Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 11 de 11
Filter
1.
Motrivivência (Florianópolis) ; 34(65): {1-22}, 20220316.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1361743

ABSTRACT

O presente artigo refere-se à uma pesquisa descritiva de caráter quanti-qualitativo que envolveu 15 professores/as de educação física da Rede de Ensino da cidade de Dourados/MS, com o objetivo de investigar como a intervenção docente tem trabalhado as questões de gênero e sexualidade na Educação física escolar, procurando vislumbrar possibilidades de atividades corporais e esportivas numa dimensão de igualdade e valorização da diversidade. Para a coleta de dados utilizou-se questionário online (com questões abertas e fechadas) pela plataforma Google Forms. Entre os achados do estudo, constatou-se que a grande maioria dos professores/as nunca trabalharam com discussões de gênero e sexualidade e demonstram dificuldades em relação a problematizar a temática, mesmo que isso acarrete a reprodução de uma educação física de cunho sexista, binário e biologizante.


This article refers to a quantitative and qualitative descriptive research involving 15 Physical Education teachers from the Teaching Network in the city of Dourados/ MS, with the objective of investigating how the teaching intervention to the content of gender and sexuality has been Physical Education and analyze the pedagogical practice of teachers in a dimension of equality and valuing diversity. For this, as datacollection, an online questionnaire was used (with open and closed questions) through the Google Forms platform. Among the findings of the study, it was found that the vast majority of teachers never work with the content of gender and sexuality. It was not possible to identify the barriers that led to this. Also, it was found that the teachers prioritized equality in the class administrations. It could be concluded that from this content, there is still room for improvement since Physical Education can contribute much more to the students' "social" formation.


Este artículo se refiere a una investigación descriptiva cuantitativa y cualitativa que involucró a 15 profesores de Educación Física de la Red de Enseñanza de la ciudad de Dourados / MS, con el objetivo de indagar cómo se ha realizado la intervención docente en los contenidos de género y sexualidad. Educación Física y analizar la práctica pedagógica de los docentes en una dimensión de igualdad y valoración de la diversidad. Para ello, como recolección de datos, se utilizó un cuestionario en línea (con preguntas abiertas y cerradas) a través de la plataforma Google Forms. Entre los hallazgos del estudio, se encontró que la gran mayoría de profesores nunca trabaja con el contenido de género y sexualidad. No fue posible identificar las barreras que llevaron a esto. Asimismo, se encontró que los docentes priorizaron la igualdad en la administración de clases. Se puede concluir que a partir de este contenido aún hay margen de mejora, ya que la Educación Física puede aportar mucho más a la formación "social" de los estudiantes.

2.
Sex., salud soc. (Rio J.) ; (38): e22209, 2022.
Article in Spanish | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1424641

ABSTRACT

Resumen Partiendo de una investigación sobre los modos en que desde los saberes psi se interpretan y narran conocimientos y formas de intervención en relación al género y la sexualidad, este trabajo analiza las narrativas de profesionales en torno a sus experiencias a partir de las transformaciones en dichas temáticas en Argentina. Es decir, se examinan las discusiones internas a este campo teniendo en cuenta que estos saberes expertos constituyen tecnologías atravesadas por una matriz sexo-generizada que interviene en los modelos de producción de subjetividad. En las últimas décadas, se ha asistido a cambios en la esfera social y jurídica a partir del reconocimiento de derechos y mayor visibilidad de las demandas de los movimientos de la disidencia sexual y se han problematizado nociones y formas de intervención. Estos cambios repercuten en las narrativas psi como una cuestión "novedosa" de la cual se tiene poca información a pesar de que se trata de cuestiones que están planteadas por los movimientos de la disidencia sexual desde hace décadas. Se trata de una investigación cualitativa y se han realizado entrevistas en profundidad a psicólogos/as y psiquiatras que trabajan en Buenos Aires, Argentina.


Abstract Based on a research study about how psi knowledge describe and interpreted therapeutic processes regarding gender and sexuality, this paper analyze the narratives of professionals around their experiences about this topic based on the transformations in these themes in Argentina. That is, this article analyze intern psi debates taking into account that this discipline constitute technologies based on a specific way to study gender and to intervene in processes of subjectification. Social and legal changes about sexuality and gender affect psi knowledge because, from the narratives of professionals, these transformations are seen as something "new" and as a "novelty". For this study, a qualitative methodology was used, and the technique was the analysis drawn from 30 interviews with psychologists/psychiatrists from the Autonomous City of Buenos Aires, Argentina.


Resumo A partir de uma pesquisa sobre as formas de abordagem das questões relacionadas ao gênero e à sexualidade no campo psi, examinam-se as narrativas dos profissionais sobre modelos de produção de conhecimento e tensões internas a partir dos direitos adquiridos e reivindicações dos movimentos de dissidência sexual nas últimas décadas na Argentina. Ou seja, as discussões internas desse campo são examinadas levando em conta que esses saberes periciais constituem tecnologias atravessadas por uma matriz sexo-gênero que intervém nos modelos de produção de subjetividade. Nas últimas décadas, ocorreram mudanças na esfera social e jurídica a partir do reconhecimento de direitos e maior visibilidade das demandas dos movimentos de dissidência sexual, problematizando noções e formas de intervenção. Essas mudanças reverberam nas narrativas psi como uma "nova" questão sobre a qual há pouca informação, apesar de serem questões levantadas por movimentos de dissidência sexual há décadas. A técnica utilizada foi a análise de narrativas de entrevistas com psicólogos e psiquiatras que atuam em Buenos Aires.

3.
Textos contextos (Porto Alegre) ; 21(1): 38940, 2022.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1352640

ABSTRACT

O presente texto é fruto de investigação científica realizada em pós-graduação na área da saúde pública, cujo objetivo foi analisar como os temas de gênero e de sexualidade aparecem nas narrativas dos trabalhadores de uma unidade de saúde que atuam com saúde da família e da comunidade. A metodologia, fundamentalmente qualitativa, procurou acionar reflexões a partir de notícias e de imagens deixadas nas mesas da cozinha da unidade de saúde, onde ocorreram "encontros do cotidiano". O estudo revelou que essas temáticas se conectam com diferentes dimensões da vida dos sujeitos ­ entre elas a dimensão afetiva, responsável por mobilizar narrativas moralizadoras e conservadoras próprias do espaço do cotidiano a respeito do tema de gênero e de sexualidade. A intenção da pesquisa foi também demonstrar que o espaço do cotidiano é potente para a realização de metodologias de educação mais conectadas ao conhecimento popular e, por isso, mais transformadoras de comportamentos preconceituosos e conservadores


This text is the result of postgraduate scientific research in the field of public health, whose objective was to analyze how the themes of gender and sexuality appear in the narratives of workers in a health unit who work with family and community health. The methodology, fundamentally qualitative, sought to trigger reflections based on news and images left on the kitchen tables of the health unit, where "everyday meetings" took place. The study revealed that these themes are connected with different dimensions of the subjects' lives ­ among them the affective dimension, responsible for mobilizing moralizing and conser-vative narratives typical of the everyday space regarding the theme of gender and sexuality. The intention of the research was also to demonstrate that the daily space is powerful for the realization of educational methodologies more connected to popular knowledge, and, therefore, more transforming of prejudiced and conservative behaviors


Subject(s)
Primary Health Care , Public Health , Sexuality , Gender Identity , Health Centers
4.
Pesqui. prát. psicossociais ; 15(2): 1-19, maio-ago. 2020.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1125320

ABSTRACT

A educação escolar tem considerável atuação na formação de subjetividades e, nesse âmbito, o trabalho educativo opera na manutenção-transformação de atitudes pautadas em preconceitos e estereótipos de gênero e sexualidade. Essas atitudes encontram-se presentes no cotidiano das escolas e, não raro, são motivadoras de conflitos nas relações entre os sujeitos que ali se encontram. Apostando no importante papel que a escola tem para a desconstrução de preconceitos e rótulos, apresentamos o relato de experiência de um licenciando em História, que usou de oficina pedagógica como ferramenta para mediação de conflitos causados por estereótipos de gênero e sexualidade. A partir da experiência reflexiva desse estudante, em diálogo com a teoria queer e com autores que discutem a resolução de conflitos e a aplicação de oficinas pedagógicas, indicamos como os conflitos interpessoais podem ser oportunidades importantes para o aprendizado de atitudes e valores democráticos e para a formação ética dos estudantes, assim como demonstramos que oficinas pedagógicas se apresentam como ferramentas bastante adequadas para esse trabalho.


School education has a considerable role in the formation of subjectivities, and in this context educational work operates in the maintenance-transformation of attitudes based on prejudices and stereotypes of gender and sexuality. These attitudes are present in the daily life of schools and, not infrequently, are motivators of conflicts in the relationships between their subjects. Supported on the important role that school has for deconstructing prejudices and labels, we present the experience report of a graduate student in history, who used a pedagogical workshop as a tool to mediate conflicts caused by gender and sexuality stereotypes. Based on this student's reflective experience, in dialogue with queer theory and with authors who discuss conflict resolution and the application of pedagogical workshops, we indicate how interpersonal conflicts can be important opportunities for learning democratic attitudes and values and for ethical training of students, as well as demonstrating that pedagogical workshops present themselves as quite adequate tools for this work.


La educación escolar tiene un papel considerable en la formación de subjetividades, y, en este contexto, el trabajo educativo opera en el mantenimiento-transformación de actitudes basadas en prejuicios y estereotipos de género y sexualidad. Estas actitudes están presentes en la vida diaria de las escuelas y, con poca frecuencia, son motivadoras de conflictos en las relaciones entre los sujetos que están allí. Apostando por el importante papel que tiene la escuela para deconstruir prejuicios y etiquetas, presentamos el informe de experiencia de un estudiante graduado en historia, que utilizó un taller pedagógico como una herramienta para mediar conflictos causados por estereotipos de género y sexualidad. Con base en la experiencia reflexiva de este estudiante, en diálogo con la teoría queer y con los autores que discuten la resolución de conflictos y la aplicación de talleres pedagógicos, indicamos cómo los conflictos interpersonales pueden ser oportunidades importantes para aprender actitudes y valores democráticos y para formación ética de los estudiantes, así como demostrar que los talleres pedagógicos se presentan como herramientas bastante adecuadas para este trabajo.


Subject(s)
Gender Identity , Interpersonal Relations , Prejudice , Psychology, Social , Social Support , Sexuality
5.
Sex., salud soc. (Rio J.) ; (32): 119-142, maio-ago. 2019.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1020946

ABSTRACT

Resumo O artigo é fruto de pesquisas realizadas entre os anos de 2010 e 2018 sobre os argumentos acionados em controvérsias públicas que vêm permeando o cenário político brasileiro, suscitadas por parlamentares ligados às bancadas religiosas. A reflexão volta seu olhar para o pânico moral criado em torno do Projeto Escola sem Homofobia, chamado de "kit gay" por seus detratores, a partir de 2011. Em seguida, acompanha os intensos debates desde 2013 - com o acionamento da terminologia "ideologia de gênero" - em torno dos planos de educação no país. Mais recentemente, acompanha o processo eleitoral para a Presidência da República, no qual o "kit gay" foi um dos principais artefatos da campanha do presidente eleito. Essas controvérsias se articulam em um cenário de fortalecimento de conservadorismos, cujos pontos de interseção são o confronto de moralidades em relação ao gênero e à sexualidade e a mobilização do discurso de defesa das crianças e dos adolescentes. A hipótese, assim, é que a infância e a adolescência se tornam pontos estratégicos para refletir sobre os processos de transformação por que passa a política sexual brasileira.


Abstract The current article results from research carried out between 2010 and 2018 on the arguments raised in public controversies that have pervaded the Brazilian political scene in recent years, examining the discourse of "conservative" religious actors, especially parliamentarians adopting a religious rhetoric. The author scrutinizes the moral panic created around the School without Homophobia Project, dubbed by its detractors "Gay Kit", from 2011 onwards; she then analyses the intense debates (beginning in 2013) revolving around education plans all over the country - debates in which the term "gender ideology" has been growingly used. Finally, the author examines the 2018 Brazilian presidential election, in which the "Gay Kit" was one of the main topics of the president-elect's campaign. All such controversies, which arise in a scenario of strengthened "conservatism", share two characteristics. First, the confrontation of different moralities related to gender and sexuality. Secondly, the discourse that depicts children and adolescents as having to be "protected". The author then hypothesizes that childhood and adolescence have become strategic features to think over the transformation that the Brazilian sexual policy is currently going through.


Resumen El artículo es el resultado de una investigación realizada entre 2010 y 2018 sobre los argumentos desencadenados en polémicas públicas que han impregnado el escenario político brasileño, originadas por parlamentarios vinculados a fracciones religiosas. La reflexión vuelve su mirada hacia el pánico moral creado alrededor del Proyecto Escuela sin Homofobia, llamado "kit gay" por sus detractores, desde 2011. Luego se acompañan los intensos debates de 2013 - con la terminología activada "Ideología de género": en torno a los planes de educación en el país. Más recientemente, acompañó el proceso electoral para la presidencia de la República, donde el "kit gay" fue uno de los principales artefactos de la campaña del presidente electo. Esas polémicas se articulan en un escenario de fortalecimiento del conservadurismo, cuyos puntos de intersección son la confrontación de moralidades en relación con el género y la sexualidad, y la movilización del discurso de defensa de las niñas, niños y adolescentes. La hipótesis, por lo tanto, es que la infancia y la adolescencia se convierten en puntos estratégicos para reflexionar sobre los procesos de transformación que experimenta la política sexual brasileña.


Subject(s)
Humans , Child , Adolescent , Public Policy , Religion , Child Rearing , Gender Identity , Politics , Brazil , Sexuality , Culture , Qualitative Research , Homophobia , Gender Expression , Morals
6.
Psicol. rev. (Belo Horizonte) ; 25(2): 725-741, ago. 2019.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1279573

ABSTRACT

Este trabalho discute estratégias e metodologias criadas e reinventadas por professores e professoras para trabalhar, em suas turmas, questões relacionadas a violência, desigualdades sociais e preconceito, pensando suas inserções no ambiente escolar. No atual contexto político, que tem fortalecido perspectivas ultraconservadoras e dificultado os debates sobre diversidades nas escolas, por meio da promoção do pânico moral na sociedade, os professores pesquisados sinalizam a necessidade de reflexão sobre esses temas em sala de aula, uma vez que estes já estão presentes nas relações escolares. A partir da realização de entrevistas com profissionais de um colégio da rede pública, buscamos compreender a reinvenção das estratégias docentes para o trabalho com tais temas, de maneira a promover debates entre estudantes em um contexto de crescente vigilância social e familiar sobre as práticas escolares.


This work discusses strategies and methodologies created and reinvented by teachers to deal, with violence, social inequalities and prejudice, designing their insertions in the school environment. In the current political context, which has strengthened ultraconservative perspectives and hampered the debates about school diversity through the promotion of moral panic in society, the teachers who were researched signaled the need for reflection on these themes in the classroom, due to the fact that they are already present in the school relations. Based on interviews with teachers from a governmental supported public school, we meant to understand the reinvention of teaching strategies to work with such topics, in order to promote debates among students in a context of increasing social and family surveillance over school practices.


Este artículo discute estrategias y metodologías creadas y reinventadas por los maestros para trabajar en sus clases temas relacionados con la violencia, desigualdades sociales y prejuicios, pensando en sus inserciones en el ambiente escolar. En el contexto político actual, que ha fortalecido las perspectivas ultraconservadoras y ha obstaculizado los debates sobre la diversidad en las escuelas al promover el pánico moral en la sociedad, los maestros encuestados señalan la necesidad de reflexionar sobre estos temas en el aula, ya que están presentes en las relaciones escolares. A partir de entrevistas con maestros de una escuela pública, buscamos comprender la reinvención de estrategias de enseñanza para trabajar con tales temas, con el fin de promover debates entre los estudiantes en un contexto de creciente vigilancia social y familiar sobre prácticas escolares.


Subject(s)
School Teachers , Socioeconomic Factors , Students , Violence , Sexism
7.
Rev. bras. educ. méd ; 43(3): 16-26, jul.-set. 2019.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1003436

ABSTRACT

RESUMO As conquistas dos movimentos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) estabeleceram uma tensão na sociedade que sugere serem irreversíveis suas conquistas, inclusive em termos de visibilidade e recusa ao silenciamento. O cenário de redemocratização e a luta contra o preconceito e a discriminação, assim como pelos direitos humanos e acesso à saúde para todos, compõem alguns dos objetivos desses movimentos. Entretanto, a ideia ainda recorrente da impureza da homossexualidade, que posiciona o sujeito gay como "ser perigoso" reatualiza o estigma e a discriminação com base na suposta "contaminação presumida" do HIV/aids. Nesse sentido, o presente artigo tem por objetivo analisar os efeitos dos discursos sobre as (homo)sexualidades e o HIV/aids na formação médica. Por meio da autoetnografia performática, foi desenvolvida uma análise nas intersecções do self nos coletivos, do eu nas culturas, do agente nas agências, a partir de cenas (auto)etnográficas e da observação participante nos vários cenários de ensino-aprendizagem de uma escola médica pública brasileira. Observamos que, embora proscrito desde a CID 10, o diagnóstico de "homossexualismo" segue sendo produzido e produzindo efeitos por meio da solicitação sistemática e sem evidências de investigação do HIV/aids na formação médica. Assim, compreendemos que ainda há certa cultura hegemônica heterossexual-homofóbica na formação e no cuidado em saúde que atualiza o circuito da exclusão, dominação, colonização e subjugação do sujeito homossexual pela reiterada relação "ser gay - ter HIV/aids". Com os encontros e as experiências vividas aqui analisadas, explicitam-se visceralmente as disputas e os enfrentamentos no currículo, na esfera do cotidiano e em nossa própria consciência e prática diária para a produção de espaços que considerem outras possibilidades de existência para além da somente hegemônica heterossexualidade branca masculina. Concluímos, também, que foram e ainda continuam sendo abertas várias disputas na formação e atuação médicas, evidenciando que "não estamos sozinhos". Muitos(as) de nós estamos comprometidos(as) com a tentativa de construir outros modos de ensinar e cuidar, guiados por performances - escritas e corporificadas - de inclusão e resistência, cujo objetivo é expor, desafiar e transformar narrativas desumanas contra a população LGBT e a opressão em geral.


ABSTRACT The achievements of the lesbian, gay, bisexual, transvestite and transsexual (LGBT) movements have established a tension in society that suggests that their accomplishments are irreversible, including in terms of visibility and refusal to remain silent. The scenario of re-democratization and the fight against prejudice and discrimination, as well as human rights and access to health for all, make up some of the objectives of these movements. However, the persistently recurrent idea of the dirtiness of homosexuality that positions the gay subject as being dangerous, reaffirm the stigma and discrimination from the alleged "presumed contamination" of HIV/aids. In this sense, this article aims to analyze the effects of discourses on (homo)sexualities and HIV/aids in Medical Education. By means of performative autoethnography, an analysis was performed at the intersections of the "self" in the collective, the self in the cultures, from (auto)ethnographic scenes and participant observation in the various teaching scenarios of a Brazilian public Medical School. We observed that, although proscribed since ICD 10, the diagnosis of "homosexualism" continues to be produced through the systematic and unproven application of HIV/aids research in medical education. Thus, we understand that there is still a certain heterosexual-homophobic hegemonic culture in health education and health care that updates the circuit of exclusion, domination, colonization and subjugation of the homosexual subject by the repeated relationship between "being gay - having HIV/aids". With the encounters and experiences that have been analyzed here, the disputes and confrontations in the curriculum, in the daily life and in our own daily consciousness and practice for the production of spaces that consider other ways of living beyond just hegemonic male white heterosexuality are made viscerally explicit. We also conclude that several disputes have been and are still being opened in medical training and performance, proving that "we are not alone". Many of us are committed to the attempt to construct other ways of teaching and caring, guided by performances - written and embodied - of inclusion and resistance, whose goal is to expose, challenge and transform dehumanizing narratives against the LGBT population and oppression in general.

8.
Hist. ciênc. saúde-Manguinhos ; 23(1): 193-210, enero-mar. 2016.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-777311

ABSTRACT

Resumo Este estudo explora as margens da medicina, em que práticas de saúde e aprimoramento se confundem. Ele é baseado no trabalho de campo desenvolvido no contexto de dois projetos de pesquisa distintos no Brasil sobre cirurgia plástica e terapias de hormônio sexual. Há uma significativa sobreposição clínica dessas duas terapias. Ambas estão disponíveis nos sistemas de saúde público e privado de tal forma que revelam a dinâmica de classes subjacente à medicina brasileira. Essas terapias também têm uma dimensão experimental enraizada no contexto normativo do Brasil e nas expectativas da sociedade em relação à medicina como forma de controlar a saúde reprodutiva e sexual da mulher. O uso medicinal experimental desses tratamentos está associado a um uso experimental “social”: as mulheres os adotam em resposta a pressões, ansiedades e aspirações no âmbito profissional e na vida pessoal. Argumenta-se aqui que essas técnicas experimentais estão se tornando moralmente autorizadas como um controle rotineiro da saúde da mulher, integradas aos tratamentos predominantes de obstetrícia e ginecologia, e sutilmente confundidas com práticas de cuidados pessoais que são vistas no Brasil como essenciais para atingir uma forma de feminilidade moderna.


Abstract This paper explores medical borderlands where health and enhancement practices are entangled. It draws on fieldwork carried out in the context of two distinct research projects in Brazil on plastic surgery and sex hormone therapies. These two therapies have significant clinical overlap. Both are made available in private and public healthcare in ways that reveal the class dynamics underlying Brazilian medicine. They also have an important experimental dimension rooted in Brazil’s regulatory context and societal expectations placed on medicine as a means for managing women’s reproductive and sexual health. Off-label and experimental medical use of these treatments is linked to experimental social use: how women adopt them to respond to the pressures, anxieties and aspirations of work and intimate life. The paper argues that these experimental techniques are becoming morally authorized as routine management of women’s health, integrated into mainstream Ob-Gyn healthcare, and subtly blurred with practices of cuidar-se (self-care) seen in Brazil as essential for modern femininity.


Subject(s)
Humans , Female , Gonadal Steroid Hormones/therapeutic use , Surgery, Plastic , Women's Health , Brazil , Gynecology , Off-Label Use , Self Care
9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 18(6): 1695-1704, Jun. 2013.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-676393

ABSTRACT

Este ensaio tem o objetivo apresentar uma reflexão sobre as possibilidades de incorporação de um corpo analítico queer aos processos de educação no campo da saúde. Isto porque o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde tem revelado desafios que passam pela ampliação de conhecimentos, necessários, principalmente quanto à revitalização da noção de sujeito. Tomamos a perspectiva queer para compreender como as identidades e, em particular, as de gênero e sexualidade, são naturalizadas e essencializadas em um processo social e cultural, e como isso pode determinar, nos micros espaços sociais, práticas educacionais com potência de reforçar a subalternidade das chamadas sexualidades minoritárias. A teoria queer , enquadrada nas chamadas teorias pós-críticas da educação, é analisada com base nas categorias: poder, resistência, transgressão em contextos de normalização e subjetivação. Assume-se que processos de educação na saúde, ancorados em uma pedagogia queer , trabalham no plano da diferença e não da diversidade, propondo processos de desconstrução dos binarismos tais como natureza/cultura, razão/paixão, homossexual/heterossexual, caminhando na conformação de sujeitos sociais e culturais mais transgressores.


The scope of this essay is to reflect on the possibilities of inclusion of a queer analytical body to the processes of education in the health field. This is because the development of the Unified Health System, with its new set of health practices has revealed challenges that include broadening the knowledge set especially required for revitalization of the notion of subject. Queer theory is needed to understand how identities and in particular gender and sexuality are incorporated, in a social and cultural process, and how, in the micro-social spaces, it can determine educational practices with the power to reinforce the status of the so-called minority sexualities. Queer theory framed in so-called post-critical theories of education is analyzed from the categories of power, resistance, transgression in the context of standardization and subjectivity. It is assumed that processes of education in health, grounded in queer teaching, working in terms of difference and not diversity, proposing processes of deconstruction of binaries such as nature/culture, reason/passion, homosexual/heterosexual, working towards shaping more assertive cultural and social subjects.


Subject(s)
Education, Professional/standards , Health Personnel/education , Sexual Behavior
10.
Educ. rev ; (46): 219-239, dez. 2007.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-472784

ABSTRACT

Nas culturas ocidentais em que vivemos, de forma muito mais intensa e explícita do que em outras épocas, o amor e a sexualidade têm sido significados como dimensões indissociáveis da vida humana. A sua realização prazerosa tem sido apresentada não apenas como um direito de todos os seres humanos, mas como um imperativo ao qual todos/as estamos submetidos e a partir do qual somos valorados, classificados e posicionados como mais ou menos bem-sucedidos e saudáveis. Nesse sentido, é importante destacar toda uma discursividade que reitera, todos os dias, que ser feliz envolve, dentre outras coisas, o trabalho, o amor e a vivência plena da sexualidade; e que alguns dos ingredientes importantes para garantir a felicidade e o prazer, nesses domínios, seriam, justamente, "sair da rotina", "inovar", "experimentar sensações novas" - é só dar uma folheada em livros de auto-ajuda, em revistas e nos vários programas de TV direcionados para o tema e voltados, de forma intensa, para os/as jovens. Tomando como referência esse contexto cultural e ancorando-se em vertentes dos estudos de gênero e culturais pós-estruturalistas, o presente artigo sinaliza para os desafios que se colocam para educadores e educadoras que se dispõem a trabalhar temas vinculados a gênero e sexualidade, na escola, na ótica da vulnerabilidade.


In the western cultures we live, more explicit and acutely than in other times, love and sexuality has been signified as inseparable dimensions of human life. Their pleasurable realization has been presented not only as a right of all human beings but as an imperative under all of us are submitted. We are valuated, classified and ranked as more or less wealthy and healthy through these imperatives. In this regard, it is important to detail a discourse that reiterates, every day, that being happy involves, among other things, work, love and complete realization of happiness. Some of the most important ingredients to assure happiness and pleasure in these domains were precisely "escaping from routine", "innovating", "experimenting new sensations" - take a look in self-help books, magazines and TV programs about this thematic, especially those addressed to youth. Taking this cultural context as reference, under the perspectives of post-structuralist cultural studies and gender studies, this paper points to the challenges that are presented to educators, especially to those who (at school) show themselves willing to work with themes related to gender and sexuality under the point of view of vulnerability.

11.
Educ. rev ; (46): 269-285, dez. 2007.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-472786

ABSTRACT

Apresento um exercício de análise cultural, a partir da frase "Que bicho é esse?" - do livro paradidático infantil (Lopes, 2000) para se referir a "sexo" e "sexualidade". Problematizo as potencialidades reflexivas da Educação Sexual tendo como referência a "Pedagogia dos Monstros" (Cohen, 2000) e a "desconstrução" como método analítico, articulando-as com teorizações nos campos dos Estudos Culturais e Feministas, sob a perspectiva pós-estruturalista de análise. Na Escola "os sexos", "as sexualidades" e "os gêneros" podem ser pensados como "monstros curriculares", assim como todo assunto marcado pela polêmica, pela provisoriedade, pela normalização. Como fenômeno metafórico cultural "os monstros" subordinam-se aos padrões hegemônicos da cultura normativa ao mesmo tempo em que resistem a eles. Essa resistência permite que, na Educação Sexual, os processos constituintes da normalidade e da desigualdade possam ser permanentemente postos em questão.


I present an exercise of cultural analysis using the sentence "What is this thing?", from the children's textbook (Lopes, 2000) to refer to "sex" and "sexuality". I discuss the reflexive potential in Sexual Education, having as a reference Pedagogy of the Monsters (Cohen, 2000) and the "deconstruction" as an analytical method, associating them with theories in the fields of Cultural Studies and Feminist Studies, under the post-structuralist perspective of analysis. At school, "the sexes", "the sexualities" and "the genres" can be thought as "curricular monsters", as well as all the subjects marked by controversy, fleetness, normalization. As a cultural metaphoric phenomenon, "the monsters" subordinate themselves to the hegemonic standards of the normative culture at the same time they resist to them. This resistance allows the constituent processes of normality and the inequality in Sexual Education can be permanently questioned.

SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL