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1.
Rev. bras. psicanál ; 49(1): 33-46, jan.-mar. 2015. ilus
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1138410

ABSTRACT

No século XXI, o problema da psicanálise é a extensão do nível de competência clínica da escuta psicanalítica e suas implicações na complexidade de nossos modelos. Para avançar nessa questão, apoiar-me-ei na análise de um paciente que já passara por muitas análises. Embora a psicanálise tenha sempre os mesmos fundamentos, baseados na transferência e na escuta das associações, os modelos desses processos têm de se tornar mais complexos e extensos. A ampliação da competência da escuta psicanalítica para os sofrimentos narcísicos, que têm um forte impacto sobre a identidade, exige o refinamento de novas ferramentas, que passam por uma compreensão mais profunda da primeiríssima infância, em particular das formas primárias de simbolização, e pela dilatação do contexto de referência da escuta, baseado não só na vida pulsional, mas também nas respostas de objetos significativos a movimentos pulsionais. Por fim, essas questões conduzem a uma possível ampliação do enquadre analítico vinculada ao tipo específico de associatividade dos analisandos.


The problem of psychoanalysis in the twentyfirst century lies in its level of clinical skills in psychoanalytic listening, and how this affects the complexity of our models. In order to move forward with this issue, my ideas will be supported by the analysis of a patient who has already been analyzed several times. Although psychoanalysis fundamentals are always the same (based on transference and listening of associations), the models of these processes must become more complex and extensive. Extending psychoanalytic listening skills for narcissistic suffering, which severely affects identity, requires the refinement of new tools that provide a deeper understanding of the very first childhood, particularly of the primary forms of symbolization, and an expanded context of listening reference that is based not only in pulsional life, but also in the significant objects' response to pulsional movements. Lastly, these issues lead to a possible analytic frame expansion which is bound to a specific form of analysands' associative process.


En el siglo 21, el problema del psicoanálisis es la extensión del nivel de competencia clínica de la escucha psicoanalítica y sus implicaciones en la complejidad de nuestros modelos. Para avanzar en este punto, me apoyaré en el análisis de un paciente que ya pasó por muchos análisis. Aunque el psicoanálisis tenga siempre los mismos fundamentos, basados en la transferencia y en la escucha de las asociaciones, los modelos de esos procesos tienen que tornarse más complejos y extensos. La ampliación de la competencia de la escucha psicoanalítica para los sufrimientos narcisísticos, que tienen un fuerte impacto sobre la identidad, exige refinar nuevas herramientas, que pasan por una comprensión más profunda de la primerísima infancia, en particular de las formas primarias de simbolización, y por la dilatación del contexto de referencia de la escucha, basado no solo en la vida pulsional, sino también en las respuestas de objetos significativos para movimientos pulsionales. Finalmente, esos temas conducen a una posible ampliación del encuadre analítico vinculado al tipo específico de asociación de los analizados.

2.
Psicol. clín ; 27(2): 121-136, 2015.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-772506

ABSTRACT

A reflexão sobre a clínica dos primórdios nos permite revisitar as concepções psicanalíticas sobre a constituição do sujeito e ressaltar a importância das relações intersubjetivas na constituição do psiquismo, apontando para uma articulação entre a dimensão pulsional e a qualidade das relações entre sujeito e objeto no início da vida. Neste texto, procuramos ampliar a noção de representação para nela incluir as experiências sensoriais e não verbais do bebê, visto que a subjetividade se constrói ao longo de um processo cujo elemento fundamental é a experiência compartilhada com o outro. As contribuições de R. Roussillon e A. Green apontam para dois elementos que devem se articular para favorecer os processos de simbolização primários: a qualidade de presença continente e sensível do objeto, assim como a importância da constituição do negativo, resultante do apagamento do objeto primário e de sua transformação em estrutura enquadrante. Assim, se a presença do objeto é imprescindível para possibilitar a representação de sua ausência, o trabalho do negativo é igualmente fundamental para permitir a instauração dos limites entre interno/externo e entre as instâncias psíquicas.


The discussion on the clinic of the early infancy makes it possible to review classical psychoanalytic conceptions about the constitution of the subject and to emphasize the importance of the intersubjective relations in the beginning of the psychic life, indicating an important relationship between the drive theory and the early object relations. The paper aims to broaden the notion of representation to include the sensory and non-verbal communication between the baby and his primary objects, based on the fact that the process of subjectivation is constructed through the experiences that are shared between the infant and his primary others. The contributions of R. Roussillon and A. Green indicate that the quality of early interactions are extremely important to facilitate the representation of the absence of the object. Thus, the symbolizing function of the object is at the same time the constitution of its affective presence as well as its capacity to become a containing structure through the work of the negative.


La reflexión sobre los primeros días nos permite revisitar los puntos de vista del psicoanálisis en la constitución del sujeto y destacamos la importancia de las relaciones interpersonales en la constitución de la psique, que apunta a una relación entre la dimensión de la unidad de calidad e de las relaciones entre sujeto y objeto a temprana edad. En este trabajo se busca ampliar la noción de representación a fin de incluir las experiencias sensoriales y no verbales del bebé, ya que la subjetividad se construye sobre un proceso cuyo elemento clave es la experiencia compartida con los demás. Las contribuciones de R. Roussillon y A. Green a dos elementos que deben ser articulados para favorecer los procesos de simbolización tempranos: la calidad del continente y la presencia sensible del objeto, así como la importancia de la constitución de lo apagamiento del objeto que resulta do trabajo del negativo y su transformación en la estructura encuadrante. Por lo tanto, la presencia del objeto es esencial para permitir la representación de su ausencia, el trabajo del negativo es también esencial para permitir el establecimiento de límites entre interior / exterior y entre instancias psíquicas.


Subject(s)
Humans , Child , Psychoanalysis/methods , Psychoanalytic Theory , Symbolism , Primary Prevention , Beginning of Human Life , Psychological Distress
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