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1.
Psicol. rev ; 31(1): 158-179, jun. 2022. ilus
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1399347

ABSTRACT

A meritocracia pode ser considerada uma ideologia que coopera na justifi-cação das desigualdades entre as classes existentes no sistema econômico. Isso se dá com a valorização de características como a competitividade, a habilidade e o esforço individual, desconsiderando fatores históricos, culturais e socioeconômicos. O objetivo da pesquisa foi caracterizar a adesão a crenças meritocráticas, vinculando as respostas obtidas à condição social do partici-pante. Uma amostra de 1.233 adultos respondeu uma entrevista estruturada, indicando o grau de concordância com três sentenças a respeito do papel do esforço individual para o sucesso, a relação entre habilidade e remuneração e a desigualdade social. Os resultados indicaram que a renda dos indivíduos está associada à percepção da lógica meritocrática, posto que sujeitos com maiores rendas tenderam a questionar as generalizações, mas não deixam de aderir a sua lógica com veemência, valorizando esforço e manutenção das diferenças salariais pautadas no valor social agregado a determinadas habilidades. Já sujeitos com menor acesso a recursos demonstraram crer na meritocracia com menores questionamentos, emergindo assim as características ideológicas da meritocracia e as concepções dominantes de classes sociais mais abastadas.


Meritocracy can be considered an ideology that cooperates to justify the inequalities between the classes existing in the economic system. This is done by valuing characteristics such as competitiveness, ability and individual effort, disregarding historical, cultural and socioeconomic factors. The aim of the research was to characterize adherence to meritocratic beliefs, linking the responses obtained to the social conditions of participants. A sample of 1.233 adults completed a structured interview, indicating the degree of agreement with three sentences regarding the role of individual effort for success, the rela-tionship between ability and remuneration, and social inequality. The results indicated that the income of the individuals is associated with the perception of the meritocratic logic, since subjects with higher incomes tended to question the generalizations, but they did not stop adhering to their logic with vehemence, valuing effort and maintenance of wage differences based on social value added to certain skills. In contrast, subjects with less access to resources have shown to believe in meritocracy with less questioning, thus emerging the ideological characteristics of meritocracy and the dominant conceptions of more affluent social classes.


La meritocracia puede considerarse una ideología que coopera para justi-ficar las desigualdades entre clases en el sistema económico. Esto ocurre con la valoración de características como la competitividad, la habilidad y el esfuerzo individual, sin tener en cuenta los factores históricos, culturales y socioeconómicos. El objetivo de la investigación fue caracterizar la adhesión a las creencias meritocráticas, vinculando las respuestas obtenidas con la condición social del participante. Una muestra de 1.233 adultos respondió a una entrevista estructurada, indicando el grado de acuerdo con tres oraciones con respecto al papel del esfuerzo individual para el éxito, la relación entre la habilidad y la remuneración y la desigualdad social. Los resultados indicaron que el ingreso de los individuos está asociado con la percepción de la lógica meritocrática, ya que los sujetos con mayores ingresos tienden a cuestionar las generalizaciones, pero se adhieren fuertemente a su lógica, valoran el esfuerzo y mantienen las diferencias salariales basadas en el valor social. agregado a ciertas habilidades. Ya los sujetos con menos acceso a los recursos mostraron creer en la meritocracia con preguntas menores, surgiendo así las características ideológicas de la meritocracia y las concepciones dominantes de las clases sociales más ricas.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Aged , Social Conditions , Work Performance/economics , Economic Status , Income , Work/economics , Cross-Sectional Studies , Surveys and Questionnaires , Qualitative Research , Social Status
2.
Rev. bras. estud. popul ; 39: e0193, 2022. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1365651

ABSTRACT

Este artigo objetiva examinar as desigualdades sociais existentes no acesso às licenças maternidade e paternidade, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua anual de 2017, realizada pelo IBGE. Com esse intuito, foram estudadas as percentagens de contribuição à previdência social - condição necessária para a obtenção das licenças - para a população ocupada de 16 a 49 anos segundo as variáveis tipo de ocupação e de vínculo, sexo, cor/raça, renda, nível de instrução e idade. Os resultados indicam que o acesso às políticas de licença no país é impactado por uma estratificação social múltipla, revelando desigualdades de gênero, classe, raça e idade. Os achados da pesquisa permitem refletir sobre a relação entre essas desigualdades e o próprio desenho de tais políticas no Brasil. Devido à sua natureza contributiva, as licenças maternidade e paternidade expressam continuidades de uma "cidadania regulada", em vez de se tornarem um direito universal dos cidadãos.


This article aims to examine the existing social inequalities in access to maternity and paternity leave, based on data from the Annual National Continuous Household Sampling Survey of 2017, conducted by IBGE. For this purpose, the percentages of contribution to social security, a necessary condition for obtaining licenses, were studied in relation to the following variables: type of occupation and employment link, gender, color or race, income, educational level and age, for the employed population aged 16 - 49. Results indicated that access to leave policies in the country is impacted by multiple social stratification, revealing gender, class, race and age inequalities. Research findings allow us to reflect on the relationship between these inequalities and the design of such policies in Brazil. Due to their contributory nature, maternity and paternity leaves express continuities of a "regulated citizenship", instead of becoming a universal right of citizens.


Este artículo tiene como objetivo examinar las desigualdades sociales frente al acceso a las políticas de licencias maternales y paternales, a partir de datos de la Encuesta Nacional por Muestra de Hogares Continua Anual de 2017, realizada por el IBGE. Para ello, se estudiaron los porcentajes de cotización a la seguridad social, condición necesaria para la obtención de licencias, en relación con las siguientes variables: tipo de ocupación y empleo, sexo, etnia-raza, renta, nivel educativo y edad, para la población ocupada de 16 a 49 años. Los resultados indicaron que el acceso a las políticas de licencias en el país se ve afectado por múltiples estratificaciones sociales, y revelaron desigualdades de género, clase, raza y edad. Los hallazgos de la investigación permiten reflexionar sobre la relación entre estas desigualdades y el diseño de estas políticas en Brasil. Por su carácter contributivo, las licencias por maternidad y paternidad expresan continuidades de una ciudadanía regulada en lugar de convertirse en un derecho universal de la ciudadanía.


Subject(s)
Humans , Social Class , Parental Leave , Socioeconomic Rights , Salaries and Fringe Benefits , Social Welfare , Socioeconomic Factors , Brazil
3.
Dados rev. ciênc. sociais ; 60(4): 977-1023, out.-dez. 2017. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-890986

ABSTRACT

RESUMO O artigo procura responder à seguinte questão: até que ponto a melhoria nas condições de vida no país entre 2002 e 2014 resultou de mudanças na estrutura de posições de trabalhadores e trabalhadoras na divisão social do trabalho, a ponto de podermos sustentar que o Brasil tornou-se um país de classe média? Para isso, discute-se a literatura internacional e nacional sobre classes médias, incluindo o debate sobre a "nova classe média"; apresenta-se inovadora alternativa sociológica de construção da estrutura de classes no Brasil a partir da Classificação Socioprofissional francesa; mostra-se empiricamente a evolução dessa estrutura; e conclui-se que as classes médias cresceram significativamente no período, mas o país está muito longe de ser "um país de classe média".


ABSTRACT The following article aims to address the extent to which improvements in the quality of life in Brazil from 2002 to 2014 resulted from shifts in the structure of workers' roles in the social division of labor, and whether or not Brazil became a country of middle classes in the process. To do so, national and international literature on middle classes is examined, as is the debate on the "new middle class". An innovative sociological alternative for shaping the class structure based on the French socio-professional classification system is suggested, while an empirical study is used to demonstrate the evolution of this structure. The article concludes that the middle classes grew significantly during the period, however Brazil is far from constituting a "country of middle classes".


RÉSUMÉ Cet article cherche à répondre à la question suivante : dans quelle mesure l'amélioration des conditions de vie dans le pays entre 2002 et 2014 est-elle le résultat de transformations des positions occupées par les travailleuses et les travailleurs au sein de la division sociale du travail, au point d'entendre dire que le Brésil serait devenu un pays de classes moyennes ? Nous nous baserons à cette fin sur la littérature nationale et internationale sur les classes moyennes, mais également sur le débat relatif à la "nouvelle classe moyenne". Nous proposons une vision sociologique innovante de la construction de la structure de classes au Brésil en nous fondant sur la Classification socioprofessionnelle française pour analyser de façon empirique l'évolution de cette structure et en conclure que les classes moyennes ont connu une croissance significative durant la période, mais que le pays est encore loin d'être "un pays de classes moyennes".


RESUMEN El artículo busca responder a la siguiente pregunta: ¿en qué medida la mejora en las condiciones de vida en el país entre 2002 y 2014 ha provocado cambios en la estructura de los puestos laborales de los trabajadores y las trabajadoras dentro de la división social del empleo hasta el punto de poder afirmar que Brasil se ha convertido en un país de clase media? Para ello, se discute la literatura internacional y nacional sobre clases medias, incluido el debate sobre la "nueva clase media": se presenta una innovadora alternativa sociológica de construcción de la estructura de clases en Brasil a partir de la clasificación socio-profesional francesa, se muestra empíricamente la evolución de dicha estructura y se concluye que, aunque las clases medias han crecido de forma significativa en dicho período, Brasil está muy lejos de ser "un país de clase media".

4.
Rev. latinoam. cienc. soc. niñez juv ; 11(1): 151-162, ene.-jun. 2013.
Article in Spanish | LILACS | ID: lil-677504

ABSTRACT

presente artículo analiza las desigualdades sociales que se reproducen a través del sistema educativo, explorando el estudio de caso de la República Dominicana. El material empírico se basa en los resultados de un estudio etnográfico realizado en diferentes escuelas de Santo Domingo, y en el uso de datos secundarios. De esta forma, se ofrece un panorama amplio sobre la situación educativa en el país caribeño, enfocando el discurso sobre las marcadas desigualdades que se construyen entre diferentes grupos juveniles y sus respectivas escuelas. Tales procesos, que afectan sobre todo a los grupos más pobres, ponen en peligro el derecho a la educación para toda la juventud, dentro de un sistema educativo notablemente diferenciado en términos de clase social e identidad racial.


The present article analyzes the social inequalities that are generated by the educational system by exploring the situation in the Dominican Republic. Its empirical material is based on the results of an ethnographic study, which was carried out in different schools in Santo Domingo, and is extended by secondary data. Therefore, the study provides a broad overview of the educational situation in the Caribbean country, focussing upon the discourse of the insurmountable inequalities which are constructed between different youth groups and their respective schools. These processes, which in particular affect the poorest groups, jeopardize the right to education for all youth in an education system which is notably differentiated in terms of social class and racial identity.


O presente artigo analisa as desigualdades sociais que são reproduzidas através do sistema educativo, explorando o estudo de caso da República Dominicana. O material empírico baseia-se nos resultados de um estudo etnográfico realizado em diferentes escolas de Santo Domingo e no uso de dados secundários. Desta forma, oferece-se uma visão global sobre o estado da educação no país do Caribe focada no discurso sobre as marcadas desigualdades existentes entre diferentes grupos de jovens e as suas respectivas escolas. Tais processos afetam particularmente os grupos mais pobres, ameaçando o direito à educação para todos os jovens dentro de um sistema de ensino extremamente diferenciado em termos de classe social e de identidade racial.


Subject(s)
Poverty , Social Class , Adolescent , Education , Socioeconomic Factors
5.
Estud. psicol. (Natal) ; 15(1): 111-118, jan.-abr. 2010.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-557882

ABSTRACT

O artigo teoriza em uma perspectiva biossocial sobre os indicadores biossociais da hipogamia, ou seja, sobre parâmetros biossociais que explicam a situação social das mulheres que contraem matrimônio com indivíduos situados posicionalmente abaixo delas. Para isto: (1) defende que o diálogo entre a sociologia e abordagens biossociais como a Psicologia Evolucionista pode contribuir para pensarmos uma teoria biossocial da hipogamia; (2) apresenta uma possível explicação do por que da negligência da literatura sociológica para com o fenômeno da hipogamia; (3) sugere que o fenômeno do crescimento do número de mulheres chefes de família pode ser um bom ponto de partida para estudarmos o fenômeno da hipogamia; (4) apresenta alguns referenciais teóricos como ponto de partida para explicarmos a hipogamia e determinar seus indicadores biossociais.


The article theorizes a biosocial perspective about the biosocial indicators of the hipogamy what means about biosocial parameters that explain the social situation of the women which get married with individuals in a social class below them. So: (1) It defends that the dialogue betwen the sociology and the biosocial approachs like Evolutionary Psychology can contributes for thinking a biosocial theory of hipogamy; (2) It present a possible explanation for the reason of the negligence of the sociological literature on hipergamy phenomenon; (3) it suggest that the phenomenon of the growth of the women householder headship can be a good point for starting to study the hipogamy phenomenon; (4) It present some theoric references as the beggining of an explanation of the hipogamy and to establish their biosocial indicators.


Subject(s)
Environmental Biomarkers , Marriage/psychology , Social Class , Social Indicators , Social Mobility
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