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1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(4): e00254720, 2021. graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1285824

ABSTRACT

Resumo: Em tempos de pandemia, a vulnerabilidade econômica, tecnológica e dos sistemas de saúde fica ainda mais exposta. No Brasil, os maiores desafios são o controle do déficit da balança comercial e a dificuldade de acesso a medicamentos e produtos da saúde ou até mesmo de seu desenvolvimento. A forte dependência externa de insumos e produtos para a saúde é um dos fatores negativos do país no enfrentamento da emergência sanitária mundial ocasionada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2. Nesse contexto, o artigo procurou discutir as vulnerabilidades do subsistema de base química e biotecnológica nacional diante da atual pandemia, tendo como foco a indústria de medicamentos e de produtos biotecnológicos e a articulação entre os campos da saúde e da economia política. Realizou-se pesquisa qualitativa, utilizando, como procedimentos metodológicos, revisão bibliográfica e análise de dados secundários. Os resultados encontrados, relacionados a baixo investimento em saúde pública, baixa capacidade de inovação, perfil da indústria farmacêutica, dependência externa, política cambial, patentes, entre outros, demonstram a grande fragilidade inovativa e tecnológica da indústria de medicamentos e produtos biotecnológicos e a essencialidade de articulação entre diversos campos, em especial, da saúde e da economia, para incorporação de uma visão sistêmica, que crie condições para redução das vulnerabilidades, no que tange ao enfrentamento da pandemia, e equacione um projeto de desenvolvimento para o país.


Abstract: During a pandemic, economic, technological, and health systems' vulnerability become even more evident. A key challenge in Brazil is to control the trade deficit and difficulty in access to medicines and health products, even their development. Brazil's heavy external dependency on health inputs and products is one of the negative factors in confronting the global health emergency caused by SARS-CoV-2. The article aimed to discuss the vulnerabilities of the domestic chemical and biotechnological subsystem in the face of the current pandemic, with a focus on the pharmaceutical and biotech industry and the linkage between the fields of health and political economics. A qualitative study was performed with a literature review and analysis of secondary data as the methodological procedures. The results revealed low investment in public health, low innovation capacity, the pharmaceutical industry's profile, external dependency, currency exchange policy, patents, and other factors, demonstrating the major vulnerability in innovation and technology in the domestic pharmaceutical and biotech industry and the essential nature of linkage between various fields, especially health and the economy, for the incorporation of a systemic vision that creates the conditions to reduce vulnerabilities in the response to the pandemic and promote a development project for the country.


Resumen: En tiempos de pandemia, la vulnerabilidad económica, tecnológica y de los sistemas de salud queda aún más expuesta. En Brasil, uno de los mayores desafíos es el control del déficit de la balanza comercial, así como la dificultad de acceso a medicamentos y produtos de salud o incluso de su desarrollo. La fuerte dependencia externa de insumos y productos para la salud es uno de los factores negativos del país en el combate a la emergencia sanitaria mundial, ocasionada por el nuevo coronavirus SARS-CoV-2. En este contexto, el artículo procuró discutir las vulnerabilidades del subsistema de base química y biotecnológica nacional ante la actual pandemia, poniendo el foco en la industria de medicamentos y de productos biotecnológicos, así como la coordinación entre los campos de la salud y economía política. Se realizó una investigación cualitativa, utilizando como procedimientos metodológicos la revisión bibliográfica y el análisis de datos secundarios. Los resultados hallados, relacionados con la baja inversión en salud pública, baja capacidad de innovación, perfil de la industria farmacéutica, dependencia externa, política de cambio, patentes, entre otros, demuestra la gran fragilidad innovadora y tecnológica de la industria de medicamentos, así como de productos biotecnológicos, y la necesidad de una coordinación entre diversas áreas, en especial, de la salud y economía, para que se incorpore una visión sistémica, que cree condiciones para la reducción de las vulnerabilidades, en lo que atañe al combate de la pandemia y que cree un proyecto equilibrado de desarrollo para el país.


Subject(s)
Humans , Pharmaceutical Preparations , COVID-19 , Biotechnology , Brazil/epidemiology , Pandemics , SARS-CoV-2
2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(10): e00141020, 2020. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: biblio-1132828

ABSTRACT

Os objetivos deste trabalho são caracterizar os grupos de risco para COVID-19 no Brasil, bem como estimar o número de indivíduos convivendo no mesmo domicílio com pessoas no grupo de risco. Para tal, utiliza-se dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013. Para caracterizar os grupos de risco, ajustou-se um modelo de regressão logística binária múltipla tendo como variável a resposta à existência ou não de pelo menos uma condição associada à COVID-19 e como variáveis explicativas a idade, sexo, grande região, cor ou raça, nível de escolaridade e condição em relação à força de trabalho dos moradores entrevistados pela pesquisa. Os resultados mostram que a idade é o principal fator de risco para comorbidades associadas à COVID-19, mas há também maior risco para pessoas em categorias mais vulneráveis, como os menos escolarizados e pretos e pardos. Estima-se que 68,7% dos brasileiros viviam com pelo menos uma pessoa no grupo de risco - 30,3% viviam com pelo menos um idoso e outros 38,4% não tinham idosos em seus domicílios, mas havia pelo menos um morador adulto com condições médicas preexistentes. A proporção de pessoas vivendo em domicílios com pelo menos um morador no grupo de risco era maior ou igual a 50% para todas as idades, sendo crescente a partir dos 35 anos, mas havia também um alto número de pessoas com idades entre 10 e 25 anos convivendo com pessoas no grupo de risco. Tais resultados sugerem que, em função das dificuldades em se evitar contato próximo intradomiciliar, o isolamento exclusivo de grupos populacionais específicos não se configura uma estratégia possível no contexto brasileiro, devendo ser combinado com o isolamento do conjunto da população.


Los objetivos de este trabajo son caracterizar los grupos de riesgo para COVID-19 en Brasil, así como estimar el número de individuos conviviendo en el mismo domicilio con personas en el grupo de riesgo. Para ello, se utilizan datos de la Encuesta Nacional de Salud 2013. Para caracterizar los grupos de riesgo, se ajustó un modelo de regresión logística binaria múltiple, teniendo como variable respuesta la existencia o no de por lo menos una condición asociada a la COVID-19 y como variables explicativas, la edad, sexo, gran región, color o raza, nivel de escolaridad y condición, en relación a la fuerza de trabajo de los habitantes entrevistados por la encuesta. Los resultados muestran que la edad es el principal factor de riesgo para comorbilidades asociadas a la COVID-19, pero existe también un mayor riesgo para personas en categorías más vulnerables, como los menos escolarizados y negros y mulatos/mestizos. Se estima que un 68,7% de los brasileños vivían con por lo menos una persona en el grupo de riesgo - un 30,3% vivían con por lo menos un anciano y otros un 38,4% no vivían con ancianos en sus domicilios, pero tenían por lo menos un residente adulto con condiciones médicas preexistentes. La proporción de personas viviendo en domicilios, con por lo menos un residente en el grupo de riesgo, era mayor o igual a un 50% para todas las edades, siendo creciente a partir de los 35 años, pero había también un alto número de personas con edad entre 10 y 25 años conviviendo con personas en el grupo de riesgo. Tales resultados sugieren que, en función de las dificultades para evitar el contacto cercano intradomiciliario, el aislamiento exclusivo de grupos poblacionales específicos no se configura en una estrategia posible en el contexto brasileño, debiendo ser combinado con el aislamiento del conjunto de la población.


This study aimed to characterize risk groups for COVID-19 in Brazil and to estimate the number of individuals living in the same household with persons in the risk group. Data were used from the Brazilian National Health Survey (PNS) of 2013. To characterize the risk groups, a binary multiple logistic regression model was adjusted in which the response variable was the presence or absence of at least one condition associated with COVID-19 and the explanatory variables were age, sex, major geographic region, color or race, schooling, and workforce status of the residents interviewed by the study. The results show that age is the principal risk factor for comorbidities associated with COVID-19, but the risk is also greater for persons in more vulnerable categories, such as those with less schooling and blacks and browns. An estimated 68.7% of Brazilians were living with at least one person in the risk group: 30.3% lived with at least one elderly individual and another 38.4% had no elderly individuals in their households, but there was at least one adult resident with preexisting medical conditions. The proportion of persons living in households with at least one resident in the risk group was 50% or greater for all ages and increased from 35 years of age, but there were also high numbers of persons 10 to 25 years of age living with persons in the risk group. The results suggest that due to the difficulties in avoiding close household contact, the exclusive isolation of specific population groups is not a feasible strategy in the Brazilian context, but should be combined with social distancing of the population as a whole.


Subject(s)
Humans , Child , Adolescent , Adult , Aged , Young Adult , Pneumonia, Viral , Coronavirus Infections , Pandemics , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , Risk Factors , Health Surveys , Betacoronavirus , SARS-CoV-2 , COVID-19
3.
INSPILIP ; 3(1): 1-6, 20190000.
Article in Spanish | LILACS | ID: biblio-1015718

ABSTRACT

La OMS define el sistema sanitario como un conjunto complejo de elementos interrelacionados que contribuyen a la salud en hogares, lugares de trabajo, lugares públicos y las comunidades, así como en el medio ambiente físico, psicosocial y en el sector de la salud (1). La función principal de un sistema sanitario es asegurar a la población el derecho a la salud, por lo que es fundamental instaurar condiciones que aseguren el acceso a los sistemas sanitarios a todas las personas sin discriminación. Es importante analizar los determinantes sociales de la salud como: clase, género, edad, etnia, que repercuten en las desigualdades en la salud (2). La investigación de las causas de las enfermedades nos permite observar las injusticias sociales (8).Existen varios tipos de desigualdades: las aceptables, que provienen de la libre elección de los individuos; las injustas y evitables, que resultan de la distribución desigual de los recursos y condiciones de vida; y las inevitables, las cuales son consecuencia de la distribución desigual de ciertos factores, como los genéticos/biológicos. Estas desigualdades no tienen por qué causar ningún perjuicio ni discriminación, simplemente existen y habrá que tratarlas (3).Los individuos no partimos de condiciones iguales y en el transcursode la vida nos exponemos a diversos factores que nos colocan en distintos escenarios.


WHO defines the health system as a complex set of interrelated elements that contribute to health in homes, workplaces, public places and communities, as well as in the physical, psychosocial and health sectors (1). The main function of a health system is to guarantee the population the right to health, so it is essential to establish conditions that ensure access to health systems to all people without discrimination. It is important to analyze the social determinants of health such as: class, gender, age, ethnicity, which have an impact on health inequalities (2). The investigation of the causes of diseases allows us to observe social injustices (8). There are several types of inequalities: the acceptable ones, which come from the free choice of individuals; the unfair and avoidable, resulting from the unequal distribution of resources and living conditions; and the inevitable ones, which are a consequence of the unequal distribution of certain factors, such as genetic / biological. These inequalities do not have to cause any harm or discrimination, they simply exist and must be treated (3). Individuals do not start from equal conditions and in the course of life we ​​expose ourselves to various factors that place us in different scenarios.


Subject(s)
Humans , Health Systems , Residence Characteristics , Universal Access to Health Care Services , Social Conditions
4.
Aquichan ; 17(2): 150-161, abr.-jun. 2017. graf
Article in Spanish | LILACS, BDENF, COLNAL | ID: biblio-887277

ABSTRACT

RESUMEN Objetivo: determinar la relación entre la calidad de vida, el nivel de salud y los factores sociodemográficos en personas con artritis reumatoide (AR). Materiales y método: estudio correlacional explicativo. Se realizó una entrevista directa en el momento de la consulta de enfermería antes del control médico de reumatología. A través de un muestreo intencional no probabilístico de sujetos tipo se contó con la participación de 635 personas. Resultados: se encontró una frecuencia de presentación de AR mayor en mujeres (87%). También se evidenció una correlación positiva (0,596; p<0,001) entre calidad de vida y nivel de salud. Sociodemográficamente, las mujeres con educación básica y bajo estrato socioeconómico presentan una menor percepción de calidad de vida y nivel de salud. Estas variables se sometieron a un proceso de prueba con el uso de un modelo Path de análisis de covarianza. Conclusiones: las condiciones sociales que viven las personas con AR son factores que determinan la puesta en marcha de acciones de intervención dirigidas a solucionar la problemática de la calidad de vida en esta población.


ABSTRACT Objective: Determine the relationship between quality of life, health status and sociodemographic factors among persons with rheumatoid arthritis (RA). Materials and methods: This is an explanatory correlational study. A direct interview was conducted during the nursing consultation prior to the medical check-up concerning rheumatic diseases. A non-probability intentional sampling of type subjects included 635 individuals. Results: A higher frequency of RA was found among women (87%). There also was a positive correlation (0.596; P <0.001) between quality of life and health status. Socio-demographically speaking, women with a basic education and a low socioeconomic status have a lower perception of quality of life and health status. These variables were subjected to a test process using a Path model to analyze covariance. Conclusions: The social conditions of persons with RA are factors that determine the implementation of action for intervention aimed at solving the problem this population faces in terms of quality of life.


RESUMO Objetivo: determinar a relação entre a qualidade de vida, o nível de saúde e os fatores sociodemográficos em pessoas com artrite reumatoide (AR). Materiais e método: estudo correlacional explicativo. Realizou-se uma entrevista direta no momento da consulta de enfermagem antes da consulta médica de reumatologia. Por meio de uma amostra intencional não probabilística de sujeitos tipo, contou-se com a participação de 635 pessoas. Resultados: constatou-se uma frequência de apresentação de AR maior em mulheres (87 %). Também se evidenciou uma correlação positiva (0,596; P<0,001) entre qualidade de vida e nível de saúde. No aspecto sociodemográfico, as mulheres com educação básica e baixa classe socioeconômica apresentam uma menor percepção de qualidade de vida e nível de saúde. Essas variáveis foram submetidas a um processo de teste com o uso de um modelo Path de análise de covariância. Conclusões: as condições sociais em que as pessoas com AR vivem são fatores que determinam a manifestação de ações de intervenção direcionadas a solucionar a problemática da qualidade de vida nessa população.


Subject(s)
Humans , Arthritis , Quality of Life , Health Status , Social Security
5.
Cad. saúde pública ; 29(8): 1572-1582, Ago. 2013. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-684644

ABSTRACT

Revisões recentes da literatura indicam que o número de estudos sobre disparidades étnicoraciais no Brasil é escasso. A análise multinível torna-se necessária já que o conceito de raça/cor é socialmente construído e pode variar segundo local de residência. Foram analisados 2.697 indivíduos residentes em 145 municípios brasileiros, segundo raça (branca, preta e parda). Foram ajustados modelos multinível utilizando inferência bayesiana pelo método Monte Carlo via Cadeias de Markov. Após a inclusão de variáveis demográficas, socioeconômicas e de acesso a serviços de saúde, indivíduos de raça preta e parda tiveram maior razão de chances de avaliarem sua saúde como negativa (RC = 1,71; IC95%: 1,24; 2,37 e RC = 1,37; IC95%: 1,10; 1,71, respectivamente). Características do local de residência não alteraram significativamente a relação entre raça/cor e saúde autoavaliada. Após a recategorização da variável dependente, as características étnico-raciais perderam significância estatística. O presente estudo indica que as disparidades raciais em saúde podem ser mais complexas do que o esperado.


Recent literature reviews have shown that studies analyzing racial/ethnic disparities in Brazil are still scarce. Multilevel approaches are necessary, since race is a socially constructed concept and can vary by area of residence. The analysis included 2,697 individuals from 145 Brazilian municipalities (counties), classified by race (white, black, or mixed). Multilevel models were fitted using Bayesian inference with Markov Chain Monte Carlo methods. After including demographic, socioeconomic, and health access variables, black and mixed-race individuals showed higher odds of negative self-rated health (OR = 1.71; 95%CI: 1.24; 2.37 and OR = 1.37; 95%CI: 1.10; 1.71, respectively). Characteristics of the area of residence did not significantly affect the association between race and self-rated health. Racial/ethnic disparities lost their statistical significance after re-categorization of the dependent variable. The results indicate that racial/ ethnic disparities in health in Brazil may be deeper and more complex than expected.


Las revisiones bibliográficas recientes muestran que los estudios que analizan las disparidades etno-raciales en Brasil siguen siendo escasos. Es necesario un enfoque multinivel, debido a que el concepto de raza es una construcción social, y es susceptible de variar según la zona de residencia. El presente análisis incluyó a 2.697 personas de 145 municipios brasileños, separados por raza (blanco, negro y mestizos). Se ajustaron modelos multinivel, usando la inferencia bayesiana con métodos Markov Chain Monte Carlo. Después de incluir las variables demográficas, socioeconómicas y de acceso a la salud como controles, las personas identificadas como negros y mestizos tuvieron un odds ratio más elevado al juzgar su salud en términos negativos (OR = 1,71; IC95%: 1,24; 2,37 y OR = 1,37; 95%CI: 1,10; 1,71, respectivamente). Después de la recategorización de la variable dependiente, las disparidades etno-raciales perdieron significación estadística. Los resultados indican que las disparidades etno-raciales en salud en Brasil pueden ser más complejas y profundas de lo esperado.


Subject(s)
Adult , Female , Humans , Male , Middle Aged , Racial Groups/statistics & numerical data , Health Status Disparities , Health Services Accessibility/statistics & numerical data , Self Report , Brazil , Multilevel Analysis , Socioeconomic Factors
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