ABSTRACT
Abstract Introduction: IgA nephropathy (IgAN) is the most common glomerular disease globally, and its susceptibility and the risk for the development of end-stage kidney disease are related to genetic and environmental factors. IgAN recurrence after kidney transplantation is relatively common, impacting graft function and survival. This study evaluated the risk factors and the clinical, laboratory, and histological characteristics of post-transplant IgAN recurrence based on the Oxford classification. Material and methods: Retrospective single-center cohort study including kidney transplant recipients with biopsy-proven pre-transplantation IgAN, with analysis of risk factors and clinical, laboratory, and histological characteristics of the IgAN recurrence cases. Results: 53 patients fulfilled the inclusion criteria and were included in the study. The majority was male, white, eutrophic, with a mean age of 27 ± 9 years at IgAN diagnosis. Systemic arterial hypertension and proteinuria were frequent in the pretransplant period. Four recipients (7.5%) presented IgAN recurrence in a period of 6 to 122 months post-transplant. According to the Oxford classification, they had high scores of mesangial hypercellularity and segmental glomerulosclerosis in the native kidney biopsies and there was mesangial hypercellularity in all analyzed graft biopsies. None of these patients had received induction immunosuppression and all of them presented graft failure in the follow-up. Conclusions: In this series, there was a high prevalence of mesangial hypercellularity and segmental glomerulosclerosis on native kidney biopsies, and mesangial hypercellularity occurred in all IgAN recurrence graft biopsies. Despite the lower incidence of recurrence of IgAN post-transplant compared to previous reports, progression to graft loss was of 100%.
Resumo Introdução: Nefropatia por IgA (NIgA) é a doença glomerular mais comum mundialmente. Sua suscetibilidade e risco para desenvolvimento de doença renal em fase terminal estão relacionados a fatores genéticos e ambientais. A recidiva de NIgA pós-transplante é relativamente comum, impactando na função e sobrevida do enxerto. Este estudo avaliou fatores de risco e características clínicas, laboratoriais e histológicas da recidiva de NIgA pós-transplante, com base na classificação de Oxford. Material e métodos: Estudo de coorte retrospectivo de centro único, incluindo receptores de transplante renal com NIgA pré-transplante comprovada por biópsia, com análise dos fatores de risco e características clínicas, laboratoriais e histológicas dos casos de recidiva de NIgA. Resultados: 53 pacientes preencheram critérios de inclusão e foram incluídos no estudo. A maioria era homem, branco, eutrófico, com idade média de 27 ± 9 anos no diagnóstico de NIgA. Hipertensão arterial sistêmica e proteinúria foram frequentes no período pré-transplante. Quatro receptores (7,5%) apresentaram recidiva de NIgA entre 6-122 meses pós-transplante. Segundo a classificação de Oxford, eles apresentaram altos escores de hipercelularidade mesangial e glomeruloesclerose segmentar nas biópsias de rins nativos. Houve hipercelularidade mesangial em todas as biópsias de enxerto analisadas. Nenhum destes pacientes recebeu imunossupressão de indução. Todos apresentaram falência do enxerto no acompanhamento. Conclusões: Nesta série, houve alta prevalência de hipercelularidade mesangial e glomeruloesclerose segmentar em biópsias de rins nativos, e hipercelularidade mesangial ocorreu em todas as biópsias do enxerto de recidiva da NIgA. Apesar da menor incidência de recidiva de NIgA pós-transplante comparada a relatos anteriores, a progressão para perda do enxerto foi de 100%.