Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 2 de 2
Filter
Add filters








Year range
1.
Psicol. ciênc. prof ; 42: e233089, 2022.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1356594

ABSTRACT

Este estudo buscou compreender as práticas discursivas de psicólogas(os) sobre a atuação psicológica na abordagem às IST/HIV-Aids em serviços especializados em uma cidade da Bahia. Para tanto, foram realizadas nove entrevistas semiestruturadas com profissionais ligadas(os) a serviços da rede pública de saúde. A perspectiva teórico-metodológica da psicologia social construcionista inspirou o processo de produção e análise das informações. Os resultados apontaram para importantes rupturas e ressignificações dos repertórios linguísticos gestados no cotidiano das práticas em saúde (tempo vivido e tempo curto), em atenção às necessidades dos contextos de atuação, ainda que elementos da formação clássica da psicologia também sejam utilizados para caracterizar a atuação nesses espaços. Nos serviços pesquisados, as(os) psicólogas(os) têm conseguido enxergar e reconhecer demandas de ordens biológica e social, que indicam aspectos objetivos da vivência dos(as) usuários(as) (menos afeitos ao ideário individualista), apontando para uma contextualização da clínica psicológica no campo da saúde pública, embora nem todas(os) admitam que essas demandas devam ser cuidadas também pela(o) profissional de psicologia. Do ponto de vista teórico, partimos de reflexões sobre as noções de clínica ampliada e de atuação psicológica coletiva até alcançarmos a noção de clínica psicológica ampliada, situada em relação às especificidades da atuação psicológica no campo do HIV-Aids. Nessa direção, a clínica psicológica ampliada apresenta-se em potencial construção, situando-se entre aproximações e recuos do que seria uma prática desenvolvida de modo contextualizado e comprometido com os processos subjetivos de pessoas vivendo com HIV-Aids ou tentando se proteger em situações concretas de vulnerabilidade, que geram sofrimento psicossocial.(AU)


This study aimed to understand the discursive practice of psychologists regarding the psychological practice in the approach to STI/HIV-AIDS in specialized services in a city of Bahia. To do so, we conducted nine semi-structured interviews with professionals related to health public services. The theoretical-methodological perspective of social constructionist psychology inspired the process of information production and analysis. The results pointed towards important ruptures and resignifications of the linguistic repertoires created in the everyday health practices (lived time and short time), attentive to the needs of the contexts of practice, although elements of traditional psychology training are also used to characterize the work in these contexts. In the surveyed services, the psychologists have been noticing and recognizing biological and social demands, which indicate objective aspects of the users' experience (less adept to individualistic values). This fact points towards a contextualization in the psychological work in the public health field, although not all interviewed psychologists admit that this type of demand should also be addressed by psychology professionals. From a theoretical point of view, we started from reflections on the notions of amplified clinic and the collective psychological practice resulting in the concept of amplified psychological clinic that relates to specificities of the psychological work in the field of HIV-AIDS. In this respect, the amplified psychological clinic is in potential construction, approaching and retreating from what would be a developed practice contextualized and committed to the subjective processes of people living with HIV-AIDS or trying to protect themselves in concrete vulnerable situations, which produces psychosocial suffering.(AU)


Este estudio pretende comprender las prácticas discursivas de psicólogas/os sobre la acción psicológica para abordar las infecciones de transmisión sexual y el sida (ITS/VIH-sida) en servicios asistenciales especializados en una ciudad de Bahía (Brasil). Con este fin, se realizaron nueve entrevistas semiestructuradas con profesionales vinculados a los servicios de salud pública. La perspectiva teórico-metodológica de la psicología social construccionista inspiró el proceso de producción y análisis de datos. Los resultados apuntaron a importantes rupturas y resignificaciones de los repertorios lingüísticos producidos en la práctica diaria de la salud (tiempo vivido y tiempo corto), atentos a las necesidades de los contextos de acción, aunque también se utilizan elementos de la formación clásica de la psicología para caracterizar la práctica en esos espacios. En los servicios investigados, las/los psicólogas/os han podido ver y reconocer las demandas y sus dimensiones biológicas y sociales, que indican aspectos objetivos de la experiencia de los/as usuarios/as (poco afectados por los ideales individualistas), apuntando a una contextualización de la clínica psicológica en el contexto de la salud pública, aunque no todos admiten que estas demandas también deban ser atendidas por el profesional de la psicología. Del punto de vista teórico, partimos de reflexiones sobre las nociones de clínica ampliada y acción psicológica colectiva hacia llegar a la noción de clínica psicológica ampliada, situada en la relación con las especificidades de la acción psicológica en el campo del VIH/sida. En ese sentido, la clínica psicológica ampliada es una potencial construcción, que tiene lugar entre aproximaciones y retrocesos de lo que sería una práctica desarrollada de manera contextualizada y comprometida con los procesos subjetivos de las personas que viven con VIH/sida o que intentan protegerse en situaciones concretas de vulnerabilidad, que generan sufrimiento psicosocial.(AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Psychology, Social , Acting Out , Sexually Transmitted Diseases , HIV , Address , Ambulatory Care Facilities , Practice, Psychological , Psychiatry , Psychology , Unified Health System , Health Knowledge, Attitudes, Practice , Public Health , Acquired Immunodeficiency Syndrome , Condoms
2.
São Paulo; s.n; 2017. 120 p
Thesis in Portuguese | LILACS, BDENF | ID: biblio-1395354

ABSTRACT

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) ainda constituem um grave problema de saúde pública que assola cada vez mais o público feminino, sendo acentuada pela vulnerabilidade individual, social e programática. Assim, este estudo teve como objetivo identificar e analisar as vulnerabilidades de mulheres quilombolas do Rio Trombetas (PA) para as IST/HIV/aids. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, prospectivo, transversal com abordagem quantitativa. A coleta de dados deu-se por meio de entrevista individual realizada no domicílio, a partir de um questionário semiestruturado, após aprovação do Comitê de Ética da Escola de Enfermagem da USP, sob o parecer: 1.667.309. Para a análise dos resultados foi adotado como referencial o conceito de vulnerabilidade. Esta pesquisa foi realizada em oito comunidades quilombolas do alto Trombetas, localizadas no município de Oriximiná, região Oeste do Estado do Pará, com a participação de 139 mulheres. A média de idade foi de 30 anos e as cores autodeclaradas prevalentes foram a negra e a parda. A maioria das mulheres possuía o ensino fundamental completo e intitulou-se casada. Quanto à história pregressa de IST, 56,8% citaram apresentar em algum momento sinais e sintomas de IST, porém, apenas 25,2% informaram sempre fazer uso do preservativo masculino nas relações sexuais e 12,6% do preservativo feminino. Em relação aos motivos para o não uso do preservativo feminino, 52,5% das mulheres justificaram a sua indisponibilidade. Quanto ao conhecimento sobre as IST, 69,1% já haviam recebido algumas informações, verificou-se que pouco mais da metade, 55,4%, respondeu sobre a forma correta de transmissão e que a prevenção é feita através do uso da camisinha (80,6%). Apenas 44,6% das mulheres consideram a existência de risco para contrair uma IST/HIV/aids e que este risco é acentuado pela infidelidade do parceiro (45,2%). Apesar de se considerarem em risco, as mesmas classificam o grau de exposição individual a possível infecção em baixo risco (64,6%) e apenas 8,1% classificam em alto risco. Verificou-se a inexistência de serviços de saúde na comunidade e quanto a atividade de prevenção para as IST/HIV/aids apenas 48,9% das pesquisadas participaram de alguma atividade educativa. Os resultados evidenciam fragilidades de conhecimento, das mulheres frente à prevenção das IST/HIV/aids, potencializado pela ausência de serviços de saúde e ações nas comunidades. Pelo exposto, foi possível identificar que as mulheres quilombolas são vulneráveis nas três dimensões: individual, social e programática para as IST/HIV/aids. Neste contexto é de extrema importância a efetivação dos serviços e ações de saúde nessas localidades, através de políticas públicas responsáveis e comprometidas, com a participação da enfermagem, o principal agente do cuidado comunitário dentro do elo de promoção e prevenção da saúde.


Sexually Transmitted Infections (STIs) still constitute a serious public health problem that increasingly plaguing the female audience, and is accentuated by the individual, social and programmatic vulnerability. Thus, this study aimed to identify and analyze the vulnerabilities of Quilombolas women from the Trombetas River (PA) for STI/ HIV/ AIDS. This is an exploratory, descriptive, prospective, cross-sectional study with a quantitative approach. Data collection was done by means of an individual interview conducted at home, using a semi-structured questionnaire, after approval by the Ethics Committee of the School Nursing of USP, on opinion No. 1.667.309. For the analysis of the results, the vulnerability concept was adopted as reference. This research was carried out in eight quilombola communities of Alto Trombetas, located in the municipality of Oriximiná, western region of the State of Pará, with the participation of 139 women. The mean age was 30 years and the prevalent self-declared colors were black and brown. Most of the women had completed elementary education and titled married. Regarding the previous history of ISTs, 56.8% mentioned that they presented signs and symptoms of STI, but only 25.2% reported using the male condom in sexual intercourse and 12.6% of the female condom. Regarding the reasons for not using the female condom, 52.5% of the women justified their unavailability. As to knowledge about STIs, 69.1% had already received some information, it was found than slightly more than half, 55.4%, answered on the correct form of transmission and that prevention is done through the use of condoms (80.6%). Only 44.6% of women consider the risk of contracting STI /HIV/AIDS and that this risk is accentuated by partner infidelity (45.2%). Although considered at risk, they classify the degree of individual exposure to possible low-risk contamination (64.6%) and only 8.1% rank at high risk. The lack of health services in the community and the prevention activity for STI /HIV/AIDS, only 48.9% of those surveyed participated in some educational activity. The results show weaknesses in women's knowledge regarding STI /HIV/AIDS prevention, which is enhanced by the absence of health services and community actions. From the foregoing, it was possible to identify that quilombola women are vulnerable in three dimensions: individual, social and programmatic for STI /HIV/AIDS. In this context, it is extremely important to carry out health services and actions in these localities through responsible and committed public policies, with the participation of nursing, the main agent of community care within the link of promotion and prevention of health.


Subject(s)
HIV , Nursing , Disaster Vulnerability , Women , Acquired Immunodeficiency Syndrome , Quilombola Communities
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL