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Year range
1.
Agora (Rio J.) ; 15(spe): 493-512, jul.-dez. 2012.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-664116

ABSTRACT

O autor interroga a relação entre o desastre totalitário e a psicanálise. Será que a psicanálise, os psicanalistas, tem algo pertinente a dizer acerca da barbárie? Esta não é uma dimensão que estaria fora do nosso campo? Será que podemos afirmar que o desastre que sobreveio na cultura não teria tido senão pouca ou nenhuma consequência sobre nossa "teoria", nossas "práticas", nossa "arte"? Não é incrível que demos seguimento à tarefa psicanalítica como se a onda da irrupção do terror e da barbárie na cultura não tivesse abalado as quatro paredes de nossos consultórios? Estas são perguntas que este artigo enfrenta e que levam o autor a se voltar sobre a questão dos estados limites a partir de sua reflexão acerca dos efeitos psíquicos duradouros do totalitarismo.


Malaise in civilization and totalitarian disaster. The author cross-examines the relationship between psychoanalysis and totalitarian disaster. Does psychoanalysis, psychoanalysts, have something relevant to say about the barbarism? Isn't this a dimension which is beyond our field? Can we say that the disaster that befell the culture would not have had but little or no consequence on our "theory", our "practice" our "art"? Isn't it amazing that we follow the psychoanalytic task as if the wave of eruption of terror and barbarism in culture had not shaken the four walls of our offices? These are questions which this article is facing, and leading the author to get back on the issue of borderline states since his reflection on the lasting psychological effects of totalitarianism.


Subject(s)
Attitude to Death , Civilization , Psychoanalysis
2.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 15(3): 497-511, set. 2012.
Article in Spanish | LILACS | ID: lil-651791

ABSTRACT

Las relaciones entre el psicoanálisis y el pensamiento social hunden sus raíces en los primeros desarrollos del descubrimiento freudiano. El propio Freud no es ajeno a esta cuestión y después de la Primera Guerra Mundial dedica una parte significativa de su producción a los llamados textos sociológicos. Tanto la teoría social como la concepción pulsional en sus últimas elaboraciones representan el equipaje más comprometedor de la herencia freudiana, que sólo algunos autores como Jacques Lacan están dispuestos a retornar. El llamado pesimismo freudiano asociado a estos textos critica la lectura optimista de la metáfora poder-expresión que establece la acción unilateral del poder sobre algo que queda imposibilitado de expresarse libremente. Es desde estas coordenadas que pretendemos adentrarnos en la concepción freudiana de salud mental. El hecho de que la ley no sea tan enemiga de la pulsión, que la ley no esté depurada de la satisfacción patológica, tendrá importantes efectos para la retórica de la liberación personal y política.


As relações entre a psicanálise e o pensamento social têm suas raízes nos primeiros passos da descoberta freudiana. O próprio Freud não é alheio a esta questão e após a Primeira Guerra Mundial dedica uma parte significativa de sua produção aos chamados textos sociológicos. Tanto a teoria social como o conceito de pulsão em suas últimas elaborações representam a bagagem mais comprometedora da herança freudiana, que somente alguns autores como Jacques Lacan estão dispostos a retomar. O chamado pessimismo freudiano associado a esses textos critica a leitura otimista da metáfora poder-expressão que estabelece a ação unilateral do poder sobre algo que fica impossibilitado de se expressar livremente. É a partir destas coordenadas que pretendemos adentrar na concepção freudiana de saúde mental. O fato de que a lei não seja tão inimiga da pulsão e que não está livre da satisfação patológica, terá efeitos importantes na retórica da liberação pessoal e política.


The relations between psychoanalysis and social thought find their roots in the early developments of Freud's work. He took on this question and dedicated a considerable part of his production on the so-called sociological texts, published after the World War I. Social theory and his final conception of the drives represent the most compromising aspects of Freud's inheritance, to which only a few authors, such as Jacques Lacan, have been willing to return. Freud takes a pessimistic view in these texts and criticizes the optimistic reading of the metaphor of power-expression, which establishes the unilateral action of power on something that cannot be expressed freely. It is from these coordinates that the author of this article endeavors to update the Freudian conception of mental health and explore how the law is in a paradoxical relationshipwith the drives and with pathological satisfaction. This conception has important effects for the rhetoric of personal and political liberation.


Les rapports entre la psychanalyse et la pensée sociale remontent au début du développement de la découverte freudienne. Freud lui-même en est conscient et après la Première Guerre mondiale, il consacre une partie importante de sa production aux textes que certains appellent culturels. Autant la théorie sociale que la conception de pulsion représentent les bagages les plus compromettants de l'héritage freudien que seuls quelques auteurs comme Jacques Lacan sont prêts à reprendre. Le pessimisme freudien associé à ces textes critique la lecture optimiste de la métaphore puissance-expression qui établit l'action unilatérale de la puissance sur quelque chose qui est incapable de s'exprimer librement. C'est à partir de ces coordonnées que l'article sonde la conception freudienne de la santé mentale. Le fait que la loi n'est pas l'ennemie absolue de la pulsion et qu'elle n'est pas exemptée de la satisfaction pathologique produira d'importantes répercussions sur la rhétorique de la libération personnelle et politique.


Subject(s)
Humans , Mental Health , Psychoanalysis
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