ABSTRACT
Nos últimos anos, vem se observando o surgimento de diversos órgãos de apoio às iniciativas solidárias. Entre esses órgãos, estão as incubadoras tecnológicas de cooperativas populares (ITCPs). Nesse contexto, o artigo tem como objetivo identificar se a ITCP/UNEB, a ITES/UFBA e a INCOOP/UFSCar se estruturam de modo autogestionário e se realizam atividades educativas formais. A pesquisa se caracterizou pela natureza qualitativa, por meio de entrevistas semiestruturadas e revisões documentais. Para o tratamento dos dados, adotou-se a análise de conteúdo. Os resultados da pesquisa mostraram que, não há uma proposta mais sólida de realização de debates sobre sua teoria e prática. A preocupação parece ser mais o aspecto técnico da incubação do que as reflexões que engendram a própria incubação e que remetem à economia solidária e autogestão. Nesse sentido, parece existir uma dificuldade prática para o exercício da autocrítica nas incubadoras.
In recent years, several agencies have been created to support solidarity initiatives. Among these agencies are technology incubators of popular cooperatives (ITCPs). Within this context, the article aims to identify whether the ITCP/UNEB, the ITES/UFBA, and the INCOOP/UFSCar are structured in a self-management way and whether they perform formal education activities. The research had a qualitative nature, by means of semi-structured interviews and documentary reviews. For the analysis of the data, we adopted the content analysis. The survey results showed that there is not a more solid proposal to hold discussions about its theory and practice. The concern seems to be the most technical aspect of incubation than the thoughts that generate the incubation itself and which remit to the solidarity economy and self-management. In this sense, there seems to be a practical difficulty for the exercise of self-criticism in the incubators.