ABSTRACT
A pancreatite aguda se caracteriza pela ativação precoce das enzimas digestivas pancreáticas, ainda no interior das células acinares, evento capaz de desencadear uma resposta inflamatória auto-sustentada, que pode culminar com falência orgânica múltipla. Cerca de 70% dos pacientes desenvolvem a forma branda edematosa da doença, que se apresenta como uma condição autolimitada. No entanto, a forma grave da moléstia, na qual há necrose pancreática, está relacionada à elevada letalidade, especialmente se houver infecção associada. Em busca de diminuir a morbidade desta condição, tornou-se fundamental que o diagnóstico seja feito com rapidez e segurança, de modo a definir o tratamento mais adequado para cada paciente. Desse modo, o conhecimento dos aspectos mais importantes relacionados à fisiopatologia, ao diagnóstico e ao tratamento da pancreatite aguda é fundamental para seu adequado manejo. Revisar, pois, tais assuntos é o escopo do presente artigo.