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Rio de Janeiro; s.n; 14.nov.2023. 130 p. tab, ilus, graf, mapas.
Thesis in Portuguese | LILACS, SES-RJ | ID: biblio-1554813

ABSTRACT

O Brasil vem incorporando, desde o início da epidemia de Aids até os dias atuais, tecnologias mais modernas para o controle do HIV/Aids e para o adequado diagnóstico. Os recursos de diagnóstico e tratamento disponíveis no SUS oferecem tratamento para a infecção, permitindo que as pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) tenham boa qualidade de vida. O cenário epidemiológico atual do HIV/Aids no Estado do Rio de Janeiro apresenta taxas de detecção e mortalidade maiores que a média nacional, a despeito de esforços e investimentos. Assim, este trabalho apresenta o cenário epidemiológico do HIV/Aids no Estado do Rio de Janeiro no período de 2017 a 2022; caracteriza, através dos dados coletados nos sistemas de informação, as etapas do cuidado do HIV/Aids no ERJ em 2022 e descreve a rede de tratamento e internação para as PVHA no Estado do Rio de Janeiro em 2022. Trata-se de pesquisa exploratória, com dados secundários oriundos dos sistemas de informação utilizados no cuidado às PVHA (SICLOM ­ Sistema de controle logístico de medicamentos e SISCEL ­ Sistema de Controle de Exames Laboratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos CD4+/CD8+ e Carga Viral) além do SINAN e do SIM. De 2017 até 2022, foram notificados no SINAN 27.548 casos de HIV, 17.254 casos de Aids e 4.833 gestantes infectadas pelo HIV. No mesmo período, foram registrados no SIM 8.492 óbitos por Aids no ERJ, com decréscimo de aproximadamente 10% de 2017 para 2021. Em 2021, 18,9% das Declarações de Óbito (D.O.) por Aids tinham menção de tuberculose. Foi identificado que aproximadamente 46% das pessoas diagnosticadas com HIV no ERJ apresentaram-se tardiamente a um serviço de saúde (CD4<350cels/ml). Em 2022, uma pessoa levava em média 26 dias para iniciar o tratamento após realizar o 1º CD4 no ERJ, 10 dias a mais que no Estado de São Paulo. Atualmente, o país conta com um total de 1.314 unidades distribuidoras de medicamentos (UDM), 19,4% das quais localizadas no Rio de Janeiro e 18,2% em São Paulo. Considerando o cenário apresentado, uma das hipóteses levantadas são a possibilidade de a coinfecção TB HIV contribuir para a mortalidade acima da média nacional. Outra possibilidade é que nossa ampla rede de tratamento não acarreta maior acesso e a rede de internação possui uma concentração de leitos na capital, exigindo bom sistema de regulação para que o acesso possa ser equânime. (AU)


Since the beginning of the Aids epidemic to the present day, Brazil has been incorporating more modern technologies for the control of HIV/Aids and for adequate diagnosis. The diagnostic and treatment resources available in the SUS offer treatment for the infection, allowing people living with HIV/Aids (PLWHA) to have a good quality of life. The current epidemiological scenario of HIV/Aids in the State of Rio de Janeiro presents detection and mortality rates higher than the national average, despite efforts and investments. The clinical monitoring indicators for PLWHA residing in the State of Rio de Janeiro (ERJ) do not present results compatible with the epidemiological scenario. Therefore, this work presents the epidemiological scenario of HIV/Aids in the State of Rio de Janeiro from 2017 to 2022; characterize, through data collected in information systems, the stages of HIV/Aids care in ERJ in 2022 and describe the treatment and hospitalization network for PLWHA in the State of Rio de Janeiro in 2022. This is exploratory research, with secondary data originating from information systems used in the care of PLWHA (SICLOM ­ Medication Logistics Control System and SISCEL ­ Laboratory Testing Control System of the National CD4+/CD8+ Lymphocyte Count Network and Viral Load) in addition to SINAN and SIM. From 2017 to 2022, 27,548 cases of HIV, 17,254 cases of Aids and 4,833 pregnant women infected with HIV were reported on SINAN. In the same period, 8,492 deaths due to Aids were registered in the SIM in ERJ, with a decrease of approximately 10% from 2017 to 2021. In 2021, 18.9% of Death Certificates (D.O.) due to Aids mentioned tuberculosis. It was identified that approximately 46% of people diagnosed with HIV in ERJ presented to a health service late (CD4<350cells/ml). In 2022, it took an average of 26 days for a person to start treatment after undergoing the 1st CD4 in ERJ, 10 days longer than in the State of São Paulo. Currently the country has a total of 1,314 Medicine Distribution Units (UDM), 19.4% of which are located in Rio de Janeiro and 18.2% in São Paulo. Considering this scenario, one hypothesis is the possibility that TB HIV co-infection contributes to mortality above the national average. Another possibility is that our wide treatment network does not lead to greater access and the hospitalization network has a concentration of beds in the capital, requiring a good regulation system so that access can be equitable. (AU)

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