Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 4 de 4
Filter
Add filters








Year range
1.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 25(2): 117-123, maio-ago. 2019.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1013324

ABSTRACT

O texto busca interrogar o verdadeiro sentido e alcance ontológico da experiência do corpo ou da carne, num movimento, inclusive, para além de Merleau-Ponty. Para tanto, trata-se de perguntar se esse sentido do ser do corpo, ao invés de uma solução, não indicaria um problema mal colocado haja vista que tal noção parece se limitar quanto à descrição do seu modo mesmo de existir. Ora, o que aqui advogamos é que essa experiência fundamental é a do pertencimento. É, pois, na medida em que pertencemos ao mundo que temos um corpo: ter um corpo não significa outra coisa mais do que pertencer. Nessa direção, propomos uma fenomenologia do pertencimento da qual só há aparição do mundo a partir de dentro dele, isto é, via uma inscrição nele próprio. Assim, a comunidade ontológica e a diferença fenomenológica constituem duas faces de uma mesma moeda, já que é por sermos do mundo num sentido mais profundo do que os demais entes que somos capazes de fazê-lo aparecer como nenhum ente o faz. Tal é o verdadeiro sentido de ser da carne: ela não é corpo nem consciência, mas uma posse (perceptiva) do mundo que é a contrapartida de uma desaposse (carnal) por esse mundo.


The text seeks to interrogate the true meaning and ontological scope of the experience of the body or the flesh, in a movement, even beyond Merleau-Ponty. For this, it is a matter of asking whether this sense of the being of the body, instead of a solution, would not indicate an ill-placed problem, since such a notion seems to be limited as to the description of its own mode of existence. Now, what we advocate here is that this fundamental experience is that of belonging. It is, therefore, insofar as we belong to the world that we have a body: to have a body means nothing else than to belong. In this direction, we propose a phenomenology of belonging, of which there is only the appearance of the world from within it, that is, via an inscription on it. Thus the ontological community and the phenomenological difference are two sides of the same coin, since it is because we are of the world in a deeper sense than the other entities that we are able to make it appear as no one does. Such is the true sense of being of the flesh: it is not body nor consciousness, but a possession (perceptive) of the world which is the counterpart of a (carnal) disappearance.


El texto busca interrogar el verdadero sentido y alcance ontológico de la experiencia del cuerpo o de la carne, en un movimiento, incluso, más allá de Merleau-Ponty. Para ello, se trata de preguntar si ese sentido del ser del cuerpo, en vez de una solución, no indicaría un problema mal planteado puesto que tal noción parece limitarse a la descripción de su modo de existir. Ahora bien, lo que aquí abogamos es que esa experiencia fundamental es la de la pertenencia. Es, pues, en la medida en que pertenecemos al mundo que tenemos un cuerpo: tener un cuerpo no significa otra cosa más que pertenecer. En esa dirección, proponemos una fenomenología de la pertenencia de la cual sólo hay aparición del mundo desde dentro de él, es decir, vía una inscripción en él mismo. Así, la comunidad ontológica y la diferencia fenomenológica constituyen dos caras de una misma moneda, ya que es por ser del mundo en un sentido más profundo que los demás entes que somos capaces de hacerlo aparecer como ningún ente lo hace. Tal es el verdadero sentido de ser de la carne: no es cuerpo ni conciencia, sino una posesión (perceptiva) del mundo que es la contrapartida de una decepción (carnal) por ese mundo.


Subject(s)
Self Concept , Belonging
2.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 25(2): 138-147, maio-ago. 2019.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1013327

ABSTRACT

Nosso objetivo é abordar a originalidade da filosofia da vida de Renaud Barbaras, a partir da apresentação e discussão de sua noção de antropologia privativa, que, para nós, é o marco decisivo do que viria a ser seu pensamento filosófico, que se completaria com uma cosmologia e uma metafísica. Também abordaremos o ponto de eventual tensão com uma perspectiva fenomenológica, e encerraremos com uma questão sobre sua concepção geral de vida.


Our goal is to approach the originality of Renaud Barbara's philosophy of life by presenting and discussing his notion of privative anthropology. In our view, that notion is the decisive point of what would become his philosophical thought, which would be completed with a cosmology and a metaphysics. We will also approach what might be a point of tension with a phenomenological perspective and will close with a question on his general concept of life.


Nuestro objetivo es abordar la originalidad de la filosofía de la vida de Renaud Barbaras, a partir de la presentación y discusión de su noción de antropología privativa, que para nosotros es el marco decisivo de lo que vendría a ser su pensamiento filosófico, que se completaría con una cosmología y una metafísica. También abordaremos el punto de eventual tensión con una perspectiva fenomenológica, y encerremos con una cuestión sobre su concepción general de vida.


Subject(s)
Philosophy , Anthropology, Cultural
3.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 25(2): 164-177, maio-ago. 2019.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1013330

ABSTRACT

Propomos, no texto que se segue, retomar a fina e acurada leitura realizada por Barbaras em torno da problemática sartriana do desejo e sua relação com a negação. Trata-se de pensar o fenômeno da falta situada no coração do ser. É, portanto, no contexto desse tema que nasce a questão posta por Barbaras: "Como pode haver desejo, se o desejado não pode ser de alguma maneira?". Busca-se mostrar que, para além de certo realismo ingênuo de Sartre, há uma enorme diferença entre a ontologia fenomenológica não idealista e a ingenuidade realista pela qual insiste-se em ler a ontologia sartriana. Assim, ao invés da identificação entre desejo e falta (o que, irremediavelmente, indica certo grau de vontade), a ontologia de Sartre é - sem mais - ontologia da negatividade: Ser e Nada referem-se ao ser categorial (ontológicos), enquanto ser-para-si e ser-em-si são existentes (ônticos, fenômenos enfim); numa palavra, Sartre perverte intencionalmente o método puritanamente fenomenológico.


The purpose of this paper is to reflect about Barbaras' lecture of the Sartrian desire problem and its relation to negation. This question is situated inside the phenomenon of lack in the heart of being. It is, therefore, in the context of this theme that the question posed by Barbaras arises: "How can exists desire, if the desired cannot be in any way?" The point is demonstrating that, beyond Sartre's naïve realism, there is a huge difference between the non-idealist phenomenological ontology and the naïve realistic by which ones insists on reading the Sartrian ontology. Thus, instead of the identification desire and lack (which inevitably indicates a certain degree of will), Sartre's ontology is - in fact - ontology of negativity: Being and Nothing refer to being categorial (ontological), but being-to-itself and being-in-themselves are existential (ontically - they are both phenomena); in this way, Sartre deliberately changes the purity phenomenological method.


En el texto siguiente, proponemos retomar la fina y exacta lectura realizada por Barbaras a respecto de la problemática sartriana del deseo y su relación con la negación. Busca-se pensar el fenómeno de la falta situada en el corazón del ser. Es, por lo tanto, en el contexto de ese tema que nace la cuestión planteada por Barbaras: "¿Cómo puede haber deseo, si lo deseado no puede ser de alguna manera?". Intenta-se mostrar que, además de cierto realismo ingenuo de Sartre, hay una diferencia entre una ontología fenomenológica no idealista y la ingenuidad realista por la que se insiste en leer la ontología sartriana. Por lo tanto, en lugar de la identificación entre deseo y falta (lo que, sin remedio, indica cierto grado de voluntad), la ontología de Sartre es - sin embargo - ontología de la negatividad: Ser y Nada se refieren al ser categorial (ontológicos), mientras el ser-para-si y ser-en-sí son existentes (ónticos, fenómenos al cabo); en una palabra, Sartre no sigue el método puritanamente fenomenológico.


Subject(s)
Philosophy , Mind-Body Relations, Metaphysical
4.
Rev. abordagem gestál. (Impr.) ; 25(2): 209-217, maio-ago. 2019.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1013334

ABSTRACT

O artigo se propõe a um balanço fenomenológico acerca do estatuto do poético tal qual é instituído por Renaud Barbaras. Tomando como linha de frente, os trabalhos de Merleau-Ponty, Barbaras, no entanto, busca ultrapassá-la ao vislumbrar outro horizonte possível para além da habitual divisão entre filosofia e literatura. A superação desse limite parece encontrar na obra poética de Fernando Pessoa uma amostra viva de interlocução. O que se descobre nessa obra, como pano de fundo, é uma aliança entre poesia e metafísica de modo que a práxis literária, enquanto "não-filosofia", mantém, a bem da verdade, uma "vida clandestina" como experiência de pensamento. O artigo conclui ensejando outros recortes possíveis que dão vazão a essa mesma perspectiva de análise, como se encontra, por exemplo, na criação literária de Clarice Lispector ou, ainda, no ensaísmo poético-filosófico de Bento Prado Jr.


The article proposes to a phenomenological balance about the poetic statute as established by Renaud Barbaras. Taking Merleau-Ponty's works as the front line, Barbaras, however, seeks to overcome it by glimpsing another possible horizon beyond the usual division between philosophy and literature. The overcoming of this limit seems to find in Fernando Pessoa's poetic work a living example of interlocution. What is discovered in this work, as a backdrop, is an alliance between poetry and metaphysics so that literary praxis, as "non-philosophy", holds, for the truth, a "clandestine life" as an experience of thought. The article concludes with other possible clipping that gives rise to this same perspective of analysis, as found, for example, in the literary creation of Clarice Lispector or, still, in the poetic-philosophical essayism by Bento Prado Jr.


El artículo se propone a un balance fenomenológico acerca del estatuto del poético tal cual es instituido por Renaud Barbaras. Tomando como línea de frente, los trabajos de Merleau-Ponty, Barbaras, sin embargo, busca superarla al vislumbrar otro horizonte posible más allá de la habitual división entre filosofía y literatura. La superación de ese límite parece encontrar en la obra poética de Fernando Pessoa una muestra viva de interlocución. Lo que se descubre en esta obra, como telón de fondo, es una alianza entre poesía y metafísica de modo que la praxis literaria, en cuanto "no filosofía", mantiene, a la verdad, una "vida clandestina" como experiencia de pensamiento. El artículo concluye con otros recortes posibles que dan flujo a esa misma perspectiva de análisis, como se encuentra, por ejemplo, en la creación literaria de Clarice Lispector o, aún, en el ensayismo poético-filosófico de Bento Prado Jr.


Subject(s)
Philosophy , Poetry , Literature
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL