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1.
Ciênc. rural ; 44(7): 1246-1248, 07/2014.
Article in English | LILACS | ID: lil-718164

ABSTRACT

Palicourea aeneofusca contains sodium monofluoroacetate, which causes sudden death in ruminants when administered at doses of approximately 0.6g kg-1 of body weight (g kg-1). In this experiment two groups of 6 goats were used to determine the possibility to induce conditioned food aversion to P. aeneofusca. In group 1, 0.35g kg-1 of green leaves of the plant were given to six goats on days 1, 5, 10, 20, 30, 60, and 90 of the experiment. On the first day, all of the goats ingested the full amount of the plant and were treated immediately with 175mg kg-1 of lithium chloride (LiCl) through a ruminal tube. On day 5, only two goats ingested the plant, and they were treated with the same dose of LiCl. On days 10, 20, 30, 60, and 90, none of the goats ingested the plant. For another group of 6 goats, the leaves were given on days 1, 10, 20, 30, 60, and 90. All of the goats ingested the leaves on day 1 and received 1mL kg-1 body weight of water through a ruminal tube. All of these goats ingested the plant on days 10, 20, 30, 60, and 90. These results demonstrate that it is possible to induce conditioned food aversion to P. aeneofusca that persists for at least 90 days. Further experiments should be performed to determine the duration of the aversion and to induce aversion to other Palicourea species, particularly P. marcgravii, which is the most important toxic plant in Brazil.


Palicourea aeneofusca, que contém monofluoroacetato de sódio, causa morte súbita em ruminantes quando é administrada a doses de aproximadamente 0,6g kg-1 de peso vivo (g kg-1). Neste experimento, foram utilizados dois grupos de 6 caprinos para determinar a possibilidade de induzir aversão alimentar condicionada à ingestão de P. eneofusca. Para induzir aversão alimentar condicionada no grupo 1, 0.35g kg-1 de folhas verdes da planta foram administradas a seis caprinos nos dias 1, 5, 10, 20, 30, 60, e 90 do experimento. No primeiro dia, todos os caprinos ingeriram toda a planta oferecida e foram tratados imediatamente com 175mg kg-1 de carbonato de lítio (LiCl) através de sonda ruminal. No dia 5, somente dois caprinos ingeriram a planta e foram tratados com a mesma dose de LiCl. Nos dias 10, 20, 30, 60, e 90 nenhum caprino ingeriu a planta. Seis caprinos do grupo controle receberam 0.35g kg-1 de folhas nos dias 1, 10, 20, 30, 60, e 90. Todos os caprinos ingeriram as folhas no dia 1 e foram tratados com 1ml kg-1 pv de água mediante sonda ruminal. Todos os caprinos deste grupo tornaram a ingerir a planta nos dias 10, 20, 30, 60 e 90. Esses resultados demonstram que é possível induzir aversão alimentar condicionada à P. aeneofusca, que persiste por pelo menos 90 dias. Próximos experimentos deverão ser realizados para determinar a duração da aversão e para induzir aversão contra outras espécies de Palicourea, particularmente P. marcgravii, que é a planta tóxica mais importante do Brasil.

2.
Pesqui. vet. bras ; 34(7): 649-654, jul. 2014. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-720439

ABSTRACT

Com o objetivo de avaliar se repetidas doses não tóxicas de monofluoroacetato de sódio (MFA) induzem resistência à intoxicação por essa substância, 18 ovinos foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos experimentais de nove animais cada. Os ovinos do Grupo 1 ingeriram doses crescentes não letais de MFA por seis períodos: 0,05mg/kg por 5 dias; 0,08mg/kg por 4 dias; 0,08mg/kg por 4 dias; 0,1mg/kg por 3 dias; 0,1mg/kg por 3 dias e 0,25mg/kg por 3 dias. Entre o primeiro e o segundo período de administração e entre o segundo e o terceiro período os animais não receberam o MFA por 10 dias consecutivos; entre o terceiro e o quarto período e dentre os demais períodos de administração, os ovinos permaneceram 15 dias sem ingerir o MFA. Quinze dias após o último período de administração os ovinos foram desafiados com a dose única de 1mg/kg de MFA. O Grupo 2 não foi adaptado a ingestão de MFA, estes ovinos receberam dose única de 1mg/kg de MFA no mesmo período em que o G1 foi desafiado. No desafio sete ovinos do Grupo 1 apresentaram sinais clínicos da intoxicação e um ovino se recuperou. No Grupo 2 todos os animais manifestaram quadro clínico da intoxicação por MFA, no entanto, dois ovinos se recuperaram. Os coeficientes de mortalidade foram de 66,6 por cento para o Grupo 1 e de 77,7 por cento para o Grupo 2. Os resultados deste trabalho sugerem que a administração repetida de doses não tóxicas de MFA não protege contra a intoxicação aguda por este composto, portanto, outras alternativas para a profilaxia da intoxicação por plantas que contêm MFA deverão ser pesquisadas, principalmente a utilização intraruminal de bactérias que hidrolisam MFA.


With the objective to assess whether repeated non-toxic doses of sodium monofluoroacetate (MFA) induce resistance to poisoning by this compound, 18 sheep were randomly divided into two experimental groups of nine animals each. Sheep from Group 1 ingested non-lethal increasing doses of MFA for six periods: 0.05mg/kg for 5 days; 0.08mg/kg for 4 days; 0.08mg/kg for 4 days; 0.1mg/kg for 3 days; 0.1mg/kg for 3 days and 0.25mg/kg for 3 days. Between the first and second period of administration and between the second and third period the animals did not receive MFA for 10 consecutive days, between the third and fourth period and during the remaining periods of administration the sheep were left 15 days without ingesting MFA. Group 2 was not adapted to the ingestion of MFA and received a single dose of 1mg/kg of MFA at the same time that Group 1 was challenged. After challenge, seven sheep of Group 1 showed clinical signs of poisoning and one sheep recovered. In Group 2, all animals showed clinical signs of poisoning by MFA, however two sheep recovered. The mortality rate was 66.6 percent in Group 1 and 77.7 percent for Group 2. These results suggest that repeated administration of non-toxic doses of MFA does not protect against acute poisoning by this compound; therefore other alternatives of prophylaxis for poisoning by plants containing MFA should be searched, mainly the use of intraruminal bacteria that hydrolyze MFA.


Subject(s)
Animals , Poisoning/prevention & control , Fluoroacetates/administration & dosage , Sheep/immunology , Poisons/therapeutic use , Bignoniaceae/toxicity , Malpighiaceae/toxicity , Rubiaceae/toxicity
3.
Pesqui. vet. bras ; 33(6): 731-734, June 2013. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-680787

ABSTRACT

Com o objetivo de comprovar se doses não tóxicas repetidas de Palicourea aeneofusca (Müll. Arg.) Standl. criam resistência à intoxicação, 12 caprinos foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos experimentais de seis animais cada. No Grupo 1 foi induzida resistência mediante a administração, durante quatro períodos alternados, de 0,02g/kg das folhas dessecadas de P. aeneofusca durante 5 dias, 0,02g/kg durante 5 dias, 0,03g/kg durante 5 dias e 0,03g/kg por mais 5 dias. Entre o primeiro e o segundo período de administração e entre o segundo e o terceiro período os animais não receberam planta por 10 dias consecutivos e entre o terceiro e quarto período de administração os animais permaneceram 15 dias sem ingerir a planta. Um caprino morreu subitamente quando estava recebendo 0,03 g/kg da planta, no terceiro período de administração. O Grupo 2 não foi adaptado ao consumo de P. aeneofusca. Quinze dias após a adaptação ao consumo de P. aeneofusca do Grupo 1, os dois grupos receberam P. aeneofusca na dose diária de 0,03g/kg durante 19 dias. A partir do 20º dia de administração continuada a dose diária de P. aeneofusca foi aumentada para 0,04g/kg. Esta dose foi administrada por mais 12 dias. Os animais que mostraram sinais clínicos foram retirados do experimento imediatamente após a observação dos primeiros sinais. Um caprino do Grupo 2 apresentou sinais clínicos de intoxicação e morreu no 12º dia de administração e dois apresentaram sinais clínicos no 24º dia; um se recuperou e outro morreu. Após finalizada esta fase do experimento e para comprovar se os caprinos que não tinham adoecido no Grupo 2 tinham também adquirido resistência, foi introduzido outro grupo com três caprinos. Esses três caprinos (Grupo 3), os cinco caprinos do Grupo 1 e os três sobreviventes do Grupo 2, ingeriram uma dose diária de 0,06g/kg. Os três caprinos do Grupo 3 adoeceram no terceiro dia após o início da ingestão, dois morreram em forma hiperaguda e o outro recuperou-se após 10 dias. Todos os caprinos dos Grupos 1 e 2 ingeriram P. aeneofusca na dose de 0,06g/kg/dia durante nove dias sem apresentar nenhum sinal clínico. Os resultados deste trabalho demonstram que a administração de doses não tóxicas repetidas de P. aeneofusca aumentam significativamente á resistência à intoxicação e que esta técnica poderia ser utilizada para o controle da intoxicação por P. aeneofusca e outras espécies de Palicourea com similar toxicidade. Os resultados de pesquisas anteriormente realizados sugerem que a resistência à intoxicação por plantas que contêm MFA é devida a proliferação de bactérias que degradam MFA no rúmen.


Palicourea aeneofusca (Müll. Arg.) Standl. is a toxic plant which contains sodium monofluoroacetate (MFA). With the objective to investigate if repeated non-toxic doses of P. aeneofusca induce resistance to the intoxication by this plant, 12 goats were distributed in two similar groups. In Group 1, resistance was induced by the administration of the dry plant, during four alternate periods: 0.02g/kg during 5 days, 0.02g/kg during 5 days, 0.03g/kg during 5 days, and 0.03g/kg during 5 days. Between the first and second period of administration and between the second and the third period, the goats did not ingest P. aeneofusca for 10 days. Between the third and the fourth administration period the goats did not ingest the plant during 15 days. One goat died suddenly during the third administration period when was ingesting 0.03g/kg. The goats from Group 2 were not adapted to the consumption of P. aeneofusca. Fifteen days after the end of the adaptation period in Group 1, both groups ingested dry P. aeneofusca in the daily dose of 0.03g/kg during 19 days. From day 20 the daily dose was increased to 0.04g/kg, which was ingested for 12 days. The goats that showed clinical signs were removed from the experiment immediately after the observation of first signs. One goat from Group 2 showed clinical signs of poisoning and died on the 12th day of ingestion, and two showed clinical signs on day 24th; one recovered and the other died. At the end of the 31 days administration period, a new group (Group 3) with three goats was introduced in the experiment to investigate if the goats that did not become poisoned in Group 2 had acquired resistance. The three goats from Group 1, five goats from Group 1, and three from Group 2 started to ingest a daily dose of 0.06g/kg of dry P. aeneofusca. On the third day of ingestion the three goats from Group 3 showed clinical signs. Two died suddenly and another recovered 10 days after the end of ingestion. All goats of Groups 1 and 2 ingested 0.06g/kg/day during nine days without showing clinical signs. These results demonstrated that non-toxic repeated doses of P. aeneofusca increase significantly the resistance to the poisoning, and that this technique possibly could be used to control the poisoning by P. aeneofusca or other toxic Palicourea species. The results of previous research work suggest that resistance is due to the proliferation of MFA degrading bacteria in the rumen.


Subject(s)
Animals , R Factors/toxicity , Plant Poisoning/veterinary , Diagnostic Techniques and Procedures/veterinary , Rubiaceae/toxicity
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