Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 3 de 3
Filter
Add filters








Year range
1.
Rev. Headache Med. (Online) ; 14(2): 128-130, 2023.
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1531813

ABSTRACT

Headaches are characterized by a sensation of discomfort or pain in the cephalic region. Due to the large number of types and subtypes of headaches, the standardization of their approach is necessary through the International Classification of Headache Disorders (ICHD), a document that is currently in its 3rd edition (ICHD-3). The evolution of the ICHD follows the hypothetical-deductive model of science based on Karl Popper's philosophy, which has a strong presence in the health sciences. The classification of headaches has evolved over time, incorporating and removing criteria, reflecting the need to adapt the classification to constantly evolving scientific and clinical demands. However, some changes can generate discrepancies between clinical practice and the elaborated diagnostic tools. In this context, this article reflects on whether it would be advantageous to return to old principles and foundations of obsolete classifications. The criterion of osmophobia, which is no longer in use in ICHD-3, is highlighted. This reflection can be developed following Thomas Kuhn's (1922-1996) view on science. In his main work, "The Structure of Scientific Revolutions" (1962), Kuhn proposes a three-stage model for science: the adoption of a paradigm, normal science, and a period of crisis. Kuhn also proposes the principle of incommensurability to understand the limitations and complexities of science. The application of this principle allows headache specialists to recognize that different approaches to headache classification have their own limitations and complexities, encouraging them to consider a variety of perspectives, paradigms, and theories in approaching clinical cases and conducting scientific studies. An integrative approach that combines Popper's hypothetical-deductive model with Kuhn's principle of incommensurability allows headache specialists to have a broader and more critical understanding of headache classifications


As dores de cabeça são caracterizadas por uma sensação de desconforto ou dor na região cefálica. Devido ao grande número de tipos e subtipos de cefaleias, é necessária a padronização da sua abordagem através da Classificação Internacional das Cefaleias (ICHD), documento que se encontra atualmente na sua 3ª edição (ICHD-3). A evolução da ICHD segue o modelo hipotético-dedutivo de ciência baseado na filosofia de Karl Popper, que tem forte presença nas ciências da saúde. A classificação das cefaleias evoluiu ao longo do tempo, incorporando e eliminando critérios, refletindo a necessidade de adaptar a classificação às exigências científicas e clínicas em constante evolução. Contudo, algumas mudanças podem gerar discrepâncias entre a prática clínica e os instrumentos diagnósticos elaborados. Neste contexto, este artigo reflete sobre se seria vantajoso regressar aos velhos princípios e fundamentos de classificações obsoletas. Destaca-se o critério de osmofobia, que não é mais utilizado na ICHD-3. Esta reflexão pode ser desenvolvida seguindo a visão de Thomas Kuhn (1922-1996) sobre a ciência. Em sua obra principal, "A Estrutura das Revoluções Científicas" (1962), Kuhn propõe um modelo de três estágios para a ciência: a adoção de um paradigma, a ciência normal e um período de crise. Kuhn também propõe o princípio da incomensurabilidade para compreender as limitações e complexidades da ciência. A aplicação deste princípio permite que os especialistas em cefaleias reconheçam que diferentes abordagens à classificação das cefaleias têm as suas próprias limitações e complexidades, encorajando-os a considerar uma variedade de perspectivas, paradigmas e teorias na abordagem de casos clínicos e na condução de estudos científicos. Uma abordagem integrativa que combina o modelo hipotético-dedutivo de Popper com o princípio da incomensurabilidade de Kuhn permite que os especialistas em cefaleia tenham uma compreensão mais ampla e crítica das classificações das cefaleias

2.
Nat. Hum. (Online) ; 23(1): 1-37, jan.-jun. 2021. ilus
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1430997

ABSTRACT

O objetivo do presente trabalho é efetuar uma resenha da compreensão filosófica do pensamento psicanalítico de Donald Winnicott proposta por Zeljko Loparic. Tomando como referência alguns dos seus principais estudos dedicados ao problema da fundamentação filosófica da psicanálise winnicottiana, far-se-á uma exposição detalhada da forma como Loparic analisa e interroga a novidade do contributo de Winnicott para a ciência psicanalítica. Com essa finalidade, destacar-se-ão os dois eixos em torno dos quais a abordagem de Loparic se encontra organizada: (1) o argumento segundo o qual Winnicott inaugura um novo paradigma em psicanálise, nos termos da epistemologia de Thomas Kuhn; (2) a ideia de que o pensamento psicanalítico de Winnicott mantém estreitas afinidades com a analítica existencial de Martin Heidegger, podendo, nessa qualidade, servir o projeto da constituição de uma antropologia, de uma patologia e de uma terapia de inspiração daseinsanalítica.


The aim of this paper is to accomplish a detailed analysis of the philosophical understanding of the psychoanalytical thinking of Donald Winnicott proposed by Zeljko Loparic. Having into account some of his main articles dedicated to the problem of the philosophical underpinnings of winnicottian psychoanalysis, a thorough description will be made regarding the ways in which Loparic views and questions the novelty of Winncott's contribution to psychoanalytical science. With that purpose in mind, the two axes around which Loparic's approach is organized will be emphasized: (1) the argument according to which Winnicott establishes a new paradigm in psychoanalysis, in the terms of Thomas Kuhn's epistemology; (2) the idea that Winnicott's psychoanalytical thinking maintains tight affinities with Martin Heidegger's existential analysis, being, by that reason, in a favorable position to sustain the project of establishing an anthropology, a pathology and a therapy inscribed in a daseinsanalytical frame.

3.
Arch. Clin. Psychiatry (Impr.) ; 34(supl.1): 8-16, 2007.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-465543

ABSTRACT

CONTEXTO: A investigação de áreas controversas, como a das relações entre espiritualidade e saúde, levanta uma série de questões sobre a prática científica que, se ignoradas, podem comprometer o desenvolvimento adequado das pesquisas. OBJETIVOS: Apresentar brevemente alguns temas de filosofia da ciência que podem contribuir na investigação de aspectos pouco explorados da realidade. MÉTODOS: Com base na descrição simplificada dos conceitos de paradigma, ciência normal e revolução científica, descritos por Thomas Kuhn, são propostos alguns critérios de avaliação de hipóteses científicas e algumas diretrizes epistemológicas para a exploração científica de novas áreas. RESULTADOS: A investigação científica deve se basear em hipóteses falseáveis, abrangentes, simples, com adequação empírica, predições experimentais precisas, integração e hierarquização teórica, bem como capacidade de predição de fenômenos de tipos novos. Nessa exploração, deve-se manter uma abertura para a investigação de fenômenos anômalos, busca de um referencial teórico que oriente as pesquisas, cuidado com a rejeição dogmática ou a aceitação precipitada de hipóteses e, no julgamento de uma hipótese, não conferir valor excessivo ao contexto que a gerou ou à autoridade das pessoas que a professam ou rejeitam. CONCLUSÕES: Para que possa produzir avanços significativos, a investigação de áreas controversas e/ou pouco exploradas cientificamente requer habilidades e conhecimentos específicos sobre a natureza da atividade científica, especialmente quanto ao que Kuhn chamou de "ciência extraordinária" (em contraste com a "ciência normal").


BACKGROUND: Scientific research on controversial subjects, such as spirituality-and-health, raises several issues about scientific activity that should be properly clarified for an adequate conduction of the investigations. OBJECTIVES: To highlight some topics of philosophy of science that can be useful in the exploration of unknown, or poorly known, aspects of reality. METHODS: By reviewing briefly the concepts of paradigm, normal science and scientific revolution, introduced by Thomas Kuhn, we discuss a set of criteria for evaluating scientific hypotheses, and present some general epistemological guidelines for the scientific exploration of new fields. RESULTS: Scientific activity should be based on theories exhibiting empirical adequacy, falseability, predictive accuracy, broadness of scope, simplicity, theoretical integration, theoretical ordering, and capacity to predict new kinds of phenomena. The proposed guidelines are: to take experimental findings seriously, even when they do not fit into the current paradigm; to search for a theory capable of guiding investigation; to avoid both the dogmatic rejection and the hasty acceptance of new hypotheses; and, in theory evaluation, to take care in not attributing undue value to the context in which the theory was first conceived, or to the authority of the persons who profess or reject it. CONCLUSION: The scientific exploration of new areas is rendered more fruitful by a thorough understanding of the nature of scientific activity, specially of what Kuhn has called "extraordinary science" (in contrast with "normal science").


Subject(s)
Knowledge , Spirituality , Psychiatry , Methodology as a Subject
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL