ABSTRACT
A padronização e o controle de qualidade representam elementos imprescindíveis para a rotina laboratorial. Este projeto teve como objetivo analisar a variabilidade interlaboratorial, a partir da distribuição de amostras preservadas para os valores de eritrograma e contagem de plaquetas. Foram preparadas amostras estáveis para eritrograma e contagem de plaquetas a partir de unidades de sangue venoso de 3 doadores, coletadas no Banco de Sangue do Hospital de Clínicas da UFPR. Os eritrócitos e as plaquetas foram isolados e ressuspensos em meio CE após fixação parcial com glutaraldeído (leonart et al. Rev. Brasil. Anal. Clin. 21: 111, 1989; Emendorfer et al Rev. Bras. Anal. Clin. 32: 191, 2000), para amostras controle altas, médias e baixas. Distribuiu-se alíquotas a 14 Laboratórios de Análises Clínicas de Curitiba e Região Metropolitana, que determinaram que os valores do eritrograma e plaquetas, semanalmente, empregando os equipamentos T890 e STKS (Coulter), Cell Dyn 1400,1700 e 3500 (Abbott) ou Sysmex (Roche). Verificou-se o desempenho dos laboratórios por meio dos gráficos de controle de qualidade, determinando-se a frequência de resultados de fora dos limites controle. Observou-se menor ocorrência desses limites para os laboratórios que realizavam controle de qualidade externo e interno, e uma correlação aceitável entre os resultados obtidos com os equipamentos empregados. Tais resultados incentivam a utilização de sistemas de qualidade para assegurar a padronização das técnicas e garantir o controle de qualidade nos Laboratórios e Análises Clínicas.