Hidrografía y plumas estuarinas en Golfo Dulce, Pacífico Sur de Costa Rica / Hidrography and river plumes in Golfo Dulce, south pacific of Costa Rica

Resumen Variables oceanográficas en 33 estaciones en el Golfo Dulce, Costa Rica, entre 2009 y 2010 fueron analizadas a través de perfiles con CTD, donde la salinidad, la temperatura, sigma-T y las corrientes se estudiaron en la columna de agua. Disco Secchi y clorofila-a, fueron medidos a nivel superficial.. El objetivo fue estimar el área de dispersión de las plumas estuarinas a través del seguimiento de las variables físicas temperatura, salinidad y sigma-T. En agosto 2009, entre los ríos Coto Colorado y Esquinas disminuyeron la salinidad (<30) en un área de 250km2 aproximadamente, un 37% de la superficie total, creándose frentes termohalinos a lo largo de casi todo el golfo. Se documentó el efecto de El Niño Oscilación del Sur en enero 2010 durante su fase de acentuada intensidad. Las concentraciones de clorofila-a se correlacionaron en un 33.7% (P=0.05) con la transparencia del agua según el disco Secchi en la estación lluviosa. Se caracterizó el agua superficial del Golfo Dulce por tener salinidad <31.5 temperatura >27ºC y ocupar los cinco primeros metros de la columna de agua.

Abstract Oceanographic variables at 33 stations distributed in Golfo Dulce, Costa Rica, during the dry and rainy seasons between 2009 and 2010, were analyzed with CTD profiles, where salinity, temperature, sigma-T and currents were studied in the water column. Secchi depth and chlorophyll_a were measured in surface. The main objective was to estimate the catchment area and estuarine plume dispersion formed with river discharge. Between the rivers Esquinas and Coto Colorado, decreased salinity (<30) in an area of approximately 250km2, creating thermohaline fronts along most of the gulf. The El Niño South Oscillation, which was in the phase of heightened was documented. The chlorophyll concentrations correlated 33.7% with Secchi disc water transparency. The Golfo Dulce surface water was identified with salinity <31.5 and temperature >27°C (April to December). This research contributes to the knowledge of the oceanography of the Golfo Dulce and the feedback we receive from fluvial origin, claiming form providing inputs for the potential creation of a major new marine protected area system covering entire Golfo Dulce area and, ideally, the surrounding river systems that feed it. Rev. Biol. Trop. 63 (2): 161-181. Epub 2015 June 01.

Land-sea interface features of four estuaries on the South America Atlantic coast / Características da interface continente-oceano de quatro estuários da zona costeira da America do Sul

The Brazilian coastal zone extends from 4º N to 34º S latitude and because of its long extension, the interface zone from continent to ocean includes a high diversity of geomorphologic and oceanographic characteristics. The rivers from the Northeast and East regions are marked by a typical unimodal seasonal flux patterns but with different amplitudes. As the climate indicates, the rivers from the Northeast are subject to an accentuated seasonal variability with an elevated input and flood pulses during the rainy season and low to negligible fluxes during the dry season. Small-scale rivers usually present typical torrential behaviour. In the humid eastern region, the unimodal seasonal cycle is dampened with a more constant input supply. Recently, some studies have shown that the material supply from rivers along the Northeast and Eastern coasts is diluted by surface tropical waters of oceanic currents and that the estuarine plume dispersal is restricted to a narrow coastal belt. However, human impacts of course mask or even override both natural hydrological cycles and CO2 emissions from terrestrial biomes, or depending on the nature of the human impact, can even increase extreme events. Henceforth this contribution addresses the typological, hydrological and biome diversity of the four estuarine systems fed and affected by the respective Amazon, São Francisco, Paraíba do Sul and Plata watersheds.

A zona costeira brasileira se estende de 4º N a 34º S de latitude. Por causa de sua longa faixa de zona de interface do continente com o oceano, é encontrada uma grande diversidade nas características geomorfológicas e oceanográficas. Os rios das regiões nordeste e leste mostram um padrão de fluxo sazonal normalmente unimodal, mas diferentes em amplitude. Conforme o clima indica, os rios do nordeste estão sujeitos a uma acentuada variabilidade sazonal, com elevação da vazão em forma de pulsos de inundação durante a estação chuvosa e fluxos muito baixos ou mesmo negligentes durante a estação seca. Em rios de pequena escala, a vazão costuma apresentar um típico comportamento de eventos torrenciais. Na região leste, com clima tropical úmido, o ciclo unimodal sazonal se apresenta amortecido com uma entrada mais constante. Recentemente, alguns estudos mostram que a exportação de materiais pelos rios ao longo da costa leste e do nordeste é diluída a partir de águas tropicais superficiais de correntes oceânicas e que a dispersão das plumas estuarinas é restrita a uma estreita faixa costeira. No entanto, os impactos humanos mascaram ou mesmo substituem ambos os ciclos hidrológicos naturais e as emissões de CO2 dos biomas terrestres ou, dependendo da natureza, podem até aumentar os eventos extremos. Doravante, esta contribuição aborda a diversidade, a tipologia hidrológica e os biomas dos quatro sistemas estuários.

Land-sea interface features of four estuaries on the South America Atlantic coast

The Brazilian coastal zone extends from 4º N to 34º S latitude and because of its long extension, the interface zone from continent to ocean includes a high diversity of geomorphologic and oceanographic characteristics. The rivers from the Northeast and East regions are marked by a typical unimodal seasonal flux patterns but with different amplitudes. As the climate indicates, the rivers from the Northeast are subject to an accentuated seasonal variability with an elevated input and flood pulses during the rainy season and low to negligible fluxes during the dry season. Small-scale rivers usually present typical torrential behaviour. In the humid eastern region, the unimodal seasonal cycle is dampened with a more constant input supply. Recently, some studies have shown that the material supply from rivers along the Northeast and Eastern coasts is diluted by surface tropical waters of oceanic currents and that the estuarine plume dispersal is restricted to a narrow coastal belt. However, human impacts of course mask or even override both natural hydrological cycles and CO2 emissions from terrestrial biomes, or depending on the nature of the human impact, can even increase extreme events. Henceforth this contribution addresses the typological, hydrological and biome diversity of the four estuarine systems fed and affected by the respective Amazon, São Francisco, Paraíba do Sul and Plata watersheds.

A zona costeira brasileira se estende de 4º N a 34º S de latitude. Por causa de sua longa faixa de zona de interface do continente com o oceano, é encontrada uma grande diversidade nas características geomorfológicas e oceanográficas. Os rios das regiões nordeste e leste mostram um padrão de fluxo sazonal normalmente unimodal, mas diferentes em amplitude. Conforme o clima indica, os rios do nordeste estão sujeitos a uma acentuada variabilidade sazonal, com elevação da vazão em forma de pulsos de inundação durante a estação chuvosa e fluxos muito baixos ou mesmo negligentes durante a estação seca. Em rios de pequena escala, a vazão costuma apresentar um típico comportamento de eventos torrenciais. Na região leste, com clima tropical úmido, o ciclo unimodal sazonal se apresenta amortecido com uma entrada mais constante. Recentemente, alguns estudos mostram que a exportação de materiais pelos rios ao longo da costa leste e do nordeste é diluída a partir de águas tropicais superficiais de correntes oceânicas e que a dispersão das plumas estuarinas é restrita a uma estreita faixa costeira. No entanto, os impactos humanos mascaram ou mesmo substituem ambos os ciclos hidrológicos naturais e as emissões de CO2 dos biomas terrestres ou, dependendo da natureza, podem até aumentar os eventos extremos. Doravante, esta contribuição aborda a diversidade, a tipologia hidrológica e os biomas dos quatro sistemas estuários.