ABSTRACT
Objetivo: criar um escore para observar a presença de depósitos na superfície das próteses fixas suportadas por implantes, confeccionadas seguindo o protocolo Brånemark. Material e métodos: pacientes portadores de próteses fixas implantossuportadas através do protocolo de Brånemark, com no mínimo 12 meses de uso, foram convidados a participarem da pesquisa e receberem manutenção periódica preventiva periodontal. Durante a consulta, as próteses fixas eram desmontadas utilizando-se um estojo protético e classificadas através de escores, de acordo com o acúmulo de depósitos em sua superfície: 0 entre zero e 25%; 1 entre 26% e 50%; 2 entre 51% e 75%; 3 76% ou mais. Resultados: foram selecionados 83 pacientes, sendo 25 (31,6%) do sexo masculino e 58 (68,4%) do sexo feminino. A média de idade dos pacientes foi de 62,13 anos (faixa entre 40 e 87 anos). O tempo médio de uso das próteses foi de quase três anos. A maioria das próteses foi classificada com escores 2 e 3, diferindo estatisticamente apenas das próteses classificadas com escores 1 (p < 0,05). As próteses classificadas com escore 2 não demonstraram diferenças estatísticas, quando comparadas às próteses com escores 1 e 3 (p > 0,05). O escore 0 foi o menos prevalente e com diferenças estatísticas, comparado com os demais grupos. Um caso demonstrou presença de corpo estranho (material de moldagem) no interior do sulco peri-implantar, enquanto nos outros houve a formação de cálculos salivares. Inflamação peri-implantar esteve associada ao escore 3. Conclusão: o método apresentado é viável e de fácil execução. Os pacientes têm dificuldades em higienizar suas próteses. O implantodontista deve observar atentamente as estruturas peri-implantares, principalmente para a presença de corpos estranhos.
Objective: to create a score to classify the degree of debris at the intaglio surface of implant-supported prostheses made according the Brånemark protocol. Material and methods: patients wearing their implant-supported fixed prostheses (at least 1 year in function were invited to participate into this study and received preventive periodontal maintenance. The prostheses were unscrewed and classifi ed according to the amount of undersurface deposits as follows: 0) 0-25%; 1) 26% to 50%; 2) 51% to 75%; and 3) 76% or more. Results: 83 patients (25 (31.6%) male and 58 (68.4%) female) were enrolled, with a mean age of 62.13 years-old (range from 40 to 87 years). The mean time of prostheses into function was almost 3 years. Most rehabilitations received scores 2 and 3, being statistically different from those rated with score1 (p < 0.05). Those with score 2 were not different from scores 1 and 3 (p > 0.05). The zero score was the least prevalent compared to the other groups. Interestingly, one case highlighted a foreign residual body (impression material) into the peri-implant sulcus, while salivary calculi were also observed. The peri-implant inflammation was mostly associated to score 3. Conclusion: although the presented score has been user-friendly, all patients presented hygiene diffi culties. Implant practitioners must closely observe all peri-implant structures mainly for the presence of foreign bodies.