ABSTRACT
INTRODUCTION: Studies strongly indicate Dientamoeba fragilis as one of the causes of diarrhea in human immunodeficiency virus (HIV) patients. METHODS: The objective of the present study was to evaluate the prevalence of D. fragilis associated with the causes of diarrhea in 82 HIV/ AIDS patients hospitalized at the Instituto de Infectologia Emílio Ribas from September 2006 to November 2008. RESULTS: In total, 105 samples were collected from 82 patients. Unprotected sex was the most frequent cause of HIV infection (46.3%), followed by the use of injectable or non-injectable drugs (14.6%). Patients presented with viral loads of 49-750,000 copies/ mL (average: 73,849 ± 124,850 copies/mL) and CD4 counts ranging of 2-1,306 cells/mm³ (average: 159 ± 250 cells/mm³). On an average, the odds of obtaining a positive result by using the other techniques (Hoffman, Pons and Janer or Lutz; Ritchie) were 2.7 times higher than the chance of obtaining a positive result by using the simplified iron hematoxylin method. Significant differences were found between the methods (p = 0.003). CONCLUSIONS: The other techniques can detect a significantly greater amount of parasites than the simplified iron hematoxylin method, especially with respect to Isospora belli, Cryptosporidium sp., Schistosoma mansoni, and Strongyloides stercoralis, which were not detected using hematoxylin. Endolimax nana and D. fragilis were detected more frequently on using hematoxylin, and the only parasite not found by the other methods was D. fragilis.
INTRODUÇÃO: Estudos indicam a Dientamoeba fragilis como uma das causas de diarréia em pacientes com HIV/AIDS. MÉTODOS: Os objetivos deste estudo foram avaliar a prevalência de D. fragilis associadas com as causas de diarréia em pacientes com HIV/AIDS internados no Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER). Oitenta e dois pacientes internados no IIER fizeram parte deste estudo de setembro de 2006 a novembro de 2008. RESULTADOS: No total, 105 amostras foram coletadas a partir de 82 pacientes neste estudo. Sexo desprotegido foi à causa mais frequente para a aquisição do HIV (46,3%), seguido pelo uso de drogas injetáveis ou não injetáveis (14,6%). Relações heterossexuais foram os mais citados (19,5%). Pacientes apresentaram carga viral entre 49 e 750.000 (média de 7.849 ± 124.850) e CD4 variando de 2 a 1.306 (média de 159 ± 250). Em média, as chances de um resultado ser positivo com outras técnicas foram 2,7 vezes maiores do que a chance de um resultado positivo com hematoxilina férrica simplificada. Foram encontradas diferenças significativas entre os métodos (p=0,003). CONCLUSÕES: As outras técnicas são capazes de detectar uma quantidade significativa maior de parasitas em comparação com a hematoxilina férrica simplificada, especialmente em relação à Isospora belli, Cryptosporidium sp., Schistossoma mansoni e Strongyloides stercoralis que não foram encontrados utilizando a hematoxilina e a Endolimax nana e D. fragilis foram mais detectados pela hematoxilina férrica simplificada, principalmente a D. fragilis que não foi detectada pelos outros métodos.
Subject(s)
Adult , Female , Humans , Male , Diarrhea/parasitology , Dientamoeba/isolation & purification , Dientamoebiasis/diagnosis , Feces/parasitology , HIV Enteropathy/parasitology , HIV Enteropathy/diagnosis , Hematoxylin , Prevalence , Staining and LabelingABSTRACT
A diarreia, manifestação clínica comum em pacientes acometidos pela AIDS, pode levar a óbito em decorrência do diagnóstico tardio e da falta de tratamento adequado. Uma das causas de diarréia em pacientes com AIDS é atribuída ao Dientamoeba fragilis, cuja etiologia envolve diversos fatores, com a prevalência de patógenos emergentes e oportunistas, como: vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) e outros agentes virais, bacterianos e fúngicos. Este estudo avaliou a eficiência da coloração de hematoxilina férrica simplificada na identificação da Dientamoeba fragilis, bem como verificou a prevalência do protozoário associada a causas de diarreia em pacientes com HIV/AIDS. A pesquisa contemplou 82 pacientes com idade compreendida entre 18 e 61 anos (idade média de 38 anos), com predominância do gênero masculino (75,6%), acompanhados no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de setembro de 2006 a novembro de 2008. Das amostras coletadas, com emprego de técnicas especiais de coloração (Hematoxilina Férrica), comparando-se a outros métodos com solução conservante Schaudinn, métodos coproparasitológicos (Hoffman, Pons e Janer, 1934; Richie, 1948). A técnica de hematoxicilina férrica simplificada detectou a Dientamoeba fragilis em 1,2% das amostras, sendo que as outras técnicas não foram capazes de detectar o protozoário. Concluiu-se que a coloração de hematoxilina férrica simplificada mostrou-se eficaz na detecção da Dientamoeba fragilis, é uma técnica rápida e prática para diagnóstico em laboratório de rotina, quando comparada com outros métodos de coloração. A Dientamoeba fragilis foi associada a uma das causas de diarreia em pacientes aidéticos.
Subject(s)
Male , Female , Humans , Diarrhea , Dientamoeba , Hematoxylin , Acquired Immunodeficiency SyndromeABSTRACT
A diarreia, manifestação clínica comum em pacientes acometidos pela AIDS, pode levar a óbito em decorrência do diagnóstico tardio e da falta de tratamento adequado. Uma das causas de diarréia em pacientes com AIDS é atribuída ao Dientamoeba fragilis, cuja etiologia envolve diversos fatores, com a prevalência de patógenos emergentes e oportunistas, como: vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) e outros agentes virais, bacterianos e fúngicos. Este estudo avaliou a eficiência da coloração de hematoxilina férrica simplificada na identificação da Dientamoeba fragilis, bem como verificou a prevalência do protozoário associada a causas de diarreia em pacientes com HIV/AIDS. A pesquisa contemplou 82 pacientes com idade compreendida entre 18 e 61 anos (idade média de 38 anos), com predominância do gênero masculino (75,6%), acompanhados no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de setembro de 2006 a novembro de 2008. Das amostras coletadas, com emprego de técnicas especiais de coloração (Hematoxilina Férrica), comparando-se a outros métodos com solução conservante Schaudinn, métodos coproparasitológicos (Hoffman, Pons e Janer, 1934; Richie, 1948). A técnica de hematoxicilina férrica simplificada detectou a Dientamoeba fragilis em 1,2% das amostras, sendo que as outras técnicas não foram capazes de detectar o protozoário. Concluiu-se que a coloração de hematoxilina férrica simplificada mostrou-se eficaz na detecção da Dientamoeba fragilis, é uma técnica rápida e prática para diagnóstico em laboratório de rotina, quando comparada com outros métodos de coloração. A Dientamoeba fragilis foi associada a uma das causas de diarreia em pacientes aidéticos.