial Groups/statistics & numerical data , Black People/statistics & numerical data , White People/statistics & numerical data
2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 32(10): e00081315, out. 2016. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-952251

ABSTRACT

Resumo: O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito da cor/raça em medidas indicadoras de adiposidade corporal (índice de massa corporal - IMC, circunferência de cintura - CC e relação cintura-quadril - RCQ), bem como sua relação com o diabetes, em idosos residentes na área urbana de sete localidades brasileiras, conforme o gênero. O estudo transversal foi realizado com uma amostra probabilística composta por 2.566 idosos de 65 anos ou mais, participantes do Estudo FIBRA (Fragilidade em Idosos Brasileiros). Foram utilizadas variáveis sociodemográficas autorrelatadas (gênero, idade, cor/raça, escolaridade e renda familiar), medidas antropométricas indicadoras de obesidade geral (IMC) e abdominal (CC e RCQ) e diabetes autorreferida. Ajustando-se para escolaridade e renda, a cor/raça branca associou-se a maiores valores de CC (p = 0,001) e RCQ (p > 0,001), no gênero masculino, independentemente do diabetes. Entretanto, ao considerar apenas a amostra de diabéticos, a cor/raça preta passou a associar-se à obesidade geral (IMC) (p = 0,007) e central (CC) (p > 0,001), apenas entre as mulheres.


Resumen: El objetivo de este trabajo fue investigar el efecto del color/raza en las medidas indicadoras de adiposidad corporal (índice de masa corporal - IMC, circunferencia de cintura - CC y relación cintura-cadera - RCC), así como su relación con la diabetes, en ancianos residentes en el área urbana de siete localidades brasileñas, conforme género. El estudio transversal se realizó con una muestra probabilística compuesta por 2.566 ancianos de 65 años o más, participantes del Estudio FIBRA (Fragilidad en Ancianos Brasileños). Se utilizaron variables sociodemográficas autorrelatadas (género, edad, color/raza, escolaridad y renta familiar), medidas antropométricas indicadoras de obesidad general (IMC), abdominal (CC y RCC) y diabetes autorreferida. Ajustándose a la escolaridad y renda, el color/raza blanca se asoció a mayores valores de CC (p = 0,001) y RCQ (p > 0,001), en el género masculino, independientemente de la diabetes. No obstante, al considerar sólo la muestra de diabéticos, el color/raza negra pasó a asociarse a la obesidad general (IMC) (p = 0,007) y central (CC) (p > 0,001), solamente entre las mujeres.


Abstract: This study sought to investigate the effect of race on measures of body fat (body mass index - BMI, waist circumference - WC and waist-hip ratio - WHR), as well as its relationship with diabetes, among elderly individuals living in urban areas in seven places in Brazil, according to gender. This is a cross-sectional study carried out with a probabilistic sample comprising 2,566 individuals with 65 years of age or more who participated in the FIBRA Study (Frailty in Elderly Brazilians). We used several self-reported sociodemographic variables (gender, age, race, schooling and family income), anthropometric measures of general (BMI) and abdominal obesity (WC and WHR) and self-reported diabetes. Adjusting for schooling and income, white race was associated with higher WC values (p = 0.001) and WHR (p > 0.001) for male gender, regardless of diabetes status. However, when we considered only diabetic individuals, black race became associated with general (BMI) (p = 0.007) and central obesity (CC) (p > 0.001), only among women.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Aged, 80 and over , Racial Groups , Diabetes Mellitus/etiology , Obesity/complications , Socioeconomic Factors , Urban Population , Body Height , Brazil , Body Mass Index , Cross-Sectional Studies , Risk Factors , Waist-Hip Ratio , Diabetes Mellitus/ethnology , Waist Circumference , Obesity, Abdominal , Obesity/ethnology
3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 32(2): e00077415, 2016. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-952260

ABSTRACT

Resumo Análise de dados seccionais do Estudo Pró-Saúde (1999-2001 e 2011-2012) revelou importante diferença de gênero e cor/raça na magnitude e variação temporal da desigualdade educacional na obesidade abdominal. Probabilidade de estar obeso foi gradativamente maior em mulheres (independentemente de cor/raça) e homens (pardos/pretos) menos escolarizados. Tais gradientes foram quantificados pelo índice relativo de desigualdade (IRD). Ao longo da década, observou-se redução da desigualdade em mulheres pardas/pretas (ΔIRD: 0,5; IC95%: 0,2-1,1), subjacente ao relativo aumento da prevalência de obesidade abdominal entre as mais escolarizadas. Houve estabilidade do IRD em mulheres brancas e homens pardos/pretos, indicando crescimento similar da prevalência de obesidade abdominal nos subgrupos educacionais. Associação da escolaridade com a ocorrência de obesidade abdominal sofreu interação múltipla de fatores sociodemográficos. Nossos resultados encorajam a estratificação conjunta por gênero e cor/raça no estudo das desigualdades socioeconômicas na ocorrência da obesidade abdominal.


Abstract Cross-sectional data from the Pro-Health Study in 1999-2001 and 2011-2012 revealed important gender and color/race differences in the size and variation across time in educational inequalities related to abdominal obesity. Probability of obesity increased steadily in women (independently of color/race) and men (brown/black) with less schooling. These gradients were quantified according to the relative index of inequality (RII). Over the course of the decade, there was a reduction in inequality in brown/black women (ΔRII: 0.5; 95%CI: 0.2-1.1), underlying a relatively higher increase in the prevalence of abdominal obesity in women with more schooling. RII was stable in white women and brown/black men, indicating a similar increase in the prevalence of abdominal obesity in educational subgroups. The association between schooling and abdominal obesity was affected by the multiple interaction of socio-demographic factors. Our results recommend joint stratification by gender and color/race in the study of socioeconomic inequalities related to abdominal obesity.


Resumen Los análisis de datos seccionales del Estudio Pro-Salud durante los períodos 1999-2001 y 2011-2012 reveló una importante diferencia de género y color/raza en la magnitud y variación temporal de la desigualdad educacional en la obesidad abdominal. La probabilidad de estar obeso fue gradualmente mayor en mujeres (independiente de color/raza) y hombres (mulatos/negros) menos escolarizados. Tales gradientes fueron cuantificados por el índice relativo de desigualdad (IRD). A lo largo de la década, se observó una reducción de la desigualdad en mujeres mulatas/negras (ΔIRD: 0,5; IC95%: 0,2-1,1), subyacente al aumento relativamente mayor de la prevalencia de obesidad abdominal entre las más escolarizadas. Hubo estabilidad del IRD en mujeres blancas y hombres mulatos/negros, indicando crecimiento similar de la prevalencia de obesidad abdominal en los subgrupos educacionales. Asociación de la escolaridad con la ocurrencia de obesidad abdominal sufrió una interacción múltiple de factores sociodemográficos. Nuestros resultados muestran la estratificación conjunta por género y color/raza en el estudio de las desigualdades socioeconómicas en el ámbito de la obesidad abdominal.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Educational Status , Obesity, Abdominal/epidemiology , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , Sex Factors , Prevalence , Cross-Sectional Studies , Obesity, Abdominal/ethnology
4.
Rev. saúde pública ; 47(1): 104-116, Fev. 2013. tab
Article in English | LILACS | ID: lil-674846

ABSTRACT

A recent and comprehensive review of the use of race and ethnicity in research that address health disparities in epidemiology and public health is provided. First it is described the theoretical basis upon which race and ethnicity differ drawing from previous work in anthropology, social science and public health. Second, it is presented a review of 280 articles published in high impacts factor journals in regards to public health and epidemiology from 2009-2011. An analytical grid enabled the examination of conceptual, theoretical and methodological questions related to the use of both concepts. The majority of articles reviewed were grounded in a theoretical framework and provided interpretations from various models. However, key problems identified include a) a failure from researchers to differentiate between the concepts of race and ethnicity; b) an inappropriate use of racial categories to ascribe ethnicity; c) a lack of transparency in the methods used to assess both concepts; and d) failure to address limits associated with the construction of racial or ethnic taxonomies and their use. In conclusion, future studies examining health disparities should clearly establish the distinction between race and ethnicity, develop theoretically driven research and address specific questions about the relationships between race, ethnicity and health. One argue that one way to think about ethnicity, race and health is to dichotomize research into two sets of questions about the relationship between human diversity and health.


Realizou-se revisão recente e abrangente da utilização de raça e etnia em pesquisas dedicadas às disparidades de saúde em epidemiologia e saúde pública. Foi descrita a base teórica sobre qual raça e etnia diferem nos métodos de trabalhos em ciência, antropologia social e de saúde pública. A revisão foi feita com base na seleção de artigos publicados em periódicos de alto fator de impacto no que diz respeito à saúde pública e epidemiologia, no período de 2009-2011. O total de artigos selecionados foi de 280. A revisão foi baseada sobre um conjunto de questões conceituais, teóricas e metodológicas relacionadas ao uso de ambos os conceitos. A maioria dos artigos revisados foi fundamentada em um referencial teórico e desde interpretações de vários modelos. No entanto, os principais problemas identificados incluem: a) falha de pesquisadores para diferenciar conceitos de raça e etnia; b) utilização indevida de categorias raciais para atribuir etnia; c) falta de transparência nos métodos utilizados para avaliar ambos os conceitos; e d) falta de limites de endereços associada à construção de taxonomias raciais ou étnicas e a sua utilização. Concluiu-se que os futuros estudos que objetivem examinar as disparidades de saúde devem estabelecer claramente a distinção entre raça e etnia, desenvolver pesquisas com orientação teórica que trata de questões específicas sobre as relações entre raça, etnia e saúde. Argumenta-se que uma maneira de pensar sobre raça, etnia e saúde é dicotomizar a pesquisa em dois conjuntos de questões sobre a relação entre a diversidade humana e da saúde.


Se realizó revisión reciente y amplia de la utilización de raza y etnia en investigaciones dedicadas a las disparidades de salud en epidemiología y salud pública. Se describió la base teórica sobre cual raza y etnia difieren en los métodos de trabajos en ciencia, antropología social y de salud pública. La revisión fue hecha con base en la selección de artículos publicados en revistas de alto factor de impacto en lo que se refiere a la salud pública y epidemiología, en el período de 2009-2011. El total de artículos seleccionados fue de 280. La revisión se basó en un conjunto de aspectos conceptuales, teóricos y metodológicos relacionados con el uso de ambos conceptos. La mayoría de los artículos revisados estuvo fundamentada en un referencial teórico y con interpretaciones de varios modelos. Sin embargo, los principales problemas identificados incluyen a) falla de investigadores para diferenciar conceptos de raza y etnia; b) utilización inadecuada de categorías raciales para atribuir etnia; c) falta de transparencia en los métodos utilizados para evaluar ambos conceptos; y d) falta de límites de direcciones asociada a la clasificación y uso de taxonomías raciales o étnicas. Se concluye que los futuros estudios que tengan como objetivo examinar las disparidades de salud deben establecer claramente la distinción entre raza y etnia, desarrollar investigaciones con orientación teórica? que trata de aspectos específicos sobre las relaciones entre raza, etnia y salud. Se argumenta que una manera de pensar sobre raza, etnia y salud es dicotomizar la investigación en dos conjuntos de aspectos sobre la relación entre la diversidad humana y la salud.


Subject(s)
Humans , Biomedical Research , Racial Groups , Ethnicity , Anthropology , Epidemiologic Studies , Health of Ethnic Minorities , Health Inequities , Healthcare Disparities , Public Health , Qualitative Research , Ethnic Distribution , Socioeconomic Factors
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