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1.
Rev. bras. educ. méd ; 43(1,supl.1): 7-11, 2019. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1057589

ABSTRACT

RESUMO A formação médica, assim como a sociedade brasileira, tem passado por importantes transformações. Tais mudanças buscam atender as demandas sociais e sanitárias contemporâneas, sobretudo no que diz respeito a uma formação voltada à realidade sociossanitária local. Em razão disso, a formação deve buscar desenvolver competências, habilidades e atitudes em um cenário de integração do ensino com a saúde e a comunidade. O curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, campus Arapiraca, iniciado no ano de 2015, resulta do processo de expansão das escolas médicas do País e do processo de interiorização das ações dessa universidade. O curso está estruturado em três eixos (tutoria, habilidades médicas e integração ensino-saúde-comunidade). Neste texto, pretende-se apresentar o processo de trabalho do eixo de Integração Ensino-Saúde-Comunidade (Iesc), seus principais avanços e os desafios envolvidos no processo de formação. O Iesc tem como missão promover a aproximação entre o acadêmico e a realidade sociossanitária local a fim de garantir uma formação médica capaz de oferecer uma assistência integral, respeitosa, ética, crítica e humanística, considerando o sujeito e o contexto em que está inserido, sua cultura, crença, hábitos e costumes. Em 2017, para cumprir sua missão, o eixo reestruturou o currículo do curso de modo que a formação ocorra no ciclo básico (primeiro e segundo anos), passando pelo ciclo intermediário (terceiro e quarto anos) e alcançando o internato (quinto e sexto anos). Nossa experiência tem mostrado que o aprendizado significativo deve nascer da prática, isto é, do processo de experimentações com a realidade. É nítido o maior envolvimento dos nossos estudantes quando incluímos atividades com finalidades práticas bem definidas. Nossa sistemática de trabalho envolve reuniões mensais, quando são discutidos os principais problemas e elaboradas estratégias de condução do eixo, padronização de cadernos de curso e estratégias avaliativas, processo de formação continuada dos docentes, como parte do plano bianual de qualificação e inclusão de avaliação por parte dos acadêmicos, com o semestre em curso. A variedade de estratégias pedagógicas, todas ancoradas nas metodologias ativas de ensino-aprendizagem, contribui para o maior envolvimento dos nossos estudantes nas aulas. Os principais desafios são consolidar a inserção na rede de saúde local e qualificar o corpo docente no uso de metodologias ativas em todos os processos de aprendizagem.


ABSTRACT Both medical education and Brazilian society as a whole have undergone significant transformations in recent years. These changes seek to meet contemporary social and sanitary demands, especially with regard to a training focused on the local socio-sanitary reality. Medical training should therefore seek to develop skills, abilities and attitudes in a setting where teaching is integrated with health care and the community. The medical course of the Federal University of Alagoas, Arapiraca campus, was founded in 2015, resulting from the expansion of medical schools in Brazil and the internalization of the University's actions. The course is structured on three axes (tutoring, medical skills and teaching-health-community integration). This text intends to present the work process of the Teaching-Health-Community Integration (LESC) axis, its main advances and the challenges involved in the training process. The mission of LESC is to place the academic into closer contact with the local socio-sanitary reality in order to ensure a medical training that offers comprehensive, respectful, ethical, critical and humanistic care, considering the subject and his or her context, culture, beliefs, habits and customs. To fulfill this mission, in 2017 the course curriculum was restructured so as to split the training into the basic cycle (1 st and 2 nd years), the intermediate cycle (3 rd and 4 th years) and, finally, medical internship (5 th and 6 th years). Our experience has shown that meaningful learning must come from practice, that is, from the process of experimentation with reality. Our students are distinctly more involved and interested when we include activities with well-defined practical purposes. Our work system involves monthly meetings, where major issues are discussed and strategies developed for conducting LESC, the standardization of course books and evaluation strategies, a continuing education program for teachers, as part of the biannual qualification plan and the inclusion of student-led evaluation during the semester. The variety of teaching strategies, all anchored in active learning methodologies, encourages greater involvement of our students in class. The main challenges can be summarised as consolidating student insertion into the local health care network and qualifying the teachers in their use of active methodologies in all learning processes.

2.
Rev. bras. educ. méd ; 42(3): 3-8, July-Sept. 2018.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-958613

ABSTRACT

RESUMO Inteligência artificial (IA) é um ramo da ciência da computação que usando algoritmos definidos por especialistas é capaz de reconhecer um problema, ou uma tarefa a ser realizada, analisar dados e tomar decisões, simulando a capacidade humana. Sistemas computadorizados de apoio à decisão já existem há décadas, mas o aumento da velocidade de processamento e de armazenamento de informação dos computadores, permitiu analisar um grande volume de dados em nanosegundos propondo soluções de problemas, orientando a proposta e tomada de decisões, realizando tarefas sem receber instruções diretas de humanos. Já utilizadas em um grande número de atividades em áreas como o comércio, bancos, transporte, atendimento a usuários e, mesmo, gestão de recursos materiais e do capital humano, IA tem ampliado significativamente a sua aplicação em saúde. Em saúde IA analisa dados disponíveis em bases de dados de nascimentos, mortalidade, hospitalizações, doenças de notificação compulsória e de dados de pacientes registrados em prontuários eletrônicos. Busca, seja indicar a prevalência e evolução de enfermidades, possibilitando antecipar surtos epidêmicos e propor medidas preventivas com oportunidade, seja analisar, por exemplo, a coerência entre uma hipótese diagnóstica de um paciente e exames solicitados e terapia prescrita. IA reconhece imagens, permite interações computadorizadas em linguagem aberta, escrita e falada, percebe relações e nexos, entende conceitos e não apenas processa dados, segue algoritmos e cria sua própria experiência ("machine learning"). A constatação de que 32% dos erros médicos no Estados Unidos decorrem de problemas na relação médico-paciente, de um exame clínico deficiente, ou falha na avaliação de dados e de resultados de exames complementares, tem ressaltado a necessidade de se redefinir a prática médica, visando reservar tempo numa consulta para garantir uma boa comunicação e orientação do paciente. O uso de linguagem natural no registro de dados em prontuários eletrônicos, melhoria do relacionamento através da internet, emprego de computadores na comunicação médico-paciente, emprego de dispositivos vestíveis e corporais na obtenção de dados ("wearable devices"), telemedicina, trabalho em equipes multiprofissionais, visam otimizar o desempenho do médico no atendimento de seu paciente. A redefinição da prática médica resultará, necessariamente, em mudanças na formação do médico. Essa preocupação se refletiu no estabelecimento de um consórcio de escolas, estabelecido pela Associação Americana de Medicina, para discutir mudanças curriculares, ajustando a formação profissional a uma época caracterizada pelo uso intensivo de tecnologias e inteligência artificial. O autor faz considerações sobre a formação médica, propondo um núcleo de conhecimento que deverá alicerçar uma maior flexibilidade do aprendizado, ajustando-o às motivações e orientações dos alunos.


ABSTRACT Artificial Intelligence (AI) is a branch of computer science that using algorithms defined by specialists can recognize a problem, or a task to be performed, analyzing data and taking decisions simulating the human being. Decision support systems were developed decades ago but were reemphasized as a consequence of the incredible increase in computer storage and data processing, creating the concept of "big data". AI is already part of a large number of activities in sectors like commerce, banking, transportation, communication, and administration of human and material resources. The impact of AI in health allows the analysis of data banks such as birth, death, diseases of compulsory declaration, hospitalization of patients and data registered in electronic health records, indicating the prevalence and evolution of diseases, anticipating epidemic outbreaks and proposing preventive measures to be taking by the population. Picture analysis and pattern recognition of radiologic, dermatologic and ophthalmologic images is being now widely used. The processing of medical records is being also done to discuss cases and detect inconsistencies between diagnosis, complementary tests requested, and treatment prescribed. The indication that 32% of medical errors in the USA were due to inadequate time for patient assessment, resulting in less accurate diagnosis, not recognition of a problem, or the urgency of the case, has made urgent a reappraisal of the patient-physician relationship, trying to reserve time in the consultation for the physician hear, discuss the case and orient the patient. The use of natural language in the registration of patient data in electronic medical records, employment of computers and internet to communicate with patients, use of data collected in wearable devices, telemedicine, multi-professional team work in the delivery of health care, are proposals to optimize the medical attention to patients. The redefinition of medical practice will result, consequently, in the reform of the medical graduation. The American Medical Association established in 2013 a medical school consortium ("the work of the AMA accelerating change in medical education") to foster these curricular changes needed to graduate physicians able to cope with innovation and artificial intelligence. The author makes considerations on medical graduation, proposing a core curriculum that will provide the competencies of a general practitioner, which will be complemented by flexible courses to take into consideration students' orientations.

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