ABSTRACT
Se presenta una reflexión acerca del perdón como concepto psicológico, distinguiéndolo del concepto religioso occidental, para hacer una elaboración del mismo desde la Psicología Simbólica Junguiana, como función estructurante de la conciencia. Se considera la dimensión arquetipal y por tanto la bipolaridad de la experiencia en la relación yo-otro. Se realiza una revisión teórica de la Psicología Simbólica Junguiana y el concepto de perdón, aplicándolo a la historia contemporánea en Chile y la elaboración del trauma cultural post-dictadura. Respecto del perdón en tanto dimensión simbólica estructurante a la consciencia, es necesario reconocer aquella vivencia difusa, sensorial y emocional que genera la experiencia, que no siempre será agradable, ya que incluye la el dolor, la condena, la rabia, la agresión, entre otras. Este proceso, tiene un tiempo subjetivo que permite ir construyendo en la conciencia la relación yo-otro, por eso requiere comprensión y compasión para la elaboración de la vivencia y no desde una imposición ética de los cánones establecidos por la cultura.
Apresenta-se uma reflexão sobre perdão como um conceito psicológico, distinguindo-o do conceito religioso ocidental, para fazer uma elaboração do mesmo, desde a Psicologia Simbólica Junguiana, como uma função estruturante da consciência (Byington, 2002). Considera-se a dimensão arquetípica e, portanto, a bipolaridade da experiência na relação eu-outro. A metodologia utilizada é uma revisão teórica da Psicologia Simbólica Junguiana e o conceito de perdão, aplicando-o à história contemporânea no Chile e à elaboração do trauma cultural pós-ditadura. No que diz respeito ao perdão como dimensão simbólica estruturadora da consciência, é necessário reconhecer que aquela vivência difusa, sensorial e emocional, gerada pela experiência, nem sempre será agradável, pois inclui dor, condenação, raiva, agressão, entre outras. Esse processo tem um tempo subjetivo que permite que a relação eu-outro seja construída na consciência, por isso requer compreensão e compaixão pela a elaboração da experiência e não a partir de uma imposição ética dos cânones estabelecidos pela cultura.
This essay reflects on the idea of forgiveness as a structuring function of consciousness from the Jungian Symbolic Psychology, studying it as a psychological concept distinct from the western religious concept of forgiveness. The archetypal dimension and, therefore, the bipolarity of the experience of the ego-other relationship are considered. More specifically, a theorical review of Jungian Symbolic Psychology and the concept of forgiveness is made, applying it on Chilean's contemporary history and the elaboration of the post-dictatorship collective trauma. It is necessary to recognize that forgiveness is a diffuse and sensorial experience, that will not always lead to a pleasant feeling since it goes hand in hand with pain, condemnation, rage, aggression, among others. This process requires its own individual and subjective time that allows building the ego-other relationship in the consciousness, requiring comprehension and compassion for the elaboration of each own's experience, instead of an ethical imposition established by cultural canons.