Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 7 de 7
Filter
1.
Rev. bras. estud. popul ; 33(2): 375-398, mai.-ago. 2016. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-829899

ABSTRACT

O presente artigo analisa os dados disponíveis na amostra do Censo Demográfico de 2010 a respeito da nupcialidade da população autodeclarada indígena. Se há uma significativa produção antropológica sobre organização social dos povos indígenas no Brasil, o que contempla aspectos referentes a casamentos, pouco se sabe, a partir de uma perspectiva demográfica, sobre a nupcialidade desse segmento da população e como se dão as uniões endogâmicas e exogâmicas considerando os grupos de raça/cor. Assim, tem-se como objetivo apresentar uma análise dos padrões de nupcialidade, utilizando as categorias pesquisadas do quesito raça/cor no Censo Demográfico de 2010, com foco na população indígena. Especificamente se realiza uma análise da idade média à união e ao casamento e das taxas de homogamia por raça/cor, inclusive separando os casais por grupos de idade da mulher, status marital, situação do domicílio e residentes em municípios com Terras Indígenas. Apesar das evidentes limitações dos dados, e com uso de métodos demográficos indiretos, os resultados revelam que, entre todas as categorias de raça/cor, a idade média à união dos indígenas é a menor e suas taxas padronizadas de endogamia por raça/cor são as mais altas.


Abstract This paper analyzes nuptiality data from the Brazilian 2010 Demographic Census, with a focus on indigenous women. There is an extensive anthropological literature about the social organization of indigenous peoples in Brazil and its relation to marriage practices. Concerning the demographic field, however, very little is known about nuptiality in this segment of the population and how it compares with non-indigenous women. The objective is to present an analysis of nuptiality patterns, using the surveyed categories of race/color in the 2010 Census, focusing on indigenous population. The mean age of women at marriage and non formal union by race/color and endogamy and exogamy rates are estimated, showing results stratified by age groups, marital status, place of residence urban or rural, and residents in municipalities with or without Indigenous Lands. Despite the evident data limitation, the results show that indigenous women present the lowest mean age at marriage, as well as the highest endogamy rates by race/color.


Resumen Este artículo analiza los datos de nupcialidad del Censo Demográfico brasileño de 2010, con especial atención a las mujeres indígenas. Hay una extensa literatura antropológica sobre la organización social de los pueblos indígenas en Brasil y su relación con las prácticas matrimoniales. Cuando se trata de la demografía, sin embargo, se sabe muy poco acerca de la nupcialidad en este segmento de la población y cómo se compara con las mujeres no indígenas. El objetivo es presentar un análisis de los patrones de nupcialidad, utilizando las categorías de auto declaradas de raza/color de la piel en el Censo de 2010, centrándose en la población indígena. Se calcula la edad media a la unión formal y consensual y, también, las tasas de endogamia y exogamia por raza/color, con los resultados estratificados por grupos de edad, situación conyugal, área de residencia (rural o urbana) y domicilio en municipalidades con Tierras Indígenas. A pesar de las evidentes limitaciones de los datos, y el uso de métodos demográficos indirectos, los resultados muestran que, entre todas las categorías de raza/color, la edad media al matrimonio de los indígenas es la más baja y sus tasas estandarizadas de endogamia por raza/color son los más altas.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Age and Sex Distribution , Statistical Data , Indians, South American/statistics & numerical data , Anthropology, Cultural , Brazil/ethnology , Ethnic Distribution , Marriage/ethnology
2.
Saúde Soc ; 23(4): 1235-1247, Oct-Dec/2014. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-733017

ABSTRACT

Este estudo objetivou verificar o perfil dos moradores dos hospitais psiquiátricos do Estado de São Paulo segundo raça/cor. Para isso, foi realizado um levantamento do Censo Psicossocial de moradores em hospitais psiquiátricos próprios e conveniados pelo SUS do Estado de São Paulo que estavam com tempo de internação igual ou superior a um ano, a partir de 30/11/2007. Ao caracterizar o perfil dessa população, foi identificado que a população branca é predominante nesses hospitais, totalizando 60,29% do total de moradores. No entanto, os dados de raça/cor do censo demográfico do ano 2000 informam que 27,4% da população do estado de São Paulo é preta e parda e na população moradora de hospitais psiquiátricos, esse número alcançou 38,36%. Como resultados, constatou-se uma maior proporção de negros que estão internados porque não têm renda e/ou lugar para morar. Essa população possui uma rede social frágil, recebe menos visitas, - precariedade social - associada ao transtorno mental ou doenças clínicas. Apesar de existir a Portaria GM 106/2000 que instituiu os Serviços de Residenciais Terapêuticos (SRTs) para egressos de internações psiquiátricas de longa permanência com ausência e/ou fragilidade de redes sociais de suporte, supõe-se que os negros não são contemplados por esta resolução. Os efeitos psicossociais do racismo e o impacto dos processos de preconceito, exclusão e apartamento social na saúde mental são evidenciados neste artigo...


This study aimed to determine the profile of the residents of psychiatric hospitals in the State of São Paulo, according to race/color. For this secondary data was used from the Psychosocial Census of residents of psychiatric hospitals owned and insured by SUS State of São Paulo, which featured people with a length of stay equal to or higher than one year as of 30/11/2007. When characterizing the profile of this population, it was identified that in regards to race/color, the greater expressiveness was among the white population, which equals 60.29% of total residents. Data on race/color of the 2000 Census reports that out of the total population of the State of São Paulo, 27.4% are black and brown, but when considering the population living in psychiatric hospitals, this number reached 38.36%. It was observed that there is a higher proportion of blacks who are admitted because they have no income or place to live, weak social network, receive fewer visits - precarious social life - associated with mental disorders or medical conditions. Despite the GM Ordinance 106/2000, which establishes RTSs for former patients of psychiatric long stay, with absent and/or fragile social support networks, it can be assumed that these were not covered by this resolution. The psychosocial effects of racism and the impact of processes of prejudice, exclusion and social separation on mental health are highlighted in the article...


Subject(s)
Humans , Male , Female , Censuses , Deinstitutionalization , Hospitals, Psychiatric , Assisted Living Facilities , Mental Health , Mental Health Services , Unified Health System , Institutionalization/history , Health Policy , Racism , Mental Disorders
3.
Psicol. soc. (Online) ; 26(2): 323-334, maio-ago. 2014.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-720910

ABSTRACT

Este artigo discute teoricamente as articulações entre gênero e raça/cor na temática da violência de gênero nas relações de intimidade. A fundamentação teórica é composta pelos estudos de Michel Foucault sobre as relações de poder, pelos estudos contemporâneos de gênero (Joan Scott, Heleith Saffioti, Karin Smigay) e pelos estudos de raça/cor (Florestan Fernandes, Lilia Schwarcz). O trabalho de campo, envolvendo entrevistas e análise de andamento de processos judiciais, foi desenvolvido no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e na Delegacia da Mulher, em Porto Alegre, no período de maio de 2010 a outubro de 2011. Destaca-se como necessária a problematização sobre as formas como as questões de raça/cor se entrecruzam nos discursos sobre violência de gênero nas relações de intimidade, uma vez que a maneira como as vulnerabilidades são vividas pelas mulheres variam fortemente de acordo com suas experiências singulares de vida e com os marcadores sociais.


Este trabajo discute teóricamente las articulaciones entre género y raza/color en el tema de la violencia de género dentro de las relaciones íntimas. El marco teórico se compone de los estúdios de Michel Foucault sobre las relaciones de poder, por estúdios contemporáneos de género (Joan Scott, Heleith Saffioti, Karin Smigay) y por estúdios de raza/color (Florestan Fernandes, Lilia Schwarcz). El trabajo de campo, compuesto por entrevistas y análisis de procesos judiciales no concluídos, se desarrolló en el Juzgado de Violencia Doméstica y Familiar contra la Mujer y en la Comisaría de la Mujer, en Porto Alegre, en el período de Mayo 2010 a Octubre de 2011. El cuestionamento de las formas en que las cuestiones de raza / color se entrecruzan en los discursos sobre la violencia de género en las relaciones íntimas es necesario, ya que la forma como las vulnerabilidades son experimentadas por las mujeres varían mucho de acuerdo a sus experiencias de vida únicas y los marcadores sociales.


This article discusses theoretically the gender/race articulation in gender violence in intimacy relationships. The theoretical-methodological approach is based in Michel Foucault's analysis of power relations and contemporary gender studies (Joan Scott, Heleith Saffioti, Karin Smigay) as well as race and color studies (Florestan Fernandes, Lilia Schwarcz). The field work, including interviews and processes' analysis using a convenience sample was conducted in the domestic and familiar violence judgeship and women's police station, in the city of Porto Alegre from May 2010 until October 2011. We reaffirm the necessary discussion about how race/color is intercrossed in the gender violence in intimacy situations, once vulnerabilities are lived in different ways depending on women singular life experiences and its social determinants.


Subject(s)
Humans , Human Rights , Jurisprudence , Racism , Violence Against Women
4.
Interface comun. saúde educ ; 17(45): 341-356, abr.-jun. 2013. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-678213

ABSTRACT

Este estudo analisa a produção da informação sobre raça/cor da pele dos indivíduos submetidos à necrópsia no Instituto Médico Legal (IML) de Salvador, Bahia, no ano de 2007. As evidências foram obtidas em entrevistas com médicos legistas, auxiliares de necrópsia e funcionários do Setor de Liberação de Cadáveres, em observação e fontes documentais. A análise revelou que o processo de identificação da raça/cor da pele é omisso, impreciso e distorce a informação final da declaração de óbito. Houve uma indistinta classificação dos pretos e pardos como faiodermas, criando uma "névoa" informacional, enquanto a morte dos brancos que chegam ao IML foi "acidental". Já o homicídio traz a marca da violência marginal, relacionada com drogas, crime, com aquilo que inscreve o morto em um horizonte de culpabilidade, quase que justificando a morte violenta e a discriminação.


This study aims to analyze the production of information on the race/skin color of individuals submitted to autopsy at the Institute of Forensic Medicine (IFM) of Salvador/Bahia, in 2007. The evidence was obtained through interviews with forensic surgeons (coroners), autopsy assistants and the staff of the Corpse Release Department, as well as observations and documentary sources. The analysis revealed that the process of identifying race/skin color is neglectful, inaccurate and distorts the final information on death certificates. There was an indistinct classification of black and brown individuals as "pardos", which creates an informational "fog", while the death of whites coming to the IFM was "accidental." Murder, in turn, bears the mark of marginal violence, related to drugs, crime, which inscribes the dead in a horizon of culpability, almost justifying the violent death and the discrimination.


Ese estudio examina la producción de información sobre raza/color de la piel de los cadáveres sometidos a autopsia en el Instituto de Medicina Legal (IML) de Salvador/Bahia en 2007. Los datos se obtuvieron por medio de entrevistas con médicos legistas, ayudantes de autopsia y con el personal de la División de Entrega de Cadáveres, en la observación y en fuentes documentales. El análisis reveló que el proceso de identificación de la raza/color de la piel se omite, es impreciso y distorsiona las informaciones finales que constan en los Certificados de Defunción. Hubo una clasificación difusa de negros y mestizos como faiodermas, generando una "niebla" en la información, mientras que la muerte de los blancos fue "accidental". El asesinato lleva la marca de la violencia marginal, relacionada con drogas y crimen y con todo lo que inscribe al muerto en un horizonte de culpa, casi justificando la muerte violenta y la discriminación.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Black People , Autopsy , Prejudice
5.
Saúde Soc ; 19(supl.2): 36-50, dez. 2010. ilus, graf, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-574949

ABSTRACT

Este estudo teve como objetivo investigar a vulnerabilidade de adolescentes brancos e afrodescendentes em relação ao HIV/aids. Para isso, investigaram-se as características socioeconômicas dos participantes e seus relacionamentos amorosos e sexuais, comportamentos de risco e prevenção, conhecimento sobre HIV/aids e atitudes frente ao uso de preservativo. O estudo foi realizado em regiões periféricas das cidades de Florianópolis, Itajaí e Balneário Camboriú e consistiu em duas etapas. A primeira foi qualitativa, na qual se utilizou entrevistas não diretivas com 36 estudantes de Ensino Médio, divididos igualitariamente por sexo e raça/cor. A segunda consistiu em um levantamento de dados com 715 adolescentes sobre relações afetivas e sexuais, condutas de risco e de proteção, conhecimento sobre HIV/aids e atitudes frente ao uso de preservativo. Observou-se que o nível sociocultural desfavorável associou-se aos afrodescendentes, enquanto o nível médio associou-se aos brancos. O conhecimento sobre aids e as atitudes frente ao uso do preservativo correlacionaram-se significativamente. Os afrodescendentes iniciam-se sexualmente mais cedo e têm mais relações amorosas esporádicas ("ficar"), porém os adolescentes brancos mantêm mais relações sexuais. Além disso, os adolescentes brancos usam menos preservativo em contexto de múltiplos parceiros e em relacionamento de namoro do que os afrodescendentes. Os resultados mostraram que, de forma geral, a maioria dos adolescentes estão vulneráveis ao HIV/aids, em função do baixo índice de conhecimento da doença, das práticas de risco, da importante presença do sexo desprotegido e de sua associação com as relações amorosas, como o namoro.


The present study aimed at investigating the vulnerability of white and African-descending adolescents towards HIV/AIDS. The socio-economic characteristics of participants, their romantic and sexual relationships, risk and prevention behaviors, knowledge on HIV/AIDS and attitudes towards condoms were studied for that purpose. The study was conducted in the outskirts of the cities of Florianópolis, Itajaí and Balneário Camboriú and consisted of two parts. The first one was qualitative, in which non-directive interviews with 36 secondary school students equally divided by sex and race/color were employed. The second part consisted of a survey with 715 adolescents about affective and sexual relationships, risk and protection behavior, knowledge on HIV/AIDS and attitudes towards condoms. It was observed that the unfavorable socio-cultural level was associated with the African-descending participants, while the intermediate level was linked to the whites. Knowledge on AIDS and attitudes towards condom use were significantly correlated. The African-descending begin sexual life earlier and have more episodic romantic relations ("making out"), but white adolescents have more sexual relations. Moreover white adolescents use less condoms in multiple-partner contexts and in dating relationships than the African-descending. Results indicate that in general most adolescents are vulnerable to HIV/AIDS, as a function of the low level of knowledge about the illness, risk practices, the important presence of unprotected sex and its association with romantic relationships, like dating.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Sexual Behavior , Adolescent , Acquired Immunodeficiency Syndrome , HIV , Black People , Sexual Vulnerability , Unsafe Sex
6.
Saúde Soc ; 19(supl.2): 51-62, dez. 2010. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-574950

ABSTRACT

OBJETIVO: verificar a vulnerabilidade ao HIV/aids de adolescentes femininas moradoras de favelas da cidade do Rio de Janeiro. MÉTODO: foi utilizada uma combinação de métodos, quantitativo e qualitativo. Na etapa quantitativa, realizou-se um estudo observacional de corte transversal por meio de entrevistas e exames clínico/laboratoriais para diagnóstico de DST, e, na qualitativa, desenvolveram-se grupos focais sobre os temas sexualidade, gênero e raça. RESULTADOS: foram entrevistadas 816 adolescentes de 10 diferentes comunidades, com um grupo focal em cada favela: 74 por cento eram negras, 39 por cento eram sexualmente ativas e destas 24,4 por cento eram portadoras de DST. Houve uma relação estatisticamente significativa entre a variável raça/cor negra e a atividade sexual. Na fase qualitativa, evidenciou-se que a discriminação racial sofrida é cotidiana e contribui para a construção de autoimagem negativa que aliada a pobreza, violência de gênero e dificuldade de acesso aos serviços de saúde ampliam a vulnerabilidade às DST/aids. CONCLUSÃO: o estudo sugere a criação de políticas que proporcionem o aumento da oferta de serviços de atendimento ginecológico a esse público, com ações que favoreçam a utilização de preservativo feminino e contribuam para reduzir a desigualdade social, de gênero e de raça.


OBJECTIVE: To verify the vulnerability to HIV/AIDS of female adolescents that live in poor communities of the city of Rio de Janeiro. METHODS: It was carried out with quantitative and qualitative analyses. The quantitative phase was a cross-sectional study, through interviews of 816 adolescents and clinical/laboratory tests in ten different slums, and the qualitative phase was done on one focus group about sexuality of gender and race in each community. RESULTS: 74 percent of the adolescents were black, 39 percent had sexual activity and 24.4 percent of those had STD. A statistical significant association occurred between the black color/race and sexual activity. In the qualitative stage, it became evident that racial discrimination occurs every day and contribute to a negative self-concept. This, in addition to poverty, violence based in gender and bad access to health services, creates a vulnerability context to STD/AIDS. CONCLUSION: This study suggests policies that offer more gynecologic services to this public, with actions that favor the use of feminine condom and contribute to the reduction of social, gender, and race inequality.


Subject(s)
Humans , Female , Adolescent , Violence , Women , Sexually Transmitted Diseases , Adolescent , Acquired Immunodeficiency Syndrome , Sexuality , Social Vulnerability , Qualitative Research , Racial Groups , Evaluation Studies as Topic , Gender Identity
7.
Salvador; s.n; 2010. 101P p.
Thesis in Portuguese | LILACS, BDENF | ID: biblio-1121457

ABSTRACT

O termo "Qualidade de Vida" tem sido mencionado com muita frequência nos últimos tempos, seja na linguagem cotidiana ou no contexto científico. Na área da saúde, o interesse por este tema é recente e decorre de mudanças demográficas caracterizadas pela longevidade e pelo crescimento econômico. Estudos com portadores(as) de doenças crônicas têm demonstrado que o comprometimento dos aspectos físicos e mentais interfere diretamente nas atividades da vida diária e na vida social, dessa forma afetando a qualidade de vida dessas pessoas. Este estudo tem por objetivo geral: investigar se existe significância estatística de qualidade de vida entre mulheres e homens com anemia falciforme atendidas em unidades de referência para doença falciforme no Estado da Bahia, e por objetivos específicos: traçar o perfil sociodemográfico da amostra; determinar os níveis de qualidade de vida, por sexo; determinar a relação entre sexo e qualidade de vida geral e por aspectos específicos; verificar a relação entre níveis de qualidade de vida geral e por aspectos específicos, segundo sexo. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, com amostra constituída por 73 pessoas, acima de 18 anos de idade com anemia falciforme e acompanhadas por unidades de referência do estado da Bahia. Foram respeitados os aspectos éticos tendo o projeto sido aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa. Os dados foram coletados através de dois instrumentos: o primeiro investigou o perfil sociodemográfico, e o segundo foi utilizado para avaliar a qualidade de vida, o WHOQOL-100. Para o processamento dos dados utilizou-se o SPSS versão 15,0. Foi realizada análise estatística descritiva. Posteriormente, calculados os valores que indicam os escores médios da percepção da qualidade de vida geral e os escores médios dos aspectos específicos de qualidade de vida. Resultados: a maioria são mulheres (53,4%); acompanhadas no HUPES (53,8%); de cor preta (51,3%); com idade entre 18 e 39 anos (66,7%); solteiras (59%); havia completado o ensino fundamental (66,7%); católicas (59%); soteropolitanas (61,5%); com saneamento básico: coleta de lixo (92,3%), água potável (97,4%) e tratamento de esgoto (69,2%); possuem casa própria (89,7%); não tinham filhos(as) (56,4%); têm renda mensal pessoal menor do que 1 salário mínimo (53,8%) e familiar de 1 a 3 salários mínimos (61,5%), não recebe nenhum tipo de benefício (82,1%), tiveram diagnóstico tardio, a partir de 1 ano de idade para anemia falciforme (71,7%). De maneira geral, os níveis de qualidade de vida para mulheres e homens foram altos. Não foram identificadas diferenças estatisticamente significativas entre mulheres e homens na análise da qualidade de vida global. Na classificação da qualidade de vida em níveis, verificou-se que as mulheres apresentaram qualidade de vida mais baixa do que os homens. Verificou-se diferença estatisticamente significativa para as variáveis ligadas aos aspectos específicos: energia e fadiga, relações pessoais e atividade sexual, recursos financeiros, ambiente físico e transporte. Conclui-se que a utilização do recorte em gênero nas investigações em saúde se faz necessária, como eixo transversal, pois possibilita a visualização das desigualdades entre mulheres e homens, e então seja capaz de impactar políticas públicas a fim de reduzir tamanhas desigualdades, proporcionando melhor qualidade de vida para as pessoas, sejam essas com doença crônica ou não.(AU)


Subject(s)
Humans , Female , Adult , Quality of Life , Women's Health , Black People , Anemia, Sickle Cell , Comprehensive Health Care
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL