Participação dos movimentos sociais na saúde de gays e lésbicas / Participation of social movements in gay and lesbian health

Resumo Desde o início do século XX, os movimentos sociais desenvolvem ações isoladas ou alinhadas para promover o direito de gays e lésbicas à saúde. Este artigo explora a participação de movimentos sociais na saúde de gays e lésbicas a partir da perspectiva de enquadramento dos movimentos sociais. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, bem como uma análise de quadros das discussões encontradas nos artigos selecionados, logo constitui um ensaio bibliográfico. Com relação aos resultados, a literatura revela alinhamento entre direitos sociais e ativismo contra a Aids, com ressonâncias na melhoria do acesso à saúde de gays e lésbicas. Conclui-se que, embora a participação dos movimentos sociais na luta pelo direito de gays e lésbicas à saúde tenha começado no início do século passado, não se pode dizer, agora no final da segunda década do século XXI, que os resultados foram inteiramente sólidos. Em síntese, destaca-se que: (1) em algumas sociedades, as reivindicações dos movimentos sociais foram transformadas em agendas políticas, enquanto em outras foram feitas concessões precárias em relação aos direitos de gays e lésbicas; e (2) ainda não existe a aceitação do direito de gays e lésbicas à sexualidade.

Abstract Since the beginning of the 20th century, social movements have developed isolated or aligned actions to promote the right of gays and lesbians to health. This article explores the participation of social movements in gay and lesbian health from the framing perspective on social movements. A literature search was performed and a frame analysis was conducted of the discussions found in the selected articles. This article therefore constitutes a bibliographic essay. With respect to outcomes, the literature reveals alignment between social rights and Aids activism, resonating in improved access to healthcare for gays and lesbians. We conclude that, although the participation of social movements in the struggle for the right of gays and lesbians to health started at the beginning of the last century, it cannot be said, now at the end of the second decade of the 21st century, that the outcomes were entirely solid. In short, we highlight that: (1) in some societies, the claims of social movements have been transformed into political agendas, while in others precarious concessions have been made in relation to gay and lesbian rights; and (2) non-acceptance of the right of gays and lesbians to sexuality still exists.

Lo personal es político: coordenadas teóricas para analizar la discriminación laboral contra gays y lesbianas / The personal is poitical: theorethical hints to analyse the discrimination at work against gays and lesbians

Este artículo forma parte de la tesis de maestría del autor sobre la sociabilidad de gays y lesbianas en los espacios de trabajo de enfermería de la Ciudad de Buenos Aires. En primer lugar se enumeran ciertos hitos históricos vinculados con la visibilización de gays y lesbianas en la esfera pública y el reconocimiento del Estado de determinadas demandas. Luego se ofrecen datos de fuentes secundarias sobre las percepciones de discriminación en torno a la orientación sexual. Asimismo, se expone parte del planteo teórico referido a las siguientes categorías: discriminación, estrategias de manejo de la información personal, heterosexismo internalizado e incivismo selectivo para analizar las interacciones que establecen los y las trabajadores de enfermería gays y lesbianas con sus colegas, superiores y pacientes. Por último, se concluye sobre la necesidad de incluir variables socio-políticas en los estudios sobre discriminación en el trabajo, tales como la ley de matrimonio igualitario.

This paper is part of the author's master program's thesis, which focuses on gays and lesbians sociability within nursing workplaces in Ciudad de Buenos Aires. First, a list of historical facts related with the major visibility of gays and lesbians in the public sphere and the official recognition of the State is presented. Second, information from secondary sources about perceptions of discrimination on the basis of sexual orientation is given. Moreover, a part of the theoretical framework is exposed with focus on the categories of discrimination, personal information management strategies, internalized heterosexism and selective incivility, in order to analyse the interactions between gays and lesbians workers with their colleagues, superiors and patients. Finally, the importance of including socio-political variables in the studies of discrimination at work is highlighted, such as equal marriage acts.