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Rev. bras. colo-proctol ; 30(3): 333-343, jul.-set. 2010. ilus, graf, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-565025

ABSTRACT

Dentro do Programa de pós-graduação em Coloproctologia, durante o ano 2009, os dois pós-graduandos de segundo ano realizaram, como cirurgiões principais, 129 cirurgias de grande porte, sempre assistidos, efetivamente, por um ou dois preceptores. Todas as cirurgias foram realizadas em pacientes do SUS, na Santa Casa de Belo Horizonte, com absoluta presença dos membros do Grupo de Coloproctologia da Santa Casa e Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (GCP-SCBH-FCMMG). Foi feita uma análise retrospectiva dos 129 prontuários, permitindo várias observações importantes. A média etária dos pacientes foi 56,9 anos, com extremos de 25 e 87 anos, sendo as sexta e sétima décadas a mais representativa, respectivamente com 25,6 por cento e 24,8 por cento, totalizando 50,4 por cento dos 55 pacientes (p menor que 0,05). Dos 129 pacientes, 51,2 por cento eram sexo feminino (51,2 por cento) (p maior que 0,05). A entidade nosológica mais comum foi o câncer colorretal (74 casos; 57,4 por cento), seguindo as ileostomias (16 casos; 12,4 por cento) e as complicações cirúrgicas (11 casos; 8,5 por cento).


As cirurgias mais realizadas foram as retossigmoidectomia com anastomose colorretal (35 casos; 27,1 por cento), as hemicolectomias direitas com anastomose ileo-transverso (20 casos; 15,5 por cento) e o restabelecimento de trânsito intestinal de ileostomia (16 casos;12,4 por cento). Das 129 cirurgias 53 (41,1 por cento) não envolveram anastomoses e 76 (58,9 por cento) envolveram ressecções intestinais e anastomoses. Houve oito co-morbidades (6,2 por cento), sendo a caquexia (três casos) a mais comum. Houve 17 complicações (13,2 por cento), 11 envolvendo as 76 ressecções com anastomose (14,5 por cento) e seis as ressecções sem anastomoses (11,3 por cento). As complicações mais comuns entre as 11 provenientes de ressecções e anastomoses foram as deiscências (sete; 9,2 por cento). As anastomoses mecânicas (55) complicaram mais (16,3 por cento) que as manuais (21) (9,5 por cento). Houve 14 óbitos (10,8 por cento), sendo seis (4,6 por cento) devidos à sepse, quatro (3,1 por cento) devido a TEP e quatro (3,1 por cento) devido a falência múltipla de órgãos. Dos 14 óbitos, quatro (3,1 por cento) foram decorrentes de complicações cirúrgicas e dez (7,7 por cento) foram decorrentes de co-morbidades.


In the framework of postgraduate Coloproctology for the year 2009, the two graduate students conducted the second year as principal surgeons, 129 major surgeries, always assisted effectively by one or two tutors. All surgeries were performed on public patients in Santa Casa de Belo Horizonte, with absolute presence of members of the Coloproctology Unit of Santa Casa School of Medical Sciences of Minas Gerais (GCP-CBHS-FCMMG). A retrospective analysis of 129 medical records was carried out, allowing several important observations. The average age of patients was 56.9 years, with extremes of 25 and 87 years, while the sixth and seventh decades the most representative, with respectively 25.6 percent and 24.8 percent to 50.4 percent of 55 patients (p less than 0.05). Most of the 129 patients were female (51.2 percent) (p greater than 0.05). The most common nosological entity was colorectal cancer (74 cases, 57.4 percent), following the ileostomies (16 cases, 12.4 percent) and surgical complications of previous surgeries (11 cases, 8.5 percent). The most commonly performed procedures were abdominal rectosigmoidectomy with colorectal anastomosis (35 cases, 27.1 percent), the right hemicolectomy with ileo-transverse anastomosis (20 cases, 15.5 percent) and the resumption of intestinal transit of ileostomy (16 cases, 12, 4 percent).


Of 129 surgeries 53 (41.1 percent) did not involve anastomosis and 76 (58.9 percent) involved intestinal resection and anastomosis. There were eight co-morbidities (6.2 percent) and cachexia (three cases) the most common. There were 17 complications (13.2 percent), 11 involving the 76 resections with anastomosis (14.5 percent) and six resections without anastomosis (11.3 percent). The most common complications among the 11 patients from resection and anastomosis were dehiscence (seven, 9.2 percent). The mechanical anastomosis (55) developed more complications (16.3 percent) than handmade anastomosis (21) (9.5 percent). There were 14 deaths (10.8 percent), six (4.6 percent) due to sepsis, four (3.1 percent) due to pulmonary thromboembolic disease and four (3.1 percent) due to multiple organ failure. Of the 14 deaths, four (3.1 percent) were due to surgical complications and ten (7.7 percent) were due to co-morbidities.


Subject(s)
Humans , Colorectal Surgery , Medical Records , Unified Health System , Retrospective Studies
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